sábado, 28 de julho de 2018
TANTALITA
A Tantalita é um mineral composto de
nióbio e tântalo, com fórmula química (Fe,Mn)Ta,Nb2O6. Um óxido de nióbio, tântalo, ferro
ferroso e manganês. Sistema cristalino: ortorrômbico, classe; bipiramidal. Ele
forma série (composto) com a columbita e normalmente estão associados nas
jazidas, onde são chamados de columbita-tantalita, ou mesmo de coltan. Hábito:
os cristais são de forma variadas, normalmente tabulares a prismáticos, com
estrias na face. Clivagem: boa. Fratura: irregular, subconcoidal. Dureza: 6.
Densidade: 5,2 a 7,9, variação pela composição. Brilho: submetálico, vítreo.
Cor: preto, preto amarronzado. Tenacidade: quebradiço. Traço: preto.
Diafaneidade: opaco. Magnetismo: poderá ter levemente. Amostra procedente do
Estado do Rio Grande do Norte.
GLAUCONITA
Um silicato do grupo da mica. Sistema
cristalográfico: monoclínico. Classe: prismático. A glauconita é uma mica
dioctaédrica e deficiente em intercamadas. Fórmula química: (K,Na)MgFe3+(Si,Al)4O10(OH)2. Composição química: Al 16,00 + Ca 0,04 + Fe 7,46 + K 10,42 + Mg 2,93 + Na 0,04 + P 0,04 + Si 58,87 e Ti 0,90. Origem:
hidrotermal em rochas sedimentares e vulcânicas, e em camadas sedimentares
marinhas rasas. Ocorrências: é comum em arenitos e calcários e associados à
fosforites. Morfologia: agregados terrosos, planos e maciços. Cor: verde, verde
claro e azul esverdeado. Risco: verde claro. Brilho: pálido, fosco.
Diafaneidade: opaco. Clivagem: perfeita. Fratura: irregular. Dureza: 2.
Densidade: 2,9. A glauconita é também conhecida como “verdete”, por sua cor
esverdeada. É uma rocha rica em minerais de potássio, alumínio, magnésio, ferro
e sílica. Idade de formação registrada: Mesoproterozóico ao Carbonífero (1.175
a 354 ma). Rocha doada pela KM-Kalium Mineração S/A, e minerada no município de
Dores do Indaiá e Quartel São João, MG.
SHATTUCKITA
Silicato de cobre. Fórmula química: Cu5(SiO3)4(OH)2. Sistema cristalino: ortorrômbico. Classificação mineral:
silicato. Tipo de rocha: sedimentar. Cor:
todas as tonalidades de azuis, predominando ainda as cores verde, vermelho,
castanho e creme. Fratura: desigual. Clivagem: não há. Dureza: 3,5. Densidade:
4,1. Risca: azul. Brilho: vítreo e sedoso. Transparência: opaco. Tenacidade:
frágil. Luminescência: nenhuma. Pleocoismo: nenhum. Hábito do cristal: massa
granular, cristais aciculares, fibrosos, botriodal e compacto. Ocorrências: em
depósitos de cobre oxidado como um mineral alterado de minerais secundários.
Foi descoberto nas minas de cobre de Bisbee, Arizona, EUA, na mina de Shattuck,
daí o nome. Encontrada também na África do Sul, Alemanha, Áustria, Brasil,
Congo, Grã-Bretanha, Grécia, Namíbia e Noruega. Usos: para colecionadores,
estatuária e joalheria. Origem da amostra bruta polida: Arizona, EUA.
SHUNGITA
Shungita é um mineral de
origem orgânica com mais de 2 bilhões de anos e é encontrada em um único lugar
do mundo: na Carélia, uma localidade chamada Shun’ga, Rússia, daí seu nome.
Shungita é uma forma particular de carbono, sendo uma rocha sedimentar. Mas, ao
contrário do carvão mineral que vem da mineralização das plantas, a shungita é
originária de depósitos planctônicos extremamente antigos que remontam ao
pré-cambriano (há mais de 2 bilhões de anos). O shungita é uma forma de
carbono, quase como o carvão mineral, o grafite e, talvez, supreendemente o
diamante. Claro, a diferença está na disposição dos átomos de carbono. Um
arranjado atômico como uma bola de futebol. Ao contrário do diamante, o
shungita vem na forma de carbono não cristalino. Ele assemelha a materiais de
nanoestrutura. A shungita contém 98% de carbono. A shungita é condutora de
corrente elétrica. Cor: preto brilhante metálico, preto, cinza, prata e preto
fosco. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 1,8 a 2,4. Resistência: dura e leve.
Fratura: concoidal a irregular. Sistema cristalino: amorfo. Composição: óxido
de silício, titânio, alumínio, ferro, magnésio, potássio e enxofre. Raridade:
incomum. Classe mineral: mineralóide. Origem: Rússia.
CHAROÍTA
Silicato hidratado complexo de potássio, sódio, cálcio,
bário, estrôncio e flúor. Fórmula química: (K,Sr,Ba)(Ca,Na)2(Si,Al)4O10(OH,F). Família dos silicatos. Sistema cristalino: monoclínico. Cor: violeta intenso, lilás. Brilho: vítreo a
mate. Dureza: 5 a 6. Densidade: 2,6. Traço: branco. Clivagem: boa. Fratura:
irregular. Morfologia: maciço, agregados fibrosos. Diafaneidade: translúcido a
opaco. Fluorescência: azul pálido. Ocorrências:
hidrotermal em rochas ígneas alcalinas. Usos: estatuária, objetos de adorno e
joalheria. Descoberta na em 1940 na região do rio Chara, Yakútia, na Sibéria, Rússia.
RUBI
Óxido
de alumínio. (Al2O3). Os coríndons são formas cristalizadas raras de alumina. A
coloração variada dá em púrpura o rubi. Em azul a safira. A tonalidade pode
variar do vermelho, desde o rosado ao púrpuro, ou vermelho amarronzado,
dependendo do conteúdo de cromo e ferro da pedra. As inclusões são muito
frequentes, mas não significam uma diminuição da qualidade: ao contrário: são
provas da legitimidade dos rubis naturais, em contraposição às gemas sintéticas.
Sistema cristalino: hexagonal, romboédricos, bipiramidal e trigonal (prismas de
seis faces). Dureza: 9 (abaixo apenas do diamante). Densidade: 4,1. Brilho:
vítreo, adamantino. Traço: branco. Fratura: concóide, irregular. Clivagem: não
clivavel. Cor: a substância corante é o cromo. Diafaneidade: transparente,
translúcido e opaco. Origem: rochas magmáticas e metamórficas, ou como seixos
rolados em depósitos aluviais. Fluorescência: forte, vermelho carmim.
Fusibilidade: infusível. Solubilidade: insolúvel em ácidos. São encontrados em
Myanmar, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã. No Brasil ocorrem em Granja e Itapipoca
CE, Parelhas RN, Patos PB, Floresta PE, Petrópolis RJ, São Roque SP, e
Conceição do Mato Dentro MG, sempre impuro. Há rubi no rio Paraguaçu BA, e
safira nos rios Coxim, Jauru e Coxipó MT. Amostra bruta do Sri Lanka.
CINÁBRIO
Sulfêto de mercúrio. HgS. Sistema cristalino:
hexagonal-trigonal. Usualmente, agregados compactos, maciços, finamente
granular, terroso, granulosos ou lisos. Brilho: quando puro, a cor é
vermelhão-vermelho adamantino, quando impuro, chega a ser terroso, fosco, de um
vermelho-pardacento. Dureza: 2 a 2,5. Densidade: 8,2. Cor: vermelha a pardacenta,
cinzenta. Clivagem: perfeita. Fratura: irregular, estilhaçada. Fusibilidade:
infusível. Diafaneidade: transparente a translúcido. Aspecto diagnóstico:
reconhecido pela sua cor vermelha e traço escarlate, alta densidade relativa.
