sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Geologia e Fotografia

Roberto Linsker - 18/02/2011



A minha formação acadêmica é na área de Geociências. Quando entrei na Geologia em 1982 éramos uma turma de cinquenta, quarenta seis rapazes e apenas quatro moças.
Na Geologia as viagens eram frequentes e tínhamos até ônibus próprio, inveja das outras faculdades cujos alunos ficavam ancorados durante 4 ou 5 anos no campus. Nas atividades de campo, víamos com os próprios olhos os resultados dos processos geológicos que aprendíamos nas salas de aula (ao menos era isso que se pretendia). Munidos de fotos aéreas e bússolas, mapeávamos áreas diversas em regiões mais ou menos inóspitas. Vadeávamos riachos e - cruzando pastos e matas na tentativa de não perder a direção pré-estabelecida - voltávamos no final do dia exaustos, famintos e muitas vezes, infestados de carrapatos ou pior, os minúsculos micuins. Talvez seja em parte por isso que ao sair da USP, em 1986, éramos vinte e cinco formandos. Ao longo desses cinco anos metade da turma mudou de ideia e abandonou o curso.



Nas praias de Itacaré, distante desses desconfortos do passado, alguns processos geológicos são facilmente observáveis. Foi assim que produzi, dez dias atrás nas minhas férias, as imagens deste curto ensaio.


Erosão de escarpas, camadas sedimentares com litologias diferenciadas, marcas de onda, marcas de chuva, micro-canions erodidos pelas águas da maré vazante. Baixo os meus pés as areias claras de quartzo se "misturam" com as lâminas de biotita preta. Mas não tem nada não, na próxima enchente as águas do mar as irão separar, e esse ciclo se repetirá de forma incessante, ao menos na escala do nosso tempo humano.


Como fotógrafo vejo uma manifestação estética que me instiga e agrada, por outro lado, a minha pessoa geológica se satisfaz no entendimento. Imagino que isso aconteça com todos nós, quando olhamos o mundo e o deciframos de acordo com as nossas referências culturais ou afetivas.

Formiga global

25/2/2011
Por Marcus Cabral– A formiga lava-pés (Solenopsis invicta), muito comum no Brasil, é uma das principais pragas invasoras no mundo, tendo causado muita preocupação nos últimos anos por conta de seu deslocamento entre países.

Em artigo publicado na edição desta sexta-feira (25/2) da revista Science, Marina Ascunce, do Centro de Entomologia Médica, Agrícola e Veterinária do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, e colegas descrevem a história do processo de invasão mundial promovido pela pequena formiga.

Nativa da América do Sul, a Solenopsis invicta se deslocou pelo continente até chegar aos Estados Unidos, onde se estabeleceu no sul do país há quase um século. Dali, partiu para conquistar Califórnia, Caribe, China, Taiwan, Filipinas e Austrália em pelo menos nove invasões distintas.

Formiga global
Nativa da América do Sul, a formiga lava-pés foi há um século para os Estados Unidos e, de lá, em diversas invasões chegou ao Caribe, China, Taiwan e Austrália (divulgação)


 egundo os autores, trata-se de uma história com implicações importantes, uma vez que o impacto econômico da praga é superior a US$ 6 bilhões de dólares por ano apenas nos Estados Unidos. A agressiva lava-pés afeta comunidades locais de insetos, promovendo desequilíbrio ecológico e favorecendo o desenvolvimento de organismos nocivos à agricultura.

O nome comum da formiga deriva da característica de subir rapidamente pelas pernas quando alguém pisa no ninho, injetando por meio de seus ferrões um veneno de alcaloides que provoca dor intensa. Além de dolorida, sua picada provoca bolhas, alergias e até choque anafilático. A espécie se alimenta de plantas, animais e alimentos domésticos.

A Solenopsis invicta teve seu genoma sequenciado recentemente e publicado no fim de janeiro na revista Proceedings of the National Academy of Sciences
No novo estudo, os cientistas analisaram variações genéticas de 2.144 colônias de formigas lava-pés em 75 locais no mundo de modo a traçar a sua proliferação. O estudo verificou que a base norte-americana do inseto foi o ponto de partida para todas as invasões identificadas, com exceção de uma, que foi da Califórnia a Taiwan.
Os resultados da pesquisa apóiam a presença do chamado “efeito de ponte”, no qual uma única população – ela própria estabelecida por uma invasão anterior – torna-se a fonte de repetidas invasões em novas regiões.
Os autores apontam que provavelmente a Solenopsis invicta chegou aos seus destinos principalmente por meio de navios e ressaltam que o aumento no comércio e turismo globais pode incorrer em novas invasões da formiga pelo mundo.
O artigo Global Invasion History of the Fire Ant Solenopsis invicta (doi: 10.1126/science.1198734), de Marina Ascunce e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da PNAS em www.pnas.org.

Enviarei o artigo a quem intressar!!!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Extinção tardia
 
Fóssil uruguaio indica que ave do terror desapareceu pouco antes da chegada do homem às Américas



Desenho de ave do gênero Psilopterus, com a qual a nova espécie se parecia  
Gigantes, carnívoras e incapazes de voar, as chamadas aves do terror desapareceram depois do que se pensava e quase foram contemporâneas do homem moderno nas Américas. Paleontólogos do Brasil e do Uruguai descobriram um fóssil de Phorusrhacidae, nome científico dado a essa família de aves extintas, que viveu nos arredores da atual Montevidéu há cerca de 15 mil anos, apenas 2 mil anos antes da data mais difundida sobre a entrada do Homo sapiens nas Américas. Trata-se do registro mais recente de algum membro desses míticos predadores, que surgiram provavelmente na América do Sul pouco depois da extinção dos dinossauros, aproximadamente 65 milhões de anos atrás.
Antes da identificação do fóssil uruguaio, que parece pertencer a uma nova espécie ainda não descrita na literatura científica, os pesquisadores acreditavam que as aves do terror tinham sumido do continente há cerca de 2 milhões de anos. Vestígios dessa idade de exemplares encontrados nos Estados Unidos da espécie Titanis walleri, único Phorusrhacidae que migrou para a América do Norte, amparavam essa hipótese. “Agora temos evidências de que as aves do terror se extinguiram um pouco mais tarde”, afirma o paleontólogo Herculano Alvarenga, fundador e diretor do Museu de História Natural de Taubaté, no interior paulista, um dos autores da descoberta. Um artigo com a descrição do fóssil foi publicado na edição de maio passado da revista científica alemã Neues Jahrbuch für Geologie und Paläontologie - Abhandlungen.
© gustavo lecuona, 2009
Detalhes do fóssil da ave do gênero Psilopterus
Detalhes do fóssil Psilopterus
 
Apenas um pedaço de um osso do pé direito do animal foi encontrado em sedimentos do final da época Pleistocena que compõem a formação Dolores, situada no munícipio de La Paz, nas redondezas da capital uruguaia. “Essa área é rica em fósseis da megafauna sul-americana”, afirma Washington Jones, do Museu Nacional de História Natural de Montevidéu, coautor do artigo. Bastou um fragmento do tarsometatarso, osso que liga a perna da ave (fíbula e tíbia) aos seus dedos, para Alvarenga classificá-la como pertencente aos Phorusrhacidae. “A gente tem o olho treinado para reconhecer os detalhes anatômicos característicos dos vários grupos de aves”, afirma o paleontólogo de Taubaté.

Ortopedia e paleontologia – Apaixonado por ossos e seres alados, Alvarenga é médico ortopedista de profissão e se dedica paralelamente ao estudo de fósseis de aves desde o final da década de 1970. Fez doutorado em paleontologia na Universidade de São Paulo nos anos 1990 e, em sua tese acadêmica, estudou justamente as aves do terror. Por seu trabalho científico de qualidade e por ser o administrador de um acervo com fósseis de mais de mil espécies de aves mantidas em seu museu, ganhou respeito da comunidade de paleontólogos do Brasil e do exterior. Entre as duas espécies de Phorusrhacidae descobertas e descritas em solo brasileiro por Alvarenga, destaca-se um esqueleto quase completo do Paraphysornis brasiliensis, predador de dois metros de altura que aterrorizava o Vale do Paraíba com seu bico em forma de gancho há 23 milhões de anos. Referência no estudo dessa família de aves, o brasileiro publicou em 2003 um artigo de revisão científica sobre os 14 gêneros e 18 espécies conhecidos desses antigos carnívoros. Recentemente, escreveu um capítulo sobre as aves do terror para o livro Living dinosaurs: the evolutionary history of modern birds, lançado no início deste ano nos Estados Unidos.
Dada a escassez do material encontrado nos arredores da capital uruguaia, é impossível fazer uma reconstituição de como era essa derradeira manifestação de ave do terror. Os maiores exemplares conhecidos desses predadores, como alguns fósseis das espécies T. walleri e Brontornis burmeisteri, chegavam a medir três metros de altura e pesar 180 quilos. Mas o osso resgatado no Uruguai sugere que a possível nova espécie era um dos menores representantes dos Phorusrhacidae. “Sem dúvida, trata-se de um osso de um animal relativamente pequeno”, afirma Alvarenga. Seu peso não devia passar dos 10 quilos e a altura não chegava a um metro. Devia ser semelhante às aves do terror do gênero Psilopterus, que, por sua vez, se pareciam com a moderna seriema (Cariama cristata). Encontrada atualmente na América do Sul, a seriema é considerada a espécie viva mais aparentada dos Phorusrhacidae.
Costuma-se atribuir a extinção das aves do terror à entrada na América do Sul de grandes mamíferos carnívoros vindos da América do Norte, como os tigres-dentes-de-sabre e os ancestrais dos lobos. A mistura de fauna entre as duas partes principais do continente se intensificou depois do estabelecimento do istmo do Panamá, que, há 3 milhões de anos, facilitou a circulação dos animais de porte mais avantajado. Por algum motivo ainda não totalmente conhecido, as espécies de Phorusrhacidae, que não tinham dentes, teriam se mostrado menos competitivas quando confrontadas com os predadores oriundos do Norte. O mesmo processo pode ter sido decisivo para levar ao desaparecimento de outros antigos animais da América do Sul, como as preguiças gigantes. Se isso realmente ocorreu, o fóssil uruguaio indica ao menos que a extinção dos Phorusrhacidae se deu de forma relativamente mais vagarosa. “Diria que a possibilidade de as aves do terror terem tido contato com humanos não é nula, mas, mesmo com essa nova descoberta, é muito baixa”, afirma Jones.


