quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Em feito inédito, espaçonave chinesa pousa no lado oculto da Lua

Esta é a primeira vez que o lado mais distante da Lua recebe espaçonave

Redação, O Estado de S.Paulo
03 Janeiro 2019 | 02h45

SÃO PAULO - Uma espaçonave chinesa realizou, nesta quinta-feira, 3, o primeiro pouso da história no lado oculto da Lua, região que não pode ser vista da Terra. A Central Chinesa de Televisão afirmou que a exploradora lunar Chang' e 4 tocou o solo do satélite natural da Terra às 10:26, horário chinês. 
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Imagem do lado oculto da Lua capturada pela sonda Chang'e 4 Foto: Administração Espacial Nacional da China
O lado oculto da Lua está mais distante da Terra e é relativamente não explorado até os dias de hoje. O pouso pioneiro mostra a crescente ambição da China em se tornar uma potência espacial. Em 2013, Chang-e 3 foi a primeira espaçonave a pousar na Lua desde a Soviética Luna, em 1976. 
Em feito inédito, espaçonave chinesa pousa no lado oculto da Lua
Modelo da sonda lunar chinesa que pousou na Lua, nesta quinta-feira, 03.  Foto: Wang Xu/China Space News via REUTERS
A missão Chang'e 4, que transporta um robô, inclui a realização de observações rádio-astronômicas de baixa frequência para observações, sondando a estrutura e composição mineral do terreno. O foguete Long March 3B decolou Chang'e 4 para o espaço, em 8 de dezembro de 2018, do Centro de Lançamento de Satélites Xichang, ao sul da China.

Após o pouso com sucesso na face oculta lunar, o satélite recolherá amostras que poderão trazer informações sobre a composição interna da lua.
China faz primeiro pouso na face oculta da Lua
 
Em maio, um satélite de retransmissão foi lançado para fornecer suporte de telecomunicações entre Chang'e 4 e a Terra. A China planeja enviar a sonda Chang'e 5 para a Lua no próximo ano e fazê-la voltar para a Terra com amostras. Se a missão acontecer, de fato, será a primeira vez desde 1976 que isto será feito. 

A China pretende construir uma base lunar até 2025 e enviar um astronauta ao local até 2030. No longo prazo, o país fala em realizar mineração na lua em busca de recursos energéticos. Os EUA, por sua vez, pretendem voltar à lua por volta de 2023. /AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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