domingo, 14 de outubro de 2018

A Origem dos Humanos Modernos

A Origem dos Humanos Modernos

Você sabe onde, quando e como ocorreu o surgimento da nossa espécie?

Cientificamente denominada Homo sapiens, nossa espécie também é tratada como humano moderno. Perguntas como: onde, quando e como ocorreu o surgimento do Homo sapiens ainda inspiram muito debate em rodas de amigos, reuniões de família e, claro, dentro do ambiente acadêmico, especialmente em reuniões de paleoantropólogos (cientistas responsáveis por estudarem fósseis de linhagens humanas antigas). Para responder a essas questões tão intrigantes para nós, é necessário reunir evidências de diversas áreas do conhecimento, como arqueologia, genética, botânica, paleontologia, geologia e antropologia, entre outras disciplinas. Dessa forma, podemos formar um arcabouço teórico suficiente para explicar a origem e dispersão dos humanos modernos de forma interdisciplinar.

As evidências atuais baseadas em diferentes disciplinas permitiram aos paleoantropólogos definirem três hipóteses sobre como nós surgimos ao longo da história evolutiva. As possíveis respostas transformaram-se em hipóteses científicas. São elas:  
1) a hipótese multirregional

2) a hipótese da saída da África 

3) a hipótese de hibridização (figura 1). Vale ressaltar que as três hipóteses foram descritas em contextos históricos distintos, cada uma com suas limitações técnicas e materiais.

A hipótese multirregional

 A hipótese multirregional consiste em trocas frequentes de material genético entre populações de hominínios de regiões distantes. De acordo com essa hipótese, migrações frequentes ocorreram no Velho Mundo conectando diferentes populações humanas. Essas populações semi-isoladas se encontraram e geraram descendentes que formaram um contínuo genético e se modificaram, assim culminando em uma só espécie. Ainda segundo essa hipótese, a espécie humana moderna surgiu independentemente na Europa, África e Ásia, e compartilhou um conjunto semelhante de características morfológicas.

Essa hipótese foi sugerida em 1970 pelo professor Milford Wolpoff, e ficou conhecida como modelo de treliça devido à árvore filogenética parecer uma grande rede com vários eventos de troca de material genético. O Prof. Wolpoff e colaboradores consideraram o Homo erectus como o ancestral direto da nossa espécie Homo sapiens.

Baseando-se em características cranianas, existiam evidências de que o padrão morfológico de populações asiáticas de humanos modernos poderiam ser encontradas em crânios de H. erectus. Dessa forma, o H. erectus de regiões distintas poderia ter contribuído geneticamente para as populações humanas atuais asiáticas, europeias e africanas. O grande problema para aceitação dessa hipótese foi a definição de espécies hominínias suportada apenas por fósseis, em geral por características cranianas, e pela ideia equivocada de múltiplas origens da nossa espécie.

A hipótese de saída da África

Da década de 1970 até o início do século 21, outra forma de olhar a origem dos humanos modernos foi trazida pela hipótese de saída da África, que desbancou os pressupostos teóricos da hipótese multirregional e questionou o seu conjunto limitado de evidências. A hipótese da saída da África defende uma origem dos humanos modernos no continente africano com dispersões para o restante do planeta, substituindo todas as outras espécies hominínias, sem troca gênica com outras espécies durante todo esse processo. Outra peculiaridade dessa hipótese refere-se ao surgimento de nossa espécie a partir dos Homo heidelbergensis africanos, e não do Homo erectus como da hipótese anterior.
O modelo da hipótese de saída da África foi adotado até meados de 2010, quando foi sequenciado o primeiro genoma Neandertal pela equipe do Prof. Svante Päabo, que contribuiu de forma essencial para reforçar a hipótese mais sustentada atualmente: a hipótese de hibridização.