> Artigo científico 
 
ALVARENGA, H. et al. The youngest record of phorusrhacid birds (Aves, Phorusrhacidae) from the late Pleistocene of Uruguay. Neues Jahrbuch für Geologie und Paläontologie - Abhandlungen. v. 256, n. 2, p. 229-34. mai. 2010.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Crescimento acelerado na Antártica

 
O estudo de pequenas criaturas marinhas coletadas na Antártica nos primeiros anos do século 20 pelo explorador inglês Robert Falcon Scott (1868-1912) acaba de fornecer novas informações sobre as mudanças ambientais no continente que rodeia o polo Sul

Ao comparar briozoários - animais invertebrados aquáticos - existentes atualmente com exemplares obtidos nas expedições lideradas pelo capitão Scott, um grupo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos encontrou a primeira evidência conclusiva do aumento da captura e do armazenamento de carbono por uma vida marinha na Antártica.

Em artigo publicado nesta semana na revista Current Biology, David Barnes, do British Antarctic Survey, e colegas descrevem como examinaram as marcas de crescimento em esqueletos de espécimes de briozoários (Cellarinella nutti) coletados no mar de Ross por meio do Censo da Vida Marinha Antártica, programa internacional de pesquisa iniciado em 2005 como parte do Censo da Vida Marinha.

Quando comparados com espécimes pertencentes a coleções de museus no Reino Unido, Estados Unidos e Nova Zelândia, entre os quais exemplares coletados nas expedições de Scott, os cientistas observaram que desde 1900 os briozoários estão crescendo mais rapidamente do que jamais o fizeram.

Segundo eles, a explicação mais provável é a maior disponibilidade de alimento (fitoplâncton) desde o início do século 20. O estudo sugere que esse novo crescimento é um mecanismo importante para o depósito de carbono no leito do mar.

"Usamos um registro antigo de crescimento em um animal como evidência das mudanças rápidas e recentes para a vida existente no leito do mar. As coleções biológicas de Scott são consideráveis em qualidade e quantidade e se tornarão ainda mais valiosas para determinar como a vida responde a mudanças no transcorrer do tempo", disse Barnes.

Segundo o cientista, como poucos estudos biológicos na Antártica envolvem períodos de mais de 30 anos, os dados do novo trabalho são "muito valiosos e destacam a importância de se realizar monitoramentos de longo prazo".

Os briozoários se alimentam de fitoplâncton, pequenas plantas marinhas que precisam de dióxido de carbono para crescer e se reproduzir. O carbono no fitoplâncton é assimilado pelos briozoários e usado para formar os tecidos e esqueletos desses animais.

O crescimento acelerado dos briozoários implica que os animais atingem mais cedo seu tamanho máximo, quando são quebrados pelas correntes oceânicas. À medida que os briozoários caem, eles liberam carbono, aumentando o potencial de sequestro de carbono do leito marinho.

Scott liderou duas expedições à Antártica, a primeira de 1901 a 1904 e a segunda de 1910 a 1913, tentando ser o primeiro homem a atingir o polo Sul. Na segunda, o grupo conseguiu alcançar o polo, mas apenas para descobrir que a expedição liderada pelo norueguês Roald Amundsen havia chegado primeiro. Na jornada de retorno, Scott e seus quatro companheiros morreram devido ao cansaço, à desnutrição e ao frio extremo da região.

O artigo Scott's collections help reveal accelerating marine life growth in Antarctica (doi:10.1016/ j.cub.2011.01.033), de David K.A. Barnes e outros, pode ser lido por assinantes da Current Biology em www.cell.com/current-biology.
(Agência Fapesp)
Código Florestal: cientistas contra mudanças

Cientistas da SBPC e da Associação Brasileira de Ciência (ABC) sustentam que as alterações do Código Florestal previstas no substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao Projeto de Lei 1876/99 serão desastrosas para a preservação ambiental no Brasil

Além disso, atestam que essas alterações não são necessárias para melhorar a produtividade da agropecuária brasileira.

De acordo com o professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Gerd Sparoveck, mesmo que o código atual seja integralmente cumprido, sobram 103 milhões de hectares de vegetação desprotegidos. Segundo ele, isso se deve ao fato de 294 milhões de hectares de vegetação nativa encontrar-se em propriedades privadas. Apenas 170 milhões de hectares estão em unidades de conservação e em terras indígenas.

O professor da Esalq Ricardo Rodrigues ressaltou que, mesmo com o respeito integral ao código, o proprietário rural ainda conta com 70% da propriedade para fazer o uso que quiser.

Margens de rios - O ponto mais criticado do substitutivo de Rebelo é a redução das áreas de preservação permanente (APP), principalmente nas margens de cursos d'água. O texto reduz a extensão de vegetação de 30 metros para 15 metros no caso de rios e córregos com até cinco metros de largura.
O professor Rodrigues ressalta que são exatamente esses rios menores que mais necessitam de proteção. "São eles que mais sofrem assoreamento e, por isso, precisam de mais proteção", sustenta. De acordo com ele, esses rios são responsáveis por quase 70% dos recursos hídricos do Brasil.

Já o professor da Unicamp, Carlos Alfredo Joly, ressaltou que a redução da cobertura nativa tanto em leitos de córregos e rios quanto em topos de morros e encostas pode levar à extinção uma série de espécies. "Com a mudança da área de preservação em margens de rio de até cinco metros de largura, metade dos anfíbios desapareceria", asssegurou.

Tratamento de água - O professor chamou a atenção também para a elevação dos custos com tratamento de água, devido ao aumento da contaminação. Segundo ele, hoje São Paulo gasta entre R$ 2 e R$ 3 para tratar mil metros cúbicos de água. "Com a contaminação por agrotóxicos, o custo sobe para um valor entre R$ 250 e R$ 300 pela mesma quantidade."

Os pesquisadores fazem parte de um grupo que se reuniu para estudar a proposta de Rebelo de alteração do Código Florestal e participaram do Seminário Código Florestal: Aspectos Jurídicos e Científicos, promovido ontem (22), pela Frente Parlamentar Ambientalista.
(Agência Ambiente Energia, com Agência Câmara)
Especialistas criticam perdão a produtores que desmataram

 
Participantes do Seminário Código Florestal: Aspectos Jurídicos e Científicos, realizado na Câmara, sustentaram que a "espinha dorsal" das alterações do Código Florestal é o perdão de punições aos produtores rurais que desrespeitaram os limites de reserva legal e de áreas de preservação permanente

Participantes do Seminário Código Florestal: Aspectos Jurídicos e Científicos, realizado na Câmara dos Deputados ontem (22), sustentaram que a "espinha dorsal" das alterações do Código Florestal é o perdão de punições aos produtores rurais que desrespeitaram os limites de reserva legal e de áreas de preservação permanente (APP) - são faixas de terra ocupadas ou não por vegetação nas margens de nascentes, córregos, rios, lagos, represas, no topo de morros, em dunas, encostas, manguezais, restingas e veredas. Essas áreas são protegidas por lei federal, inclusive em áreas urbanas. Calcula-se que mais de 20% do território brasileiro estejam em áreas de preservação permanente. As APPs são previstas pelo Código Florestal. Os casos excepcionais que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em APP são regulamentados pelo Ministério do Meio Ambiente).

No evento promovido pela Frente Parlamentar Ambientalista, o coordenador da campanha de Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, ressaltou que o principal problema do substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao Projeto de Lei 1876/99, não é a redução da reserva legal ou das APPs. Segundo ele, pelo menos na Amazônia poucos produtores ainda têm o que desmatar. "O que se discute é anistia a quem já desmatou", sustenta.

Também para o deputado Ivan Valente (Psol-SP), o que pretendem os defensores da aprovação rápida do novo código é "livrar da ilegalidade aqueles que desmataram ilegalmente". O parlamentar espera que o governo não ceda às pressões para votar o texto antes do prazo final para a averbação da reserva legal, área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.

O tamanho da reserva varia de acordo com a região e o bioma: Na Amazônia Legal: 80% em área de florestas, 35% em área de cerrado, 20% em campos gerais; Nas demais regiões do País: 20% em todos os biomas, em julho deste ano.

Empréstimos - O ex-secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobiano, sustenta que toda essa discussão "decorre de uma questão clara, o (atual) Código Florestal está sendo cobrado onde ele mais é eficiente, no bolso". Ele explicou que produtores inadimplentes com as normas ambientais não conseguem mais empréstimos agrícolas.

O diretor do Instituto por um Planeta Verde, Gustavo Trindade, explica que o texto de Rebelo passa a considerar atividade rural consolidada qualquer atividade realizada em área de preservação permanente até 22 de  julho de 2008. Nessa data, segundo esclarece, foi publicado o decreto com as sanções para proprietários que deixassem de averbar reserva legal.

