terça-feira, 31 de março de 2015

Tabela periódica

Artigo da CH reúne os principais momentos da história da descoberta e organização dos elementos químicos, trabalho que resulta de mais de dois séculos de esforços na busca pelos segredos da estrutura da matéria. 
 
Por: Júlio Carlos Afonso
Publicado em 30/03/2015 | Atualizado em 30/03/2015
Tabela periódica
Modelo de tabela periódica de Andreas von Antropoff (versão de 1938), provavelmente proveniente da antiga Faculdade Nacional de Filosofia, da então Universidade do Brasil (atual UFRJ). Hoje, está em uma das salas de aula do Instituto de Química da UFRJ. 
 
A tabela periódica é uma forma de disposição sistemática dos elementos químicos e ferramenta inseparável para o estudo e a compreensão da química. Os elementos são ordenados em função do número atômico (Z), ou seja, o número de prótons (partículas com carga positiva do núcleo dos átomos).
O número atômico caracteriza o chamado elemento químico, definido como o conjunto de átomos que têm o mesmo número de prótons. Em um átomo neutro, o número de prótons no núcleo é igual ao número de elétrons (partículas de carga negativa), que se situam em torno desse núcleo.
A tabela periódica é uma forma de disposição sistemática dos elementos químicos e ferramenta inseparável para o estudo e a compreensão da química.
 
Outra característica importante dos átomos: o número de massa (A), que é a soma do número de prótons e nêutrons (partículas sem carga, também presentes no núcleo). A maioria dos elementos químicos tem átomos com diferentes números de massa devido à existência de diferentes números de nêutrons. São chamados os isótopos – por exemplo, o hidrogênio (Z = 1, A = 1), o deutério (Z = 1, A = 2) e o trítio (Z = 1, A = 3). Em razão disso, define-se massa atômica de um elemento químico como a média ponderada entre os números de massa de seus diversos isótopos multiplicados pelas suas abundâncias relativas na natureza.

Vale salientar que os elétrons não entram no cálculo do número de massa, porque sua massa é desprezível – cerca de 2 mil vezes menor que a do próton e do nêutron.

A tabela periódica é composta por linhas horizontais (períodos) e por colunas verticais (grupos ou famílias). Sua versão atual contém sete períodos e inclui os últimos elementos descobertos, os de números atômicos 113, 115, 117 e 118, confirmados pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac).
Tabela periódica atual
Perfil atual da tabela periódica, incluindo os elementos mais recentemente descobertos (Z = 113 a 118), bem como os nomes e os símbolos oficiais de dois deles: Fl (fleróvio, Z = 114) e Lv (livermório, Z = 116).
A tabela periódica é ideal para prever e interpretar as características e tendências dos átomos, as quais se repetem periodicamente: perda e ganho de elétrons, tipo de ligação química que preferencialmente formam (iônica ou covalente) etc.

Espaços preenchidos

Os primórdios da organização dos elementos químicos se devem ao químico francês Antoine Lavoisier (1743-1794), que, em 1789, agrupou as 33 espécies que eram então consideradas como elementares em gases, metais, não metais e terras – denominação genérica dada, à época, aos compostos binários de oxigênio (óxidos) com a maioria dos elementos metálicos. Os químicos passaram o século 19 à procura de uma organização mais precisa, mas os esquemas propostos não abrangiam todos os elementos químicos então conhecidos.

Os primórdios da organização dos elementos químicos se devem ao químico francês Antoine Lavoisier (1743-1794), que, em 1789, agrupou as 33 espécies que eram então consideradas como elementares
O químico russo Dmitri Mendeleiev (1834-1907) publicou sua tabela periódica em 1869. Ele ordenou os elementos por peso atômico (hoje, número de massa), iniciando uma nova linha quando as características dos elementos se repetiam. Mendeleiev deixou lacunas quando o elemento correspondente ainda não tinha sido descoberto e usou as tendências de sua tabela para predizer as propriedades desses elementos então ocultos, como gálio, escândio e germânio.

Outro aspecto foi que ele alternou dois elementos adjacentes, cobalto e níquel, para melhor classificá-los. A última versão da tabela publicada por Mendeleiev é bem mais completa que a versão inicial.

Em 1913, o físico britânico Henry Moseley (1887-1915), usando técnicas de raios X, concluiu que a forma correta de ordenar os elementos químicos era pelo número atômico e não pelo peso atômico. Isso levou a inversões na tabela periódica: argônio (Z = 18) e potássio (Z = 19); cobalto (Z = 27) e níquel (Z = 28); telúrio (Z = 52) e iodo (Z = 53).

Do final do século 19 até 1939, a tabela periódica teve praticamente todos os espaços deixados por Mendeleiev preenchidos pela descoberta, por exemplo, dos gases nobres e alguns elementos radioativos, como polônio e rádio – ambos descobertos pelo casal de cientistas Pierre (1859-1906) e Marie Curie (1867-1934).
Háfnio (1923), rênio (1925) e frâncio (1939) foram os últimos elementos descobertos em amostras naturais.

domingo, 29 de março de 2015

DOCUMENTÁRIO

The Hobbit Enigma (2008)

Traduzido: Hobbit, o Homem de Flores




Setembro 2013

Legendado

Ilha de Flores, Indonésia. A controversa descoberta de uma nova espécie de humano, em 2003, desafiou os conhecimentos que tínhamos acerca das nossas próprias origens. Foi apresentada como uma das descobertas científicas mais excecionais das últimas décadas e ameaçou deitar por terra todas as noções aceites sobre a evolução humana. Deste modo, não é de admirar que a notícia deste achado se tenha espalhado pelo mundo inteiro e que ainda hoje se fale disso. Devido ao seu tamanho reduzido, os investigadores chamaram-lhes Hobbits, como a raça fictícia de seres antropomorfos da famosa saga de livros de Tolkien. Como sobreviveram tantos anos e até há bem pouco tempo? Quem eram os seus antepassados? É possível que as nossas origens se encontrem em Ásia ou em África? Graças a um acesso exclusivo à investigação em curso, o Odisseia oferece-lhe um documentário sobre o homem de Flores, uma visão inovadora que poderia deitar por terra a atual teoria da evolução.




