Espinossaurídeos
Os espinossaurídeos são um grupo de dinos pescadores, ou seja, alimentavam-se principalmente de peixes. Os dinossauros desse grupo têm como principais características: um crânio alongado e fino; grandes garras curvas em suas patas dianteiras; e, em algumas espécies, um alongamento na parte de cima das vértebras formando um tipo de vela dorsal que provavelmente servia para controle da temperatura corporal.
Os espinossaurídeos são um grupo de dinossauros que possuí apenas 13 espécies, veja abaixo quais são elas.
Spinosaurus aegyptiacus: foi o maior não só dos espinossaurídeos, mas também o maior de todos os Terópodes. Media cerca de 18 metros de comprimento e pesava 20 toneladas. Viveu no norte da África durante o período Cretáceo. Também foram encontrados vestígios desta espécie nas regiões norte e nordeste do Brasil, especialmente no local que hoje corresponde ao Ceará. O nome Espinossauro significa "Lagarto Espinho".
Spinosaurus maroccanus: medindo aproximadamente 14 metros de comprimento e pesando cerca de 7 toneladas, esta é uma espécie de Espinossauro descoberta no Marrocos (daí a origem de seu nome). Foi originalmente descrito por Dale Russell, em 1996, como uma nova espécie com base no comprimento das vértebras do pescoço.
Cristatusaurus lapparenti: seu nome significa "Réptil com crista". Viveu durante o período Cretáceo na região que hoje corresponde ao Níger, na África. Esta espécie foi formalmente descrita por Taquet e Russell, em 1998, e teve seus fósseis encontrados em 1973. O Cristatusaurus era bem semelhante ao Baryonyx e ao Suchomimus, o que causa um debate sobre a identidade desta criatura, em que alguns argumentam que ele pode ser o mesmo dinossauro que o Suchomimus.
Suchomimus tenerensis: viveu na África durante a primeira metade do período Cretáceo. Seus fósseis foram encontrados no Deserto do Teneré (daí a origem de seu nome), no Níger, em 1997. Media 11 metros de comprimento e 3,7 metros de altura, pesando cerca de 5 toneladas. O nome Suchomimo significa "imitação de crocodilo". Assim como alguns outros espinossaurídeos, este não possuía uma vela dorsal em suas costas.
Siamosaurus suteethorni: seu nome significa "lagarto siamês". Viveu no início do período Cretáceo no local que hoje corresponde a Tailândia. Esta espécie tem tamanho desconhecido, mas é provável que tenha alcançado cerca de 9 metros de comprimento. Foi formalmente descrito por Buffetaut e Ingavat em 1986. Há muito pouco informação sobre este dino, mas sabe-se a partir de seus dentes semelhantes aos do Espinossauro, que alimentava-se de peixes.
Baryonyx walkeri: foi um dinossauro de grande porte que viveu no limite Jurássico-Cretáceo (por volta de 144-128 milhões de anos atrás) no local que hoje corresponde a Grã-Bretanha, alimentando-se de peixes e pequenos animais. Seus restos fósseis foram encontrados em 1983 junto a pedaços de escamas de peixe, o que indicou sua dieta. Apenas dois exemplares fósseis foram encontrados até hoje. O Baryonyx media cerca de 8,5 metros de comprimento, no entanto, a análise dos ossos sugere que o espécime encontrado não estava plenamente desenvolvido, de modo que um indivíduo adulto poderia ter sido bem maior (cerca de 12 a 14 metros de comprimento).
Irritator challengeri: viveu há aproximadamente 110 milhões de anos atrás durante o período Cretáceo. Media cerca de 8 metros de comprimento. O nome Irritator é em referência ao fato de que o fóssil havia sido alterado pelos mineradores que o encontraram a fim de torná-lo mais bonito para a venda. A dificuldade para eliminar as feições artificiais "irritou" os paleontólogos que o estudaram, dando origem ao nome do dino. O fóssil corresponde a um crânio de 80 centímetros. Este foi estudado e descrito em 1996 e re-estudado em 2002. A data de sua descoberta, feita provavelmente por trabalhadores das pedreiras, é desconhecida.
Angaturama limai: é mais um espinossaurídeo de médio porte que viveu na Chapada do Araripe durante o Cretáceo. Suas dimensões são difíceis de serem medidas, pois não há muitos fósseis encontrados atualmente. Comparando o tamanho dos ossos já encontrados com os de outros espinossaurídeos, pode-se chegar a uma estimativa, de que alcançasse cerca de 7 metros de comprimento e 2 metros de altura. O nome Angaturama vem do Tupi e significa "nobre".
Oxalaia quilombensis: viveu no final do Cretáceo há aproximadamente 98 milhões de anos atrás. Teve seus fósseis encontrados na Ilha do Cajual, Estado do Maranhão. Media 14 metros de comprimento e pesava entre 5 e 7 toneladas. Este é o maior dinossauro carnívoro encontrado em terras brasileiras. O nome Oxalaia é inspirado na divindade da religião africana, e quilombensis vem da palavra quilombo, pois no local onde foi descoberto o dinossauro havia um refúgio de escravos.
Ichthyovenator laosensis: seu nome significa "caçador de peixe". Viveu durante o período Cretáceo no local que hoje corresponde a Província de Savannakhet, no Laos, Sudeste Asiático. Em 2010 foram encontrados seus restos fósseis; um esqueleto parcial consistindo de vértebras e restos pélvicos. Este é o segundo espinossaurídeo asiático a ser descrito. Seu tamanho é incerto, mas estima-se que tivesse aproximadamente 7 a 9 metros de comprimento. Diferente das outras espécies de espinossaurídeos, este aparenta ter 2 velas dorsais.
Ostafrikasaurus crassiserratus: seus restos fósseis foram encontrados ao redor de Tendaguru, no Sudeste da Tanzânia e datam do Jurássico Superior. Seu tamanho é desconhecido, mas é provável que chegasse aos 8 metros de comprimento. Seus restos fósseis encontrados consistem apenas em dentes.
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"Sinopliosaurus" fusuiensis: é uma espécie de dinossauro espinossaurídeo do Cretáceo Inferior do Sul da China, conhecido apenas a partir de dentes. Inclui uma única espécie, "S". fusuiensis, que foi atribuída em primeiro lugar ao plesiossauro Sinopliosaurus.
Uma vez que esta espécie não é um plesiossauro e, portanto, não se encontra dentro do gênero Sinopliosaurus, mas ainda não formalmente ou oficialmente chamado, o nome "Sinopliosaurus" é usado entre aspas.
Suchosaurus cultridens: seu nome significa "lagarto crocodilo". Viveu durante o período Cretáceo na Inglaterra, originalmente acreditava ser um gênero de crocodilo. O material encontrado consistia em dentes. Duas espécies, S. cultridens e S. girardi, foram nomeadas, embora S. girardi foi reclassificado por Buffetaut como Baryonyx walkeri.
S. cultridens é conhecido apenas a partir de um único dente que se parece muito com os dentes do contemporâneo Baryonyx. Embora existam algumas diferenças entre os dentes, estes podem ou não representar a variação individual entre os espécimes, e Suchosaurus pode ser um sinônimo de Baryonyx.