A hipótese de hibridização

Essa hipótese considera que os humanos modernos se reproduziram com hominínios de outras espécies ao longo de sua dispersão (a partir da África) para outros continentes, como Ásia e Europa. Essa hipótese contraria a de saída da África, que acredita na ausência ou baixa probabilidade de um evento de miscigenação desde a origem do Homo sapiens.
Além do genoma do Homo neanderthalensis, o genoma do Homo denisova também foi sequenciado em 2010. Ambos suportam múltiplos eventos de miscigenação entre nossa espécie e outras, mostrando, por exemplo, que a população europeia atual apresenta cerca de 2% de seu DNA de origem neandertal, e os povos que habitam a Oceania, os chamados aborígenes,apresentam por volta de 5% do genoma denisovano.

A partir dos estudos de novos fósseis e dos avanços em genômica, novas informações, que antes estavam à sombra de nosso DNA, passam a ser desvendadas, graças às técnicas moleculares.


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Figura 1. Diferentes hipóteses para origem da espécie Homo sapiens. Adaptado de Tryon & Bailey, 2013.

A genética tornou-se fundamental para destrinchar o passado da nossa espécie. Atualmente, as pesquisas concentram esforços para entender como se deu a entrada de trechos da sequência de DNA de outros hominínios em nossa espécie, e se esses blocos de DNA forneceram adaptação às condições climáticas e resistência às diversas doenças ao longo desses 300 mil anos de origem. As perguntas onde, quando e como se deu a origem da espécie Homo sapiens têm sido respondidas ao passo que novas evidências arqueológicas têm adicionado fartos complementos à hipótese de hibridização genética.
Qual o registro mais antigo de nossa espécie? O fóssil mais antigo compreendia o achado no sítio Omo na Etiópia, datado em 200 mil anos. Entretanto, em 2017, descobriram um crânio no Marrocos, encontrado no sítio arqueológico Jebel Irhoud, que elevou a idade de nossa espécie para 300 mil anos, fazendo com que a Etiópia não seja mais o berço da humanidade, mas a África como um todo (figura 2).


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Figura 2. Reconstrução de um dos fósseis do sítio arqueológico de Jebel Irhoud, no Marrocos. a) Vista frontal do crânio, b) Vista ventral da maxila. As regiões em azul representam a reconstrução das partes ósseas faltantes do fóssil. Fonte: Adaptado de Jean-Jacques Hublin e colaboradores (2017).

O primeiro passo após sair da África foi o Oriente Médio (ver texto: A primeira grande cruzada: da África ao Oriente Médio). Em Israel encontraram os fósseis mais antigos desde a saída da África, esqueletos de dois sítios arqueológicos Qafzeh e Skhul, que datam 130 e 90 mil anos, respectivamente. Todavia, no início deste ano (2018) foram encontrados fragmentos de uma arcada dentária de um humano anatomicamente moderno na caverna de Misliya também em Israel, que aumenta para 180 mil anos a datação dos vestígios dos humanos modernos mais antigos fora da África, sugerindo que nossa espécie pode ter se encontrado com outras espécies de hominínios que viveram nesta mesma época, como o H. neanderthalensis e o H. denisova.
As perguntas onde, quando e como se deu a origem da espécie Homo sapiens têm sido respondidas ao passo que novas evidências arqueológicas têm adicionado fartos complementos à hipótese de hibridização genética.
Na Europa, na Ásia e na Oceania os fósseis tiveram datações semelhantes. Na Europa, entre 150 a 30 mil anos, foram encontrados fósseis na caverna Oase na Romênia, e outros esqueletos conhecidos como Cro-Magnon encontrados na França, datados em 27 mil anos. Na Ásia, mais especificamente na China, foram encontrados humanos modernos na caverna Zhoukoudian, com 40 mil anos de idade. Entre a Ásia e a Oceania, na região da Indonésia, foi encontrado o fóssil Niah na caverna de mesmo nome, que data por volta de 40 mil anos.

No futuro, outras perguntas também poderão ser respondidas, como: será que temos alguma contribuição genética para nosso genoma do Homo naledi, descoberto em 2015 na África do Sul? Será que encontraremos contribuições de outros hominínios para nosso genoma? Existiriam ainda novas espécies fósseis de hominínios espalhadas pelo Novo Mundo?

