Formação do universo em time-lapse
Do Big Bang ao surgimento do Homo sapiens, os 13,8 bilhões de anos de existência do cosmos couberam em exatos 10 minutos
As estimativas mais recentes acreditam que a espécie humana tenha surgido no sul da África há mais de 300 mil anos. Toda a história do Homo sapiens se concentra nesse período que, se colocado sob a perspectiva do restante do universo, pode ser considerado “tão breve como um piscar de olhos”.
Essa é proposta de um novo vídeo, lançado no último dia 9 de março. Fazendo 22 milhões de anos passarem no tempo de um segundo, o filme gasta 10 minutos para contar toda a história do universo - da qual a espécie humana participa de um único frame.
Para chegar à essa duração, dividiu-se os 13,8 bilhões de anos considerando a taxa de quadros usada em vídeo. Como são 24 frames por segundo e 10 minutos têm 600 segundos, cada um dos frames vale, aproximadamente, 958 mil anos.
O marco zero é o Big Bang, explosão que dá origem a uma imensa nuvem de gás e poeira cósmica. Graças à ação da gravidade, surgem as primeiras estrelas e galáxias. A formação de buracos negros e supernovas, nome dado à “morte” de uma estrela, são resultados diretos desse momento inicial.
É só por volta dos seis minutos de filme que nosso Sistema Solar começa a ganhar corpo. A formação da Terra acontece há cerca de 4,5 bilhões de anos, e na marca dos 3,6 bilhões o ritmo da narrativa muda: surgem as formas de vida mais complexas, primeiro nos oceanos e, depois, por todos os cantos do planeta.
O curta-metragem foi feito por John D. Boswell, músico e produtor de Washington, nos Estados Unidos. Conhecido por seu canal no YouTube “melodysheep”, Boswell assina a edição e trilha sonora, que está disponível para download. Quem desejar ter a experiência de forma mais introspectiva, porém, pode optar pela versão do vídeo sem narração, que se encontra disponível neste link.
Além de imagens captadas pela Nasa, são usados trechos de famosos documentários de ciência. Entram na lista “Voyage of time”, “Cosmic Voyage” e “Maravilhas do Universo”, série produzida pela BBC e apresentada pelo físico inglês Brian Cox. Há no filme, também, trechos narrados pelo astrônomo americano Carl Sagan, morto em 1996, e pelo naturalista e apresentador da BBC David Attenborough, duas das maiores referências em divulgação científica.
“Conforme você assiste a esse vídeo, mais ele mergulha no quanto o universo é incrivelmente velho, e no quanto os humanos são pequenos ante esse cenário maior. Espero que esse experimento, em sua simplicidade, faça você refletir sobre os tempos antigos, que se passaram antes de nossa chegada, e a brevidade de nossa existência”, completa o autor.
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