Com essa alteração, segundo o especialista, ficam suspensas cobranças de multas e sanções administrativas a proprietários rurais que desrespeitaram a lei.

Debate - O diretor do Greenpeace reclamou que, no debate sobre seu substitutivo, Rebelo ouviu 391 pessoas. Desse contingente, segundo ele, apenas 4% eram pesquisadores e 6%, representantes de ONGs. Os 90% restantes seriam produtores rurais e governo. "Espero que essa legislatura tenha mais respeito pelo meio ambiente", disse.

O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) acredita que o contexto atual é favorável ao debate mais aberto da reforma do Código. Ele lembrou que desde a aprovação do texto na comissão especial, em 2010, surgiram fatos novos, como "a campanha de Marina Silva, que recebeu mais de 20 milhões votos, 20% do eleitorado".

Sirkis ressaltou ainda que a então candidata à presidência Dilma Rousseff assumiu o compromisso de vetar "os aspectos mais criminosos do texto". "Hoje vamos encarar a discussão em outro contexto, em outras condições, com um grau de ideias e alternativas".

O líder do PV, deputado Sarney Filho (MA), também comemorou a reabertura da discussão em torno da mudança do Código Florestal. "Saímos de uma declaração do presidente recém-eleito da Câmara de que em março colocaria o relatório em votação de qualquer maneira e agora já admite constituir uma câmara de negociação", sustentou.
(Agência Câmara).

Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Posted: 20 Feb 2011 07:03 PM PST
Um Xiphactinus ataca um Pteranodon
© D. W. Miller
© Bonhams New York
Nome Científico: Xiphactinus audax e X. vetus.
Significado do Nome: Espada de Raiada.
Tamanho: até 6 metros de comprimento.
Peso: 500 quilos a 1 tonelada aproximadamente.
Alimentação: Carnívora.
Período: Cretáceo Superior.
Local: Canadá, Austrália, Estados Unidos e Europa.

Veja onde encontraram fósseis do Xiphactinus
© Mapa modificado por Patrick Król Padilha
Veja quando viveu o Xiphactinus
©Patrick Król Padilha

Finalmente o Blog do Ikessauro retornou à ativa e hoje falarei sobre um animal que acho muito interessante e que pertence a um grupo ainda não abordado aqui no blog. Ele é o Xiphactinus, um peixe predador do período Cretáceo, que chegava a medir até 6 metros de comprimento e tinha dentes enormes de 7,5 centímetros. Algumas vértebras gigantes encontradas sugerem que cresceria ainda mais, porém até que um esqueleto completo de grande tamanho seja, encontra, isso é mera especulação. Seu nome é Xiphactinus audax, que vem do latim e do grego e significa "Espada Raiada" ou em outra interpretação "Espada com Raios". Seu nome provém do fato de que seu corpo é bem alongado e estreito, parecido com o atual Camurupim, (embora não tenham parentesco), lembrando uma espada e os "raios" seriam o "ossinhos" finos das nadadeiras do animal.
O fóssil Tipo do Xiphactinus
©
Susan Liebl/Instituto Smithsonian

Outra explicação, talvez mais correta, para o significado do nome é que o pesquisador que nomeou o primeiro exemplar, descoberto por C. H. Sternberg em 1846, percebeu que os raios ósseos das nadadeiras eram grandes e chamavam a atenção. Então um peixe com forma de espada cheio de nadadeiras raiadas poderia talvez ser chamado de "Espada Raiada". O esqueleto original tinha 3,5 metros de comprimento e Dr. Joseph Leidy foi o pesquisador que o descreveu em 1870 e deu o nome de Xiphactinus audax, pois pouco antes George F. Sternberg, o sobrinho do Dr. George M. Sternberg, enviou o original Xiphactinus para Leidy, a fim de que este o estudasse. A classificação atual deste peixe seria:
Chordata > Osteichthyes >
Ichthyodectiformes > Ichthyodectidae > Xiphactinus audax

Na verdade, Leidy havia descrito um dente encontrado em New Jersey e em 1856 o nomeou Polydonodon vetus. Segundo sua descrição, o dente era cônico, tinha bordas afiadas. Em 1865 Leidy volta a trabalhar no dente e descreve com mais detalhes. Acaba acreditando que trata-se de um dente de réptil, talvez Discosaurus ou Cimoliasaurus, pensou ele, mas como não podia determinar com precisão na hora, deixou o estudo de lado. Mais tarde seria este dente definido como uma possível espécie irmã de X. audax, o que acho imprudente, pois uma definição dessas baseada num único dente é muito apressada, para não dizer nada pior, e isso levantou questões sobre qual nome deve ser oficial para o gênero, se Polygonodon de 1856, que por ser mais velho teria privilégio, ou Xiphactinus, de 1870. Prevalesceu Xiphactinus, acredito que por falta de fósseis comprovando que esse dente pertenceu a outra espécie de fato.
Mas outra questão sobre a validade do nome Xiphactinus surgiu pelo fato de Cope ter nomeado o peixe antes de Leidy, como Portheus molossus. No entanto ele não tornou o fato oficial publicando uma pesquisa sobre o fóssil e por isso Leidy ganhou a dianteira publicando seu estudo em 1870, enquanto que Cope só o fez em 1872.
O original do estudo, também chamado de fóssil Tipo, seria um longo fragmento de 40 centímetros de comprimento, pertencente ao ferrão de uma nadadeira peitoral (USNM V52), coletada por Dr. George M. Sternberg.

Esse caso do animal já ser conhecido antes de receber um nome oficial, pois fora nomeado por Edward Drinker Cope como Portheus molossus informalmente, pode ser comparado com outro bem famoso. O nome que ganhou grande popularidade, Portheus, ainda é utilizado por algumas pessoas, incorretamente, de forma similar ao caso "Brontossauro/Apatossauro".
Um bom retrato do Xiphactinus
©
Ai'ichi Kato

O espécime Portheus molossus descrito por Cope é considerado um sinônimo júnior da espécie atualmente. Restos do esqueleto de Xiphactinus foram encontrados no Kansas, Alabama e Georgia - Estados Unidos e também na Europa, Austrália e Canadá. O Xiphactinus audax foi um peixe voraz, com pelo menos uma dúzia de espécimes tendo sido encontrados com restos de presas não digeridas ou parcialmente digeridas no estômago. Sendo tão popular, deve ter habitado os mares do globo por toda sua extensão. Deveria caçar presas como peixes, filhotes de répteis marinhos e tudo o mais que pudesse engolir inteiro. Usava seus grandes dentes cônicos de até 7,5 centímetros para agarrar a presa e feri-la, então dava um jeito de engolir o corpo da vítima como um todo.
Veja os dentes proemientes
©
Ocean of Kansas.comOs dentes são tão impressionantes que a mandíbula
poderia ser confundida com a de um dinossauro
© Ocean of Kansas.com

No entanto às vezes acabava se dando mal, porque sua técnica tinha um problema que muitas vezes matava o predador por puro deicuido. Imagine um grande Xiphactinus, 3,9 metros ou mais de comprimento, nadando nas águas rasas do mar interior da América do Norte, durante o final do Cretáceo. Ele procura uma presa em potencial e havista um cardume de peixes menores chamados Gillicus arcuatus. Prontamente ele vai se camuflando entre recifes e rochas, ou usa a iluminação como artimanha para disfarçar sua aproximação. Quando está mais próximo, dá um arranque e sem nem morder, engole inteiro um Gillicus de 1,8 metros de comprimento!
O Xiphactinus poderia pensar que ganhara o dia, enchera seu estômago e este ficaria assim por um tempo e que poderia descansar. Mas assim que ele termina de engolir a presa, esta ainda viva pois não havia sido mordida, começa a debater-se dentro do animal maior, lutando em vão por sua vida.
O Gillicus não escapa, no entanto seu predador também não, pois a movimentação da presa no estômago provoca um grande estrago nos órgão internos do predador devido aos golpes de cauda e possíveis perfurações feitas com as nadadeiras. Assim, o grande e poderoso Xiphactinus, morre com falha e hemorragia interna e afunda, caindo no lodo oceânico, com sua presa não digerida morta dentro de si. Assim, milhões de anos depois o mar após ter depositado muito sedimento sobre o peixe acaba recuando e o local torna-se o meio de um continente.
Isso ocorreu de verdade, e digo com certeza baseado em evidência fóssil. Claro que inventei a narrativa baseada num fóssil real, encontrado por George F. Sternberg em 1952, no Smoky Hill Chalk - Kansas. O fóssil de um Xiphactinus de 3,9 metros, muito completo e contendo um Gillicus inteiro, de 1,8 metros no local onde estaria o estômago, foi apelidado de "um peixe dentro de um peixe" e pode ser visto no Museu Sternberg de História Natural, em Hays - Kansas.
Foto do fóssil do "peixe dentro de um peixe"
© Museu Sternberg de História Natural

Antes de encontrarem este fóssil, talvez o mais famoso dentre todos os já encontrados desta espécie, este museu em Hays abrigava em exposição o fóssil original do Xiphactinus, o primeiro esqueleto achado. Quando o "um peixe dentro de um peixe" foi achado, substituiu o outro na exposição e o museu o vendeu para o Museu da Universidade Estadual de Nebraska, onde está hoje mantido sob o número UNSM 1495.
Um X. audax foi coletado em Gove County - Kansas, e preparado por G. F. Sternberg em 1946, continha também restos de um Gillicus mais ou menos diregido, o que indica que passaram-se algumas horas depois da última refeição do peixe antes que ele morresse.
O X. audax conviveu com uma vasta variedade de animais, em sua maioria predominantemente carnívoros. Um Xiphactinus doente ou ferido poderia ser uma presa fácil no oceano mais mortal de todos os tempos, podendo ter sido morto por Mosassauros ou pelo grande Tubarão Ginsu, cujo nome oficial é Cretoxyrhina mantelli. Há indícios fósseis de que este tubarão de mais de 7 metros devorava o "Espada Raiada". Charles F. Sternberg coletou um espécime de Cretoxyrhina grande, no Condado de Trego, que continha os ossos espalhados de um grande Xiphactinus como última refeição. O espécime foi vendido para O Museu de História Natural da Universidade do Kansas, em Lawrence, onde ainda está em exposição. Veja uma descrição de C. H. Sternberg (minha própria tradução livre do inglês) de como pode ter sido o ataque ao Xiphactinus.
Xiphactinus
© Dmitry Bogdanov

