Restauração morfológica: o que é?

(Imagem: Geovani.s (CC BY-SA 3.0)).

A aplicação de técnicas de restauração passiva, embora produza uma série de benefícios ao sistema, na maioria dos casos não consegue recuperar determinadas condições ambientais dele, seja pela irreversibilidade do processo degradante, seja por seu longo tempo de recuperação, como no caso de rios de planície com limitada potência de canal.

Nessas situações, a restauração morfológica e funcional é propiciada ou acelerada pela restauração ativa. Contudo, por serem extremamente caros e trabalhosos, os métodos desse tipo de restauração têm aplicação em um número bastante reduzido de casos.

As técnicas, embora variadas, exigem bom conhecimento da dinâmica fluvial, bem como da estrutura e do funcionamento do sistema. As estruturas mais comumente implantadas no canal são:

• dissipadores: estruturas transversais ou diagonais relativamente baixas fixadas no fundo cuja função é reduzir e dissipar a energia do canal para evitar a erosão e a incisão dele, bem como diminuir a capacidade do fluxo de transportar sedimento; também são utilizados para aumentar a taxa de oxigênio na água (Fig. 9.10A);
• defletores: estruturas semelhantes aos dissipadores e que promovem o direcionamento do fluxo para uma função específica, como induzir a deposição ou a incisão localizada (Fig. 9.10B);
• soleiras: estruturas desobstrutivas submersas em qualquer nível de água que podem ou não estar ligadas à margem do canal. Têm a função de diversificar o ambiente do fundo de canal, reduzindo a energia excedente e servindo de ancoragem à vegetação e de abrigo aos peixes (Fig. 9.10C).

(Imagem retirada do livro Geomorfologia Fluvial, Editora Oficina de Textos. Todos os direitos reservados.)

Tudo a ver

 

Geomorfologia fluvial integra a coleção básicos em Geografia, oferecendo uma sólida introdução aos processos fluviais e às morfologias derivadas, ressaltando sua importância no gerenciamento, preservação e recuperação dos rios.