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sábado, 28 de março de 2015

Livro: História Ecológica da Terra
 
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Capítulo 1 - As Bases da Paleoecologia
1. Introdução
2. Os princípios geológicos
2.1. Catasfrofismo
2.2. O princípio do Atualismo
2.3. A lei fundamental da superposição
3. O conceito de ecossistema dinâmico
4. Classificação geral dos organismos
Referências do capítulo

Capítulo 2 - O Tempo Geológico
1. Introdução
2. Datação relativa
2.1. Bioesfratigrafia
3. Datação absoluta
3.1. Datação radiométrica por isótopos de longa-vida
3.2. Método radiocarbônico
3.3. Método de Tório-Protactínio
3.4. Outros métodos radiométricos
4. Outros métodos de datação
4.1. Hidratação da obsidiana
4.2. Dendrocronologia
4.3. Varvas e ritmitos
5. A idade da Terra

6. Magnitude do Tempo Geológico
Referências do capítulo

Capítulo 3 - O Movimento dos Continentes
1. A teoria da Deriva Continental
2. A nova teoria de Deriva Continental
2.1. Evidências da união dos continentes
2.2. Evidências do deslocamento dos continentes
3. Teoria Tectônica Global
3.1. Formação de litosfera
3.2. Zonas de subducção
3.3. Placas tectônicas
3.4. O movimento das placas tectônicas
3.5. O ciclo das placas tectônicas
4. Datação paleomagnética
5. A Teoria da Terra em expansão
Referências do capítulo

Capítulo 4 - As primeiras Eras da Terra
1. Introdução
1.1. A origem dos continentes
1.2. O Arqueano
1.3. O Proterozoico
2. A Era Paleozoica
2.1. O registro fóssil do Paleozoico Inferior
2.2. Paleozoico Superior
2.3. Conclusões sobre o Paleozoico
3. A conquista dos Continentes
4. Adaptação das plantas para a vida na superfície
Referências do capítulo

Capítulo 5 - O Mesozoico
1. Introdução
2. A primeira parte do Mesozoico
3. A segunda parte do Mesozoico
4. Algumas considerações sobre o Mesozoico
4.1. O Mar de Tethys
4.2. As extinções no final do Mesozoico
5. Os processos básicos da evolução
5.1. Mutação
5.2. Recombinação de genes
5.3. Isolamento reprodutivo
5.4. Seleção natural
5.5. Outros mecanismos de especiação
Referências do capítulo

Capítulo 6 - A Era Cenozoica
1. Introdução
2. O Terciário
2.1. O período Paleógeno
2.2. O período Neógeno
2.3. A formação dos oceanos modernos
2.4. Conclusões sobre o Terciário
3. Nichos ecológicos
4. Expansão e diversificação dos mamíferos
Referências do capítulo

Capítulo 7 - O Planeta Terra
1. Introdução
2. Geometria orbital
3. A atmosfera da Terra
3.1. Composição dos gases da atmosfera
3.2. O balanço energético na Terra
3.3. O poder de filtração da atmosfera
4. A atmosfera primitiva
5. Albedo
Referências do capítulo

Capítulo 8 - O clima da Terra
1. Introdução
2. Os elementos do clima
2.1. Luz e temperatura
2.2. Ventos
2.3. Evaporação e precipitação
Referências do capítulo

Capítulo 9 - O Quaternário
1. Introdução
2. As glaciações do Quaternário
3. Causas das glaciações
3.1. Fatores que podem iniciar ou parar uma glaciação
3.2. Fatores de manutenção de uma idade de gelo
4. A extensão e duração das glaciações quaternárias
5. Os efeitos das glaciações quaternárias
5.1. Mudanças do nível do mar
5.2. Efeito sobre os continentes
5.3. Efeitos sobre a distribuição da Biota terrestre
5.4. Efeitos no mar
5.5. Outros efeitos
6. Pluviais e interpluviais
7. Teoria de Refúgios
8. O limite Pleistoceno-Holoceno
9. A borda dos continentes
Referências do capítulo

Fisiologia dos Termogênicos 

Perda de peso explicada pela Biologia

Eles estimulam a queima de gorduras e ainda podem melhorar sua concentração e desempenho físico

Saiba tudo sobre os termogênicos - Foto: Getty Images
Saiba tudo sobre os termogênicos
Diariamente, o ser humano realiza o processo termogênico que é quando nosso organismo transforma nutrientes em energia para manter o calor e fazer com que nosso corpo funcione. Claro que o combustível mais utilizado para obter essa energia é o tecido adiposo, a gordura. 
O fato de estar vivo já nos faz gerar essa termogênese, mesmo deitado em uma cama sem fazer nada há geração de calor que é a taxa metabólica basal. Também há a termogênese estimulada por outros fatores, que é a facultativa, como o movimento, qualquer, atividade física gera aumento de calor, e quando comemos, a metabolização do alimento leva a queima de calorias.  

Pensando na termogênese facultativa, existem algumas substâncias presentes em alimentos que podem agir de duas maneiras: aumentando a resistência das pessoas nos exercícios e fazendo com que desta forma elas consigam queimar mais calorias, caso da cafeína, presente no café, ou que estimulam a produção de uma substância chamada noradrenalina que aumenta a quantidade de batidas do coração e assim eleva o calor interno do corpo e a termogênese, é o caso da capsaicina, presente na pimenta.  

Então, o consumo de comidas e bebidas que possuam boas quantidades destas substâncias com ação termogênica tornou-se popular e surgiram também os suplementos termogênicos com essas substâncias em maior quantidade e concentradas.  

Assim, alguns alimentos que se destacam pela ação termogênica seriam aqueles com grande concentração de cafeína, como o café, o chá verde, o chá mate e o pó de guaraná, ou com boas quantidades de capsaicina, como as pimentas do gênero capcium. Outros alimentos com ação termogênica são o gengibre e a canela. Os suplementos termogênicos costumam ser a base de cafeína. 

Benefícios comprovados dos termogênicos

Ajudam a emagrecer: Os termogênicos contribuem para o emagrecimento de formas diferentes. Aqueles a base de cafeína fazem com que a pessoa tenha mais resistência durante os treinos e assim consiga queimar mais calorias e consequentemente emagrecer. Também há termogênicos que durante o processo de digestão levam a maior queima de calorias.  

É importante ressaltar que todas as pesquisas realizadas com os alimentos ou suplementos termogênicos até o momento concluíram que para conseguir a perda de peso por meio do consumo destes alimentos ou suplementos é preciso praticar atividades físicas. 
Melhoram o desempenho nos treinos: Este benefício vale para os alimentos ricos em cafeínas, pois a substância aumenta a resistência dos atletas, fazendo com que eles consigam se exercitar por mais tempo. 
A pimenta tem uma forte ação termogênica - Foto: Getty Images
A pimenta tem uma forte ação termogênica
Melhoram o foco: A cafeína possui um efeito estimulante que irá proporcionar melhora na concentração e consequentemente na capacidade de aprendizado. 
Os alimentos termogênicos podem proporcionar outros benefícios que irão variar de acordo com o alimento. 

Como consumir

Alimentos termogênicos: clique no nome de cada alimentos termogênico para saber como consumi-lo e os cuidados necessários: 

  • Café
  • Chá verde
  • Gengibre
  • Canela
  • Pimenta.
Suplementos termogênicos: É interessante ingerir os suplementos termogênicos antes dos treinos e apenas nos dias em que for se exercitar. Também evite ingeri-los antes de dormir, pois podem levar a insônia. 

Gestantes, lactantes, crianças, idosos, pessoas hipertensão, arritmia cardíaca e insônia não podem consumir os termogênicos. Eles só podem ser ingeridos após orientação médica. Os suplementos termogênicos aceleram os batimentos cardíacos, assim pode ocorrer complicações de saúde sérias caso a pessoa os consuma sem a devida recomendação. Não combine os suplementos com outros alimentos termogênicos, por exemplo, beber muito café e ainda tomar o suplemento a base de cafeína. Consuma somente os suplementos termogênicos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).  