"O Portheus, agora nadando por sua vida, era o foco de tubarões que estavam vindo para atacar de todas as direções. Um deles mergulha por baixo do peixe, e recebe, para sua desgraça, um golpe de sua poderosa cauda que o coloca fora do páreo. Outro recebe um empurrão do peixe. Destemidos, outros apressam-se como uma alcatéia de lobos em torno de um Cervo ferido. Entranto muitos foram feridos na briga, e o peixe herói, pelo menos, só sucumbiu devido ao grande número de atacantes, que estraçalhou seu corpo com dentes em forma de lança, e a água ficou tingida com seu sangue, até que, enfraquecido e impotente, ele gradualmente para de lutar. Os tubarões reuniram-se para o banquete. Um deles no entanto, foi tão profundamente ferido pelo peixe que afundou até o fundo lamacento com ele. Eu (C. H. Sternberg - nota do Ikessauro) tenho preservado no Museu da Universidade do Kansas um tubarão de 7,6 metros de comprimento, e misturado em seus restos estavam os ossos de um Portheus, o resultado evidente de tal combate..."
Esse descrição pode ser encontrda no livro de Charles H. Sternberg, "Caçando Dinossauros no Red Deer River, Alberta, Canadá" (1917, p. 162). O relato de Sternberg é ficção, no entanto a cena é baseada em uma descoberta, do fóssil (KUVP 247) de um grande Cretoxyrhina mantelli, que contém ossos espalhados de um grande Xiphactinus que lhe foi a última refeição.
Fóssil de Cretoxyrhina com restos de um Xiphactinus
© Ocean of Kansas.com Cretoxyrhina atcando Xiphactinus
© Scarypet & Amin Khalehparast

Embora esse peixe só tenha sido nomeado em de 1870, há registros bem mais antigos de fósseis encontrados. Segundo Mark Everhart, do site Ocean of Kansas, há registros de trabalhos de Mantell descrevendo fósseis de um Xiphactinus em 1822 e 1833. Embora Mantell tivesse descrito os dentes e mandíbula de um desses peixes, ele o identificou incorretamente como pertencendo a um réptil, embora admitisse algumas semelhanças com a estrutura de um peixe e que sem mais estudos era arriscado deduzir a que grupo pertenceu o animal.
No entanto, Louis Agassiz no volume 5 de seu "Pesquisas sobre os Peixes Fósseis" publicou ainda outro desenho do espécime corretamente identificando que era a mandíbula dum peixe e deu a este o nome "Hypsodon lewesiensis". O espécime foi reestudado e corretamente identificado como um novo espécime de "Portheus" então baseado no número de dentes na premaxila, assim este ganhou um novo nome de espécie, mantelli, tendo este parentesco com o P. lestrio e P. mudgeii de Cope.
Ou seja, enfim, havia naquela época um confusão de nomes, com Cope sugerindo Portheus lestrio e Portheus mudgeii, Agassiz com seu Hypsodon lewesiensis e Leidy traz Xiphactinus audax. Em 1898, O. P. Hay publicou um estudo dizendo que Portheus era sinônimo júnior de Xiphactinus e embora Agassiz tenha nomeado o animal antes, como Hypsodon em 1837, descrobriu-se que o primeiro fóssil de Agassiz não era um Xiphactinus, portanto o nome Xiphactinus foi o que permaneceu válido.

Em se tratando do Xiphactinus como animal, podemos imaginar como seria seu comportamento, mas apenas supor a partir do observado em fósseis. Sabemos que era grande, tinha até 6 metros e talvez mais, dentes cônicos afiados de 7,5 centímetros quando totalmente crescidos e que no centro do focinho poderiam cruzar-se em frente a boca (um dente da direita inclinado para a esquera e vice-versa). A cor do peixe é incerta, mas provavelmente deve ter sido prateado ou de uma cor parecida com o marrom ou cinza, com manchas, para ajudar na camuflagem.
Um Cardume de Xiphactinus: observe a cor
© Science Photo Library

Comia os peixes e répteis marinhos pequenos da época, ou seja, se fosse pequeno o suficiente para engolir lá estava o Xiphactinus atacando. Porém naquele habitat praticamente tudo e todos eram predadores de animais menores, então o nosso peixe poderia virar presa de vários animais como já mencionei, especialmente se estivesse debilitado.
Durante os últimos 150 anos diversos espécimes de Xiphactinus foram encontrados, a maioria nos Estados Unidos, tendo geralmente um dos Sternberg como autor da descoberta, embora pesquisadores mais recentes estejam descobrindo espécimes também. O peixe é bem comum, tanto que vários museus tem um exemplar do mesmo e há diversas instituições pelo mundo que abrigam um exemplar. Temos como exemplo o "peixe dentro de um peixe", numerado FHSM VP-333, no Museu Sternberg de História Natural contém em seu interior o espécime de Gillicus arcuatus, este marcado como FHSM VP-334. Outro espécime de Xiphactinus audax (originalmente AMNH 322199, agora AMNH FF13102) coletado em 1901 por C. H. e G. F. Sternberg, e vendido ao Museu Americano de História Natural. Estes são só alguns poucos exemplos de tantos espécimes encontrados e isso pode sugerir que ele vivia em cardumes grandes e a população da espécie era bem vasta. É sem dúvida o maior peixe ósseo já descoberto, pois lembrem-se, Tubarões por exemplo são peixes cartilaginosos.
Cardume grande de Xiphactinus
© National Geographic

O famoso C. H. Sternberg em 1922 relatou que havia encontrado um esqueleto memorável de um "Portheus". Ele disseu (o trecho a seguir é uma tradução livre da afirmação de Sternberg) que: "o fóssil estava preservado desde as nadadeiras pélvicas até o fim da cauda, e é o maior Portheus que eu já vi. A distância entre as pontas das nadadeiras da cauda é de 1,5 metro. Em 1948, meu filho Levi encontrou um crânio e parte de um corpo de um Portheus que é tão próximo em tamanho deste que eu fiz uma montagem com os dois esqueletos. Mede 4,8 metros de comprimento e será, tenho dito, o maior peixe ósseo já coletado do Cretáceo.
Ele mal sabia que no futuro encontrariam exemplares ainda maiores do Xiphactinus, o que sem dúvida dá o título a esse peixe.
O Xiphactinus tinha nadadeiras peitorais raiadas, ou seja, a membrana da nadadeira era suportada por finos ossos, como em muitos dos peixes atuais. Só que no Xiphactinus esses "pequenos ossos" eram bem grandes, alguns chegavam a 55 centímetros de comprimento! Grandes vértebras do Xiphactinus se tornaram fósseis comuns em camadas de giz do Cretáceo. As vértebras de um indivíduo de tamanho médio teriam cerca de 5 centímetros de diâmetro e 3 centímetros de comprimento. De acordo com Bardack (1965), o Xiphactinus tinha uma média de 85 vértebras. Sabemos que o Xiphactinus crescia muito quando adulto, mas pouco se sabe de espécimes jovens. Até agora não se tem um bom fóssil de jovens ou filhotes, há apenas um fóssil parcial de um indivíduo de 30 centímetros, encontrado por Mark Everhart em 1999, que ainda não foi completamente preparado para estudo.
Este espécime de X. audax consiste de uma premaxila com um dente e mandíbulas inferiores de um indivíduo estimado em 30 centímetros de comprimento. Assim como muitos animais da época, o Xiphactinus foi extinto no Evento K-T.
Outra representação artística do Xiphactinus
© Keystone Gallery

Apesar de ser mais comum nos Estados Unidos, um crânio incompleto encontrado em 2002 na República Tcheca pode ser uma nova espécie de Xiphactinus. Estava na pequena cidade Sachov, próximo à Borohradec e foi descoberto pelo estudante Michal Matejka. Em julho de 2010 os ossos de um exemplar foram descovertos perto de Morden, Manitoba, Canadá. O espécime tem cerca de 6 metros de comprimento e foi encontrado com com a nadadeira de um Mosassauro entre seus dentes. Talvez, depois de propriamente descrito, venha a ser o maior exemplar da espécie já descoberto.
Xiphactinus comparado com peixes menores:1 - Xiphactinus audax; 2 - Ichthyodectes ctenodon;
3 -
Cladocyclus gardneri; 4 — Chirocentrites coronini;
© Dmitry Bogdanov
O X. audax foi bem representado nos documentários sobre vida pré-histórica nos anos recentes, pois é bem imponente e até assustador, além de um importante agente em seu ecossistema. Em "Sea Monters" da BBC ele aparece, assim como em "Sea Monters: A Prehistoric Adventure" da National Geographic e também na série "Criaturas Titânicas". Em outubro de 2010, uma autoridade do Kansas anunciou que fará do Xiphactinus o fóssil oficial do estado do Kansas.
Xiphactinus de Sea Monsters
© BBC
© BBC© BBC
Xiphactinus de Sea Monsters: A Prehistoric Adventure
© National GeographicO modelo de X. audax feito para a Nat. Geo.
© National Geographic
Fontes

domingo, 13 de fevereiro de 2011

LIVROS PARA DOWNLOAD



Dezenas de livros estarão disponíbilziados por mim no Blog




Comentem este assunto e opinem sobre isto escrecvendo!!!