Outras descobertas sobre os “avós” e “tataravós” (ancestrais) de nossa espécie na ordem de milhares a milhões de anos estarão presentes em um próximo texto aqui no Filos. Dentre elas, os personagens ilustres de nossa história evolutiva: o garoto de Turkana, o homem de Dmanisi e a Lucy.
E para você que se sente entusiasmado por esse assunto, o livro “Assim caminhou a humanidade” (2015) publicado pela editora Palas Athena é um bom ponto de partida para o fascinante mundo da paleoantropologia. Revela-se como o primeiro livro de evolução humana em português e de fácil linguagem para iniciantes no assunto, abordando desde primatas à domesticação de animais pela nossa espécie.

Para saber mais:

Homo erectus
Um “tataravó” (ancestral) de nossa espécie, com características cranianas distintas como uma projeção na parte de trás chamada de tórus occipital e uma proeminência na altura da sobrancelha chamada de tórus supraorbital, além de características pós-cranianas. O "H. erectus" tinha corpo em formato de barril.

Homo heidelbergensis
Avô de nossa espécie e da espécie "Homo neanderthalensis". Apresentava faces robustas e projetadas para frente. A capacidade craniana era maior do que a do "Homo erectus" e os traços morfológicos eram bem parecidos aos nossos.

Homo neanderthalensis
Os neandertais tiveram origem na Europa e apresentavam como características cranianas uma ausência de queixo, um prognatismo facial (queixo apontado para frente), ampla cavidade nasal, testa baixa e inclinada para trás e o corpo, como um todo, com braços e pernas curtas quando comparados aos nossos.

Homo denisova
Homem denisovano. Pouco se sabe sobre as características morfológicas dessa espécie. Porém, por análise de DNA, foi visto que ela se diferencia de forma substancial da nossa espécie.

