Descoberta a cratera de asteroide mais antiga do planeta
Situada na Austrália, a região foi atingida há 2,2 bilhões de anos; asteroide pode ter abreviado uma Era do Gelo
Durante a história do nosso planeta, não é raro que a
Terra seja atingida por alguns meteoros ou asteroides de média ou grande
escala.
Atualmente, a estimativa é de que tenhamos 190 estruturas no
mundo que representam resquícios desses impactos, como crateras.
Um
estudo publicado hoje (21) no periódico científico Nature Communications
identificou o mais antigo ponto de impacto de um asteroide com a Terra,
cuja marca ainda é observável — ainda que de forma mínima.
Trata-se de uma cratera deixada há 2,2 bilhões de anos na
superfície do nosso planeta. O buraco fica na porção ocidental da
Austrália. Hoje, o que restou é uma pequena marca; no entanto, na época
do choque, calcula-se que a cratera tivesse cerca de 64 quilômetros de
diâmetro.
Com o tempo, a erosão provocada pela chuva, vento, tectonismo e neve
encobriram e reorganizaram a estrutura, o que a deixou praticamente
irreconhecível em comparação com o passado. É justamente a intensidade
dessa erosão que permitiu que os pesquisadores percebessem a antiga
idade da cratera: quanto mais erosão, mais anos de existência. Além
disso, amostras de terra do local foram testadas em laboratório para
confirmar sua idade e verificar sua composição.
O período do impacto coincide com o fim de uma das Eras do Gelo pelas
quais a Terra passou. Segundo os cientistas, o choque do asteroide com o
gelo na superfície do planeta pode ter gerado vapor d’água suficiente
para alterar o clima terrestre e antecipar o final do período glacial.
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