Composição: Hg 86,2% + S 13,8%. Ocorrência. O cinábrio é o mais importante
minério de mercúrio, encontrando-se, no entanto, em quantidade, em
relativamente poucas localidades. Ocorre: em gotas de mercúrio nativo, de brilho
metálico muito brilhante de cor branco de prata. Em impregnações e enchimentos
de veios perto de rochas vulcânicas recentes e em fontes termais, depositado
próximo da superfície, provindo de soluções que eram, provavelmente, alcalinas.
A temperatura normal, o mercúrio é um líquido, mas a menos 40ºC solidifica-se.
O ferro flutua sobre o mercúrio. Origem: rochas ígneas, sedimentares, depósitos
hidrotermais e em veios ligados a rochas vulcânicas. Associação: com realgar,
pirita, marcassita, estibnita, sulfetos de cobre e outros minerais. Usos:
amalgamação para a recuperação do ouro, termômetros, barômetros, pilha de
mercúrio, etc. O nome, mercúrio, supõe-se, originário da Índia.
SCHEELITA
Tungstato de cálcio. CaWO4. Sistema
cristalino: tetragonal, bipiramidal. Junto com a wolframita, são as maiores
fontes para a obtenção de tungstênio. Composição química: CaO 19,4% + WO3
80,6%.
Aspectos diagnósticos: reconhece-se a scheelita por sua elevada
densidade
relativa e sua forma cristalina. Quando límpida pode ser lapidada,
resultando
em gemas com intenso brilho adamantino, devido ao seu elevado índice de
refração. Luminiscência: sob a luz ultravioleta, a scheelita reage
exibindo uma
tonalidade azulada intensa, propriedade usada na sua prospecção, feitas
em
galerias subterrâneas, ou à noite em mina a céu aberto. Diafaneidade:
transparente a
opaco. Hábito: cristais prismáticos, maclas, maciços, granulares e
colunares.
Clivagem: perfeita. Fratura: irregular a concoidal. Traço: branco.
Dureza: 4,5
a 5. Densidade: 6,2. Brilho: vítreo, adamantino e ceroso. Cores: cristal
branco, acinzentado, alaranjado, amarelado, castanho, verde e vermelho.
Fusibilidade: 4.500°C. Origem: rochas ígneas e metamórficas, em veios
hidrotermais e pegmatitos graníticos. Em honra ao seu descobridor em
1781, o
químico sueco K.W. Scheeler (1742-1786), que isolou o elemento
tungstênio na
scheelita. Usos: filamentos de lâmpadas, metal de endurecimento do aço,
ferramentas de corte, brocas para perfurações, materiais abrasivos,
contatos
elétricos para fornos de altas temperaturas, equipamentos de raios X,
pontas de
canetas esferográficas, projéteis, canhões, metralhadoras, motores de
foguetes,
turbinas de aviões e revestimentos de mísseis. Um mineral metálico, não
ferroso, de alta densidade e boa condutibilidade elétrica. A principal
utilidade é, sem dúvida, a extraordinária capacidade do tungstênio em
converter a corrente elétrica em luz. A amostra acima foi extraída no
município de Currais Novos – Rio Grande do Norte e doada pela
mineradora, Mineração Tomaz Salustino.
FÓSSIL
NUMMULITES
Nummulite é um
gênero de foraminíferos
bentônicos extintos: Família Nummulitóidea, Subordem Rotalina. Nummulite
possui
uma forma lenticular ou de lentilha fóssil, caracterizada por várias
bobinas,
subdividida por septos em câmaras. Eles são as conchas dos fósseis e dos
atuais
protozoários marinhos. Nummulites comumente tinham de 1,3 cm a 6 cm de
diâmetro. Eram comuns do Eoceno ao Mioceno (em rochas do Cenozóico
antigo – Mar
de Tétis) em rochas marinhas, particularmente ao redor do sudoeste da
Ásia e do
Mediterrâneo, os chamados calcários Eoceno do Egito. São valiosas por
indicar
os tempos geológicos, chamadas de rochas índice ou de guias. Este
calcário
nummulite amarelado (quase rocha marmórea) foi utilizada na construção
dos
monumentos antigos dos egípcios, tais como as pirâmides. Foto superior:
lado polido ampliado e a de baixo só serrada. Peça de 15 x 15 cm,
adquirida no Cairo – Egito.
DATOLITA
Silicato hidratado de cálcio e boro. CaBSiO4(OH).
Sistema cristalino: monocrínico-prismático. Cor: branco, incolor, acinzentado,
amarelado, esverdeado. Rastro: branco. Brilho: vítreo a baço. Diafaneidade:
transparente, translúcido a opaco. Dureza: 5 a 5,5. Densidade: 3,1. Fratura:
irregular a concoidal. Clivagem: nenhuma. Morfologia: cristais prismáticos,
tabulares, nódulos e granulares. Classe mineral: silicatos. Tenacidade:
quebradiço. Luminiscência: fluorescente. Ocorrência: em rochas ígneas,
metamórficas e depósitos hidrotermais, e, ocasionalmente, nos veios de
minérios. Pode ser encontrado como um mineral secundário em enchimento nos
serpentinitos e em derrames de lava basálticas antigas. Encontra-se muita da
vezes associados com os minerais zeólitos, calcita e prehnita. É encontrado em
todo o mundo. Datolita foi descoberta em 1806 pelo norueguês Jens Esmark.
Datolita quer dizer, pedra que “separa-divide”, do grego “dateisthai” –
dividir, e, “lithos” para pedra.
BARITA
Sulfato de bário. BaSO4.
Cristalografia: ortorrômbico – bipiramidal rômbica. É o mais comum dos minerais
de bário. Hábito: tabular, prismático, fibroso, lamelar, granular e
estalactítico. Clivagem: perfeita. Fratura: desigual e irregular. Brilho:
vítreo a resinoso. Dureza: 3 a 3,5. Densidade: 4,3 a 4,6. Cor: branco, leitoso,
creme, azul, vermelho, marron e cinza. Luminicência: fosforescente e
fluorescente. Propriedades diagnósticas: insolubilidade em água e em ácidos.
Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. Traço: branco. Tenacidade:
quebradiço. Propriedades organolépticas: não possui cheiro nem gosto.
Fusibilidade: 1002°C. Composição química: Ba 58,84% + S 13,74% + O 27,42%.
Origem: rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Associação com outros
minerais: fluorita, quartzo, calcita, dolomita e estibnita. Ocorrências: em
geral associado a depósitos de chumbo, zinco, cobre, ferro, prata, níquel,
cobalto, manganês e outros. Usos: obtenção de hidróxido de bário, o qual é
usado em pigmentos, fabricação de papéis, refinação de açúcar, e finamente
moída é usada na produção de lama pesada na exploração de gás e petróleo, na
medicina como contraste e retentor de radioatividade de raios X. O mineral foi
descoberto na Itália, no século XVII. O nome barita vem do grego “barys” que
significa pesado. No Brasil os principais jazimentos estão localizados nos
estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e Paraná. Amostras extraídas no município
de Miguel Calmon – Bahia e doadas pela mineradora Química Geral do Nordeste
S/A.
FERBERITA
Um tungstato ferroso. FeWO4.
Sistema cristalino: monoclínico, prismático. Membro intermediário entre a
wolframita e a hubnerita. Junto com a ferberita, os três minerais são a
principal fonte e tungstênio. A presença do ferro em sua estrutura é
responsável pela sua cor preta e da opacidade em relação à hubnerita. Ocorrem:
nas veias de altas temperaturas hidrotermais, pegmatitos graníticos e em
depósitos aluviais. Origem: rochas ígneas e metamórficas. Cor: preto e marrom
escuro. Hábito: cristais tabulares, prismáticos e comumente achatados e
alongados. Clivagem: perfeito. Fratura: desigual. Tenacidade: quebradiço.
