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A maioria das articulações do crânio é do tipo fibrosa, apenas uma articulação é sinovial, sendo assim, dos 22 ossos do crânio, apenas um é móvel, a mandíbula.
CALVÁRIA
É a parte superior do crânio, também conhecida como abóbada craniana.
É constituída pelos ossos: parietais, frontal, occipital e temporal.
A calvária contém diversos forames diminutos,
por onde passam veias, conhecidas como veias emissárias, comunicando o
sistema venoso intracraniano com o sistema venoso extracraniano.
O revestimento externo da calvária é o couro cabeludo, formado por cinco camadas:
A camada mais externa é formada pela pele; subjacente a ela a camada de tecido conectivo denso; aponeurose (gálea aponeurótica); tecido conectivo frouxo, que permite a mobilidade das três camadas localizadas superficialmente, nessa camada localiza-se as veias emissárias; e o pericrânio.
As suturas são as articulações que promovem a união dos ossos da calvária (veja abaixo).
No crânio do recém-nascido, existe uma grande quantidade de tecido fibroso nessas áreas, formando as fontanelas ou fontículos do crânio. São seis fontículos:
Anterior (bregmático), posterior (lambdóide), ântero-lateral (esfenoidal) e póstero-lateral (mastóideo).
Quase todos os fontículos sofrem sinostose no primeiro ano de vida, sendo o fontículo anterior o que mais tarda a desaparecer, seu fechamento ocorre por volta do 2º ao 3º ano de vida.
Fontanelas ou fontículos
As fontanelas ou fontículos são espaços situados entre os ossos do crânio dos recém-nascidos e fetos. São vulgarmente chamados “moleiras“. Desaparecem quando se completa a ossifícação dos ossos do crânio.
No crânio do feto e recém-nascido, onde a ossificação ainda é incompleta, a quantidade de tecido conjuntivo fibroso interposto é muito maior, explicando a grande separação entre os ossos e uma maior mobilidade.
É isto que permite, no momento do parto, uma redução bastante apreciável do volume da cabeça fetal pelo “cavalgamento“, digamos assim, dos ossos do crânio. Esta redução de volume facilita a expulsão do feto para o meio exterior.
O
bebê ainda não atingiu o desenvolvimento completo do seu crânio no
momento do nascimento e as fontanelas permitem que o osso do crânio
continue a crescer até chegar ao seu tamanho adulto.
Se
observar atentamente um crânio de feto em vista superior, um outro
fato pode ser notado: em alguns pontos a separação entre os ossos é
maior pela presença de maior quantidade de tecido conjuntivo fibroso.
tipos de fontanelas
Existem quatro tipos de fontanelas nos recém-nascidos:
Ântero-lateral (Esfenoidal);
Póstero-lateral (Mastoidea)
Essas duas primeiras são simétricas e se localizam de cada lado do crânio.
Posterior, que se fecha já no segundo mês de vida do recém-nascido.
Por fim, a fontanela Anterior, que se fecha mais tarde, por volta dos 18 meses.
Esta última é utilizada para avaliar a ocorrência de hipertensão craniana, bem como o estado de desidratação do bebê.
Com o passar do tempo, os ossos da cabeça vão crescendo até que se encostam e “colam”
uns nos outros, fechando a fontanela quando a criança tem cerca de 1
ano e meio de idade. Se fechar antes de 1 ano, é necessário procurar o
pediatra.
A fontanela posterior é muito pequena e fecha perto dos dois meses de idade.
A fontanela anterior é maior, mede cerca de dois dedos. Contudo, o tamanho é muito variável entre bebés e fecha entre os 12e os 18 meses. Uma das suas características é a pulsação (batimentos rítmicos), originada pela proximidade de vasos arteriais.
Embora
já tenha sido descrita anteriormente, seria interessante lembrar que
na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido interposto (sinartrose), fazendo com que as suturas, pouco a pouco, desapareçam e, com elas, a elasticidade do crânio.
pontos craniométricos
Cada extremidade do fio da sutura sagital é identificada como um ponto ou área com o nome específico.
A extremidade anterior dessa sutura é denominada bregma;
E a extremidade posterior chama-se lambda;
Os ptérios direito e esquerdo são pontos de junção dos parietais, temporais e asas maiores do esfenoide;
Os astérios direito e esquerdo são pontos posteriores à orelha, onde as suturas escamosa e lambdóidea se encontram.
Tratam-se
de seis reconhecidos pontos ósseos usados em cirurgia ou outros casos
em que os pontos de referência específicos para medições cranianas são
necessários.
Suturas
São
encontradas entre os ossos do crânio. A maneira pela qual as bordas dos
ossos articulados entram em contato é variável, reconhecendo-se:
Suturas planas = união linear retilínea ou aproximadamente retilínea, ex: internasal e interpalatina;
Suturas escamosas = união
em bisel (Corte enviesado na aresta de uma peça. O mesmo que
chanfradura = marca na pele provocada por corte de faca ou de navalha;
cicatriz), ex: temporo-parietal;
Suturas serreadas ou serrátil= união em linha “denteada”, ex: inter-parietal ;
Suturas esquindilese = Também chamada de cunha e sulco por assim se apresentarem às superfícies ósseas, ex: esfenóide e vômer.
As articulações, ou juntas, do crânio são denominadas suturas e são classificadas como articulações (sinartroses) fibrosas.
A sutura coronal ou frontal separa o osso frontal dos dois ossos parietais;
A separação entre estes dois ossos na linha média é a sutura sagital;
Na parte posterior, a sutura lambdóidea separa os ossos parietais do osso occipital;
As suturas escamosas são formadas pelos cruzamentos inferiores dos dois ossos parietais com os respectivos ossos temporais.
Como visto anteriormente, as suturas são as articulações que promovem a união dos ossos da calvária.
A sutura sagital localizada entre os ossos parietais (sofre sinostose entre 20º e 30º ano de vida).
Sutura coronal localizada entre os ossos frontal e parietais (sofre sinostose entre 30º e 40º ano de vida).
Sutura lambdóidea localizada entre os ossos occipital e parietal (sofre sinostose entre 40º e 50º ano de vida).
Estimativa de idade em anos para fechamento das suturas cranianas.
Referências Bibliográficas
BONTRAGER: Kenneth L.; John P. Manual Prático de Técnicas e Posicionamento Radiográfico. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
SOBOTTA: Sobotta J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
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