Vida das plantas nos campos rupestres
Fascículo organizado por pesquisadores brasileiros mostra diversidade e ameaças alarmantes
Assessoria de Comunicação e Imprensa
15/02/2018
Os
professores Patrícia Morellato, da Unesp de Rio Claro, e Fernando
Silveira, da UFMG, são editores de fascículo Especial de Revista
Internacional intitulado 'Plant life on campo rupestre, a megadiverse
Neotropical old-growth grassland'. Acesse o material em: https://www.sciencedirect.com/journal/flora/vol/238/suppl/C
Os anos de 2011-2020 representam a Decada
da Biodiversidade das Nações Unidas, que busca inspirar ações através do
mundo que apoiem a conservação da biodiversidade. O volume especial da
revista FLORA: “Plant life on campo rupestre, a megadiverse Neotropical
old-growth grassland” ilustra o conhecimento atual da vida das plantas
nos campos rupestres, um complexo vegetacional megadiverso, com alto
endemismo, mas sob ameaças alarmantes e sem precedentes.
As principais áreas de pesquisa agrupando os 27 artigos do volume especial são:
As principais áreas de pesquisa agrupando os 27 artigos do volume especial são:
i) Diversidade de plantas;
ii) coexistência de espécies, nicho
regenerativo e mudanças climáticas;
iii) Ecologia e interações
interespecíficas;
iv) A vida das plantas na canga;
v) Fogo, ecologia da
regeneração vegetal e conservação.
"Nós ressaltamos as grandes lacunas no conhecimento que ainda persistem e sugerimos as principais áreas para pesquisas futuras e quais seriam os passos principais para o entendimento e conservação destes ecossistemas antigos em todo o mundo", informa a docente da Unesp.
Tais esforços incluem a necessidade de: 1) Melhorar o conhecimento das espécies herbáceas; 2) Entender os efeitos dos fatores que causam as mudanças globais na vulnerabilidade das espécies endêmicas; 3) Compreender como a diversidade funcional de plantas e as interações planta-animal modelam a estrutura e função das comunidades vegetais; 4) Aplicar novas tecnologias (fenocâmeras, drones, sensoriamento remoto) para entender a fenologia das plantas no espaço e no tempo; 5) Mostrar padrões de diversificação e distinguir paleo e neoendemismos; 6) Destrinchar a função ecológica e evolutiva do fogo; 7) Fomentar novas ideias sobre os fatores que limitam a restauração ecológica em áreas degradadas de campo rupestre; 8) aumentar a conscientização e o valor dos serviços ecossistêmicos; 9) Identificar variáveis essenciais, medidas e áreas chave para a conservação dos campos rupestres; 10) promover revisões e pesquisa comparando ecossistemas antigos.
Desta forma, a crescente literatura sobre campo rupestre se beneficiará da pesquisa multidisciplinar e transdisciplinar de longo prazo, investigando uma grande variedade de tópicos, desde a ecologia das plantas ao funcionamento do ecossistema até a preservação da biodiversidade e restauração ecológica.
Todo o conhecimento deve chegar às partes interessadas, e deve ser traduzido em uma avaliação dos serviços ecossistêmicos para orientar a gestão racional do campo rupestre e para beneficiar as pessoas locais. Um passo importante na compreensão da ecologia do campo rupestre é a teoria das paisagens antigas, climáticas e inférteis ou OCBIL (old, climatically-buffered, infertile landscapes), que oferece um pano de fundo teórico de hipóteses testáveis e comparações entre países.
"Este volume especial fomentará a pesquisa colaborativa, levando à uma compreensão e apreciação mais profunda de um dos ecossistemas mais importantes do mundo", afirm a professora Patrícia.
"Nós ressaltamos as grandes lacunas no conhecimento que ainda persistem e sugerimos as principais áreas para pesquisas futuras e quais seriam os passos principais para o entendimento e conservação destes ecossistemas antigos em todo o mundo", informa a docente da Unesp.
Tais esforços incluem a necessidade de: 1) Melhorar o conhecimento das espécies herbáceas; 2) Entender os efeitos dos fatores que causam as mudanças globais na vulnerabilidade das espécies endêmicas; 3) Compreender como a diversidade funcional de plantas e as interações planta-animal modelam a estrutura e função das comunidades vegetais; 4) Aplicar novas tecnologias (fenocâmeras, drones, sensoriamento remoto) para entender a fenologia das plantas no espaço e no tempo; 5) Mostrar padrões de diversificação e distinguir paleo e neoendemismos; 6) Destrinchar a função ecológica e evolutiva do fogo; 7) Fomentar novas ideias sobre os fatores que limitam a restauração ecológica em áreas degradadas de campo rupestre; 8) aumentar a conscientização e o valor dos serviços ecossistêmicos; 9) Identificar variáveis essenciais, medidas e áreas chave para a conservação dos campos rupestres; 10) promover revisões e pesquisa comparando ecossistemas antigos.
Desta forma, a crescente literatura sobre campo rupestre se beneficiará da pesquisa multidisciplinar e transdisciplinar de longo prazo, investigando uma grande variedade de tópicos, desde a ecologia das plantas ao funcionamento do ecossistema até a preservação da biodiversidade e restauração ecológica.
Todo o conhecimento deve chegar às partes interessadas, e deve ser traduzido em uma avaliação dos serviços ecossistêmicos para orientar a gestão racional do campo rupestre e para beneficiar as pessoas locais. Um passo importante na compreensão da ecologia do campo rupestre é a teoria das paisagens antigas, climáticas e inférteis ou OCBIL (old, climatically-buffered, infertile landscapes), que oferece um pano de fundo teórico de hipóteses testáveis e comparações entre países.
"Este volume especial fomentará a pesquisa colaborativa, levando à uma compreensão e apreciação mais profunda de um dos ecossistemas mais importantes do mundo", afirm a professora Patrícia.
Contato da pesquisadora
patricia.morellato@gmail.com
patricia.morellato@gmail.com
O que são campos rupestres
Os campos rupestres ou rupícolas constituem uma ecorregião definida pelo WWF. São ecossistemas encontrados sobre topos de serras e chapadas de altitudes superiores a 900 m com afloramentos rochosos onde predominam ervas, gramíneas e arbustos, podendo ter arvoretas pouco desenvolvidas.
Em geral, ocorrem em mosaicos, não ocupando trechos contínuos, em áreas de transição entre o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica.
Apresentam topografia acidentada e grandes blocos de rochas com pouco solo, geralmente raso, ácido e pobre em nutrientes orgânicos. Em campos rupestres, é alta a ocorrência de espécies vegetais restritas geograficamente àquelas condições ambientais (endêmicas), principalmente na camada herbácea-subarbustiva.
Os campos rupestres ou rupícolas constituem uma ecorregião definida pelo WWF. São ecossistemas encontrados sobre topos de serras e chapadas de altitudes superiores a 900 m com afloramentos rochosos onde predominam ervas, gramíneas e arbustos, podendo ter arvoretas pouco desenvolvidas.
Em geral, ocorrem em mosaicos, não ocupando trechos contínuos, em áreas de transição entre o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica.
Apresentam topografia acidentada e grandes blocos de rochas com pouco solo, geralmente raso, ácido e pobre em nutrientes orgânicos. Em campos rupestres, é alta a ocorrência de espécies vegetais restritas geograficamente àquelas condições ambientais (endêmicas), principalmente na camada herbácea-subarbustiva.
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