Dureza: 4 a 4,5. Densidade: 7,5. Brilho: submetálico para metálico adamantino.
Risco: preto a escuro acastanhado. Diafaneidade: opaco. Fusibilidade:
resistente à fusão. Em associação com o quartzo, hematita, arsenopirita,
fluorita, apatita, siderita, dolomita, cassiterita e calcopirita. Usos: como
minério de tungstênio e altamente desejado por colecionadores. Jazimentos na
Bolívia, Brasil, Cazaquistão, China, Peru, Portugual, República Checa e
Romênia. Descoberto em 1.863, pelo mineralogista alemão Moritz Rudolph Feber.
SAL DE SALAR
É um deserto de sal.
Conhecido como Salar de Uyuni. É a maior planície de sal do mundo. Encontra-se
no altiplano Boliviano a uma altitude de 3.656 metros de altitude acima do
nível do mar. E com uma área de 10.582 Km2. Estima-se que o Salar de Uyuni
contenha 10 bilhões de toneladas de sal e também uma das maiores reservas de
lítio do mundo, além de conter importantes quantidades de potássio, boro e
magnésio. Em sua constituição estão os sais de cloreto, sulfatos, nitratos,
boratos, etc. O deserto é composto por aproximadamente 11 camadas com
espessuras que variam entre 2 e 10 metros. A profundidade total é estimada em
120 metros. A origem do sal vem provavelmente dos lagos pré-histórico e está
relacionada com a imensa quantidade de vulcões no entorno do Salar de Uyuni. Na
atualidade este mineral é utilizado pela indústria e na dieta humana. Foto de
um pedaço de 20 cm de tamanho.
DRAVITA
Uma turmalina amarronzada.
Borossilicatos de alumínio, cálcio, lítio, sódio, magnésio e ferro. NaMg3Al6(BO3)3Si6O18(OH)4. Sistema
cristalino: hexagonal, trigonal, piramidal, ditrigonal. O mineral magnésio é
que dá cor marron a esta variedade de turmalina - a dravita. Hábito:
prismático, estriado, colunar, acicular ou massa indistinguível de cristais.
Fratura: sub-concoidal e irregular. Clivagem: não clivável. Diafaneidade: transparente a opaco. Brilho:
lustroso, vítreo a resinoso. Dureza: 7 a 7,5. Densidade: 2,9 a 3,2. Cor:
marron-amarelado de claro a escuro. Fusibilidade: a fusibilidade manifesta
conforme a composição mineral, na dravita é de 1.085°C. Risco. branco ou
incolor. Porcentagem química: Na2O 3,23% + MgO 12,61% + Al2O3 31,90% + SiO2 37,60% + B2O3 10,89% +H2O 3,76. Origem:
magmática, nos jazimentos de micaxistos e nos pegmatitos graníticos. O nome
turmalina origina do cingalês, toramalli. Já dravita vem da região do rio Drava
(Eslovênia) onde foi primeiramente descoberta em 1.883. Ocorrências: Bahia,
Goiás e Minas Gerais.
LIMONITA
Óxido de ferro hidratado (ferro pardo), sem estrutura cristalina interna, amorfo. Fe(OH)3nH2O.
Sistema cristalino: ortorrômbico. A limonita não é um mineral, mas uma
mistura de diversos óxidos de ferro, entre os quais a goethita e a
lepidocrocita. Por esta razão a limonita é considerada uma rocha. A
limonita é uma rocha secundária que se forma por alteração de outros
minerais preexistente, obviamente de ferro. Aspecto e características:
nunca cristaliza e se apresenta em forma terrosa, esponjosa, compacta,
concrecionada, estalactita, mamelonar, botroidal ou pisolítica. Origem:
rocha sedimentar. Diafaneidade: opaco. Fratura: concoidal, terrosa.
Clivagem: não apresenta. Densidade: 2,70 a 4,30. Dureza: 4,5 a 5,5. Cor:
amarelado, amarronzado e negro de ferrugem. Risco: amarelado ou
amarronzado. Brilho: terroso, nacarado e fosco. Geralmente contém de 40 a
66% de ferro. O nome vem do grego, leimon = pântano, indica o ambiente
que origina esta rocha, denominado de ferro de pântano. Uso: menos como
minério de ferro, pigmentos, revestimento e construção civil. As
amostras em tela são limonitas aglomeradas com cascalhos cristalinos. A
especíme menor é ferromagnética.
Esta rocha é conhecida na região de Uberaba MG, como Tapiocanga. Esta
Igreja de São Domingo (em Uberaba) foi construída em 1.899 pelos
Dominicanos com rocha Tapiocanga, uma rocha que é minério de ferro.
COVELITA
Sulfeto de cobre. CuS. Sistema cristalino:
hexagonal. Usualmente maciça, como revestimentos ou disseminações através de
outros minerais de cobre. A covelita não é um minério abundante, mas é
encontrado na maioria dos depósitos de cobre, usualmente como um revestimento,
na zona de enriquecimento dos sulfetos. Morfologia: raramente em cristais
hexagonais ou tabulares, mas apresentando lâminas estriadas. Clivagem:
perfeita. Fratura irregular, concóide. Dureza: 1,5 a 2. Densidade: 4,7. Brilho:
semimetálico a resinoso. Cor: azul-anil ou mais escura. Traço: cinza-chumbo a
preto. Muitas vezes com iridescente. Diafaneidade: opaco. Composição química:
Cu 66,4% + S 33,6%. Aspecto diagnóstico: magnética. Fusibilidade: fusível em
1085°C. Origem: magmática, associada a outros minerais de cobre, principalmente
a calcocita, calcopirita, bornita e enargita, sendo derivada delas por
alteração. Nome: em homenagem ao seu descobridor N. Covelli (1790 – 1829). Uso:
importante minério de cobre. Amostra extraída numa profundidade de 522 metros
ao nível do mar no município de Jaguararí – Bahia, e doada pela Mineração
Caraíba S/A.
ARGILA REFRATÁRIA
Um silicato de alumínio hidratado. Al4(Si4O10)(OH8). A
argila é uma rocha e, como a maioria das rochas é constituída por certo número
de diferentes minerais em proporções variadas. Entendemos como argila um
material terroso, que se torna plástico ou pasta, quando misturado com água e
de granulação finíssima (2 micron). Dureza: 2 a 2,50. Densidade: 2,60. Cor:
branco, e quando for de outras cores, as impurezas ou óxidos dão a tonalidade.
Aspecto diagnóstico: untuosa e plástica. Quando molhada, a argila deixa seu
cheiro característico. Fusibilidade: não é fusível. Ensaio: insolúvel. Composição:
Al2O3
39,5% + SiO2
46,5% + H2O
14%. Solubilidade: insolúvel. Resistência: é a propriedade das argilas após a
secagem e da cozedura, de não sofrer deformações de seu aspecto, resistindo ao
calor, impermeabilidade e corrosão. Origem: uma rocha sedimentar, composta pela
destruição e alteração química de rochas eruptivas, metamórficas e mesmos
sedimentares. Usos: tijolos e uma gama de soluções em revestimentos refratários.
Amostra extraída em Uberaba – Minas Gerais e doada pela mineradora Magnesita S/A.
ANIDRITA
Sulfato de cálcio anidro. CaSO4.
Sistema cristalino: ortorrômbico – bipiramidal. É o nome de uma rocha salina e
do mineral que constitui esta rocha e não tendo sabor amargo. Frequentemente
associada ao gesso, ela própria se transforma em gesso devido à absolvição de
água. Hábito: encontra-se em massas cristalinas maciças, densas, de granulação
fina, granuladas, fibrosas, tabulares, ou lamelares, mas os cristais belos são
raros. Fratura: estilhaçada, quebradiça. Clivagem: perfeita. Brilho: vítreo,
perláceo ou grasso. Cor: branco, azul, violeta, cinza escuro. Risco: branco.
