GEOLOGIA,
RECURSOS MINERAIS E PASSIVOS AMBIENTAIS
PERINOTTO, J. A.(1) & LINO, I. C.(2)
(1)Depto. de Geologia Aplicada - DGC/IGCE/Unesp -
perinoto@rc.unesp.br
(2) Laboratório de Geologia de Engenharia e Meio Ambiente –
DGA/IGCE/Unesp; Mestre em Geociências e Meio Ambiente - IGCE/Unesp
- Bolsista CNPq
Geologia
A bacia hidrográfica do rio Corumbataí situa-se na porção
nordeste da Bacia Sedimentar do Paraná, na Depressão Periférica
Paulista, centro-leste do Estado de São Paulo (
Mapa de localização
da Bacia), em área de afloramento de rochas paleozóicas
(Grupo Itararé, Formação Tatuí e Grupo Passa
Dois – formações Irati e Corumbataí), mesozóicas
(Formação Pirambóia, Grupo São Bento –
formações Botucatu e Serra Geral, rochas magmáticas
intrusivas – diques e soleiras e Formação Itaqueri)
e cenozóicas (Formação Rio Claro) (
Mapa Geológico).
Nesta área ocorre uma das mais interessantes estruturas geológicas
regionais: o Domo de Pitanga (Figura 1).
Ao final deste texto são listados alguns dos vários trabalhos
anteriores que serviram de base para este artigo.
O rio Corumbataí corre, desde sua nascente, na região de
Analândia, até sua foz, no rio Piracicaba, sobre diversos
tipos litológicos identificados com as unidades estratigráficas
citadas. Devido à estruturação causada pelo Domo
de Pitanga, as unidades estratigráficas do alto curso (formações
Botucatu, Pirambóia e Corumbataí) e do baixo curso (Formação
Corumbataí) são mais jovens que as do médio curso
(Grupo Itararé e Formação Tatuí). Esse fato
pode ser visto no mapa geológico.
Figura 1 – Corte esquemático do Domo de Pitanga (da Via Anhanguera
até Águas de São Pedro). Fonte: Soares (1974).
O empilhamento dessas unidades estratigráficas pode ser visto
na Figura 2, a partir de um esquema elaborado para o centro da cidade
de Rio Claro com base em dados coletados em superfície e subsuperfície
(poços perfurados para água subterrânea).
O Domo de Pitanga é um alto estrutural do Mesozoico (Figura
1), hoje topograficamente rebaixado pela drenagem da bacia do rio Corumbataí,
que promove o aparecimento de rochas paleozóicas da base da coluna
estratigráfica da Bacia Sedimentar do Paraná nesta região,
em meio à faixa de afloramentos da Formação Corumbataí.
Esta última unidade foi definida justamente no vale do rio homônimo,
sendo esta região a sua área-tipo.
De maneira sucinta, e em ordem estratigráfica (da mais antiga
para a mais nova), podem ser assim descritas as unidades litoestratigráficas
que ocorrem no vale do rio Corumbataí:
Figura 2 – Estratigrafia local da Bacia do Paraná na cidade
de Rio Claro (SP), mod. de Perinotto& Zaine (1996)
1.Grupo Itararé (Neo-Carbonífero): Encontram-se
nesta unidade vários tipos de rochas sedimentares numa complexa
relação entre elas, como os ritmitos (varvitos e turbiditos),
arenitos de várias granulometrias dispostos em lentes e camadas
(que se constituem nos principais aqüíferos nesta região),
conglomerados (Foto 1), siltitos, argilitos, diamictitos (Foto 2) e tilitos.
Na geração destas rochas houve a atuação de
vários processos sedimentares (correntes aquosas de diferentes
intensidades e profundidades, decantação em águas
paradas profundas e rasas, ondas, deslizamentos e fluxos gravitacionais)
e, na maioria do tempo desta gênese o clima era bastante frio (glacial),
com avanços e recuos de geleiras. Os produtos (sedimentos) diretos
destas geleiras foram parcialmente ressedimentados em situações
fluviais, litorâneas e marinhas (de diferentes profundidades), resultando
nas rochas que hoje são agrupadas sob o nome Itararé. Os
afloramentos desta unidade ocorrem a sudeste e sudoeste de Rio Claro,
no fundo dos vales dos rios Corumbataí e Passa Cinco.
|
|
Foto 1 – Conglomerado do Grupo Itararé
(escala = 10 cm).
|
Foto 2 -Diamictito do Grupo Itararé.
|
(Fotos: Francisco E. G. da Cruz)
2.Formação Tatuí (Permiano): Esta
unidade é dominada por rochas de granulação fina,
como os siltitos (Foto 3) e argilitos. Ocorrem também alguns níveis
e lentes de arenitos e calcários. Próximo a Rio Claro, na
região entre Araras e Leme, ocorrem intercaladas rochas de granulação
mais grossa (arenitos conglomeráticos e conglomerados silexíticos).
A associação dos processos geradores dessas rochas aponta
para ambientes marinhos rasos, às vezes restritos, plataformais,
com atuação principalmente de marés e subordinadamente
de ondas. Localmente encontram-se processos relacionados a altos regionais
(leques costeiros). Essas situações ocorreram com a deglaciação,
ou seja, recuos finais das geleiras pela migração rumo norte
da placa sul-americana, afastando-se da região polar sul. O clima
ainda era frio, mas com condições melhoradas, propiciando
uma expansão da vegetação. Por essa época,
uma grande inundação marinha tomou conta de todo sul-sudeste-sudoeste
do Brasil e países vizinhos, incluindo também o então
adjacente sul da África. As exposições da Formação
Tatuí ocorrem em faixas mais ou menos contínuas, acompanhando
às da unidade anterior.
|
|
A
|
B (Escala : martelo – circundada)
|
Foto 3 (A e B) – Siltitos da Formação Tatuí.