Abraços

sábado, 12 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O ovo do pterossauro

Encontrado na China exemplar de 160 milhões de anos associado a um ovo fóssil. A descoberta, rara na paleontologia, levanta discussões sobre os traços que diferenciam machos e fêmeas desse grupo de répteis voadores, como mostra Alexander Kellner em sua coluna. 
 
Por: Alexander Kellner
Publicado em 04/02/2011 | Atualizado em Feb 08, 2011
O ovo do pterossauro
Ovo preservado encontrado em associação com um esqueleto de pterossauro adulto na China. (foto: Science/AAAS) 
 
A paleontologia da China continua surpreendendo o mundo. Junchang Lü, do Instituto de Geologia da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, e colaboradores acabam de divulgar um achado extraordinário: um ovo fóssil de um réptil voador de 160 milhões de anos! E o melhor: ele foi encontrado junto com um esqueleto completo – uma fêmea que, por motivos desconhecidos, morreu antes de ter desovado. A descrição do material – e sua implicação para a paleontologia – acaba de ser publicada pela Science.

A descoberta

É a primeira vez em todo o mundo que se encontra um esqueleto completo de um réptil voador em associação direta com um ovo
Não é segredo para ninguém que os fósseis da China, particularmente os encontrados na província de Liaoning, têm revolucionado a pesquisa de diversos grupos fósseis. São espécies de angiospermas primitivas ou plantas proximamente relacionadas, dinossauros com penas que nos auxiliam a entender a relação desses répteis com as aves, grande número de dinossauros juvenis ao lado de um adulto e até mesmo mamíferos contendo dinossauros em seu estômago.

No entanto, é a primeira vez em todo o mundo que se encontra um esqueleto completo de um réptil voador em associação direta com um ovo.
O exemplar em questão foi obtido pelo Museu de História Natural de Zhejiang. Os preparadores – responsáveis por preparar, ou seja, ‘limpar’ os sedimentos dos fósseis – já sabiam que se tratava de uma peça especial, pois o esqueleto, encontrado nas camadas da Formação Tiaojishan (com 160 milhões de anos), era completo e, por isso mesmo, raro. Nunca é demais lembrar que os pterossauros, por serem répteis voadores, têm ossos muito frágeis e raramente são preservados nas rochas por inteiro.
Fêmea de Darwinopterus com ovo associado
Esqueleto quase completo da fêmea de ‘Darwinopterus’ parcialmente preparado (A) e totalmente preparado (B), com o ovo completamente exposto. (foto: Junchang Lü)
Os pesquisadores também observaram algo muito estranho perto da pélvis do animal, entre os membros posteriores, perto da cauda. Era uma substância muito diferente da rocha e dos ossos, o que levou à suspeita de que poderia ser algum tecido mole, quem sabe parte do couro do animal que tivesse se preservado – uma raridade por si só.
À medida que a preparação do material avançava, veio uma grata surpresa: eles tinham encontrado um ovo fossilizado de pterossauro – apenas a quarta ocorrência no mundo e a mais antiga.

Ovos de casca mole

O ovo desse pterossauro era pequeno, com um comprimento e largura máximos de, respectivamente, 28 e 20 milímetros. Observando a sua superfície, os autores puderam constatar a ausência de fraturas, o que sugere que a casca não era calcificada – como é o caso dos ovos da maioria dos répteis, incluindo as aves –, mas sim composta de uma membrana, como observado em alguns lagartos e tartarugas.
Existem pelo menos dois tipos bem distintos de ovos de pterossauros.
 
A suspeita de que alguns pterossauros punham ovos com casca não calcificada e formada por uma membrana já havia sido levantada antes, após a descoberta de ovos encontrados em rochas de 121 milhões de anos também de Liaoning.

Essa observação diverge de outro achado de um ovo de pterossauro encontrado na Argentina, onde pôde ser evidenciada uma casca que, apesar de fina, era rígida. Ou seja, existem pelo menos dois tipos bem distintos de ovos de pterossauros.
Diferentes ovos de pterossauros
Formato de todos os ovos atribuídos a pterossauros encontrados até hoje. Os animais pertencem aos gêneros: ‘Darwinopterus’ (A) e ‘Ornithocheiridae’ gen et sp. indet. (B e C), encontrados na província de Liaoning, na China; e ‘Pterodaustro’ (D), encontrado na Província de San Luis, na Argentina. (foto: Science/AAAS)

Macho ou fêmea?

Outra implicação da descoberta é a possibilidade de se encontrar características para separar machos e fêmeas nesse grupo de répteis voadores. Pode parecer curioso para as pessoas, mas a distinção entre sexos em populações fósseis não é algo simples. Aliás, é praticamente impossível, já que estruturas típicas de cada um dos sexos estão vinculadas geralmente a cor e feições de tecido mole (penas, tipos e tamanho de pelos, etc.), que não se preservam no registro fóssil.
A descoberta indica a possibilidade de se encontrar características para separar machos e fêmeas nesse grupo de répteis voadores.
 
No caso do exemplar do museu de Zhejiang, não existe dúvida: aquele esqueleto associado ao ovo pertencia a uma fêmea.
Assim, com esse achado, pode-se estabelecer como eram as características do esqueleto de uma fêmea e, observando outros exemplares da mesma espécie, é possível estabelecer diferenças eventualmente associadas a dimorfismo sexual. Na espécie humana, por exemplo, o esqueleto de homens e mulheres difere no tamanho e na estrutura da pélvis.
Levando em conta esse objetivo, a principal diferença encontrada por Lü e seus colegas está na presença de uma crista óssea na cabeça dos machos que estaria ausente nas fêmeas. Uma observação bem legal, se não fosse por um pequeno detalhe...
Fêmea e macho de Darwinopterus
Com base no estudo da fêmea recém-descoberta e de outros exemplares da mesma espécie, os pesquisadores concluíram que os machos de ‘Darwinopterus’ (à direita) têm uma grande crista óssea na cabeça, o que não ocorre nos indivíduos do sexo feminino (à esquerda). Mas há quem acredite que a crista indique a existência de duas espécies diferentes, controvérsia que só poderá ser resolvida com mais material de pesquisa. (ilustração: Mark Witton, University of Portsmouth)
No final do ano passado, Xiaolin Wang, do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia da Academia Chinesa de Ciências, e colegas publicaram nos Anais da Academia Brasileira de Ciências a descrição de duas novas espécies de pterossauros do mesmo depósito de Liaoning – também com 160 milhões de anos. Esses autores conseguiram determinar a presença de diferentes espécies naquelas rochas, umas com crista e outras sem...

Talvez seja por isso que Lü e seus colegas tenham apenas identificado a fêmea de pterossauro descrita por eles ao nível de gênero – Darwinopterus sp. –, deixando indefinida a espécie a que o fóssil pertence. Esse gênero inclui pelo menos duas: Darwinopterus modularis e Darwinopterus linglongtaensis.
Enfim, mesmo que a situação sobre dimorfismo sexual entre pterossauros ainda esteja aberta para discussão, a descoberta desse fóssil, por si só, já é capaz de agitar o mundo da paleontologia.

Alexander Kellner
Museu Nacional/UFRJ
Academia Brasileira de Ciências

Marcadores moleculares: microssatélites

Regiões microssatélites são regiões no genoma que apresentam seqüências repetitivas (em tandem) de uma, duas, três ou quatro seqüências de nucleotídeos, sendo a de duas seqüências a mais comum, como mostrado na figura abaixo.
A função destas regiões ainda é desconhecida, mas os microssatélites se mostraram extremamente úteis como marcadores moleculares no mapeamento genético do genoma humano, principalmente por dois fatores: o primeiro é a abundância destas regiões pelo genoma, sendo que um mapa de 300 a 400 marcadores microssatélites com distâncias semelhantes entre si cobrem todo o genoma; o segundo fator é seu alto grau de polimorfismo, sendo que um marcador microssatélite possui mais de 15 alelos, os quais diferem no tamanho das repetições em tandem. Este fato indica que a chance de dois indivíduos apresentarem o mesmo perfil de marcadores microssatélites é extremamente pequena. Com isso, as regiões microssatélites têm sido amplamente utilizadas em genética forense, em casos de identificação de um indivíduo por meio do DNA extraída da cena de um crime.

Notação:
Quando trabalhamos com microssatélites, encontramos geralmente uma notação a qual é mostrada a seguir: D1S166, D3S7685, DXS9877, e assim por diante. O que significa? Bem, a letra D significa Dinucleotide, o próximo caractere indica o cromossomo onde o microssatélite se encontra, sendo X ou Y se o marcador se encontra nos cromossomos sexuais. A próxima letra, S, significa Sequence, e o número a seguir indica a ordem em que este microssatélite foi identificado por cromossomo. Por exemplo: o marcador D1S166 significa Dinucleotide, Chromosome 1, Sequence 166. Se encontrarmos um marcador com a notação D1S100 significa que este marcador foi encontrado antes do D1S166 (obviamente, 100 é menor do que 166). Isto também mostra que podemos ter marcadores com o mesmo número de identificação, só que em cromossomos diferentes, como por exemplo, D4S500 e D10S500. Esta notação também nos dá alguma informação de quantos marcadores já foram encontrados, sendo que se encontrarmos um marcador chamado D2S18799, significa que já foram encontrados 18.799 regiões microssatélites no cromossomo 2. Mais informações sobre marcadores microssatélites podem ser encontrados nos ebooks Genomes 2 e The Human Genome, encontrados no site do NCBI.
T.rex
© Discovery Channel
E aí pessoal, hoje estou trazendo mais uma postagem para você aí, que curte documentários sobre vida pré-histórica! Desta vez falarei um pouco da série do Discovery Channel chamada "Nos Primórdios da América". Definitivamente não sei o nome original da série, apenas o de cada episódio. Até onde vai meu conhecimento, a série conta com 6 episódios, cada um focado numa cidade dos Estados Unidos, onde criaturas pré-históricas foram encontradas... ou não. Ficou curioso para saber como são os episódios, que animais aparecem em computação gráfica e o porque deveriam mencionar a falta de fósseis de um local? Então o que está esperando meu caro dinófilo, clique logo em Leia Mais e veja a postagem completa!