Diafaneidade: translúcida, opaca e raramente transparente. Aspecto diagnóstico:
caracterizam-se por suas três clivagens em ângulos retos. Dureza: 3 a 3,5.
Densidade: 2,90. Distingue-se da calcita por sua densidade mais elevada e do
gipso, por sua dureza. Origem: sedimentar, como resultado da evaporação da água
do mar, associado ao gesso, halita, calcita e outros sais minerais. Anidrita:
do grego, quer dizer, sem água. Uso: utiliza-se para a fabricação de adubos, e
para obtenção do ácido sulfúrico e do enxofre. Ocorrências: Alemanha, Áustria,
Brasil, EUA, México, Polônia e Suíssa. Amostra mineral extraída em Trindade –
Pernanbuco, e doada pela mineradora Alencar e Parente Mineração Ltda.
ILMENITA
Óxido de ferro e titânio. Sistema cristalino:
trigonal – romboédrico. Fórmula química: FeTiO3. A Ilmenita é um mineral fonte de dióxido de
titânio. O titânio é um mineral que apresenta elevada resistência a corrossão e
valor em relação à resistência para com o seu peso. Por isso é utilizado na
fabricação de pigmentos de tinturas, vernizes, papel, borracha, esmalte para
porcelanas, fibras, próteses ósseas, implantes dentários, instrumentos cirúrgicos,
estruturas aeronáuticas, motores e turbinas. Morfologia: cristais tabulares
espessos, maciço e compacto, também granulares e como areia. Composição: Fe
36,80% + Ti 31,60% + O 31,60%. Brilho: metálico a submetálico. Cor: preto de
ferro. Traço: preto a vermelho acastanhado. Fusibilidade: infusível. Dureza:
5,5 a 6. Densidade: 4,70. Diafaneidade: opaco. Clivagem: nenhuma. Fratura:
concoidal e irregular. Seu nome provém da denominação geográfica Montanhas de
Ilmenski, na Rússia. Encontrada no Canadá, EUA, Finlândia, India, Noruega e
Rússia. No Brasil ocorre na Bahia (Curumuxatiba, Mucuri e Porto Seguro),
Espírito Santo (Aracruz, Guaraparí, Piúma e Serra), Maranhão, Paraná, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo. Amostras colhidas em Floresta –
Pernanbuco.
GIPSITA
Sulfato de cálcio hidratado. CaSO42H2O. Sistema cristalino: monoclínico-prismático.
Porcentagem química: 32,6% CaO + 46,5% + SO3 + 20,9% H2O. Clivagem: perfeita em três direções,
produzindo facilmente lâminas delgadas, com superfície concóide. Fratura:
fibrosa e irregular. Dureza: 2. Densidade: 2,32. Brilho: usualmente vítreo,
podendo ser nacarado e sedoso. Cor: incolor, branco, cinzento, podendo ser
amarelo, vermelho, castanho, por causa das impurezas. Diafaneidade:
Transparente a translúcido. Traço: branco ou transparente. Fusibilidade: fusível.
Morfologia: forma compacta, fibrosa, tabular ou com cristais maclados (em ponta
de lança). Ocorrências: a gipsita é um sulfato comum, encontrando-se em
depósitos sedimentares extensos em todo o mundo. Uso: a gipsita é usada
principalmente para produção do gesso, cimento, ácido sulfúrico, giz, vidro,
esmalte e na produção de cerveja e como corretivo de solo. A sonda Opportunity
detectou gipsita em Marte, uma evidência em que houve movimentação de corrente
de água na superfície do planeta no passado. Amostras minerais extraídas em
Trindade-PE e doadas pela mineradora Alencar e Parente Mineração Ltda.
LEPIDOLITA
Um fluossilicato de potássio, lítio e alumínio.
K2Li3Al3(AlSi3O10)2(O,)OH,F)4.
Sistema cristalino: monoclínico – prismático. A lepidolita faz parte do grupo
das micas. Os cristais de lepidolita são raros. Os cristais apresentam-se,
usualmente, em placas pequenas ou prismas com contorno hexagonal. Também em
agregados de escamas de granulação grossa a fina. Aspectos diagnósticos:
caracterizada principalmente por sua clivagem micácea e, usualmente, por sua cor
que vai do lilás ao róseo e branco acinzentado. Dureza: 2,5 a 4. Densidade: 2,8
a 3. Brilho: perláceo. Diafaneidade: translúcido a opaco. Clivagem: perfeita.
Fratura: desigual. Traço: branco. Hábito: micáceo. Composição química: K2O
12,13% + Li2O
7,70% + Al2O3
13,13% + SiO2
61,89% e H2O
2,32%. Ocorrência: formado por processos magmáticos. É encontrado principalmente
em agregados graníticos ou pegmatitos. Ocorre associado com outros minerais
portadores de lítio, como o espodumênio. Uso: uma fonte de lítio. Usado na
fabricação de vidro, cerâmica, bateria. Nome: derivado de uma palavra grega
significando escama.
TROCTOLITA
Esta é uma rocha formada por cristalização do material
fundido (magma subterrâneo), que emerge para a superfície. É uma mistura de
silicatos, que contém além do silício e oxigênio outros numerosos elementos
(cálcio, sódio, ferro e potássio). Estes combinam, durante o resfriamento do
magma ou a lava, formando os silicatos minerais. A troctolita tem a composição
química similar a dolerita e o gabro (possui um total de sílica inferior a 55%
e menos de 10% de quartzo). Contém uma proporção elevada de plagioclásio e
pouco de piroxênio. A olivina é também um mineral comum. Cor: geralmente
cinzento escuro e com manchas. Textura: grosseiramente granulado para médio.
Geralmente os grãos são do mesmo tamanho. Origem: plutônica, em um ambiente
onde o magma arrefece lentamente, permitindo a formação de cristais, sem
restrição, tal como o plagioclásio. Este espécime mineral foi extraído pelo
geólogo José Ivonez Alexandre, no bôjo do Vulcão Osorno, na cidade de Puerto Varas,
no Chile. Na foto de baixo, eu, diante dos Vulcões Osorno e do Calbuco, quando fazia pesquisas de minerais em 2005.
QUARTZITO
Sistema cristalino:
romboédrico. Composição química: silicosa. SiO2. Um quartzito, como o nome
indica, é uma rocha compacta, composta essencialmente de quartzo. Deriva de um
arenito por metamorfismo e de recristalização intenso, ou seja, de uma cimentação
após diagênese do arenito. O quartzito distingue-se de um arenito pelo exame da
fratura; em um quartzito, a fratura passa através dos grânulos e nos arenitos,
entre eles. Seu principal mineral é o quartzo (areia). Outros minerais
constituintes podem ser a moscovita, a biotita, a sericita, a turmalina e a
dumortierita. Clivagem: não possui.
Fratura: concoidal e irregular. Estrutura: maciça e foliosa. Textura:
granoblástica a granolepidoblástica. Tipos de metamorfismo: regional e de
contato. Brilho: vítreo e de aspecto graxo. Dureza: 7,5. Densidade: 2,65.
Risco: branco. Diafaneidade: opaco. Origem: rochas metamórficas. Cor: são
geralmente brancos, cinzentos claros, amarelados ou acastanhados. Qualidades:
Antiderrapante, alta resistência mecânica, resistente ao aquecimento do sol e
alta resistência à ação de produtos químicos. É uma rocha comum e distribuída
amplamente. A primeira foto é de um quartzito de “grãos finos” do município de
Sete Lagoas-MG, e as fotos seguintes são quartzitos róseos de “grãos médios”, de
rua, meio fio e placas de passeio com marca de pegada de dinossauro em Uberaba-MG.