(Fotos: Alexandre Perinotto)
3.Formação Irati (Permiano): Caracterizando
esta unidade, encontram-se os folhelhos acinzentados do Membro Taquaral
(inferior) e as intercalações de calcários dolomíticos
e folhelhos pretos pirobetuminosos do Membro Assistência (superior
– Fotos 4 a 7). Esta unidade é bastante famosa no meio geológico.
Primeiro, porque as primeiras perfurações visando encontrar
petróleo nesta região levaram em consideração
as ocorrências de indícios de óleo na Formação
Irati (região de Assistência e fazenda Pitanga). Segundo,
porque é desta unidade que se extrai o calcário dolomítico
(corretor da acidez de solos), nas pedreiras de Assistência, Ipeúna,
Limeira e Piracicaba. A Formação Irati também é
bem conhecida porque suas rochas são a matriz dos fósseis
de répteis mesossaurídeos (Foto 7) (que também ocorrem
em situação semelhante na África, sugerindo que as
regiões eram próximas na época em que estes animais
nadavam nas águas de um corpo marinho fechado, à semelhança
de um golfo).
Foto 4 – Intercalação (icf na foto 6) de calcários
(camadas claras), folhelhos e lentes de silex (camadas escuras) características
do Membro Assistência, Formação Irati. Na Foto 5,
detalhe dessa intercalação.
(Fotos : J. E. Zaine – escala da Foto 4 = 0,5 m; escala da Foto
5 = 0,2 m – caderneta de campo cincundada.
Foto 6 – Aspecto geral de uma frente de explotação
de calcário dolomítico da Formação Irati
(cd = calcário dolomítico; icf = intercalação
calcário/folhelho; sfc = siltitos da Formação Corumbataí)
Foto 7 – Mesossaurídeo da Formação Irati.
4.Formação Corumbataí (Neo-Permiano):
A principal litologia desta unidade são os siltitos e argilitos
cinza-avermelhados/esverdeados e arroxeados (Fotos 8 e 9). Intercaladas
a essas rochas mais finas, ocorrem também lentes e camadas de arenitos
muito finos. A Formação Corumbataí é a principal
fornecedora da matéria-prima para as indústrias do pólo
cerâmico da região. Belas exposições desta
unidade encontram-se ao longo da rodovia SP-191, entre o distrito industrial
de Rio Claro e o trevo com a rodovia Washington Luiz (SP-310). Além
deste, outro afloramento bastante interessante pode ser observado na rodovia
dos Bandeirantes (SP-330, km 161), próximo a Cordeirópolis
e Limeira (Foto 8), no trecho entre o trevo desta rodovia com a rodovia
Washington Luiz e o primeiro posto de pedágio. Associados a essas
rochas são bastante comuns fósseis de conchas bivalves e
dentes e escamas de peixes. Uma das mais famosas dessas ocorrências
é a do distrito de Ferraz, próximo a Ajapi, ao norte de
Rio Claro. As evidências sedimentológicas e paleontológicas
apontam para ambientes marinhos costeiros e pantanosos (principalmente
dominados por marés) e eventualmente lacustres. O clima da época
deveria ser mais quente e seco que aquele que reinava na época
da geração dos sedimentos da Formação Irati.
Lateralmente à Formação Corumbataí, com esta
se interdigitando em parte, podem ser encontrados sedimentos ligeiramente
diferentes (mais maciços e acinzentados), que os geólogos
denominam de Formação Serra Alta.
Foto 8 – Siltitos e argilitos da Formação Corumbataí
(Foto: Alexandre Perinotto)
Foto 9 – Detalhe dos argilitos da Formação Corumbataí
5.Formação Pirambóia (Triássico):Esta
unidade é identificada pelos arenitos finos e médios, com
níveis conglomeráticos (principalmente na base), de cores
avermelhadas e amareladas, com estratificações cruzadas
de porte variado, geradas por vento e correntes aquosas em ambientes continentais
no início do Mesozóico. Afloramentos dessa unidade podem
ser observados ao longo da ferrovia a oeste e noroeste de Rio Claro, imediatamente
acima da unidade anterior, mantendo com esta uma relação
abrupta de contato. Também próximo a Ipeúna, grandes
e bem expostos afloramentos podem ser observados, chamando a atenção
pelas belas estratificações cruzadas presentes. Com base
na litologia e nas estruturas sedimentares interpreta-se que estas rochas
foram originadas em situações flúvio-desérticas,
com migração de dunas de areia e regiões interdunas
mais úmidas.
Foto 10 – Arenitos com estratificação cruzada da Formação
Pirambóia
Foto 11 – Detalhe das estratificações cruzadas nos
arenitos da Formação Pirambóia
6.Formação Botucatu (Neo-Jurássico/Eo-Cretáceo):
conhecida como “arenito Botucatu”, esta unidade é essencialmente
composta por arenitos bem selecionados, amarelados e avermelhados, com
marcantes e características estratificações cruzadas,
principalmente de grande porte. Ocorre a norte/noroeste de Rio Claro,
próximo às nascentes do Rio Corumbataí e, no âmbito
dessa bacia hidrográfica, é a unidade característica
da região de Analândia, constituindo a litologia principal
das típicas feições geomorfológicas conhecidas
como Cuscuzeiro e Morro do Camelo. A origem dessa unidade está
indubitavelmente ligada aos desertos que cobriram a região sul/sudeste
do Brasil ao final do Jurássico/início do Cretáceo.
É uma importantíssima unidade do ponto de vista das águas
subterrâneas, sendo a principal formadora do “Aqüífero
Guarani”, de ocorrência em todo o Mercosul e atualmente objeto
de muita pesquisa.
Foto 12 – Relevo de cuestas (formações Botucatu e
Serra Geral) na borda da Depressão Periférica.