Antes de mais nada, aqui vai novamente (acho que já fiz isso em outra postagem) uma crítica ao uso da palavra América como sendo o país Estados Unidos. Pra mim, brasileiro falante da língua portuguesa, América é o continente todo e não apenas o país a que muitos se referem como tal. Depois disso vamos ao que interessa, o documentário em si.
A série é um tanto quanto desconhecida o que prejudica na hora de pesquisar sobre ela, por isso não descobri o nome da série em inglês, apenas sei o nome de cada episódio. Na verdade são nomes simples, pois chamam o episódio de "Nome da Cidade -> Pré-histórica". Essa explicação ficou confusa, então veja abaixo os nomes originais dos episódios:
  • Prehistoric New York
  • Prehistoric Los Angeles
  • Prehistoric Chicago
  • Prehistoric Dallas
  • Prehistoric Denver
  • Prehistoric Washington D.C.
Primeiro de tudo tenho que dizer que não é um documentário no estilo de "Caminhando com os Dinossauros", pois além de tratar de dinos, aborda também diversas outras eras geológicas e suas faunas, incluindo mamíferos, peixes, invertebrados etc. Além do mais, também conta com a participação constante de paleontólogos como narradores adicionais, que vão explicando as características dos ambientes e animais foco de cada trecho da série. Pode ser comparado ao estilo de "Quando os Dinossauros Reinavam na Terra", porém bem mais permeado por opiniões de especialistas e com menos apresentação de animais em CG em seu habitat.
Temos como foco então as seguintes cidades dos Estados Unidos, em ordem de apresentação. New York (Nova Iorque se preferir), Los Angeles, Chicago, Dallas, Denver e por último a capital Washington D.C. finalizando. Aqui você confere um resumo detalhado de cada episódio e algumas imagens retiradas de cenas do programa.

Episódio 1 - New York: Nossa primeira parada é na Nova Iorque pré-histórica de 12.000 anos atrás, no fim do período Pleistoceno, quando a Ilha de Manhattan não era ainda uma ilha, não passando de uma colina. A "Grande Maçã", como chamam a cidade hoje, era habitada por Mastodontes e estes devem ter se estabelecido na região pela variedade de plantas e clima mais convidativo para este tipo de animal.
Os paleontólogos aparecem explicando o clima da Era Glacial e dizem que acredita-se que os Espinheiros da Virgínia, um tipo de árvore que consegue produzir galhos espinhentos em torno de si mesma e de suas raízes, elaborou este mecanismo de defesa para proteger-se de ser devorada por manadas de Mastodontes na Era Glacial. Tais árvores podem ainda ser vistas na cidade de New York, nas calçadas da Quinta Avenida, porém com os espinhos cortados para evitar ferir os pedestres. No entanto no Central Park há um exemplar com os espinhos totalmente desenvolvidos, não foram podados por não oferecer perigo, sendo que estão em local mais retirado. Continuando, os cientistas explicam que haviam um grande predador em New Iork naquele período.
Era o Arctodus ou Urso de Cara Achatada era um dos predadores do local e não era páreo para nenhum animal daquela terra pantanosa, repleta de pequenos lagos. Nesses lagos vivia o Castor Gigante, um enorme roedor que era muito maior do que se primo atual. Os cientistas sugerem que talvez fosse caçado pelo Urso e mostram as ferramentas de caça do grande carnívoro.
Arctodus - O Urso de Cara Achatada
© Discovery ChannelCastor Gigante
© Discovery Channel

Como falam da famosa Era do Gelo, nos contam que há 22 mil anos, New York foi engolida por uma geleira gigante no auge da Era Glacial, que começou a derreter e acabou deixando no local montes de sedimentos que estavam no meio do gelo e que hoje podem ser encontrados no solo da cidade.
Mas durante o Cretáceo, há 70 milhões de anos, o mar cobria a região e a tartaruga marinha gigante Archelon caçava presas com seu bico afiado. Os experts nos animais explicam que eram enormes tais répteis e que sua carapaça era mais macia que a das tartarugas atuais. Mas tais seres eram presas em potencial para os Mosassauros gigantes, suponho que seja o Tilossauro, dado que o tamanho era de cerca de 12 metros. Não falam o nome específico dele, por isso adivinhei. Eles também habitavam tais mares e ali caçavam os maiores quelônios do Cretáceo. Muitos outros animais habitavam esse nicho marinho, como moluscos e diversos tipos de répteis marinhos e peixes.
Já falando do período Triássico, damos uma espiada há 200 milhões de anos, vendo o Postosuchus aterrorizar a região comendo dinossauros como o Coelophysis.
Postosuchus© Discovery Channel
Postosuchus espreitando um Coelophysis
© Discovery Channel
O pesquisador explica que com a extinção do fim do Triássico, surgem dinossauros como o Dilofossauro, que começam a dominar o ambiente como predadores. Quando a Pangéia se desmonta, com a separação do continente em partes, Nova Iorque está bem perto do acontecimento e mantém indícios do fato.
Dilofossauro
© Discovery Channel © Discovery Channel Dilofossauro pescando: um nova hipótese de comportamento desse dino
© Discovery Channel

No Ordoviciano, há 450 milhões de anos, os Escorpiões do Mar, ou Euripterídeos, se aventuravam em terra firme pela primeira vez. Comiam de tudo o que achavam.
Escorpião do mar
© Discovery Channel
© Discovery Channel

Por último conferimos a maior cordilheira da história da Terra, que surgiu com o choque do que hoje é a América do Sul com a América do Norte, formando montanhas de 9 mil metros de altura.
As cordilheiras formando-se com o choque continental
© Discovery Channel

Sempre os narradores, tanto o narrador original quanto os paleontólogos, ressaltam que assim como hoje New York é o centro dos acontecimentos do mundo moderno, esteve no centro de diversos eventos importantes da história geológica da Terra.

Episódio 2 - Los Angeles: A cidade conhecida pelos astros do cinema também teve seus astros pré-históricos. Partindo do conhecimento fornecido pelos fósseis perfeitos do poço de piche no centro da cidade, vamos para 20.000 anos atrás, conhecer os gigantes da Era do Gelo.
Mamutes Colombianos em L.A.
© Discovery Channel

Grandes manadas de Mamutes Colombianos e famintos Smilodontes vagavam na área naquele tempo. Vemos como os animais, iludidos pela superfície brilhante dos poços de piche, acabavam atolados ao tentar beber água no local e morriam lentamente, de fome ou afogados, tudo acompanhado de explicações de paleontólogos.
O Smilodon era outro animal da área
© Discovery Channel

Os Poços de Piche de La Brea em Los Angeles é um dos poucos lugares no mundo onde ainda hoje o petróleo cru verte na superfície. Quando animais grandes como Mamutes e Preguiças Gigantes atolavam no piche, atraiam predadores, que achando ter encontrado comida fácil acabam presos no lodo também, nos contam os pesquisadores.
O Mamute preso no piche vira presa fácil
© Discovery Channel
O tigre ataca, mas logo ficará preso no piche também
© Discovery Channel
Voltando para 80.000 anos atrás, vemos os animais presos no piche, como Mamutes, Bisões e Preguiças, atraindo predadores como o Smilodon e Lobos Pré-históricos, que atacavam os herbívoros indefesos e também acabavam atolados.
O Lobo Pré-histórico: milhares dele foram encontrados no piche
© Discovery Channel
Provavelmente a alcatéia tentava atacar Bisões atolados
© Discovery Channel

Agora o episódio retorna a 20 milhões anos e então os caçadores de fósseis nos dizem que o local estava coberto por mar e que era dominado pelo enorme Megalodon, o tubarão gigante. Ele aparece comendo baleias primitivas.
Megalodon
© Discovery Channel

Alguns milhões de anos antes, o choque das placas tectônicas forma a Falha de San Andreas, uma rachadura na rocha do continente exatamente na região de L.A., fazendo com que haja terremotos frequentemente na cidade e que todos vivam na espectativa de um terremoto gigante, que segundo os especialistas, vai ocorrer com certeza, só não se sabe quando.
Falha de San Andreas
© Discovery Channel

De volta ao Cretáceo, 100 milhões de anos atrás, conhecemos um dos predadores de Los Angeles, o Albertossauro, que atacava o hadrossaurídeo Parassaurolofo nas praias daquele habitat.
Parassaurolofo
© Discovery Channel