Evite tomar os suplementos termogênicos por muito tempo seguido, pois há o risco de sobrecarregar o organismo. Por isso, faça pausas como tomar o suplemento por um mês e parar por uma semana. 

Quantidade recomendada

Alimentos termogênicos:
-Café: varia entre três e quatro xícaras de 50 ml por dia para pessoas saudáveis;Chá verde: não ultrapasse quatro xícaras por dia;Pimenta: não há uma orientação exata, mas tente comer o fruto no máximo duas vezes por dia;Gengibre: estudos sugerem que os benefícios ocorrem com a ingestão de 2 a 4 gramas do alimento por dia;Canela: cerca de meia colher de chá por dia é uma quantidade segura.  
Suplementos termogênicos: Não há uma recomendação oficial sobre a quantidade recomendada de suplementos termogênicos. Contudo, como a grande maioria deles é composta por cafeína, a ANVISA regulamenta não extrapolar os 240 mg por dia desta substância. 

Riscos ao consumir em excesso

  • Café, chá verde e chá mate: o excesso pode levar a insônia, problemas cardíacos e gástricos
  • Canela: além dos seis gramas máximos pode ocorrer intoxicação, irritação das mucosas e do intestino, alteração dos batimentos cardíacos, úlceras e alergias
  • Gengibre: o excesso pode favorecer hemorragias
  • Pimenta: o excesso, especialmente do molho de pimenta, pode causar queimaduras, bolhas na boca ou na língua, náuseas, alteração respiratório e vômito.
Suplementos termogênicos: O excesso de suplementos termogênicos pode levar a problemas cardiovasculares, neurológicos, desencadear a ansiedade generalizada ou uma síndrome do pânico. Também há maior risco de insônia e problemas no fígado. 

Interações

O chá verde é um termogênico - Foto: Getty Images
O chá verde é um termogênico
Evite ingerir os suplementos de termogênicos com alimentos termogênicos, pois há o risco de você ingerir determinadas substâncias, como a cafeína, em excesso. Alguns remédios para enxaqueca possuem cafeína e por isso interagem com os suplementos. Remédios para hipertensão e arritmias também podem interagir com os suplementos termogênicos. 

Combinações

Ao ingerir tanto os alimentos quanto os suplementos termogênicos é importante manter uma alimentação saudável e praticar exercícios regularmente. Somente desta forma é possível obter os benefícios dos termogênicos. 

Fontes consultadas:

Roberto Navarro, clínico geral e nutrólogo, especialista Minha Vida, CRM: 78392/SP
Roseli Ueno Ninomiya, nutricionista 

sexta-feira, 27 de março de 2015

ANGIOSPERM PHYLOGENY WEBSITE, version 13.


http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/

Sistemática e nomenclatura botânica

  Sistemática e nomenclatura botânica

5.1. Identificação dos principais grupos vegetais


Taxonomia é a ciência que observa, descreve, classifica, identifica, e nomeia as plantas. A taxonomia vegetal está intimamente ligada à sistemática vegetal, e não há uma distinção nítida entre as duas. Na prática, a "sistemática vegetal" está envolvida com as relações entre as plantas e sua evolução, especialmente nos níveis mais elevados, enquanto que "taxonomia vegetal" lida com a mudança real de espécimes vegetais. A relação precisa entre taxonomia e sistemática, no entanto, muda conforme os objetivos e métodos empregados.


Dois objetivos da taxonomia vegetal são a identificação e a classificação das plantas. A diferença entre estes dois objetivos é importante e muitas vezes esquecido.

Identificação da planta é a determinação da identidade de uma planta desconhecida, por comparação com amostras previamente recolhidas ou com a ajuda de livros ou manuais de identificação. O processo de identificação liga a planta estudada com um nome publicado. Uma vez que uma amostra de planta foi identificada, seu nome e as suas características podem ser conhecidos.
Classificação da planta é a colocação de plantas conhecidas em grupos ou categorias que mostram alguma relação. A classificação científica segue um sistema de regras que padroniza os resultados, e grupos de categorias sucessivas em uma hierarquia. Por exemplo, a família a que os lírios pertencem é classificada como se segue:
• Reino: Plantae
• Divisão: Magnoliophyta
• Classe: Liliopsida
• Ordem: Liliales
• Família: Liliaceae
• Gêneros: Lilium

A classificação das plantas resulta em um sistema organizado para a nomeação e catalogação de espécimes futuro e, idealmente, reflete as idéias científicas sobre as inter-relações entre plantas.

Classificação das plantas

As plantas são classificadas em diversas maneiras diferentes, e o seu nome é o que distingue uma planta das outras, essa informação é o que caracteriza a sua forma e seu habitat. Geralmente, somente a família, o gênero e a espécie são do interesse do pesquisador, mas devemos atentar também para a subespécie, a variedade ou o cultivar para identificar com coerência uma planta em particular.

Sistemas de classificação das plantas

Junto com o avanço dos conhecimentos de sistemática de plantas, apareceu também a necessidade de modificar a descrição dos táxons existentes e de agregar alguns táxons novos, com o objetivo de expressar os novos conhecimentos de diversidade e filogenia.

A partir do sistema de classificação de Carl Linnaeus (1707-1778), através da publicação de Systema naturae (1735) – base da classificação de plantas, animais e minerais – seguida de Critica botanica (1737), Flora lapponica (1737), Hortis cliffortianus (1737), Genera plantarum (1737) – com uma revisão final de um total de 1336 gêneros e Species plantarum (1753) – com 1000 gêneros, 7300 espécies arranjadas de acordo com o sistema de classificação sexual e o use da nomenclatura binomial para nomear as plantas, foram aparecendo diferentes sistemas de classificação, que em geral tomavam como base o sistema de classificação anterior. Cabe enfatizar que posteriormente a Darwin, muitos sistemas de classificação tentaram organizar a filogenia das plantas, com os entraves e o pouco conhecimento que tinham em cada época.

Sistema de classificação de Engler

Publicado por primeira vez por Gustav Heinrich Adolf Engler (1844-1930), famoso botânico alemão, no final do século passado foi adaptado varias vezes por outros pesquisadores. Engler e Karl Prantl (1849-1893) publicaram uma classificação modificada do sistema de Eichler, Die natürlichen Pflanzenfamilien (1887-1899). Propunha uma chave de identificação de todos os grupos de plantas, de Monocotiledôneas a Dicotiledôneas.

Sistema de classificação de Bessey

Charles E. Bessey (1845-1915), propôs na obra The Phylogenetic Taxonomy of Flowering Plants, um sistema baseado em 28 regras de classificação, ou “dicta” para determinar o nível de conhecimento, simples ou avançado de um grupo de plantas.