Ao fundo, no horizonte, a cidade de Ipeúna. (Foto: M. L. Assine)
Foto 13 – Arenitos eólicos da Formação Botucatu,
com grandes estratificações cruzadas.
(Escala : geólogo) (Foto: M. L. Assine)
7.Formação Serra Geral (Eo-Cretáceo):
fruto de um dos maiores fenômenos de magmatismo de fissura da história
do planeta Terra, sob essa denominação estão agrupadas
as rochas magmáticas basálticas extrusivas que cobrem boa
parte do sul-sudeste do Brasil. Constituem o relevo das cuestas que bordejam
o flanco do Planalto Ocidental Paulista, causando um contraste de relevo
que recebe regionalmente várias denominações. Na
bacia do Corumbataí, sua ocorrência é marcante na
região de Analândia e em toda a borda da Depressão
Periférica Paulista em seus limites com o Planalto Ocidental (Fotos
12 e 14).
Foto 14 – Exemplo de contato entre a Formação Serra
Geral (basaltos) e a Formação Botucatu (arenitos eólicos).
Notar as escalas (pessoas) no canto direito inferior da foto. (Foto: M.
Judite Garcia)
8.Rochas magmáticas intrusivas (Eo-Cretáceo):
Direta e geneticamente ligadas à Formação Serra Geral,
na região essas rochas intrusivas ocorrem sob a forma de diques
e soleiras de diabásio (Foto 15). Exemplos podem ser observados
no Horto Florestal de Rio Claro, às margens das rodovias Rio Claro-Piracicaba
(SP-127), Rio Claro-Ipeúna (SP-191), Washington Luiz (“serra”
dos Padres), Bandeirantes, na altura dos já mencionados afloramentos
da Formação Corumbataí, ao sul e sudoeste de Rio
Claro – em Santa Gertrudes e Cordeirópolis, e em diversas
partes dos leitos dos rios Corumbataí, Passa Cinco, Cabeça
e Ribeirão Claro. A origem destas rochas relaciona-se ao extenso
magmatismo de fissura ocorrido no início do período Cretáceo,
como uma resposta intraplaca frente aos esforços que resultaram
na separação entre a América do Sul e a África.
Nesta época, enormes quantidades de lava ascenderam à superfície
do então deserto em que se formavam as grandes dunas da (hoje denominada)
Formação Botucatu. O diabásio resultante das intrusões
constitui-se na matéria prima explotada por diversas empresas –
pedreiras – da região que produzem brita para a construção
civil.
9.Formação Itaqueri (Cretáceo/Terciário):
Sua posição estratigráfica ainda é motivo
de discussões: se pertence ao ciclo do Grupo Bauru (Cretáceo)
ou acima deste, com idade terciária. A principal ocorrência
se dá nas serras de Itaqueri e São Pedro (no reverso da
Cuesta Basáltica). É essencialmente composta por arenitos
e conglomerados com marcante silicificação e estratificações
cruzadas. O ambiente de sedimentação mais provável
está relacionado a leques aluviais, correspondentes, no interior,
à reativação do soerguimento da Serra do Mar.
Foto 15 – Típica feição de intemperismo (esfoliação
esferoidal) das rochas básicas (diabásio) que ocorrem na
região na forma de diques e soleiras.
10.Formação Rio Claro (Cenozóico):
Sucedendo a um grande intervalo de profundas modificações
(tectonismo e erosões), no Cenozóico (Terciário e/ou
Quaternário), deu-se a deposição da Formação
Rio Claro. Esta unidade repousa em discordância sobre diferentes
unidades estratigráficas, a depender do grau de erosão do
topo destas unidades. No sítio urbano de Rio Claro, esta formação
forma extensos chapadões cobrindo a Formação Corumbataí.
Regionalmente, ocorre sobre as formações Corumbataí,
Irati e Tatuí (região rural de Rio Claro e municípios
vizinhos, principalmente Ipeúna e Charqueada). É uma unidade
essencialmente composta de arenitos mal selecionados, amarelo-avermelhados,
friáveis, por vezes com estratificações cruzadas
e níveis conglomeráticos (Foto 16). Apresenta abundância
de fragmentos limonitizados e níveis centimétricos a decimétricos
de argilitos, podendo conter fragmentos de vegetais fósseis indeterminados.
É comum na base da unidade a ocorrência de grande quantidade
de seixos, principalmente de quartzo e quartzito. As características
desta unidade levam a interpretá-la como tendo sido depositada
em condições continentais, maiormente fluviais (localmente
com pequenos lagos) em clima semi-árido. Um fato marcante é
a presença atual de várias lagoas desenvolvidas sobre seus
depósitos, além de extensas voçorocas (Foto 17).
As areias da Formação Rio Claro são bastante úteis
na construção civil e na indústria de vidro e de
moldes de fundição, havendo grandes explorações,
como a de Ajapi, por exemplo. É também comum o aproveitamento
de água subterrânea nesta formação.
Foto 16 – Arenitos (a) e conglomerados (cg) friáveis da base
da Formação Rio Claro.
(Foto: Alexandre Perinotto)
Foto 17 - Típico afloramento em voçoroca da Formação
Rio Claro.
(Foto: J. E. Zaine)
Foto 18 – Típico (e muito conhecido) afloramento
das formações Corumbataí (C), Pirambóia (P)
e Rio Claro (RC) no cruzamento da ferrovia com a rodovia SP - 191 (entre
Rio Claro e Ipeúna).
Essas unidades representam três diferentes
eras geológicas (C = Paleozóico; P = Mesozóico e
RC = Cenozóico) e por isso esse local é conhecido como "Afloramento
das Três Eras". Para efeito de escala, notar leito da estrada
de ferro, onde os trilhos têm uma distância entre si de 1,60
m.
