Em que parte do mundo vive o leão, o rei da selva?
No passado, um dos animais mais majestosos da fauna do planeta podia ser encontrado em três continentes. Agora, sua distribuição é menor e o felino está vulnerável à extinção.
Os leões machos têm uma característica exclusiva: sua juba, que começa a crescer a partir dos três anos de idade e varia de cor, indo do preto ao castanho claro quase loiro.
O leão (Panthera leo) é um mamífero carnívoro da família Felidae, considerado o felino mais social do mundo, pois vive em rebanhos de fêmeas aparentadas. É o que explica o Instituto Nacional de Zoologia e Biologia da Conservação do Smithsonian, parte do Smithsonian Institution, um museu e complexo de pesquisas dos Estados Unidos.
Esses rebanhos podem ser compostos por várias fêmeas ou até 40 indivíduos, incluindo leões e leoas adultos, animais jovens de dois a quatro anos e filhotes, além de um ou mais machos residentes, descreve a fonte.
Conhecido por seu rugido alto – que pode ser ouvido a oito quilômetros de distância – e pela juba abundante dos machos adultos, o leão ganhou ainda mais popularidade na cultura popular com a chegada da animação de “O Rei Leão” (1994), da Disney. Cerca de 25 anos depois, a produção ganhou uma nova versão, desta vez em live-action, a qual terá sua prequela lançada em 2024. Trata-se de “Mufasa, o Rei Leão”, que chega aos cinemas mundiais em 19 de dezembro.
A nova produção não apenas convida a conhecer a fundo a história de Mufasa, mas também se torna uma boa oportunidade para aprender mais sobre o “rei da selva”, seu estado de preservação e seus hábitos no mundo animal.
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"Mufasa, o Rei Leão" é um filme da Disney lançado em 2024 e que combina técnicas inovadoras de filme live-action com imagens fotorrealistas geradas digitalmente. Nesta imagem da produção, Mufasa (um filhote de leão) é visto com os adultos Afia e Masego.
Onde vivem os leões?
Embora tenha ficado conhecido como o “rei da selva”, esse mamífero prosperou em uma ampla variedade de habitats, desde planícies abertas até matas densas e florestas de espinhos secos, diz o Smithsonian Institution.
Os leões africanos, por sua vez, vivem em planícies ou savanas com grandes presas disponíveis – principalmente os animais ungulados (que são mamíferos que possuem casco, como zebras, girafas e antílopes, por exemplo), além de território suficiente para caçar.
Esses carnívoros podem viver na maioria dos habitats, exceto em florestas tropicais e desertos, acrescenta o Animal Diversity Web (ADW), um banco de dados on-line da Universidade de Michigan (nos Estados Unidos).
Atualmente, o leão está distribuído principalmente no sul e no leste do continente africano, embora também seja encontrado na África Central e Ocidental. Em menor escala, também pode ser visto na Índia, onde uma pequena população da subespécie de leão indiano permanece na floresta de Gir.
Fora da África Subsaariana, o leão já foi encontrado no norte da África, no sudoeste da Ásia (onde desapareceu da maioria dos países nos últimos 150 anos), e até na Europa Ocidental (onde foi extinto há quase 2 mil anos), além do leste da Índia.
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As fêmeas do grupo fazem a maior parte da caça em seus rebanhos. De acordo com o Animal Diversity Web, plataforma especializada em animais, os machos são mais visíveis – o que dificultaria sua tarefa de caçador. Nesta foto tirada no Parque Nacional Serengeti, na Tanzânia, uma leoa persegue sua presa.
O “rei da selva” está vulnerável à extinção
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), os leões são os carnívoros que sofreram a maior contração da área onde viviam.
Os dados de 2023 da agência mostram que o território atual ocupado pelos leões é de aproximadamente 6% de sua área histórica, o que significa um declínio de 33% desde 2005 e uma queda de 36% em três gerações de leões.
Devido a essa baixa, o leão está agora listado como vulnerável à extinção, de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN.
“As principais ameaças aos leões incluem a perda contínua de habitat e a conversão de áreas seguras, o que fez com que várias subpopulações diminuíssem e ficassem isoladas. Outras ameaças importantes incluem a matança indiscriminada (principalmente devido à retaliação ou matança preventiva para proteger a vida humana e o gado) e o esgotamento da base de presas”, observa a IUCN.
Nos últimos anos, também a caça furtiva para obtenção de peças e a guerra surgiram como ameaças significativas à espécie, acrescenta o órgão de conservação.
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