A primeira grande cruzada: da África ao Oriente Médio

A primeira grande cruzada: da África ao Oriente Médio

Achados fósseis em Israel revelam que o Homo sapiens já tinha saído da África há mais tempo do que se pensava
Por Ana Bottallo e Hussam Zaher
Que o humano moderno – Homo sapiens – se originou na África é um fato, até o momento, unânime. Mas embora a origem da linhagem dos hominídeos – como são chamadas todas as espécies de humanos e seus parentes mais relacionados, como os grandes primatas africanos – seja datada em aproximadamente 6 milhões de anos atrás, a espécie Homo sapiens teria evoluído há apenas 200.000 anos atrás[1]. A partir do seu centro de origem no continente africano, o Homo sapiens migrou e ocupou toda a Ásia e posteriormente a Europa, onde conviveu com o Homo neanderthalensis até que esse último se tornasse extinto (mas, como mostram estudos genômicos humanos recentes, não totalmente extinto: aproximadamente 2% do DNA de populações europeias atuais são de neandertal [2]). Essa primeira dispersão do H. sapiens era datada previamente entre 90 a 120 mil anos atrás. Porém, achados fósseis de Homo sapiens em Israel (figura 1) e datados em aproximadamente 185.000 anos colocam em questão essa história evolutiva e indicam que a saída do homem do continente africano foi muito anterior ao que se pensava. O estudo foi publicado em janeiro na revista Science.
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Figura 1. Fragmento de maxilar atribuído à espécie H. sapiens encontrado na caverna Misliya. Foto: Israel Hershkovitz/Universidade de Tel Aviv (Divulgação).
A caverna de Misliya
O achado fóssil foi encontrado na caverna de Misliya (figura 2), parte de um complexo de cavernas pré-históricas ao longo da costa ocidental do Monte Carmelo, em Israel, e que vinha sendo explorado desde o início do século passado. Mas, foi apenas a partir dos anos 2000 que a equipe liderada pela arqueóloga Mina Weinstein-Evron, da Universidade de Haifa (Israel) e o paleoantropólogo Israel Hershkowitz, da Universidade de Tel Aviv, iniciaram um projeto intitulado “Buscando pela Origem dos Humanos Modernos mais Antigos” em busca de novos achados de hominídeos, e começaram a escavar as cavernas do Monte Carmelo.
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Figura 2. A caverna Misliya, em Israel, que fica a 90 metros acima do nível do mar. Foto: Mina Weinstein-Evron, Universidade de Haifa (Divulgação).
O maxilar da caverna de Misliya – chamado, pelos autores no artigo, de Misliya-1 – foi encontrado em 2002, mas só agora foi publicado. Os autores reconstruíram um modelo 3D do fóssil a partir do uso de tomografia computadorizada e compararam o achado com outros fósseis de humanos primitivos, como os encontrados em outros sítios no Oriente Médio, na Ásia e na Europa, e também com restos mortais de humanos modernos.
Para inferir a idade do fóssil, os pesquisadores utilizaram três métodos distintos de datação, que foram realizados em três laboratórios, evitando assim a possibilidade de replicação dos resultados. Os resultados dos três testes foram consistentes e a idade estimada do fóssil é entre 177 a 194 mil anos.
A primeira dispersão do H. sapiens era datada previamente entre 90 a 120 mil anos atrás. Porém, achados fósseis de Homo sapiens em Israel e datados em aproximadamente 185.000 anos colocam em questão essa história evolutiva e indicam que a saída do homem do continente africano foi muito anterior ao que se pensava.
Além do maxilar com dentes encontrado em Misliya, evidências de uso de ferramentas de pedra e de fogueiras também foram encontradas e associadas à população de sapiens antiga (figura 3). Essas ferramentas, chamadas de Levallois também foram documentadas em outros sítios de mesma idade ou mais antigos na região do norte, oriente e sudeste da África. Por isso, a presença dessas ferramentas serve como evidência adicional de que a população de sapiens ali encontrada migrou da África muito antes do que se imaginava.
Sapiens Vs. Neandertal
Embora o fóssil em questão seja composto apenas de um fragmento de maxilar de um indivíduo adulto, a sua distinção com outras espécies de Homo que já viviam fora do continente africano, como H. erectus e H. neanderthalensis é dada principalmente devido à forma dos dentes e à ausência de um canino altamente alargado, característico de H. erectus e H. neanderthalensis. Além disso, comparando o tamanho do maxilar do fóssil aos demais encontrados de idade aproximada, este se aproxima à variação encontrada nos humanos modernos, diferentemente das demais espécies de Homo, cujo tamanho da arcada é bem maior.
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Figura 3. Sedimentos de cinzas de fogueiras encontradas pelos pesquisadores em Misliya. As fogueiras foram montadas repetidamente ao longo da duradoura ocupação da caverna. Foto: Mina Weinstein-Evron, Universidade de Haifa (Divulgação).