Recursos Minerais
Os recursos minerais atualmente em explotação na bacia
do rio Corumbataí envolvem, além de água mineral
(Formação Rio Claro), calcário dolomítico
(Formação Irati, principalmente em Assistência e Ipeúna),
argilas para cerâmica (Formação Corumbataí,
com ênfase para empresas em Rio Claro e Santa Gertrudes) (Fotos
19 e 20), rochas (diques e soleiras de diabásio) para brita (Assistência
e Batovi) e areia (Formação Rio Claro – com destaque
para Ajapi, e no rio Corumbataí) (Foto 21). O mapa da Figura 5(link
com Mapa de Recursos Minerais)ilustra essas principais ocorrências.
Formação Corumbataí
Foto 19 – Exploração de calcário dolomítico
da Formação Irati e de argilitos da Formação
Corumbataí
em uma das pedreiras da região. (Escala : linha amarela vertical
= 20 m) (Foto: Alexandre Perinotto)
Foto 20 – Outra visão de uma explotação de
argilas da Formação Corumbataí.
(Foto: Alexandre Perinotto)
Foto 21 – Draga extraindo areia do leito do Rio Corumbataí
próximo à sua foz.
Passivos Ambientais
O conceito de passivo ambiental começou a ser discutido recentemente
no Brasil, há pouco mais de uma década. Esse atraso é
devido, entre outros fatores, ao processo de industrialização
tardia, que contribuiu para prolongar o contato com os problemas decorrentes
dos resíduos das atividades industriais. Nos países desenvolvidos
e pioneiros da industrialização como a Inglaterra, a Alemanha,
a França, a Holanda, os Estados Unidos, a realidade dos passivos
ambientais é enfrentada desde a década de 1970 e, por esse
motivo, esse tema já encontra respaldo jurídico, político,
social e econômico.
Embora o conceito de passivo ambiental seja oriundo da Contabilidade
Social
1, constituindo-se nas obrigações presentes originadas
de eventos passados, das quais se espera a saída de recursos representados
por benefícios econômicos
2, seu uso não é exclusivo
das Ciências Contábeis.
Sánchez (2001) utiliza o conceito de passivo ambiental de uma
forma mais abrangente, para descrever o acúmulo de danos ambientais
que devem ser reparados a fim de que seja mantida a qualidade ambiental
de um determinado local. É nesse sentido que será utilizado
o conceito de passivo ambiental no presente texto.
Além da inerência de grande parte das atividades industriais
na geração de passivos ambientais, outras atividades podem
ser listadas, entre elas: as comerciais (transporte, armazenamento de
substâncias perigosas, por exemplo), as de exploração
mineral, sem a aplicação efetiva do plano de recuperação
das áreas degradadas e; a utilização de materiais
nocivos no aterramento (clandestino, em geral) de áreas, cujo uso
posterior não raramente é residencial (condomínios,
chácaras), causando diversos problemas à saúde dos
moradores.
Existem basicamente três atitudes desejáveis diante de áreas
degradadas por atividades humanas (Figura 3), quais são restauração,
recuperação e reabilitação.
Figura 3 - Relação entre os conceitos de degradação,
restauração, recuperação e reabilitação.
Fonte: FORNASARI FILHO, N. e AMARANTES, A., com base em ABNT, 1989. In:
BITAR, O. Y. et al. (1995). Curso de Geologia Aplicada ao Meio Ambiente.
Publicação ABGE/ IPT, série Meio Ambiente, Figura
1, p. 167.
Os passivos ambientais estão diretamente relacionados com a situação
patrimonial da empresa, podendo superar seus ativos. Por isso, o procedimento
de avaliação de passivos ambientais é cada vez mais
comum no caso de compras/ fusões, de forma a resguardar a empresa
compradora/ incorporadora, para que esta não tenha que arcar com
o ônus da reparação ambiental, e nem ser responsabilizada
legalmente pelos passivos ambientais gerados por outrem.
A Cetesb possui um cadastro das áreas contaminadas do Estado de
São Paulo (Tabela 1). Este cadastro é atualizado utilizando
o licenciamento, o registro e atendimento de emergências, denúncias
e autodenúncias, o que significa que está longe de refletir
a totalidade das áreas contaminadas. Entretanto, observa-se um
aumento significativo das áreas contaminadas: em maio de 2002 eram
255, em outubro de 2003, 727 (285%) e em novembro de 2004, 1336 (524%).
Cabe observar que o maior número de áreas contaminadas é
relativo aos postos de combustíveis, e destaca-se a resolução
CONAMA 273/2000 como uma das principais responsáveis por esse aumento
vertiginoso, por exigir um licenciamento específico para postos
de combustíveis
3.
Tabela 1 – Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo
– novembro/2004
Região/Atividade
|
Comercial
|
Industrial
|
Resíduos
|
Posto de Combustível
|
Acidentes Desconhecidos
|
Total
|
São Paulo
|
28
|
42
|
20
|
397
|
2
|
489
|
RMSP – outros
|
9
|
70
|
9
|
152
|
3
|
243
|
Interior
|
43
|
75
|
22
|
267
|
9
|
416
|
Litoral
|
10
|
32
|
10
|
63
|
1
|
116
|
Vale do Paraíba
|
2
|
18
|
0
|
52
|
0
|
72
|
Total
|
92
|
237
|
61
|
931
|
15
|
1336
|
Fonte: Cetesb (2004).
A Bacia do Rio Corumbataí possui áreas que potencialmente
se constituem em passivos ambientais, que podem ser inferidos devido à
inerência das atividades desenvolvidas em determinados lugares e
períodos. Cabe lembrar que é recente a preocupação
ambiental e o conseqüente uso dos sistemas de gestão ambiental
e seus instrumentos. Algumas áreas onde se desenvolveram atividades
industriais/ comerciais foram simplesmente abandonadas quando do encerramento
das atividades da empresa, constituindo-se, além de potencial passivo
ambiental, em brownfields
4.