Sistema de classificação de Cronquist

Publicado pela primeira vez por Arthur Cronquist em 1981 e concluído em 1988, focaliza as angiospermas, foi possivelmente o mais utilizado nos últimos anos até a chegada do sistema APG. Baseado na morfologia teve acertos e erros. Este sistema foi desenvolvido em seus textos um Sistema Integrado de Classificação de Angiospermas (1981) e A Evolução e Classificação de Angiospermas (1968, 2 ª edição, 1988).
O Sistema de Cronquist classifica as plantas pela floração em duas grandes classes, Magnoliopsida (dicotiledôneas) e Liliopsida (monocotiledôneas). Dentro destas classes, as ordens relacionadas estão colocadas em subclasses.
O sistema ainda é largamente utilizado, tanto na sua forma original ou em versões adaptadas, mas muitos botânicos estão adotando o Sistema de Classificação de Angiospermas para as ordens e famílias de plantas com flor: APG II.

O sistema é integrado ao de Classificação de Angiospermas (1981) com uma contagem de 321 famílias e 64 ordens:

Classificação das plantas
As plantas são classificadas de várias maneiras diferentes, e quanto mais próximas estiverem às características morfológicas, mais o nome indica relação de uma planta para outras plantas, e sugere o seu lugar no mundo vegetal. Normalmente, apenas a família, gênero e espécie são motivos de preocupação para o botânico, mas às vezes são necessárias subespécie, variedade ou cultivar para identificar uma determinada planta.
A partir do topo, a categoria mais elevada, as plantas são classificadas como se segue. Cada grupo tem as características do nível acima, mas tem algumas características distintivas. Quanto maior for o aprofundamento menor serão as diferenças, até acabar com uma classificação que se aplica a apenas uma planta.

CLASSE
Angiospermae (Angiospermas).
Plantas que produzem flores
Gymnospermae (Gimnospermas)
Plantas que não produzem flores
SUBCLASSE
Dicotyledonae (Dicotiledoneas)
Plantas com duas folhas a partir da semente
Monocotyledonae (Monocotiledoneas)
Plantas com uma folha a partir da semente
SUPERORDEM
Grupo de famílias de plantas relacionadas, classificados na ordem em que as suas diferenças são desenvolvidas a partir de um ancestral comum.
Há seis superordens na Dicotyledonae (Magnoliidae, Hamamelidae, Caryophyllidae, Dilleniidae, Rosidae, Asteridae), e quatro superordens na Monocotyledonae (Alismatidae, Commelinidae, Arecidae, Liliidae)
Os nomes da superordem terminam em -idae
ORDEM
Cada Superordem é subdividido em várias ordens.
Os nomes das ordens terminam em -ales
FAMÍLIA
Cada Ordem é dividida em famílias. Estas são as plantas com muitas características botânicas em comum e é a mais alta classificação utilizada normalmente. A este nível, a semelhança entre as plantas muitas vezes é facilmente reconhecível.
A moderna classificação botânica atribui um tipo de planta para cada família, que tem características especiais que separa este grupo de plantas de outros e os nomes da família depois desta planta.
O número de famílias de plantas varia de acordo com o botânico, cuja classificação lhe seguem. Alguns botânicos reconhecem cerca de 150 ou mais famílias, preferindo classificar outras plantas semelhantes como sub-famílias, enquanto outros reconhecem cerca de 500 famílias de plantas. Um sistema amplamente aceito é que o esquematizado por Cronquist em 1968.
Os nomes das famílias terminam em -aceae
SUBFAMILIA
A família pode ser dividida em um número de sub-famílias, que agrupam plantas dentro da família que têm algumas diferenças significativas botânicas.
Os nomes das subfamílias terminam em -oideae
TRIBO
Uma outra divisão de plantas dentro de uma família, baseada em pequenas diferenças botânicas, mas geralmente composto por muitas plantas diferentes.
Os nomes das tribos terminam em -eae
SUBTRIBO
Uma outra divisão, com base em diferença botânica menores, muitas vezes é só reconhecível por os botânicos.
Os nomes das subtribos terminam em -inae
GÊNERO
Esta é a parte do nome da planta que é mais familiar, o nome normal que você dê uma planta - Papaver (Ópio), Aquilegia (Columbina), e assim por diante. As plantas de um gênero são muitas vezes facilmente identificáveis como pertencentes ao mesmo grupo.
O nome do gênero deve ser escrito com letra inicial maiúscula.
ESPÉCIES
Este é o nível que define uma planta individual. Muitas vezes, o nome irá descrever alguns aspectos da planta - a cor das flores, tamanho ou forma das folhas, ou pode ser o nome do local onde foi encontrado. Juntos, o gênero e o nome da espécie referem-se apenas uma planta, e são usados para identificar uma determinada planta. Às vezes, a espécie é dividida em sub-espécies de plantas que contêm características não tão distintas, que são classificadas como castas.
O nome da espécie deve ser escrito depois do nome do gênero, em letras pequenas, sem letra maiúscula, grifado ou em itálico.
VARIEDADES
A Variedade é uma planta que é apenas levemente diferente das espécies de plantas, mas as diferenças são significativas nas diferenças na forma. O latim é varietas, que geralmente é abreviado para var.
O nome segue o gênero e nome da espécie, com var. antes do nome da variedade individual.
FORMA
Forma é uma planta dentro de uma espécie que tem pequenas diferenças botânicas, tais como a cor da flor ou a forma das folhas.
O nome segue o gênero e nome da espécie, com a forma (ou f) antes do nome da variedade individual.
CULTIVAR
A Cultivar é a variedade cultivada, uma planta especial, que tenha surgido naturalmente ou através de hibridação deliberado, e pode ser reproduzida (vegetativa ou por sementes) para produzir mais da mesma planta.
O nome segue o gênero e nome da espécie. Está escrito na língua da pessoa que descreveu, e não deve ser traduzido. Ou é escrito entre aspas simples ou tenha cv. escrito na frente do nome.
AFF.
É uma abreviação do latim affinis, que significa “parecido com”. No reino vegetal é o mesmo que dizer que esta planta é parecida com aquela, mas não é aquela espécie.
Por exemplo Rosa aff. rubiginosa, (rosa mosqueta) significa que ela é apenas parecida com a Rosa rubiginosa (rosa comum).


Sistema de classificação de angiospermas de APG e APG II

Publicado pela primeira vez pelo grupo de otânicos autodenominado "Angiosperm Phylogeny Group" (APG) em 1998 e pela segunda vez ("Angiosperm Phylogeny Group II", ou APG II) em 2003, é um sistema de classificação das angiospermas. Foi criado devido aos avanços da filogenia derivados das análises moleculares de DNA, refletidos em um sistema de classificação das plantas com flores.

Sistema de classificação de angiospermas de APW

O sistema Angiosperm Phylogeny Website (APW), foi criado e atualizado por um dos membros da APG II (P. F. Stevens), que partiu da classificação APG II de 2003 e foi atualizando a classificação com cada publicação que apareceu desde então.


Sistema de classificação de Smith 2006

Publicado pela primeira vez em agosto de 2006, igual ao sistema APG II, é um sistema de classificação criada pela necessidade de ser colocado em prática os avanços em filogenia de traqueófitas, em um sistema de classificação de plantas.