PRATA NATIVA
A prata cristaliza-se no
sistema cúbico e seus cristais (hábitos) podem ser cubos, dodecaedros ou
octaedros. Entretanto, eles são raros e a prata normalmente ocorre em forma
compacta como pepitas ou grãos e geralmente possa ser encontrada como agregados
acicular, fibroso, dendrítico ou irregular. Composição química: 100% Ag. Nome
vem do latim: argentum = prata. Diafaneidade: opaco. Cor: cinza prateada,
inclusive em pó. Clivagem: não tem. Fratura: rugosa, serrilhada. Brilho: intenso
brilho metálico. Rastro: cinza. Fusibilidade: fusível (960ºC). Dureza: 2,5 a 3.
Densidade: 10,5. Origem: rochas ígneas, sedimentares e depósitos hidrotermais.
É o metal que melhor conduz a eletricidade e o calor. A prata está contida em
129 minerais, sendo extraída de muitos deles, como acantita, argentita,
pirargirita, cerargirita, polibasita, silvanita, stromeyerita, tetraedita,
pearceíta, proustita, stephanita, tennantita, galena argentífera e a prata
nativa. Os principais países produtores são: México, Peru, China, Austrália,
Chile, Bolívia e Brasil. Usado em moedas, joias, utensílios domésticos,
fotografia, radiologia, eletrônica e confecção de espelhos.
PERIDOTO
Olivina e também crisólita.
Silicato de ferro e magnésio. SiO4. Sistema cristalino: ortorrômbico. O peridoto tem as
cores verde-oliva (daí o nome), verde-amarela e acastanhada. Encontra-se,
principalmente, nas rochas ígneas, ferro-magnesiana, escuras, como o garbo, o
peridotito e o basalto. Uma rocha conhecida como dunito é constituída quase
inteiramente de olivina. Encontrada também em grãos cristalinos, vítreos, em
alguns meteoritos. Morfologia: em agregados granulares, soltos um dos outros e
de pequenas dimensões. Fusibilidade: infusível. Brilho: vítreo e graxo. Dureza:
6,5 a 7. Densidade: 3,35. Traço: branco. Clivagem: imperfeita. Fratura:
concóide, frágil. Diafaneidade: transparente a translúcida. Origem: rochas
magmáticas. Foi utilizada como gema desde os tempos antigos, no oriente. Hoje é
encontrada em Mianmar, Austrália e Brasil. Também nas lavas do Vesúvio e nos
aluviões do Triângulo Mineiro em Minas Gerais. Peridoto é um nome antigo e
olivina o atual. É uma gema preciosa.
LABRADORITA
Aluminossilicato de cálcio e
sódio. (Na,Ca)Al1-2Si3-2O8. Estrutura cristalina: triclínico. Membro da série
dos feldspatos plagioclásios. A família da labradorita (feldspatóides)
compreende a albita, oligoclase, andesina, bytwnita, anortita, ortoclase,
sanidina, anortalase, microclina, etc. Composição química: Na2O 4,56% + CaO
12,38% + Al2O3 30,01% + SiO2 53,05%. Hábito: prismático. Clivagem: perfeita.
Fratura: irregular e concoide. Brilho: vítreo a nacarado. Dureza: 6 a 6,5.
Densidade: 2,7. Traço: branco. Morfologia: agregados esfoliantes, massas
compactas e granulares. Cores: cinza, preto, branco, incolor, azul.
Ocorrências: rochas magmáticas e metamórficas. Diafaneidade: transparente a
opaco. Seu efeito iridescente é chamado de Schiller ou labradorescência. A
iridiscência é resultado de intercrescimento lamelar como consequência de
mudanças de fase ocorrida durante o arrefecimento. Foi descoberta em Labrador,
Canadá. Utiliza-se em joias e adorno.
TETRADIMITA
Sulfeto de bismuto. Bi2Te2S. Sistema
cristalino: trigonal. Ocorrem raramente no estado nativo, não muito abundante,
mas frequentemente associado a outros minerais, podendo conter chumbo, ferro e
cobre. É o 73º elemento em quantidade na crosta terrestre. Cor:
cinzento-aço-claro, com tendência para o preto e iridescente. Brilho: metálico.
Diafaneidade: opaco. Dureza: 2. Densidade: 7,3. Clivagem: perfeita. Fratura:
irregular. Ponto de fusão: 271°C. Risco: marron. Morfologia: cristais
piramidais, agregados de lâminas curvas, maciças e esfoliantes. Origem: ígnea,
hidrotermal e em contato com depósitos metamorfizados juntamente com o ouro,
hessita, calaverita, pirita e outros minerais. São maus condutores de
eletricidade e de calor. É um mineral pesado, frágil, quebradiço, ao contrário
dos metais que são maleáveis e dúcteis, tendo aspecto metálico e um pouco de iridescência.
É um metal muito barato considerando a sua escassez (igual ao ouro) e
dificuldades em encontrar. Pouco utilizado na indústria e na medicina. O
bismuto é o último elemento a se deteriorar no universo.
ZIRCÃO
Silicato de zircão. Zr(SiO4).
Sistema cristalino: tetragonal de prismas curtos de quatro faces, com
terminações piramidais. Zircão, nome Persa que quer dizer zarkum = dourado.
Encontrado, frequentemente, sob a forma de grãos arredondados, nas areias das
praias e dos rios. Quando transparente serve como gema. Os coloridos
acastanhados e laranja-vermelhos são chamados jacinto. No caso de pedras
incolores, amareladas ou enfumaçadas, é nomeado jargão. Já a variedade azul é
estarlita. Aspectos diagnósticos: reconhecido por seus cristais
característicos, cor, brilho, dureza e densidade relativa elevada.
Fusibilidade: infusível. Composição química: ZrO2 67,2% + SiO2 32,8%. Traço: branco. Brilho: adamantino resinoso.
Clivagem: imperfeita, inexistente. Fratura: concóide. Cores: preto, amarelo,
verde, marron, castanho, e vermelho. Dureza: 7,5. Densidade: 4,70.
Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. Origem: rochas ígneas.
Usualmente, é o primeiro silicato a cristalizar-se quando um magma se resfria.
Fluorescência: azul muito fraco, alaranjado claro, amarelo escuro.
Frequentemente radioativo por conter um pouco de urânio e tório.
KUNZITA
Um silicato de lítio e alumínio. LiAl(Si2O6).
Sistema cristalino: monoclínico, prismático. Composição química: Li2O
8,0% + Al2O3
27,4% + SiO2 64,6%.
A kunzita faz parte do grupo do espodumênio. Cristais prismáticos, achatados e
estriados profundamente no sentido vertical. Usualmente cristais grossos e com
as faces corroídas, alguns muito grandes. Quando rosada ou lilás recebe a
denominação de kunzita. Na cor verde é uma hiddenita e no caso de amarelada
recebe o nome de trifana. Dureza: 6, 5 a 7,5. Densidade: 3,20. Clivagem:
perfeita. Fratura: desigual. Diafaneidade: transparente a translúcido. Luminiscência:
laranja. Traço: branco, incolor. Cores: branco, cinza, rósea, amarelo e verde.
Fusibilidade: fusível. Brilho: vítreo a mate. Origem: magmática e hidrotermal.
A palavra kunzita vem do nome G. F. Kunz, o gemólogo americano que a descreveu.
PIRITA
Sulfeto de ferro. FeS2.
Sistema cristalino: isométrico, diploédrica. Frequentemente em cristais. As
formas mais comuns são o cubo, tendo as faces usualmente estriadas. As estrias
nas faces adjacentes são perpendiculares entre si (estrias tríglifas) e também
com combinações de diversas formas cristalinas. Propriedade física: quebradiça.