De acordo com a última atualização do cadastro de
áreas contaminadas da Cetesb (novembro/2004), a Bacia do Rio Corumbataí
possui sete áreas contaminadas, sendo três áreas relativas
a resíduos, duas áreas industriais e dois postos de combustível.
Essas áreas estão concentradas em Rio Claro (duas industriais,
duas a relativas a resíduos e um posto de combustível) e
Santa Gertrudes (uma industrial e uma relativa a resíduos)
5.
Porém, os estágios em que se encontram são diferentes,
sendo que quatro delas (mais de 50%) encontram-se ainda no primeiro estágio
(investigação confirmatória) e apenas uma área
encontra-se no estágio final (remediação em andamento
com monitoramento operacional).
Os passivos ambientais decorrentes das atividades de mineração
também merecem um estudo mais detalhado na região, tendo
em vista a extração das argilas da Formação
Corumbataí para abastecer a indústria cerâmica, do
calcário dolomítico da Formação Irati (usado
como corretivo do solo), dos diques/ sills de diabásio (brita)
e das areias da Formação Rio Claro.
Por fim, será de grande relevância um diagnóstico
dos danos ambientais oriundos das diversas atividades econômicas
desenvolvidas (potenciais passivos ambientais) na Bacia do Corumbataí.
Conhecer o passado sob essa ótica é fundamental para organizar
o espaço, e assim evitar que os passivos ambientais sejam legados
para as futuras gerações.
_______________________
1 A contabilidade social, segundo Ribeiro (1992), preocupa-se com os aspectos
sociais que envolvem as atividades econômicas.
2 IASC - International Accounting Comittee, 1989, apud Ribeiro, 1992,
definição também aceita pela ONU. Vide: LINO, I.
Passivo Ambiental e Valoração Econômica Ambiental:
Realidades e Perspectivas. Monografia. Rio Claro, IGCE, 2004.
3 Embora o número total de áreas contaminadas pareça
elevado, ainda é muito inferior se comparado aos dos países
europeus: a Alemanha possui cerca de 362.000 áreas potencialmente
contaminadas, seguida pela França, cuja estimativa está
entre 200.000 e 300.000 áreas, Holanda, entre 110.000 e 120.000
e Reino Unido, com aproximadamente 100.000 áreas, segundo estudos
da Umweltbundesamt / Federal Environment Agency – Áustria.
(
http://www.clarinet.at)
4 O conceito de Brownfield, segundo Marker (2004), refere-se a propriedades
abandonadas ou subutilizadas cuja reutilização é
dificultada pela presença real ou potencial de substâncias
perigosas poluentes ou contaminantes.
5 Disponível em:
http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/areas_contaminadas/relacao_areas.asp
LISTAGEM BIBLIOGRÁFICA
ALMEIDA, F. F. M. Fundamentos Geológicos do relevo paulista.
BoletimIGG, São Paulo, n. 41, 1p. 69-263, 1964.
ALMEIDA, F. F. M. Síntese sobre a tectônica da Bacia do
Paraná. In: SIMPÓSIO REGIONAL DE GEOLOGIA, 3., 1981, Curitiba.
Atas... São Paulo: SBG, 1981. v. 1, p. 1-20.
ALMEIDA, F. F. M.; BARBOSA, O. Geologia das quadrículas de Piracicaba
e Rio Claro, Estado de São Paulo.
Boletim. Divisão
Geologia e Mineralogia/DNPM, São Paulo, n. 143, 96 p.,
1953.
ALMEIDA, F. F. M.; MELO, M. S.
A Bacia do Paraná e o vulcanismo
mesozóico. In: MAPA Geológico do Estado de São
Paulo, escala 1:50.000. São Paulo, IPT, 1981.v.1, p. 46-81. (IPT
monografias).
ASSINE, M. L.; ZACHARIAS, A. A.; PERINOTTO, J. A. J. O trato deposicional
Tatuí e a transgressão Taquaral no Centro-Leste do Estado
de São Paulo. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO SUDESTE, 6., 1999,
Águas de São Pedro.
Boletim... Águas
de São Pedro: SBG, 1999. p. 53.
ASSINE, M.L.; ZACHARIAS, A. A.; PERINOTTO, J. A. J.Paleocorrentes, paleogeografia
e seqüências deposicionais da Formação Tatuí,
centro-leste do Estado de São Paulo.
Revista Brasileira
de Geociências, São Paulo, v. 33, n. , p. 33-40,
2003.
BARBOSA, O.; GOMES, F. A. Pesquisa de petróleo na Bacia do Rio
Corumbataí.
Boletim Divisão Geologia e Mineralogia/DNPM,
Rio de Janeiro, n. 171, 40p., 1958.
BARCELOS, J. H. et al. A Formação Itaqueri: um exemplo
de tectofácies. In: SIMPÓSIO REGIONAL DE GEOLOGIA, 4., São
Paulo, 1983.
Atas... São Paulo: SBG, 1983. v.
1, p. 245-252.
BITAR, O.Y. (coord).
Curso de Geologia Aplicada ao Meio Ambiente.
São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia:
Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Divisão de Geologia,
1995. (Série meio ambiente). 247p.
BJÖRNBERG, A. J. S.; LANDIM, P. M. B. Contribuição
ao estudo da Formação Rio Claro (neocenozóico).
Boletim
Sociedade Brasileira Geologia, São Paulo, v.15, n. 4,
p.43-67, 1966.
BRIGHETTI, J. M. P.
Faciologia dos sedimentos da Formação
Pirambóia na região de Rio Claro (SP). 1994. 124
f. Dissertação (Mestrado em Geociências) - Instituto
de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista,
Rio Claro.
CAETANO-CHANG, M. R.