Quimiotaxonomia e Biologia molecular

Os organismos vivos produzem muitos tipos de produtos naturais em quantidades variadas, e muitas vezes as vias biossintéticas responsáveis por estes compostos também diferem de um grupo taxonômico para outro. A distribuição desses compostos e suas vias de biossíntese correspondem com a convenção taxonômica baseados em critérios mais clássicos como a morfologia. Em alguns casos, os dados químicos têm contestado as hipóteses existentes, o que exige um reexame do problema ou da informação de forma mais positiva, os dados químicos apresentaram informações mais claras em situações em que outras formas de dados são insuficientes para classificar uma determinada espécie.
Os quimiotaxonomistas modernos muitas vezes dividem os produtos naturais em duas classes principais: (1) micromoléculas, ou seja, aqueles compostos com peso molecular de 1.000 ou menos, como alcalóides, terpenóides, aminoácidos, ácidos graxos, pigmentos flavonóides e outros compostos fenólicos, óleos e carboidratos simples; e (2) macromoléculas, aqueles compostos (geralmente polímeros) com um peso molecular superior a 1000, incluindo polissacarídeos complexos, proteínas e o ácido desoxirribonucléico (DNA).

O extrato de uma planta pode ter os seus componentes separados individualmente, especialmente no caso de micromoléculas, usando uma ou mais técnicas de cromatografia, incluindo papel, camada fina, gás, ou cromatografia líquida de alta pressão. O cromatograma resultante fornece uma exibição visual ou "impressão digital" característica de uma espécie vegetal para a classe especial de compostos em estudo.
O indivíduo, os pontos separados podem ser mais purificados e submetidos a um ou mais tipos de espectroscopia, tais como ultravioleta, infravermelho, ou ressonância nuclear magnética ou espectroscopia de massa (ou ambos), que pode fornecer informações sobre a estrutura do composto. Assim, para fins taxonômicos, ambos os padrões visuais e conhecimento estrutural dos compostos podem ser comparados de espécie para espécie.

Devido à sua natureza geral, poliméricos, e muitas vezes cristalina, de macromoléculas (por exemplo, proteínas, hidratos de carbono, DNA) pode ser submetido à cristalografia de raios-x, o que dá uma idéia da sua estrutura tridimensional. Estas grandes moléculas podem ser divididas em pequenos componentes individuais e analisadas por meio de técnicas empregadas para micromoléculas. A seqüência de aminoácidos específicos de partes ou todos de uma enzima celular respiratória, citocromo C, foi elucidada e usado com sucesso para comparações quimiotaxonômicas em plantas e principalmente animais.
O citocromo C é uma pequena proteína ou cadeia polipeptídica composta por cerca de 103-112 aminoácidos, dependendo do animal ou planta em estudo. Cerca de 35 dos aminoácidos não variam em tipo ou posição dentro da cadeia, e provavelmente são necessários para manter a estrutura e a função da enzima. Várias outras posições de aminoácidos podem variar ocasionalmente, e sempre com a substituição do mesmo aminoácido em uma posição particular. Entre os restantes 50 lugares espalhados por toda a cadeia, a substituição ocorre consideravelmente, o número de tais diferenças entre os organismos indica o quanto eles estão relacionados uns aos outros. Quando tais padrões de substituição foram submetidos à análise de computador, uma árvore evolutiva foi obtida mostrando o grau de parentesco entre as plantas e 36 animais examinados. Esta árvore evolutiva é muito semelhante às árvores evolutivas ou filogenias construídas com base no registro fóssil para estes organismos. Assim, a bioquímica dos organismos vivos reflete uma medida das mudanças evolutivas que ocorreram ao longo do tempo com essas plantas e animais. Uma vez que cada aminoácido em uma proteína é o produto final de uma parte específica do código do DNA, as diferenças substituídas nesta e outras proteínas em vários organismos também refletem uma mudança na seqüência de nucleotídeos do DNA propriamente dito.

No caso das proteínas, muitas vezes não é necessário saber a seqüência do aminoácido específico, mas é usada para observar como muitas proteínas diferentes, ou formas de uma única proteína, estão presentes em diferentes de plantas ou espécies animais. A técnica de eletroforese é usada para obter um padrão de bandas de proteínas como a impressão digital química de micromoléculas. Pois cada aminoácido em uma proteína carrega uma carga iônica positiva, negativa ou neutra, a soma total das cargas dos aminoácidos que constituem a proteína vai dar a proteína de uma carga positiva, negativa ou neutra.
Enquanto o DNA da organela não contém o número de mensagens genéticas do organismo que o DNA nuclear tem, a sua transmissão de pais para filhos pode variar, dependendo do organismo, o tamanho do DNA da organela e seu potencial para a análise direta do código genético sugerem que é uma abordagem potente para quimiossistemática.


Um exemplo de quimiotaxonomia é a família Asteraceae que tem a capacidade de armazenar energia, geralmente sob a forma de inulina, ainda produzem ácido clorogênico, lactonas sesquiterpênicas, álcoois triterpenos pentacíclicos, alcalóides diferentes, Acetilenos (cíclica, aromática, com os grupos finais de vinilo), taninos. Essa família têm terpenóides, óleos essenciais que não contêm iridóides.
As solanáceas são conhecidas por possuir uma gama diversificada de alcalóides, esses alcalóides pode ser saudáveis ou tóxicos. Um dos grupos mais importantes destes compostos é chamada de alcalóides tropânicos. Os alcalóides tropânicos também são encontrados nos gêneros Datura, Mandragora e Brugmansia, assim como muitos outros da família Solanaceae. As moléculas destes compostos têm uma estrutura característica bicíclica e incluem atropina, escopolamina e hiosciamina. Farmacologicamente são os anticolinérgicos mais poderosos conhecidas na existência, eles inibem os sinais neurológicos transmitida pelo neurotransmissor endógeno, a acetilcolina. Sintomas de overdose têm como características secura da boca, pupilas dilatadas, ataxia, retenção urinária, alucinações, convulsões, coma e morte.
Apesar da extrema toxicidade do tropanos, são drogas importantes quando administrada em doses adequadas. Mais comumente, podem deter muitos tipos de reações alérgicas. Escopolamina, um agente comumente usado em oftalmologia, dilata as pupilas e facilita o exame do interior do olho. A atropina tem um efeito estimulante sobre o sistema nervoso central e cardíaco, enquanto a escopolamina tem um efeito sedativo.