Composição química: Fe 46,6% + S 53,4%. Dureza: 6,5. Densidade: 5. Brilho:
metálico reluzente. Cor: amarelo do latão, pálido. Traço: esverdeado ou
preto-acastanhado. Diafaneidade: Opaco. Clivagem: imperfeita. Fratura: desigual
e concoidal. Fusibilidade: fusível. Origem: rochas magmáticas, metamórficas e
sedimentares. A pirita é o principal minério de enxofre e para fabricar o ácido
sulfúrico. Devido ao seu brilho metálico e a sua cor amarelo-dourada, recebeu o
apelido de ouro-dos-tolos, ironicamente, contudo, pequenas quantidades de ouro
podem às vezes ser encontradas disseminadas nas piritas. Também, pode conter
arsênico, níquel, cobalto e cobre. O nome pirita vem do Grego pyr, que
significa fogo.
ESPATO DA ISLÂNDIA
Um carbonato de cálcio. CaCo3.
Sistema cristalino: romboédrico, trigonal. Composição química: CaO 56,0% + CO3
44,0%. É uma forma curiosa e rara da calcita pura. Os seus cristais
transparentes são dotados da propriedade de refletir a luz de duas maneiras
distintas, o que dá duas imagens de um mesmo objeto. A calcita é um dos
minerais mais espalhado dos carbonatos de cálcio. Na natureza, encontra-se em
múltiplos aspectos, e a variedade de suas formas cristalinas é muito peculiar.
Foram já descritas mais de 300 formas diferentes. A calcita é depois do
quartzo, o mineral mais abundante da crosta terrestre. Dureza: 3. Densidade:
2,7. Excitação: fluorescente. Clivagem: perfeita. Fratura: concoidal. Cor:
branco, preto, amarelo, verde, marron, azul, laranja, rosa, violeta e púrpura.
Traço: branco ou incolor. Brilho: vítreo ou nacarado. Fusibilidade: infusível.
Diafaneidade: transparente a opaco. Ocorrências: rochas magmáticas,
metamórficas, sedimentares e hidrotermais. Aplicação: Ótica e construção civil.
DISCRASITA
É um mineral do grupo dos sulfetos. Ag3Sb.
Sistema cristalino: ortorrômbico. Um dos minérios de prata menos
frequente. E pode conter minerais de arsênio e antimônio. Cor: branco
prateada, adquire uma cor amarelada ou preta quando embacia. Risco:
prata branco. Brilho: metálico. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 9,70.
Diafaneidade: opaco. Clivagem: boa. Fratura: irregular. Morfologia:
cristais piramidais, prismáticos, granular e maciço. Origem e
ocorrências: hidrotermal em filões de minérios, associado a prata,
stibrasen, pirargirita, calcita e outros minerais. As melhores espécimes
são provenientes dos filões das jazidas de prata.
GALENA
Sulfeto de chumbo. PbS. Cristalografia: isométrico,
classe hexaoctaédrica. Composição química: Pb 86,6% + S 13,4%. Morfologia: a
forma mais comum é o cubo. Dar-se o dodecaedro e trioctaedro e mais as suas
complexas combinações, cristais tabulares, agregados esqueléticos e geralmente
em massas compactas e finamente granulados. Clivagem: perfeita. Fratura:
frágil. Dureza: 2,5. Densidade: 7,5. (obs.; o elemento chumbo, puro na natureza,
a dureza é 1,5 e a densidade é de 13,4). Brilho: metálico reluzente. Cor: cinza
do chumbo. Traço: cinza. Fusibilidade: fusível. Origem: rochas magmática, metamórfica,
sedimentar e hidrotermal. A galena (um mineral) pode ser reconhecida facilmente
por sua boa clivagem, densidade relativa elevada, maciez e traço cinza de
chumbo. Ocorrências: podem ser encontrada associada com a esfalerita, pirita, marcassita,
calcopirita, cerussita, anglessita, dolomita, calcita, quartzo, barita e
fluorita. A galena pode conter na sua formulação, prata, zinco, cádmio,
antimônio, bismuto e cobre. É o mais importante minério de chumbo.
FELDSPATO
Ou o mesmo que ortoclásio. Cristalografia:
triclínico, monoclínico. Os feldspatos constituem os grupos de minerais mais
abundantes na crosta terrestres (cerca de 60%) e compreendem os silicatos de
alumínio combinados com sódio, potássio, cálcio e, eventualmente bário. Os
principais minerais são adulária, albita, andesina, anortita, bytownita,
labradorita, microclina, oligoclásio, orthose, ortoclásio e sandinita.
Composição química: NaAlSi3O8. (albita) e KAlSi3O8 orthose. Hábito: tabular. Clivagem: perfeita.
Fratura: irregular a concoidal. Traço: branco. Dureza: 6 a 6,5. Densidade: 2,54
a 2,76. Brilho: vítreo a nacarado. Cor: incolor, branco leitoso, esverdeado,
amarelo, vermelho carne, cinza e róseo. Diafaneidade: transparente, translúcido
a opaco. Origem: em rochas ígneas e metamórficas. Usos: em cerâmicas,
porcelanatos, vidros e tintas, etc. Na sequência, a primeira pedra é albita, a segunda é anortita e a terceira é andesina.
QUARTZO LEITOSO
Da cor do leite. Dióxido de
silício (SiO2). Sistema cristalino: trigonal. Composição: proporção
de 46,7% de Si + 53,3% de O. É
provavelmente um dos minerais mais comuns na crosta terrestre e pode ser
encontrado em qualquer lugar. A cor branca é causada por inclusões de bolhas
minúsculas de gás e/ou água caracterizando a cor leitosa. Brilho: vítreo e
gorduroso. Fratura: concoidal. Clivagem: indistinta. Dureza: 7. Densidade:
2,65. Fusibilidade: fusível. Risco: branca. Propriedades: piezoelétrica e
piroelétrica. Hábito: granular, prismático, compacto, etc. Ocorrências: foi
gerado por processos metamórficos, magmáticos e hidrotermais. Utilizado: fabricação
de vidro, esmalte, saponáceos, dentifrícios, abrasivos, fibra ótica, reflatários,
cerâmicas e peças ornamentais e de enfeites. Amostras brutas de Perdizes - MG.
PIROMORFITA
Fosfato de chumbo e cloro.
Composição química: Pb5(PO4)3. Cristalografia: sistema hexagonal, bipiramidal.
Morfologia: cristais prismáticos compridos e tabulares, agregados botrioidais
com estruturas radiais, agregados aciculares, terrosos, fibrosos e maciços.
Formação: nos veios alterados de chumbo. É um mineral secundário de chumbo. Propriedades
diagnósticas: forma hexagonal, alta densidade, brilho resinoso e por ensaios
químicos. Cor: verde, amarelo, marrom, cinza, branco. Brilho: adamantino,
gorduroso, resinoso. Clivagem: imperfeita. Fratura: desigual, concoidal. Risco:
branco. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 6,5 a 7. Transparência: transparente a
opaco. Tenacidade: quebradiço, fraco. Associação: associado aos minerais de
chumbo, como galena e cerussita.
BROCHANTITA
Ou cobre oxidado. Um sulfato básico de cobre.
Cu4SO4(OH)6.
Cristalografia: ortorrômbico, bipiramidal. Cristais prismáticos, delgados e
estriados verticalmente. Também em agregados maciços. Porcentagem: 67,3% CuO +
22,5% SO3 + 10,2% H2O. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 4. Clivagem: perfeita.
Fratura: concoidal a irregular. Traço: verde pálido. Cor: verde da esmeralda ao
verde escuro. Diafaneidade: transparente a translúcido. Brilho: vítreo
gorduroso. Ocorrências: Encontra-se nas porções oxidadas dos veios de cobre e
também sobre a parte superior dos jazigos alterados pelo ar ou águas de
superfícies, apresentando carbonatos e óxidos de cobre. O revestimento superficial (verde) é de malaquita. Um dos minerais mais
importantes de cobre. Ocorre: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo. Amostra de Brochantita
extraída no município de Jaguarari – Bahia, e doado pela mineradora Mineração
Caraíba S.A.