A Formação Pirambóia
no Centro-Leste de São Paulo. 1997. 196f. Tese (Livre
Docência) – Instituto de Geociências e Ciências
Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.
CETESB:
http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/areas_contaminadas/relacao_areas.asp,
consulta em 03/02/2005.
DAEMON, R. F.; QUADROS, L. P. Bioestratigrafia do neopaleozóico
da Bacia do Paraná. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 24.,
1970, Brasília.
Anais...Brasília: SBG,
1970. p. 355-412.
FACINCANI, E. M.
Morfotectônica da Depressão Periférica
Paulista e Cuesta Basáltica: Regiões de São
Carlos, Rio Claro e Piracicaba. 2000. 249 f. Tese (Doutorado em Geociências)
– Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade
Estadual Paulista, Rio Claro, 2000.
FULFARO V. J.; BARCELOS, J. H. Movimentação vertical e
a evolução da Depressão Periférica e a Escarpa
da Serra Geral em São Paulo. In. SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO
SUDESTE, 1., Rio de Janeiro.
Boletim... Rio de Janeiro,
SBG, 1989. p. 109-110.
FULFARO, V. J. O Cenozóico da Bacia do Paraná. In: SIMPÓSIO
REGIONAL DE GEOLOGIA, 2., 1979, Rio Claro.
Atas... São
Paulo: SBG: Núcleo de São Paulo, 1979. v. 1, p.231-241.
FULFARO, V. J.; LANDIM, P. M. B., ELLERT, N. A tectônica das Serras
de Santana e São Pedro (Serra Geral). In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE GEOLOGIA, 21., 1967, Curitiba.
Anais... Curitiba:
SBG/PR, 1967. p. 198-205.
FULFARO, V. J., SUGUIO, K. A Formação Rio Claro ( Neo-cenozóico)
e seu ambiente de deposição.
Boletim. Instituto
Geográfico e Geológico, São Paulo, n. 20,
p.45-60, 1968.
FULFARO, V. J.; STEVAUX, J. C.; SOUZA FILHO, E. E.; BARCELOS, J. H. A
Formação Tatuí (P) no Estado de São Paulo.
In: CONGRESSO BRASILEIRO GEOLOGIA, 33., 1984, Rio de Janeiro.
Anais... Rio de Janeiro: SBG, 1984. v.2, p. 711-724.
FULFARO, V.J.; SAAD, A.R.; SANTOS, M.V.; VIANNA, R.B. Compartimentação
e Evolução tectônica da Bacia do Paraná.
Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v.12,
p. 590-610, 1982.
GAMA JUNIOR., E.; BANDEIRA JÚNIOR., A. N.; FRANÇA, A. B.
Distribuição espacial e temporal das unidades litoestratigráficas
paleozóicas na parte central da Bacia do Paraná.
Revista
Brasileira de Geociências, São Paulo, v.12, n. 4,
p. 578 – 589, 1982.
GAMA., JR, E. G. A sedimentação do Grupo Passa Dois (exclusive
Formação Irati); um modelo geomórfico. Revista Brasileira
de Geociências, São Paulo, v.9, n.1, p.1-16, 1979.
GASPAR JR., L. A.
Estudo Mineralógico, Químico
e Textural das Rochas Sedimentares da Formação Corumbataí
(Jazida Peruchi) e suas implicações como matéria
prima para cerâmica vermelha. 1998. 152 f. Dissertação
(Mestrado em Geociências) – Instituto de Geociências
e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1998.
GIMENEZ N. L. B.
Estudo Petrológico dos Arenitos da Formação
Tatuí no Estado de São Paulo. São Paulo.
1996. 140 f. Dissertação (Mestrado em Geociências)
– Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade
Estadual Paulista, Rio Claro, 1991.
HACHIRO, J.
Litotipos, associações faciológicas
e sistemas deposicionais da Formação Irati no Estado de
São Paulo. 1991. 175 f. Dissertação (Mestrado
em Geociências) - Instituto de Geociências, Universidade de
São Paulo, São Paulo, 1991.
HACHIRO, J.
O Subgrupo Irati (neopermiano) da Bacia do Paraná.
1996. 196 f. Tese (Doutorado em Geociências) - Instituto de Geociências,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1996.
HASUI, Y. et al. Aspectos fundamentais na formação de boçorocas
na região de São Pedro (SP).
Geociências,
São Paulo, v.14, n. 2. p. 59-76, 1995.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo.
São Paulo, 1981. 2v. Escala: 1:500.000.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Mapa Geológico do Estado de São Paulo.
São Paulo. 1981. Escala: 1:500.000.
LANDIM, P. M. B.
O Grupo Passa Dois (P) na Bacia do Rio Corumbataí
(SP). 1967 f. Tese (Doutorado em Geociências) – Faculdade
de Filosofia de Ciências e Letras, Rio Claro, 1967.
LANDIM, P.M.B. (l970) - Grupo Passa Dois na Bacia do Rio Corumbataí.
Boletim. DNPM/DGM, Rio de Janeiro,n. 252,1970.
LANDIM, P.M.B.; Soares, P. C. ; Gama JÚNIOR., E.G.
Estratigrafia
do NE da Bacia Sedimentar do Paraná. Rio Claro: UNESP,
1980.Curso de Especialização-Convênio IPT-UNESP.
LINO, I.C.
Passivo Ambiental e Valoração Econômica
Ambiental: Realidades e Perspectivas. Trabalho de Conclusão
de Curso. Rio Claro: IGCE, 2004. 42p.
MARKER, A.
Políticas Internacionais e opções
de fomento para revitalização de áreas contaminadas.
Trabalho apresentado na VI Semana do Meio Ambiente, São Paulo,
2004. Disponível em arquivo ppt em: http:// www.fiesp.org.br
MELLO E SOUZA , S.H. 1985.
