Ossadas encontradas em Ilhota têm mais de 5,8 mil anos
25/09/2018 - 10h39 - Atualizada em: 25/09/2018 - 14h05
Um sambaqui com duas ossadas humanas e restos de uma fogueira foi encontrado junto às obras de duplicação da BR-470 em Ilhota. O espaço de pouco mais de 1 mil metros quadrados foi descoberto há um ano. Em maio este precioso material foi cuidadosamente retirado do local pelos arqueólogos da Espaço Arqueologia, empresa autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para estudar o agora Sambaqui Ilhota 2.
Em análise feita no laboratório Beta Analytics, na Flórida (EUA) com carbono 14 (material usado para datação de fósseis) ficou comprovado que os restos mortais estão lá há pelo menos 5.880 anos. Ou seja, humanos viviam na região de Ilhota no ano 3.860 antes de Cristo ou antes disso. Detalhes como sexo, estatura e outras características desses “catarinenses“ que viveram na passagem da Pré-História para a Idade Antiga devem ser revelados até o fim do ano.
A análise do material recolhido também revelou que o espaço provavelmente era usado para cerimônias e ritos funerários. Naquela época esses 1 mil metros quadrados formavam uma ilha no meio de uma lagoa. Hoje a área está numa pequena elevação cercada por plantação de arroz.
O sambaqui será preservado e em nada vai impactar no andamento da duplicação da BR-470. O estudo está sendo realizado por pesquisadores das áreas como biologia, história e arqueologia. Segundo o arqueólogo Valdir Luiz Schwengber, da Espaço Arqueologia, ossadas mais antigas já foram encontradas no Estado, mas certamente esse é o achado arqueológico mais importante do Vale do itajaí.
Depois de analisado e catalogado, o material deve ser exposto e os resultados das análises serão divulgados para que a população conheça um pouco da história dela e reconheça a importância de sabermos mais sobre nosso passado.
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