5.2. Nomenclatura binomial

A moderna classificação biológica teve início com Carl Von Linné ou ainda Carolus Linnaeus ou Lineu (séc. XVII), cujos trabalhos produziram uma classificação, pelo menos em nível dos animais, não muito diferente da de Aristóteles.
Lineu classificou todos os organismos conhecidos na época em categorias que designou por espécies. Agrupou as espécies em gêneros, estes em famílias, ordens e classes. Posteriormente foram criadas mais duas categorias, divisão (plantas) ou filo (animais), que englobam as classes. Lineu foi, também, o criador da chamada nomenclatura binomial latina, ainda hoje utilizada.
A classificação de Lineu, o Systema Naturae, é racional, mas artificial, pois por vezes usava apenas um caractere, como no caso de plantas em que apenas considerava peculiar o número e localização dos estames na flor.
A nomenclatura binomial ou binominal é a forma de nomear cientificamente as espécies de seres vivos. Chama-se binominal porque o nome de cada espécie é formado por duas palavras, o nome do gênero e o específico, normalmente um adjetivo que qualifica o gênero. Foi primeiramente proposta pelo naturalista suíço Gaspar Bauhin no século XVII, e formalizada por Lineu no século seguinte.
Regras de nomenclatura:
1ª regra: o nome do gênero e da espécie deve ser escrito em latim e destacados no texto (ou grifado ou escrito em negrito ou em itálico).
2ª regra: o nome da espécie deve ser formado por duas palavras por, onde o primeiro termo indica o seu nome genérico e o segundo, o seu nome específico. Ex: Bidens pilosa (picão-preto); Maytenus ilicifolia (espinheira-santa).
O nome científico da espécie deve vir acompanhado do nome (abreviado) do autor que a descreveu. Ex.: Rosa alba L. Quando ocorre dois nomes de autores, sendo o primeiro entre parênteses, significa que o segundo modificou a posição sistemática. Ex.: Bulbostylis capillaris (L.) Clarke.
Dentro de uma espécie podem, ainda, ocorrer variações nas características ou seleção de híbridos pelo homem, criando subníveis como: subespécie, variedade, forma, raça, clone. Nos demais taxa podem também ocorrer subdivisões, nas quais pode ser acrescentado o prefixo sub ao táxon, indicando que este é inferior e o táxon tribo abaixo de família. Assim teremos:
• Divisão
• Sub-divisão
• Classe
• Sub-classe
• Ordem
• Sub-ordem
• Família
• Sub-família
• Tribo
• Gênero
• Sub-gênero
• Espécie
• Sub-espécie, variedade, forma
Cada nível de classificação (táxon) possui um sufixo específico. Exemplo: Rosa alba
• Táxon, sufixo, exemplo.
• Espécie: Rosa alba
• Gênero: Rosa
• Tribo (eae): roseae
• Família (aceae): rosaceae
• Ordem (ales): rosales
• Classe (eae): dicotiledoneae
• Ou opsida: magnoliopsida
• Sub-divisão (ae): angiospermae
• Divisão (ae) ou (phyta): magnoliophyta

3ª regra: o nome relativo ao gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o do nome específico, com letras minúsculas. Ex: Homo sapiens (homem); obs: nos casos em que o nome específico se refere a uma pessoa, a inicial pode ser maiúscula ou minúscula. Ex: Trypanosoma cruzi (ou T. cruzi) — nome dado por carlos chagas ao organismo causador da doença de chagas, em homenagem a Oswaldo Cruz;
4ª regra: quando se trata de subespécies, o nome indicativo deve ser escrito sempre com inicial minúscula (mesmo quando se refere a pessoas), depois do nome da espécie. Ex: Rhea americana alba (ema branca); Rhea americana grisea (ema cinza);
5ª regra: nos caso de subgênero, o nome deve ser escrito com inicial maiúscula, entre parenteses e depois do nome do gênero. Ex: Anopheles (nyssurhynchus) darlingi (um tipo de mosquito transmissor da malária). As abreviaturas sp (espécie) ou spp (espécies) são utilizadas quando o material só foi determinado até o nível genérico. Ex: Pyrgo sp
5.3. Classificação pelo ciclo de vida.
Há três agrupamentos das plantas herbáceas baseadas no ciclo de vida.
Anuais: são plantas que podem atravessar seu ciclo de vida inteiro, da germinação da semente à produção e à morte da semente, em uma estação de crescimento. Os exemplos comuns das anuis são: milho, camomila, zínias, feijões e a soja.

Bianuais: são plantas com ciclo de dois anos. O primeiro ano envolve a germinação, o aparecimento das folhas, a raiz, hastes horizontais e a produção armazenada de alimento. A planta sobrevive no inverno. O segundo ano dá forma a uma haste vertical, a flores, a frutos e a sementes. Os exemplos das bienais são: cenoura, beterraba, cebola e framboesa.
Perenes: são plantas não lenhosas que podem viver durante três ou mais anos num determinado local. A parte aérea destas plantas geralmente morre todos os anos, mas as raízes, ou outras partes subterrâneas da planta, sobrevivem durante o inverno. Assim, em geral na primavera, o crescimento retoma e o ciclo recomeça. Os exemplos de perenes são: bálsamo, aspargos e morango.
O significado dos nomes latinizados das plantas (epípetos)
A finalidade do nome latin ou botânico das plantas é fornecer alguma informação sobre uma característica particular que a diferencie de outras plantas. Estes são alguns dos nomes específicos latinizados aplicados frequentemente às plantas.
Obs.: todos os epítetos vão depender do gênero do nome apropriado sobre o gênero da planta, isto é, abbreviatus, abbreviata e abbreviatum.
Exemplo de Classificação
A classificação botânica de uma planta (Ranunculus) com folhas estreitas é:
 

Categoria
Nome Científico
CLASSE
Angiospermae
Subclasse
Dicotyledonae
Superorder
Magnoliidae
Ordem
Ranunculares
Família 
Ranunculaceae
Subfamília
Ranunculoideae
Tribo
Ranunculeae
Gênero
Ranunculus
Espécie 
(Ranunculus) flammula
Subespécie
(Ranunculus flammula) subsp. flammula
Variedade
(Ranunculus flammula subsp. flammula) var. tenuifolius

Inpe desenvolve metodologia para mapear risco de deslizamento de terra

27 de março de 2015

Elton Alisson | Agência FAPESP – Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolveram uma metodologia para mapear áreas suscetíveis a deslizamentos de terra em municípios brasileiros a partir de dados e softwares de domínio público.

Desenvolvida no âmbito do Projeto Temático “Assessment of impacts and vulnerability to climate change in Brazil and strategies for adaptation option”, realizado com apoio da FAPESP, a metodologia foi descrita em um artigo publicado na revista Natural Hazards and Earth System Sciences.
“A ideia de usar dados e softwares livres foi para possibilitar que a metodologia possa ser utilizada de forma prática e confiável por gestores públicos de municípios brasileiros que ainda não possuem mapeamentos de áreas suscetíveis a deslizamentos de terra e que muitas vezes sofrem com esse tipo de problema”, disse Pedro Ivo Camarinha, doutorando no Inpe e um dos autores da metodologia, à Agência FAPESP.

A metodologia utiliza um sistema de processamento de informações georreferenciadas chamado Spring, desenvolvido pelo Inpe e disponibilizado gratuitamente na internet, além de um banco de dados geomorfométricos do Brasil, denominado Topodata, também criado pelo Inpe a partir de dados da missão Shuttle Radar Topography Mission (SRTM).

Realizada em fevereiro de 2000 pelo ônibus espacial Endeavour, da agência espacial americana (Nasa), a SRTM teve o objetivo de obter a mais completa base de dados topográficos digitais e de alta resolução da Terra por meio de um sistema de radar.

“O Topodata conseguiu melhorar a resolução dos dados de topografia fornecidos pela SRTM – que era de 90 metros – para toda a América do Sul e, especialmente para o Brasil, oferecendo ao usuário uma série de dados topográficos com resolução espacial de 30 metros”, disse Camarinha.
“Isso colabora para elaboração de mapas de suscetibilidade a deslizamentos de terra de municípios brasileiros com resolução aceitável”, avaliou.