Fácies sedimentares das Formações
Estrada Nova e Corumbataí no Estado de São Paulo.
São Paulo. 1985. 142 f. Dissertação (Mestrado em
Paleontologia e Estratigrafia)- Instituto de Geociências, Universidade
de São Paulo. 1985.
MELO, M. S.
A Formação Rio Claro e depósitos
associados - sedimentação neocenozóica na depressão
periférica paulista. 1995. 144 f. Tese (Doutorado em Geociências)
- Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São
Paulo. 1995
MENDES, J. C. 1952. A Formação Corumbataí na região
do Rio Corumbataí , estratigrafia e descrição dos
lamelibrânquios.
Boletim da Faculdade de Ciências
e Letras. Geologia, São Paulo, v. 8, n. 145, p. 1-19,
1952.
MENDES, J.C. Considerações sobre a estratigrafia e idade
da Formação Estrada Nova.
Boletim da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras. Geologia, São Paulo,
n. 2,p. 27-34, 1945.
MEZZALIRA, S.
Os fósseis do Estado de São Paulo.
São Paulo: Instituto Geológico, - 1989. 141 p.
MEZZALIRA, S. Grupo Estrada Nova.
Boletim do Instituto Geográfico
e Geológico, São Paulo, n. 41, p. 63-84, 1964.
MILANI, E. J.; FRANÇA, A. B.; SCHNEIDER, R. L. Bacia do Paraná.
Boletim de Geociências da Petrobrás, Rio
de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 69-82. 1994.
MORAIS REGO, L. F. A. A Geologia do Petróleo no Estado de São
Paulo.
Boletim Serviço Geologia, Rio de Janeiro,
n. 46, 110p., 1930.
NORTHLEET, A. A.; MEDEIROS, R. A.; MUHLMANN, H. Reavaliação
dos dados geológicos da Bacia do Paraná.
Boletim.
PETROBRÁS, Rio de Janeiro, v. 3, n. 12, p. 291-346, 1969.
OPPENHEIM, V.;MALAMPHY, M. C. Notas sobre a Tectônica da área
de São Pedro Xarqueada.
Avulso. Serv. Fomento Prod. Min.,
Min. Agric. Rio de Janeiro, n. 7, 12p. 1936.
PENTEADO, M. M.
Geomorfologia do Setor Centro-Ocidental da Depressão
Periférica Paulista. 1976. 86 f. Tese (Doutorado em Geociências)
– Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo,
1976. (Série Teses e Monografias, n. 22).
PENTEADO, M. M. Implicações tectônicas na gênese
das cuestas da Bacia de Rio Claro (SP).
Notícia Geomorfológica,Campinas,
v. 8, n. 15, p. 19-41. 1968.
PERINOTTO, J. A. J.
Análise estratigráfica da seqüência
portadora de carvão na região de Cerquilho (SP).
1987. Dissertação (Mestrado em Geociências) –
Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual
Paulista, Rio Claro. 1987.
PERINOTTO, J. A. J.
Análise estratigráfica da Formação
Palermo (P) na Bacia do Paraná, Brasil. 1992. 2 v. Tese
(Doutorado em Geociências) – Instituto de Geociências
e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. 1992.
PERINOTTO, J. A. J.; ZAINE, M. F. Evolução de Paisagens
no Decorrer do Tempo em Rio Claro,SP. In Zaine, M.F.; Perinotto, J.A.J.
Patrimônios Naturais e História Geológica
de Rio Claro – SP. Ed. Câmara Municipal de Rio Claro
e Arquivo Público e Histórico do Mun. De Rio Claro, 1996,
p. 71-91.
PETRI, S.; FULFARO, V. J.
Geologia do Brasil. São
Paulo, T.A. Queiroz: Edusp. 1983. 623p.
PIRES NETO, A. G.
Estudo Morfotectônico das Bacias hidrográficas
dos rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí e áreas adjacentes
no Planalto atlântico e Depressão Periférica. 1996. 70 f. Instituto de Geociências, Universidade Estadual Paulista,
Rio Claro. Projeto Pós-Doutorado.
PONÇANO, W. L. et al. A Formação Itaqueri e depósitos
correlatos no estado de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
GEOLOGIA, 32., 1982, Salvador.
Anais... Salvador: SBG,
1982. p. 1339-1350.
RIBEIRO, M.S.
Contabilidade e Meio Ambiente. Dissertação
de Mestrado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade,
USP. São Paulo, 1992. 141p.
RIBEIRO, M.S.
Custeio das Atividades de Natureza Ambiental.
Tese de Doutorado, Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade, USP. São Paulo, 1998.
RICCOMINI, C. O
Rift Continental do sudeste do Brasil.
1989. 256 f. Tese (Doutorado em Geociências) – Instituto de
Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo.
1989.
RICCOMINI, C.
Tectonismo gerador e deformador dos depósitos
sedimentares pós-gondvânicos da porção centro-oriental
do Estado de São Paulo e área vizinhas. 1995. 100
f. (Livre Docência) – Instituto de Geociências, Universidade
de São Paulo, São Paulo. 1995.
ROCHA-CAMPOS, A.C.; A.R.; SANTOS, P.R.; OLIVEIRA, M.E.C.B. Algumas feições
periglaciais do Sub Grupo Itararé (Neopaleozóico) no Estado
de São Paulo.
Boletim IG-USP,São Paulo,
v. 8, p. 55-56, 1971.
SÁNCHEZ, L.E.
Desengenharia: O Passivo Ambiental na Desativação
de Empreendimentos Industriais. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2001. 254p.
SCHNEIDER, R. L.; MÜHLMANN, H.; TOMMASI, E.; MEDEIROS, R. A.; DAEMON,
R. F.; NOGUEIRA, A. A. Revisão estratigráfica da Bacia do
Paraná. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 28., 1974, Porto
Alegre.
