Comparing genetic diversity and demographic history in co-distributed wild South American camelids
Abstract
Vicunhas e guanacos são duas espécies de camelídeos sul-americanos selvagens que são os principais ruminantes nos ecossistemas onde ocorrem. Embora intimamente relacionadas, estas espécies apresentam diferentes ecologias e personagens da história de vida, que devem influenciar tanto a sua diversidade genética e diferenciação da população em diferentes escalas espaciais.
Aqui, utilizando marcadores genéticos mitocondriais e microssatélites, mostramos que as vicunhas apresentam menor diversidade genética dentro das populações do que o guanaco, mas exibem mais estrutura em toda a sua faixa peruana, o que pode refletir uma combinação de diferenciação genética natural ligada ao isolamento geográfico e declínios populacionais antropogênicos recentes..
Análises demográficas baseadas em coalescentes indicam que ambas as espécies passaram por um forte gargalo, reduzindo seu tamanho efetivo de população de mais de 20.000 para menos de 1.000 indivíduos. Para vicunha, esse gargalo é inferido como ocorrido há 3300 anos, mas ocorreu mais recentemente para o guanaco há cerca de 2000 anos.
Estas datas inferidas são consideravelmente mais tardias do que o início da domesticação (quando a alpaca foi domesticada da vicunha enquanto a lhama foi domesticada do guanaco), coincidindo em vez disso com uma grande expansão da população humana após o período frio do Holoceno médio.
Tão importante, implicam declínios anteriores quanto a bem documentada conquista espanhola, onde grandes eventos de mortalidade em massa foram registrados para populações humanas e camelídeos andinos. Argumentamos que as diferenças subjacentes das espécies e as recentes perturbações demográficas influenciaram a diversidade genética nas populações modernas de vicunha e guanaco, e esses processos devem ser cuidadosamente avaliados no desenvolvimento e implementação de estratégias de manejo para esses importantes recursos genéticos.
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