Infelizmente os paleontólogos só chamam o herbívoro de "Hadrossauro", o que é um nome mais genérico. O interessante deste trecho é que mostram uma nova hipótese sobre o uso do grito destes animais. Os Parassaurolofos, ao serem atacados em uma praia por um Albertossauro, em vez de fugirem ou gritarem apenas para alertas os demais sobre o perigo, param de frente para o predador e todos juntos gritam muito alto e continuamente. Isso evita que o animal predador chegue mais perto, pois teoricamente o som afetaria seu cérebro.
O Albertossauro caça pela praia...
© Discovery Channel
E não consegue seu jantar...
© Discovery Channel
Mas mesmo assim, se o Albertossauro fosse capaz de isolar um animal do bando, conseguiria abatê-lo diz um dos paleontólogos.
Até fazer uma segunda tentativa separando um membro do bando
© Discovery Channel

Enquanto isso, na água um enorme Tilossauro nada. Apresentam-nos então o Elasmossauro, como um dos répteis marinhos que habitou L.A. no Cretáceo e explicam seu modo de vida em geral. Depois aparece uma explicação sobre o Tilossauro, genericamente chamado de "Mosassauro" e este aparece caçando o Elasmossauro.
Elasmossauro
© Discovery ChannelTilossauro
© Discovery Channel
Tilossauro atacando jovem Elasmossauro
© Discovery Channel

Por último uma breve explicação sobre como se formou o petróleo na região e como este vazou e tornou-se o poço de piche mais famosos do mundo, o de La Brea, que hoje é local de incontável riquezas fósseis.
Esquema da formação do poço de La Brea
© Discovery Channel


Episódio 3 - Chicago: Neste episódio, aprendemos que a cidade fica à beira do Lago Michigan, perto do Rio Mississipi. Depois de nos mostrar como o lago modificou-se ao decorrer de milhares de anos, voltamos no tempo. Neste local há 13 mil anos, durante o Pleistoceno, uma enorme geleira no lago Michigan matinha a água a 8 quilômetros da costa atual, porém estava derretendo. O local exato da cidade estava coberto com 12 a 15 metros de água e só duas ilhas mantinham-se acima do nível do lago. Hoje tais ilhas são colinas no meio da cidade. Nesta ilhas viviam os Mastodontes Americanos e Mamutes Lanudos, parentes dos Elefantes atuais.
Mastodontes
© Discovery Channel
Pesquisadores aparecem caçando fósseis na região da cidade, em um charco que um dia foi um lago. Eles contam que a movimentação do solo através de milhares de anos espalhou os ossos dificultando o trabalho. Em seguida, aprendemos a diferença entre os Mastodons e Mamutes, e que não são ancestrais dos Elefantes, mas sim apenas parentes distantes.
Mamute
© Discovery Channel
Os pesquisadores acreditam que assim como em outras regiões do continente, o Povo de Clóvis caçava Mastodontes e Mamutes com suas lanças e flechas de pedra, pelo menos até 10.000 anos atrás, quanto eles e praticamente toda a Megafauna sumiram.
Povo Clovis caçando Mastodonte
© Discovery Channel

Alguns culpam os humanos, outros as doenças que podem ter surgido com o Grande Intercâmbio de Espécies ou ainda mudanças climáticas. Enfim, tudo ainda é um mistério quando se trata da extinção da Megafauna. Mas um mistério maior ainda em Chicago é quais dinossauros viveram ali. Não ha nenhum registro fóssil de dinossauro na cidade. Isso ocorre porque não foram encontradas as camadas de rocha da Era Mesozóica, elas simplesmente sumiram. Acredita-se que foram desgastadas pela erosão da chuva, vento e gelo da Era Glacial, esclarecem os pesquisadores.
Pesquisadora explica a falta de fósseis de dinossauro
© Discovery Channel
Que os dinossauros viveram em Chicago não se tem dúvida, mas que tipos viveram naquele local? Para ter uma ideia da fauna mesozóica de Chicago, visitamos o lugar mais próximo onde foram achados dinossauros, o Missouri.
Com base nos dinossauros vizinhos, mostra-se que há 70 milhões de anos o local era coberto por uma floresta tropical, onde provavelmente Hadrossauros comiam o dia todo. Além disso, tiranossaurídeos devem ter habitado a região e faziam dos hadrossauros suas presas favoritas.
Hadrossaurídeo
© Discovery Channel
Tiranossaurídeo
© Discovery Channel

Enquanto que faltam evidências da Era Mesozóica, há fósseis do período Permiano, datados de 260 milhões de anos atrás, quando Chicago não era nada tropical, pelo contrário, era um local árido, situado no interior da Pangéia, bem na linha do Equador.
Estudos perceberam que o local foi alvo de um meteoro durante aquela época e que causou enorme devastação.
Cratera
© Discovery Channel

Em seguida o documentário passa para o Carbonífero, há 300 milhões de anos. Chicago também estava na Linha do Equador neste período, porém no litoral, o que fazia com que houvessem florestas na região.
Neste ambiente viviam artrópodes gigantes, como o Arthropleura, uma centopéia de 3 metros de comprimento, além de uma enorme libélula carnívora de 80 centímetros.
Arthropleura
© Discovery Channel
© Discovery Channel

No entanto o mais bizarro animal que viveu ali era o Monstro de Tuli, um tipo de verme aquático que não se sabe exatamente que tipo de animal era, era parecido com verme, molusco e até peixe em certo aspecto, mas sua natureza ainda é um mistério diz o paleontólogo que nos apresenta o animal.
Monstro de Tuli
© Discovery Channel

Há 435 milhões de anos, no período Siluriano, Chicago era mar e estava repleto de moluscos de concha alongada, cefalópodes do grupo dos nautilóides. Ele se alimentava dos Trilobitas, um tipo de artrópode marinho.
Cefalópode ataca Trilobita
© Discovery Channel
Trilobita
© Discovery Channel
O solo marinho cheio de corais daquele mar, depois de tanta sedimentação e fossilização gerou o leito rochoso usado de alicerce para os edifícios de Chicago.

Dallas: No episódio que nos mostra a Dallas da pré-história, voltamos á diversas eras geológicas e conhecemos muitos dos animais que viveram no local. Sempre lembrando de uma mania dos texanos, o narrador diz que neste estado todos afirmam que as coisas são maiores. Há 11.000 anos, durante o Pleistoceno, humanos caçavam Mamutes Colombianos, a maior espécie de elefante que já existiu. Perto do fim da Era do Gelo, o Povo de Clóvis caçava estes enormes animais, como comprovado pelas marcas de facas rústicas nos ossos.
Um pequeno grupo de Mamutes
© Discovery Channel
Viajando mais ainda, vamos para 50 mil anos atrás, quando vemos um bando de Mamutes afoga-se num rio durante uma inundação, e aí os pesquisadores explicam que há indícios de que uma mãe Mamute morreu segurando seu filhote acima da água com suas presas, na tentativa de salvá-lo.
A chuva começa a inundação
© Discovery Channel

Infelizmente para os Mamutes, não foi possível vencer a correnteza do rio e a morte os pegou. Além disso, outros perigos rondavam os Mamutes naquela época, como o Homotherium, também conhecido como Tigre-dentes-de-cimitarra, sobre o qual os cientistas nos explicam tudo e assim vemos tal carnívoro em ação, através da computação gráfica.
Homotherium
© Discovery Channel
De volta 100.000 anos atrás, mostram alguns Mamutes e retornam para 11 mil anos, mostrando ataques do Homotherium.
Os Homotheriums abateram um filhote de Mamute
© Discovery Channel

Então conhecemos o tatu de 2,5 milhões de anos, um enorme gliptodontídeo norte americano. Ele sobreviveu até perto do fim da Era Glacial, pois era um animal bem adaptado e com fortes proteções.
Homotheirum ataca o Gliptodon inutilmente
© Discovery Channel
Até a cabeça deste animal é blindada e imune
© Discovery Channel

No entanto, em um tempo ainda mais antigo, há 86 milhões de anos, a cidade era coberta pelo mar interior que no Cretáceo cortava toda a América do Norte. Ali dois gigantes marinhos lutavam pelo domínio da região. Um deles era o mosassaurídeo Tilossauro e o outro, o enorme tubarão Cretoxyrhina. Neste trecho vemos diversos seres marinhos daqueles mares, como Plesiossauros e outros répteis marinhos e explicações sobre o clima e ambiente da época, bem como sobre o comportamento dos animais.
Cretoxyrhina
© Discovery Channel

Voltando um pouco, para 92 milhões de anos, conhecemos o Dallasaurus, um réptil primitivo que acredita-se ser o ancestral dos Mosassauros, um animal que tinha origem terrestre e que estava adaptando-se à vida marinha.
Dallasaurus entrando na água
© Discovery Channel

De volta 98 milhões de anos atrás, um ornitópode estranho nos é apresentado. Este seria o Protohadrosaurus, uma espécie intermediária entre Iguanodontídeos e Hadrossaurídeos. Segundo os paleontólogos ele estaria desenvolvendo a dentição mais eficiente dos Hadrossaurídeos e deixando para trás os dentes robustos tradicionais dos Iguanodontídeos.
Protohadrosaurus
© Discovery Channel
© Discovery Channel

Há 113 milhões de anos um Acrocanthosaurus aparece caçando um saurópode gigante numa praia, o que os pesquisadores ajudaram a fazer em computação gráfica, reconstruindo a cena deixada marcada por suas pegadas e de suas presas no rio Paluxy. O herbívoro devia ser Paluxysaurus, o dinossauro oficial do do Texas.
Paluxysaurus comem folhas de uma árvore
© Discovery Channel
© Discovery ChannelAcrocantossauro
© Discovery Channel

Mas os fósseis que tornam o Texas bem rico provém de 325 milhões de anos, pois eram de Zooplâncton, animais microscópicos marinhos que originaram o petróleo e o gás natural que hoje rende muito ao Texas com a extração e comercialização do mesmo. Afinal, o Texas foi mesmo uma terra de grandes coisas desde os primórdios da vida na terra.
Zooplâncton
© Discovery Channel