Serra do Mar

A fim de avaliar sua confiabilidade, a metodologia foi usada inicialmente para estimar a suscetibilidade e riscos de deslizamento de terra nos municípios de Caraguatatuba, Ubatuba, Santos e Cubatão, situados na região da Serra do Mar, no litoral paulista.
De importância estratégica para a economia do estado e do país em razão de concentrar portos, estradas, oleodutos e gaseodutos, além de serem centros turísticos, os quatro municípios registram frequentemente desastres naturais envolvendo deslizamentos de terra devido, entre outros fatores, às características geofísicas e ao crescimento populacional desordenado, que levou à ocupação de áreas próximas a encostas e morros.

Por essas razões, essas quatro cidades têm sido consideradas prioritárias nos mapeamentos de áreas de risco de deslizamentos feitos pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) – o órgão oficial de assessoramento dos municípios e da Defesa Civil na gestão de riscos de desastres naturais.

“Os municípios de Caraguatatuba, Ubatuba, Santos e Cubatão já contam com um mapeamento de áreas suscetíveis a deslizamentos de terra, elaborado pelo CPRM, devido a seus históricos de desastres naturais relacionados a esse tipo de processo geológico”, disse Camarinha.

Ao comparar o levantamento de suscetibilidade a deslizamento de terra feito com a metodologia desenvolvida pelo Inpe com o levantamento de áreas de risco de deslizamento realizado pelo CPRM nesses quatro municípios, os pesquisadores constataram que a metodologia é bastante eficiente.
Além de áreas de risco de deslizamentos de terra já identificadas pelo CPRM em campo, a metodologia indicou que há regiões com suscetibilidade alta e muito alta nos quatro municípios situadas, em sua maioria, em áreas de expansão urbana.

“A metodologia que desenvolvemos foi capaz de identificar com considerável precisão onde estão localizadas as áreas de risco de deslizamento de terra nos quatro municípios analisados”, afirmou Camarinha.
“Ela pode ser usada tanto em cidades que já possuem mapeamento de suscetibilidade a deslizamento de terra para reforçar e nortear as análises feitas in loco pelo CPRM, como também por municípios que ainda não têm esse tipo de levantamento”, afirmou.
Levantamento nacional
De acordo com a The International Emergency Disasters Database (EM-DAT) – uma base de dados de desastres ocorridos em todo o mundo desde 1900 –, no período de 1900 a 2013 foram registrados 150 grandes desastres naturais no Brasil, que afetaram 71 milhões de pessoas, causaram mais de 10 mil mortes e perdas estimadas em US$ 16 bilhões.

Devido ao aumento da frequência e intensidade de desastres naturais relacionados a deslizamentos de terra nas cidades brasileiras nas últimas duas décadas – especialmente nas regiões Sudeste e Sul do país –, o CPRM começou a realizar a partir de 2013, por solicitação do governo federal, um mapeamento de suscetibilidade, perigo e risco em 821 municípios considerados prioritários por registrarem o maior número de ocorrências.

O trabalho vem avançando nos últimos anos, mas ainda há uma série de municípios prioritários que ainda não possuem esse tipo de mapeamento, apontou Camarinha.
“Além desses municípios considerados prioritários, há uma série de outros onde também ocorrem deslizamentos de terra, mas com menor frequência e intensidade”, afirmou.
“Para esses casos, a metodologia que desenvolvemos pode auxiliar a Defesa Civil e secretarias municipais que tratam de riscos de desastres naturais a fazer um planejamento urbano melhor, como também identificar áreas de risco a deslizamentos de terra”, avaliou

Além de Caraguatatuba, Ubatuba, Santos e Cubatão, após ser validada, a metodologia também foi usada para avaliar a suscetibilidade a deslizamento de terra em cerca de outros 60 municípios paulistas, situados na Baixada Santista, Litoral Norte, região metropolitana de Campinas, Serra da Mantiqueira e no Vale do Paraíba.

Os pesquisadores também estão avaliando a possibilidade de adaptar a metodologia para analisar áreas de risco suscetíveis à inundação, que representa o tipo de desastre natural mais frequente (58% do total) e que causa maior número de óbitos no Brasil, seguido por deslizamentos de terra (15,6%), segundo o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais, elaborado pelo Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

quinta-feira, 26 de março de 2015

4 fatos chocantes que você precisa saber sobre a carne suína...crueldade sem fim no Brasil

Favoritar Diretora de educação do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA).
Publicado: Atualizado:
ANIMAL CRUELTY PIG
Ing
A vasta maioria das embalagens e propagandas sobre a carne suína no Brasil omite qualquer informação sobre como esses produtos são originados. Enquanto muito se diz sobre qualidade e sabor dos diferentes cortes, presuntos, bacons, salsichas e linguiças, nada se fala sobre como os cerca de 36 milhões de porcos abatidos todos os anos no Brasil são criados.
Por isso, o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA) preparou uma lista que revela fatos chocantes, mas reais, sobre como a maioria dos porcos são criados e tratados em sistemas industriais. Respire fundo e prepare-se para entender por que as indústrias da produção e do marketing estrategicamente fazem questão de esconder isso de você.

1. Leitões têm seus dentes cortados

Com menos de sete dias de vida, leitões - fêmeas e machos - têm seus dentes cortados ou lixados. Na maioria das vezes, os animais gritam e agonizam de dor, pois esse procedimento é feito sem nenhum tipo de anestesia ou medicações que aliviem a dor e o estresse.
Os dentes dos leitões são inervados e estudos científicos já demonstraram que o corte pode causar dor aguda e sentimento de angústia no momento e nos minutos seguintes ao procedimento. O corte de dentes também pode causar dor e complicações mais duradouras, de até 120 dias após o corte - como aberturas de cavidades, fraturas, hemorragias, infiltrações e abscessos.
Essa prática cruel ainda impera no Brasil sob a desculpa de que ela é necessária para prevenir ferimentos nas mamas das porcas parideiras, embora evidências científicas provem que isso não é necessariamente verdade. Desde 2003, a prática de cortar ou lixar dentes de leitões de forma rotineira já foi proibida em todos os países da União Europeia.

2. Leitões têm suas caudas esmagadas ou cortadas

Também logo após nascerem, antes de completarem sete dias de vida, os leitões em sistemas industriais têm suas caudas esmagadas ou cortadas. Embora o procedimento seja inquestionavelmente estressante e doloroso para os animais, o uso de anestésicos e analgésicos é geralmente dispensado pelos produtores.
Porcos são animais extremamente inteligentes e ativos, que passam a maioria do seu tempo explorando o ambiente em que vivem. O corte de caudas é feito porque em sistemas de confinamento tradicional - que são predominantes no Brasil - eles vivem em baias de concreto superlotadas que não proveem nenhum tipo de enriquecimento ambiental. O estresse e o tédio gerados por esse sistema de produção os levam a explorar e morder as caudas dos companheiros de baia, o que às vezes também resulta em infecções graves e surtos de canibalismo.
Estudos científicos são vastos e claros: porcos criados em sistemas abertos, ou com uso de enriquecimento e espaço suficiente, não desenvolvem o comportamento anormal de morder caudas e assim a prática extremamente cruel de cortá-las ou esmagá-las não é "necessária". Assim como para o corte de dentes, a União Europeia também já proibiu o corte rotineiro de caudas.