Enquanto H. erectus é conhecido principalmente da Ásia, H. neanderthalensis apresentava uma distribuição geográfica em toda a Eurásia e, possivelmente, era encontrado também na região do Monte Carmelo. Nada impede, portanto, que a população de sapiens ali descoberta tenha interagido com as outras espécies de Homo ali presentes por, pelo menos, algumas dezenas de milhares de anos. Essa nova hipótese sugere que toda a história evolutiva dos humanos seja reescrita.
Primeiras migrações e o humano moderno
Tradicionalmente, a história evolutiva indicava que a primeira migração de sapiens para fora do continente africano tinha ocorrido há 60.000 anos. Análises de DNA de populações da Ásia, Austrália, Europa e Américas indicavam uma descendência comum há pelo menos 60 mil anos[3]. Mas nos últimos anos, diversos fósseis de hominíneos encontrados fora da África questionaram essa hipótese.
Além do maxilar com dentes encontrado em Misliya, evidências de uso de ferramentas de pedra e de fogueiras também foram encontradas e associadas à população de sapiens antiga.
Segundo Hershkovitz, existiam evidências para uma saída anterior, mas não tinham respostas. A nova descoberta funciona como uma “peça de quebra-cabeças”, e indica que um possível êxodo aconteceu cerca de 250 mil anos atrás[4,5]. Ainda assim, isso não significa que as linhagens atuais descendam desse grupo migratório – é possível que as primeiras tentativas de migração de sapiens para a Eurásia tenham resultado em extinções. Daí a informação genética de uma descendência comum entre todas as populações há 60 mil anos faria sentido.
“A descoberta modifica o patamar há muito tempo estabelecido de 130 mil anos para a presença de humanos modernos fora da África”, afirma Chris Stringer, do Museu de História Natural de Londres, que participou do estudo. “As novas datações apontam que podem ser descobertos Homo sapiens ainda mais antigos no oeste asiático”.
Para complicar ainda mais essa história, a revelação no ano passado de um achado fóssil datado em 300.00 anos de um possível sapiens no Marrocos trouxe ainda mais discussão sobre quando e onde surgiu nossa espécie[6]. Por outro lado, fósseis encontrados em outras regiões da África e de idades mais recentes (de 195 a 160 mil anos) seriam formas mais modernas, quando comparadas à forma relativamente arcaica do achado de Marrocos. Essa lacuna entre formas “modernas” e formas “primitivas” no registro fóssil de sapiens na África é contraposta pelos achados de humanos modernos na Ásia e do estudo em questão.
A descoberta modifica o patamar há muito tempo estabelecido de 130 mil anos para a presença de humanos modernos fora da África (…) As novas datações apontam que podem ser descobertos Homo sapiens ainda mais antigos no oeste asiático
As evidências indicam que o sudoeste asiático serviu como um corredor biogeográfico para a migração de humanos primitivos ao longo da nossa história evolutiva. Segundo os autores do estudo, é possível que os achados dos sítios arqueológicos do Monte Carmelo, devido à sua proximidade com o continente africano, indiquem uma série de expansões geográficas de H. sapiens que ocorreram há pelo menos 250.000 anos, possivelmente devido a flutuações demográficas ou ambientais.
Misliya-1 pode indicar que Israel e toda a Península Arábica eram parte de uma região muito mais ampla onde o sapiens teria evoluído, e não apenas passado, segundo o arqueólogo John Shea, da Universidade de Stony Brook, em Nova Iorque[3]. “Nós pensamos em Israel como parte da Ásia por motivos geopolíticos, mas na verdade é uma zona de transição entre o norte da África e a Ásia ocidental. Muitas espécies de animais ‘afro-arábicos’ vivem ali, ou viveram até recentemente”, como leopardos, leões e zebras. “O Homo sapiens poderia ser apenas mais uma dessas espécies”, diz Shea.
Saiba mais sobre este estudo:
Hershkovitz, I., Weber, G. W., Quam, R., Duval, M., Grün, R., Kinsley, L., … & Weinstein-Evron, M. 2018. The earliest modern humans outside Africa. Science, 359(6374), 456-459.
Demais referências utilizadas:
[1] https://www.newscientist.com/article/dn9989-timeline-human-evolution/
[2] https://www.nature.com/articles/nature18964
[3] https://www.nature.com/articles/d41586-018-01261-5
[4] http://www.bbc.com/portuguese/geral-42813116
[5] https://www.washingtonpost.com/news/speaking-of-science/wp/2018/01/25/scientists-discover-the-oldest-human-fossils-outside-africa/?utm_term=.ccd0bc0ef9f1
[6] https://www.nature.com/articles/nature22336

FONTE: http://projetofilos.com.br/2018/06/a-origem-dos-humanos-modernos/
 


Tryon, C. & Bailey, S. 2013. Testing Models of Modern Human Origins with Archaeology and Anatomy. Nature, Education Knowledge.

Hublin, Jean-Jacques e colaboradores. 2017. New fossils from Jebel Irhoud, Morocco and the pan-African origin of Homo sapiens. Nature: https://www.nature.com/articles/nature22336

Hershkovitz, I. 2018. The earliest modern humans outside Africa. Science: http://science.sciencemag.org/content/359/6374/456.full

Foto de Capa: Adaptado de Chip Clark – Smithsonian Institution.

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