Anais... Porto Alegre: SBG, 1974. v.1, p. 41-65.
SEPPE, P. M.
Comportamento do aqüífero Itararé
no município de Piracicaba e áreas vizinhas. 1990.
182 f. Dissertação (Mestrado em Geociências) –
Instituto de Geociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.
1990.
SIMÕES, M. G.; FITTIPALDI, F. C.
Fósseis da região
de Rio Claro. Rio Claro: Arquivo do Município, 1992. 77p.
SOARES, P. C. Elementos estruturais da parte nordeste da Bacia do Paraná:
classificação e gênese. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
GEOLOGIA , 28., 1974, Porto Alegre.
Anais... Porto Alegre:
SBG, 1974. v. 4, p.107-121.
SOARES, P. C.
O Mesozóico Gonduânico no Estado de
São Paulo. 1973. 152 f. Tese (Doutorado em Geociências)
– Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro,
Rio Claro. 1973.
SOARES, P. C.;LANDIM, P. M. B. Aspectos Regionais da estratigrafia da
Bacia do Paraná no flanco nordeste. In: CONGRESSO DE GEOLOGIA,
27., 1973, Aracaju.
Anais... Aracaju, SBG, 1973.v. 1,
p. 243-256.
SOARES, P. C.; LANDIM, P. M. B. Depósitos Cenozóicos na
Região Centro-Sul do Brasil.
Notícia Geomorfológica,
Campinas, n. 16, p. 17-39, 1976.
SOARES, P. C.; SINELLI, O.; PENALVA, F.; WERNICK, E.; SOUZA, A.; CASTRO,
P. R. M. Geologia do Nordeste do Estado de São Paulo. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 27., 1973 Aracaju.
Anais... Aracaju:
SBG, 1973. v. 1, p. 209-228.
SOARES, P.C. O limite glacial - pós-glacial do Grupo Tubarão
no Estado de São Paulo. An. Acad. bras. Cien., Rio de Janeiro v.
44, p. 333-342. Suplemento.
SOUSA, M. O. L.
Caracterização Estrutural do Domo
de Pitanga – SP. 1997. 116 f. Dissertação
(Mestrado em Geociências) – Instituto de Geociências
e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. 1997.
SOUSA, M. O. L.
Evolução Tectônica dos Altos
Estruturais de Pitanga, Artemis, Pau d'Alho e Jibóia: Centro do
Estado de São Paulo , 2002 Tese (Doutorado em Geologia
Regional) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual
Paulista, Rio Claro.2002.
SOUZA FILHO, E. E. Tectônica da região de Rio Claro e Piracicaba
– Domo de Pitanga. In: SIMPÓSIO REGIONAL DE GEOLOGIA, 4.,
1983. São Paulo.
Boletim... São Paulo:SBG,
1983. p. 191-196.
STEVAUX, J. C.; SOUZA FILHO, E. E.; FULFARO, V. J. Trato deposicional
da Formação Tatuí (P) na área aflorante do
NE da Bacia do Paraná, Estado de São Paulo. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 34., 1986, Goiânia.
Anais... Goiânia:
SBG, 1986. v.1., p. 219-229.
UMWELTBUNDESAMT/ FEDERAL ENVIRONMENT AGENCY – Austria. Brownfields
and Redevelopment of Urban Areas. A Report from the Contaminated Land
Rehabilitation Network for Environmental Technologies. Version August
2002. Áustria: Clarinet, 2002. Disponível em:
http://www.clarinet.at,
acesso em 28 junho 2004.
VIEIRA, A.J. Geologia do Centro Nordeste do Paraná e Centro Sul
de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 27., 1973,
Aracaju,
Anais...SBG, 1973. v. 3, p. 259-277.
VIEIRA, P.C. Hipótese sobre a origem da Depressão Periférica
Paulista.
Revista do Instituto Geológico, São Paulo,
v. 3, n. 2, p. 61-7, 1982.
WASHBURNE, G. Geologia do Petróleo do Estado de São Paulo.
Boletim da Comissão Geográfica e Geológica, n. 22,
1930.
ZAINE, J. E.
Geologia da Formação Rio Claro na
Folha de Rio Claro (SP). 1994. 90 f. Dissertação
(Mestrado em Geociências) – Instituto de Geociências
e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. 1994.
ZAINE, M. F.; PERINOTTO, J. A. J.
Patrimônios Naturais
e História Geológica da Região de Rio Claro –
SP. Ed. Câmara Municipal de Rio Claro e Arquivo Público
e Histórico do Mun. De Rio Claro, 1996, 91 p.
ZALÁN, P. V.; WOLFF, S.; CONCEIÇÃO, J. C. J.; MARQUES,
A.; ASTOLFI, M. A. M.; VIEIRA, I. S.; APPI, V. T.; ZANOTTO, O. A. Bacia
do Paraná. In: GABAGLIA, G. P. R.; MILANI, E. J. (Coord.).
Origem
e evolução de bacias sedimentares. Rio de Janeiro:
PETROBRÁS, 1990. p. 135-168.
ZALÁN, P.; WOLFF, S.; CONCEIÇÃO, J C. J.; ASTOLFI,
M. A. M.; VIEIRA, I. S.; APPI, V. T.; ZANOTTO, O. A. P. Tectônica
e sedimentação da Bacia do Paraná. In: SIMPÓSIO
SUL-BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 3., 1987, Curitiba.
Atas ... Curitiba: SBG, 1987. 441p.
ZALÁN, P.V.; CONCEIÇÃO, J.C.I.; ASTOLFI, M.A.M.;
APPI, V.T.; WOLFF, S.; VIEIRA, I.S. & MARQUES, A. Estilos estruturais
relacionados a intrusões magmáticas em rochas sedimentares.
Boletim Técnico da Petrobrás, Rio de Janeiro, v. 28, p.
211-230.