3. Leitões são castrados sem anestesia

Como se não bastasse, também antes de atingir o sétimo dia de vida, os leitões machos têm seus sacos escrotais cortados e os testículos removidos, sem o uso de medicação para anestesiar ou aliviar a dor. Esse procedimento desumano é feito para evitar o odor forte dos hormônios masculinos na carne de animais abatidos.
No entanto, países como Dinamarca e Alemanha já usam analgésicos rotineiramente. Suíça e Holanda já abandonaram a prática totalmente, usando métodos alternativos, como abater animais mais jovens ou separar carcaças com odor forte. A União Europeia como um todo já está trabalhando para que a prática de castração sem anestesia seja abolida e negociações atuais com a indústria e o varejo indicam que isso pode acontecer já em 2018.

4. Porcas parideiras vivem em gaiolas minúsculas

De acordo com artigos da indústria, cerca de 99% das porcas usadas para parir leitões de engorda na produção industrial de carne suína do Brasil são confinadas por praticamente toda a vida em gaiolas de gestação e parição.
Essas gaiolas são tão pequenas que as porcas não podem sequer se virar dentro delas, ou dar mais do que um passo para frente ou para trás. A prática de confinar porcas em gaiolas por toda a vida é tão cruel que já foi proibida em todos os países da União Europeia, Canadá e Nova Zelândia - e associações de produtores na Austrália e África do Sul já se comprometeram a abandoná-la de forma gradual.
Porcos são um dos animais mais inteligentes do planeta, até mais do que os cães, e não é exagerado dizer que o sofrimento das porcas reprodutoras confinadas dessa forma é um dos piores dentre os animais criados para consumo.

No Brasil, a pressão do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e outras ONGs de proteção animal já levou a BRF, maior produtora nacional e dona das marcas Sadia e Perdigão, a declarar que acabará com esse sistema de confinamento. Agora, nós estamos pedindo que a JBS, segunda maior produtora e dona da marca Seara, faça o mesmo. Se você se importa com a forma como os animais são tratados na produção de alimentos, clique aqui e assine a petição que pede que a JBS ouça essa demanda.
E não se esqueça: esse é apenas um primeiro passo para que a produção de carne suína se torne um pouco menos cruel. Dados todos os demais abusos que reportamos aqui, a decisão mais sensata é não consumir carne suína, recusando presuntos, bacons, salsichas e linguiças em embalagens pomposas promovidas por celebridades que nada dizem sobre como eles são produzidos.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Biotecnologia pode contribuir para preservação da água (23/03/2015)
Água

Dia 22 de março diversas ações em diferentes pontos do mundo abordaram um tema que é sinônimo de vida: a água. Criado pela ONU (Organização das Nações Unidas), o Dia Mundial da Água é uma oportunidade para lançar luz sobre a importância de preservar esse recurso fundamental e de envolver a sociedade na reflexão sobre a escassez de água potável.
Diminuir o uso, preservar e reaproveitar são medidas necessárias, da produção agrícola à indústria, do consumo doméstico à esfera pública.

Nesse sentido, a biotecnologia se soma a outros esforços, podendo colaborar de forma significativa para a prevenção de uma crise hídrica maior. Possibilitar aos agricultores acesso às tecnologias permite o uso mais eficaz da água disponível. Sementes mais produtivas, que necessitam de menos insumos, são inovações que estão em consonância com os preceitos de sustentabilidade.

A biotecnologia pode dar outras contribuições para a preservação da água. Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por exemplo, está identificando genes que fazem com que algumas plantas absorvam metais pesados em grande quantidade. “Uma vez desvendado esse mecanismo genético, é possível superexpressar esses genes, desenvolvendo variedades transgênicas com alta capacidade de absorção para serem utilizadas na recuperação de solos e águas contaminadas”, explica Adriana Brondani, diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB).

Tolerância a estresse hídrico
Outro exemplo é o desenvolvimento de plantas tolerantes à seca. No Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) saiu na frente e já têm sementes de soja em estágio avançado de testes no campo. Os pesquisadores trabalham com 15 construções gênicas, das quais cinco já estão em campos experimentais da Embrapa, com autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). “Manifestar a característica de tolerância à seca é um processo complexo, pois envolve o estudo de diferentes rotas metabólicas”, afirma Alexandre Nepomuceno, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Soja. Os resultados obtidos são promissores e a mesma tecnologia está sendo transferida também para cana-de-açúcar, milho, algodão, café e braquiária.
Na safra 2013/14, quando a região Sul sofreu muito com a seca, uma das variedades transgênicas de soja teve aumento de 13,5% na produtividade quando comparada com similares sem o gene. Durante o período, choveu muito pouco na fase mais crítica do desenvolvimento da planta (44mm entre janeiro e fevereiro, quando a média histórica é superior a 300mm) e as temperaturas foram extremas, chegando a marca de 40°C. Também foram realizadas simulações com seca drástica em condições reais de campo, com utilização de telhados móveis, chegando-se a resultados ainda melhores: 44% de aumento de produtividade da soja geneticamente modificada (GM) em relação a mesma variedade sem o gene. A expectativa da Embrapa é que em breve os testes de campo com a nova soja sejam levados para outras regiões do país.

Biorremediação das águas
No que diz respeito ao reaproveitamento de recursos hídricos, a utilização de microrganismos selecionados e multiplicados por meio da biotecnologia tem se mostrado promissor. Fabricio Drumond, COO (Chief Operations Officer) da SuperBAC, empresa que desenvolve esse tipo de bactéria, afirma que diversos setores utilizam soluções biotecnológicas no tratamento de efluentes no Brasil. O resultado dessa estratégia é a diminuição do consumo, pois muitas das águas retornam para os processos de produção, além da preservação de mananciais, já que a água segue limpa para o descarte. “Entender cada vez mais quais são os melhores agentes para cada aplicação e a forma mais eficiente de utilizá-los nos fará ampliar a adesão a essa tecnologia”, avalia Drumond.

Além de tratar efluentes, os chamados consórcios de bactérias também são aplicados para despoluir aquíferos. Rio Sena em Paris (França), Tâmisa em Londres (Reino Unido), Tejo em Lisboa (Portugal), Cuyahoga em Cleveland (EUA), Cheonggyecheon e Han, em Seul (Coreia do Sul), Reno na Europa e Canais de Copenhague na Dinamarca, são exemplos de recuperação via agentes biológicos. No Brasil, projetos com a utilização de bactérias despoluentes já foram testados no rio Pinheiros, em São Paulo, e estão aguardando aprovação.   “Acredito que a biotecnologia pode revisitar revoluções como a agrícola e industrial, modernizando processos e fazendo as atividades serem ainda mais sustentáveis”, pondera Fabricio Drumond.
Fonte: Redação CIB