Denver: Novamente começamos conhecendo a cidade foco do episódio, neste caso Denver e depois vamos direto à 25.000 anos atrás, quando Mamutes Colombianos (de novo??) ainda vagavam naquelas terras. Há uma possibilidade de terem sido caçados por humanos, o que contradiz a ideia de que os humanos só apareceram no local há 13 mil anos.
Bando de Mamutes
© Discovery Channel
Já no Eoceno, há 37 milhões de anos, conhecemos o Archaeotherium, um entelodontídeo que vivia caçando o Oriodonte, um tipo de mamífero muito comum naquele tempo. Mas uma gigantesca erupção vulcânica acaba com a festa do porco predador, que acaba morto junto com sua presa.
Archaeotherium
© Discovery Channel
© Discovery Channel
Oriodon
© Discovery Channel

Pulando para 66 milhões de anos atrás, pesquisadores dizem que os Triceratops vagavam no que hoje é o meio da cidade e eram atacados pelo temível Tiranossauro rex.
A seguir paleontólogos relatam como fósseis do Tiranossauro foram achados em Denver e como há evidências fósseis de que o animal de chifres foi mordido pelo predador e depois curou-se, significa que ele atacava os herbívoros ainda vivos.
T.rex avança sorrateiro
© Discovery Channel
O Triceratops nota sua presença e revida
© Discovery Channel
O terópode morde o chifre
© Discovery Channel
Acaba vitorioso
© Discovery Channel

Muito brevemente lembram a extinção do Cretáceo e logo voltam mais um pouco no tempo, para 85 milhões de anos, quando a cidade era um mar repleto de bestas famintas. Novamente e de forma um tanto repetitiva, mostram como vivia o Elasmossauro, o Tilossauro (virou rotina) e para variar, os Pteranodons, que morreram no mar interior há tanto tempo.
Pteranodons cortam os céus
© Discovery Channel
Mas antes do mar cobrir parte do continente outros dinossauros viveram em Denver e deixaram inúmeras trilhas de pegadas. Isso ocorreu no Jurássico, quando gigantes caminhavam na lama de uma floresta vistosa. Apatosaurus aparecem comendo folhas, embora sejam estranhos e aparentemente são modelos de CG do Astrodon, reaproveitados do episódio de Washington. Logo em seguida conhecemos o dinossauro oficial do Colorado, o Estegossauro.
Estegossauro© Discovery ChannelEle bombeava sangue para as placas, deixando-as avermelhadas
© Discovery Channel
Servia de atrativo sexual
© Discovery Channel
Depois de saber o básico sobre o velho Estegossauro, passamos a conhecer as montanhas rochosas, que demarcam a paisagem de Denver. Então passamos para 300 milhões de anos atrás, quando as Rochosas Ancestrais surgiram, que eram montanhas igualmente impressionantes.

Washington D.C.: Depois de uma breve abordagem sobre o terreno da cidade, voltamos ao Mioceno, há 14 milhões de anos, quando o mar que costeava Washington era o lar do gigantesco Megalodon, que dominava a área (reciclagem de novo...).
Pesquisador fala do Megalodon
© Discovery Channel

Aprendemos como funcionava o ataque do Megalodon e então passamos a ver um habitante da terra do mesmo período, um mamífero carnívoro chamado Amphicyon, também popularmente conhecido como Cão-Urso. Ele caçava os abundantes Pecaris, porcos selvagens que eram a presa mais comum naquele ambiente.
Cão-Urso
© Discovery Channel
Pecari
© Discovery Channel
Cão-Urso espreita os Pecaris
© Discovery Channel

Regressando ainda mais nas eras geológicas, vamos parar há 35 milhões de anos, no Eoceno, quando Washington era tomada por um ambiente tropical que foi dizimado por um meteoro de 3 quilômetros de diâmetro ao se chocar com o Oceano Atlântico, a uns 300 quilômetros de distância da cidade.
Depois de ver os efeitos do impacto, viajamos para 110 milhões de anos, a era dos dinossauros, para conhecer o Astrodon, um dos gigantes saurópodes que viveu no Cretáceo na capital dos Estados Unidos.
Astrodon
© Discovery Channel

Estes gigantes eram caçados pelo Acrocanthosaurus (tá virando clichê), que usava seus braços musculosos para ajudar no abate da presa.
Acrocanthosaurus
© Discovery Channel
© Discovery Channel

Uma cena legal é o ataque do Acrocantossauro ao Astrodon em um campo aberto. Ele aproxima-se, e o saurópode vira para fugir correndo, mas é atacado pelo flanco. Depois o carnívoro ataca o pescoço e finaliza a vítima puxando o para baixo enquanto morde com força.
O caçador e a presa
© Discovery Channel
Dando o golpe de misericórdia
© Discovery Channel

Enquanto batalhas de gigantes ocorriam em campos e praias, em meio à floresta um bando de Deinonychus ataca um Tenontosaurus. Antes de deixar de falar sobre o Cretáceo, nos mostram indícios de enormes pterossauros que viveram na região.
Pteranodon
© Discovery Channel
Deinonychus
]© Discovery Channel
Dupla observa a caça
© Discovery Channel
O ataque começa
© Discovery Channel

Depois, já falando do Jurássico de 145 milhões de anos atrás, paleontólogos falam que provavelmente o Estegossauro, Allosaurus e os grandes saurópodes viveram perto de Washington, embora não haja registro fóssil indicando isso. Mas se no meio dos Estados Unidos, na Inglaterra e Portugal haviam estes tipos de dinossauros e seus parentes, é bem provável que tenham existido em Washington.
Stegosaurus e Allosaurus
© Discovery Channel

Voltando para 200 milhões de anos, vemos como a separação contiental causou uma falha geológica, uma espécie de emenda que cortou bem ao meio a cidade de Washington, resultando disso a falta de fósseis do Jurássico.
---
Bem afinal de contas, gostei da série, embora tenha diversas falhas. Um dos pontos fracos é que reaproveita demais os animais e modelos de computação gráfica, talvez uma artimanha dos produtores para evitar custos. Em dois ou três episódios aparecem Mamutes e Mastodontes, em dois ou três deles aparece o Acrocantossauro e em pelo menos dois episódios temos o Megalodonte, sem falar no repetitivo ambiente marinho dominado por Tilossauro e Cretoxyrhina. Outras falhas estão no fato de abusar de especulação, afirmando que tal animal viveu em determinada cidade sem ter evidência fóssil disso, como é o caso do Dilofossauro aparecer em New Iork, quando foi na verdade descoberto no Arizona.
Outro fato chato é mostrar um animal representado em computação gráfica e chamá-lo por outro nome. Mostraram o Ceratossauro e chamaram de Alossauro, mostraram o Astrodon como sendo o Apatossauro... enfim, algo que me incomoda. Reaproveitamento constante de cenas de outros episódios ou até mesmo de outros documentários também é chato, mas, apesar de tudo, aprendi algumas coisas novas com a série, gostei da qualidade da maioria das reconstruções em questão de realismo e a participação de paleontólogos reconhecidos ajuda a dar alguma credibilidade.
Eu recomendo sim que assistam essa série, embora não seja excelente. Estaremos sendo exigentes demais, no entanto, se exigirmos que uma série do Discovery Channel seja perfeita, pois sabemos que aparentemente o objetivo deles é ter audiência antes de mais nada e por isso são um pouco sensacionalistas.
Sem mais a dizer, sugiro que dê um jeito de ver a série, seja na internet, na TV ou comprando os DVDs dos episódiso aqui no Blog do Ikessauro, pois tem uns pontos bem relevantes a ser aprendidos e até chega a ser divertida pelas cenas dos animais em seus habitats.

Geralmente podemos encontrar por aí alguns episódios de documentários, mas quando se trata de comodidade, nada melhor do que ver os episódios na televisão de casa, com imagem grande, nítida e som de qualidade, em vez de ver numa resolução baixa em um player qualquer em seu computador.
Por isto o Blog do Ikessauro oferece uma chance a quem não conhece estes documentários, de assistir em casa, o que para muitos geralmente não é possível, porque nem todos possuem acesso a canais como Discovery Channel, The History Channel ou National Geographic Channel e não encontram no mercado DVDs de tais produções.
Agora os DVDs estarão disponíveis para que possam comprar aqui no blog, a um custo relativamente baixo. Cada disco custa somente R$8,00 reais e o custo de envio via correios é de R$5,00 reais para cada disco. Cada disco contem apenas 1 episódio, gravado da TV, portanto não contém no DVD nenhum material bônus, ou extras, nem menu ou seleção de legendas e idioma.

Também disponibilizo aqui no blog outros títulos que podem ser vistos acessando o seguinte link ou o banner de DVDs da coluna de menus do blog.
Se desejar mais de 1 título, o frete sobe para R$10,00 reais, frete que pode comportar até 6 discos. Acima de 6 discos o frete é de R$15,00, tudo via carta registrada. Cada DVD/Disco contém 1 episódio dublado, ou seja, áudio em português. A face do disco é pintada, vem com um "desenho" em cada DVD, que é enviado em uma caixinha de CD comum, sem encarte nenhum. Os fretes anunciados nesta postagens só valem para discos com estojo comum. Documentários da BBC com estojos de DVD e encarte tem frete diferente.
Veja o exemplo de um disco como é vendido
Você leva o que está na foto


Se estiver interessado e quiser comprar, você deve entrar em contato pelo seguinte e-mail: marcuscabral@yahoo.com.br
Por favor, se entar em contato, escreva DVDs - Documentários no campo de assunto, para facilitar o reconhecimento.