CALCEDÔNIA
Grupo da ágata. Dióxido de
silício (SiO2). Sistema cristalino: trigonal. O mineral é
classificado como microcristalina ou criptocristalina, significando que a
estrutura cristalina da rocha é tão fina que não é visível a olho nu. Calcedônia
é um termo específico para uma variedade típica de quartzo ou dióxido de
silício. Ocorrência: desde pequenos seixos a grandes blocos de toneladas. Cor:
branca, cinzenta, azulada – todas leitosas. Dureza: 7. Densidade: 2,70. Risco:
branco ou incolor. Fratura: desigual, estilhaçado e concóide. Clivagem:
inexistente. Brilho: vítreo ceroso. Fusibilidade: infusível. Transparência:
translúcida a semi-transparente a opaco. Ocorre: rochas sedimentares e
depósitos hidrotermais. Usos: joalheria e estatuárias. O termo calcedônia é
derivado do grego e da antiga cidade de Calcedônio (chalkedon), na Ásia Menor,
no que hoje é a parte oriental da cidade turca de Istambul. Na foto um cinzeiro de calcedônia.
CRISOBERILO
Óxido de Berilo e alumínio (BeAL2O4). Composição
química: BeO 19,8% + ALO 80,2%. Sistema cristalino: ortorrômbico, cristais
prismáticos geminados, tabulares por penetração, adquirindo a aparência
exagonal. As faces são estriadas verticalmente. Variedades: alexandrita e
crisoberilo olho-de-gato. A alexandrita a luz do dia é verde e, com luz
artificial, torna-se vermelha. O crisoberilo olho-de-gato (cimofana) tem esse
nome devido ao fato de lembrar a pupila rasgada de um gato, quando a pedra é
talhada em cabochão, produz um efeito ondulante, ou seja, uma linha luminosa de
cor branco-prateada, conhecido pela designação de acatassolamento (chatoyance).
Cor: amarelo-ouro, verde-amarelado, pardo, castanho ou cinzento. Dureza: 8,5.
Densidade: 3,70. Cor do rastro: branco. Clivagem: imperfeita. Fratura: fraca,
concóide. Transparência: transparente a translúcida. Brilho: vítreo a graxo.
Fusibilidade: infusível. É um mineral raro. Ocorre em rochas magmáticas
graníticas, nos pegmatitos e micas xistos. Frequentemente nas areias de rios e
cascalhos. São pedras preciosas. As variedades alexandritas e olho-de-gato são
de alto valor. Crisoberilo significa berilo dourado. O nome cimofana deriva de
duas palavras gregas, significando “onda” e “parecer”, em alusão ao efeito
acatassolamento (chatoyance). O nome alexandrita foi dado em homenagem ao Czar
Alexandre II da Rússia.
DOLOMITA
Um mineral de carbonato de
cálcio e magnésio. CaMg(CO3)2. Sistema cristalino: trigonal, geralmente em
romboédricos. É ao mesmo tempo um mineral e uma rocha. A dolomita é muito
abundante na natureza na forma de imponentes formações rochosas como os Alpes
Italianos e Suíços e nos jazimentos superficiais e submersos no Brasil. A
origem da dolomita constitui um grande enigma geológico, não se sabendo muito
ainda sobre a sua gênese. São propostos modelos hidrotermais, com fluídos
vindos de grandes profundidades, através de falhas geológicas também muito
profundas. Na dolomita existe uma solução sólida entre o magnésio e o ferro.
Sendo o extremo em ferro denominado “siderita” e o extremo em magnésio
denominado “Magnesita”. Ocorrências: principalmente sobre a forma de calcário
dolomítico e mármore dolomítico, possivelmente formado a partir da substituição
do calcário pelo magnésio. O mineral
apresenta nas cores, branca, leitosa, cinza, preto, rósea, castanho e vermelho
(as cores são devidas as impurezas de óxidos de minerais). Brilho: vítreo,
nacarado e perláceo. Risco: branco a incolor. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 2,90
a 3,10. Fusibilidade: infusível. Clivagem: perfeita. Fratura: concóide,
quebradiça. Propriedade diagnóstica: sua variedade maciça distingue-se do
calcário por sua reação menos intensa com o ácido clorídrico. Origem: rochas
metamórficas e sedimentares. É parecido com o calcário na cor, nas misturas e
nas jazidas. Pode conter fósseis. Nome: em homenagem ao geólogo e mineralogista
francês Deodat Dolomieu. Usos: como fonte de magnésio, refino de açúcar,
tintas, plásticos, etc. Amostra amarela pálida da montanha do Tirol Italiano e
as enegrecidas de jazimento de Coramandel, Minas Gerais.
MALAQUITA
Carbonato básico de cobre.
Sistema cristalino: monoclínico. Cu2CO3(OH). Composição: CuO 71,9% + CO2 19,9% + H2O 8,2%. A
malaquita geralmente resulta da alteração de minérios de cobre e ocorre
frequentemente associada com a azurita, goethita e cuprita. Os agregados de
malaquita são compostos de cristais muitos pequenos; os grandes são muitos
raros e apreciados pelos colecionadores. Hábito: botrioidal, fibroso. Clivagem:
perfeita. Fratura: concóide, estilhaçada. Dureza: 3 a 4. Densidade: 3,7 a 4,1.
Brilho: sedoso e vítreo. Traço: verde a verde-claro. Cor: verde brilhante a
verde escura. Traço: verde a verde-claro. Fusibilidade: fusível. Transparência:
Opaco. Usos: como minério de cobre. Ocorrências: rochas ígneas e rochas
sedimentares e depósitos hidrotermais. É utilizada como pedra de joalheria e
ornamental. Foi utilizado na Antiguidade pelo Antigo Egito, Gregos e Romanos.
Na Idade Média como pigmento mineral verde em pinturas.
QUARTZO RUTILADO
Óxido de silício. SiO2. São cristais prismáticos com inclusões minerais e interessantes como gemas bem atraentes. Com poucos ou numerosos filetes (agulhas), muito finas, retas e compridas, estão introduzidas no interior do cristal. As agulhas podem ser todas alinhadas ou estarem entrecruzadas em vários planos. Formaram como mineral acessório das numerosas rochas magmáticas, xistos e gnaisses metamorfizados. O cristal além de ser transparente e até opaco pode ter colorações amarelada, escurecida, acastanhada, enfumaçada e avermelhada. Já os filetes sendo também minerais, podem ser o amarelo dourado do rutilo (quartzo rutilado), o preto da turmalina negra (schorl) chamado quartzo turmalinado. Com frequência, podem ocorrer outras inclusões minerais; amianto, clorita, hornblenda, goethita e pirita. São vulgarmente chamados de cabelo de Vênus. Esta variedade de quartzo é encontrada na Bahia.
QUARTZO COM INCLUSÕES
Um quartzo com inclusões de
pirolusita (óxido de manganês). SiO2. É ela que forma depósitos foliáceos, chamados
“dendrites” nos formatos de ramificações ou arborescências com características
de plantas (não confundir com fósseis vegetais). Estas inclusões infiltram em
fraturas e fissuras, geralmente na forma de soluções aquosas que,
posteriormente, se cristalizam ou precipitam dando aspectos de vegetais. Entre
as inclusões epigenéticas no quartzo e outros minerais, predominam os minerais
de pirolusita e manganita (óxidos de manganês), hemática e limonita (óxido de
ferro), turmalina, mica, rutilo, anfibólios e calcopirita. O olho de gato,
alguns quartzitos e ardósias, também fazem parte destas variedades. Esta
casualidade ou fenômeno mineral é muito belo, curioso e interessante.
CALCOPIRITA
Sulfeto de cobre e ferro. CuFeS2.
Sistema cristalino tetragonal. O mais importante minério de cobre. Reconhecido
pelo brilho metálico, vítreo e muito vivo. Confundido com o ouro, pirrotita,
pirita e a marcassita, diferenciando-se destes minerais pelas variações de
dureza, densidade, cor e traço. Originário de rochas ígneas, metamórficas,
hidrotermais e disseminadas em depósitos xistosos. Em rochas orgânicas
(fósseis), a calcopirita pode cristalizar-se em madeiras, dentes e outros
materiais fossilizados. O minério de calcopirita poderá conter ouro ou prata em
sua composição. Fratura: irregular. Clivagem: imperfeita. Fusibilidade:
fusível. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 4,2. Cor: amarelo-latão e amarelo-ouro.
Traço: preto e esverdeado. Nome: do grego, khalkos=cobre + pyros=fogo.
Ocorrências: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Pará e Rio Grande do Sul. Amostra de calcopirita minerada numa profundidade de 522 metros ao nível do mar em
Jaguararí – Bahia e doada pela Mineração Caraíba S.A.
CASSITERITA
Óxido de estanho. (SnO2).
Sistema cristalino: tetragonal. É o único minério de estanho. Cor: castanho
escuro ou preto, as vezes mais claro. Traço: marron. Brilho: adamantino a
submetálico e fosco. Fusibilidade: infusível. Dureza: 6 a 7. Densidade: 6,8 a
7,1. Diafaneidade: translúcido a opaco, raramente transparente. Clivagem:
imperfeita. Fratura: concoidal a irregular. Composição: Sn 78,60% + O 21,40%.
Ocorrências: rochas ígneas, sedimentares e depósitos hidrotermais. Morfologia:
as formas comuns sãos os prismas e as bipirâmide. Frequentemente em geminados.
Usualmente, maciça, granular e aparência fibrosa e radiada. Devido ao seu alto
índice de refração, e os cristais apresentando transparência, fornece raras e
belas gemas. O estanho é citado no Velho Testamento e naquele tempo já se fazia
liga de bronze (cobre e estanho). Civilizações pré-colombianas da América
utilizavam-no para fabricar bronze e peças utilitárias e decorativas. O estanho
liga-se facilmente com quase todos os metais. O nome cassiterita vem da palavra
grega Kassiteros que significa estanho. Aplicações do estanho; galvanoplastia,
componentes de ligas-metálicas, solda macia (estanho e chumbo), artigos de uso
e decorativos, folhas de flandres, latas de conservas, etc. Países produtores:
Austrália, Bolívia, Gongo, Indonésia, Malásia, Perú, Portugual, URSS, Tailândia
e Vietnam. Amostra natural de cassiterita e duas barras redondas de estanho puro, extraído em
Ariquemes – Rondônia e doado pela mineradora White Solder Metalugia e Mineração
Ltda.
QUARTZO GWINDEL
Gwindel, nome alemão que
significa contorcido, torcido, helicoidal ou curvado. E são deformações
naturais, fugindo do padrão próprio da cristalização dos cristais. São cristais
que cresceram juntos, amontoados, engrossados e sobrepostos e que são
ligeiramente girados em torno de um único eixo. Isso resulta em cristais
torcidos e tabulares. É uma forma de crescimento ou formação muito estranha
cujo padrão ou estilo ainda não é totalmente compreendido. Num cristal gwindel,
estudos sugerem que esta sua forma invulgar de cristalização pode ter sido
causada por pireletricidade durante o crescimento do cristal quando cargas
elétricas positivas e negativas desenvolveram simultaneamente em diferentes
partes do mesmo cristal em respostas a mudanças de temperaturas adequadas por
evocar este fenômeno elétrico. Eles são muito curiosos, diferentes, e estão
entre os mais belos e mais raros dos quartzos. Muitos pensam que são oriundos
só dos Alpes e da região de Mont Blanc. Mas são achados em várias partes do
Mundo. Estas duas espécimes foram apanhadas no município de Uberaba, Minas
Gerais.
PENTLANDITA
O mais importante minério de níquel. Sulfeto de
ferro-níquel. (FeNi)9S8.
Cristalografia: isométrico, hexaoctaédrico. Brilho: metálico, opaco. Cor: vermelho-acastanhado,
amarelo-bronze e bronze claro. Traço: negro. Clivagem: perfeita. Fratura:
concoidal. Fusibilidade: 1.453º C. Morfologia: maciça, usualmente em agregados
granulares. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 5. Tenacidade: frágil. Hábito: maciço a
granular. Diafaneidade: opaco. Não magnético. Composição: Fe 32,56 + Ni 34,21%
e S 33,23%. Encontra-se em depósitos de origem magmática, associado
invarialmente com a pirrotita e com a calcopirita e outros minerais de ferro e
níquel. Em geral contém pequenas quantidades de cobalto. O níquel é usado
principalmente no aço. Fabrica-se o metal Monel (68% de níquel e 32% de cobre)
e do Nicromo (38% a 85% de níquel). Outras ligas são a prata alemã (níquel,
zinco e cobre). Usa-se o níquel para cunhagem de moedas. Foi descrito em 1.856
por J.B. Pentland, o mineral recebeu o nome de seu descobridor. Existem
reservas em Goiás, Pará, Piauí e Minas Gerais. Há jazimentos de níquel na África
do Sul, Canadá, Noruega, Suécia e URSS. Amostra extraída em Fortaleza de Minas,
Minas Gerais, foi doada pela Empresa Mínero-Metalúrgica Votorantim Metais.
CRIOLITA
Aluminofluoreto
de sódio. Na3AlF6. Sistema
cristalino: monoclínico – prismático. Grupo dos halogenetos. Composição; a
criolita é um fluoreto de sódio e alumínio, composto idealmente em peso por
32,85% Na, 12,85% Al e 54,30% F. Propriedades físicas e aspectos diagnósticos:
partição em três direções, quase em ângulos retos. Dureza: 2,5 a 3. Densidade:
3. Brilho: vítreo a graxo. Cor: incolor, branco, cinzenta, acastanhado e negro.
Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. Traço: branco. Clivagem:
nenhuma. Fratura: irregular. Morfologia: cristais pseudo-cúbico, maciço. Fusibilidade:
1.000º C. Rocha de origem: magmática. Ocorre: em Ivigtut, Groelândia, associada,
comumente, com a siderita, a galena, a esfarelita e a calcopirita. Foi descrito
pela primeira vez em 1.799, pelo mineralogista brasileiro José Bonifácio de
Andrade e Silva, a partir de amostras provenientes de Ivigtut, Groelândia. Uso:
durante 100 anos, a criolita foi utilizada como a fonte mais importante de
alumínio. Quando a bauxita tornou-se o minério de alumínio, a criolita passou a
ser usada como fluxo no processo eletrolítico (fundente na metalurgia do
alumínio). Seu nome é devido a duas palavras gregas, significando Krios (gelo)
e Lithos (pedra), em alusão à sua aparência de gelo. Apesar de ocorrer nos EUA
e URSS à descoberta da mina de Pitinga, no município de Presidente Figueiredo
no Estado do Amazonas é a 2ª mais significativa em importância econômica.
WILLEMITA
Silicato de zinco. Zn2(SiO4). Sistema
cristalino: hexagonal. Porcentagem: 73,0% ZnO + 27,0% SiO2.
Usualmente
maciça a granular. Raramente em cristais. Dureza: 5,5. Densidade: 3,9 a
4,2.
Brilho: vítreo, resinoso a submetálico. Cor: amarelo-esverdeado,
avermelhado,
castanho e branco. Diafaneidade: translúcida a opaco. Fratura: irregular
a
concoidal. Clivagem: boa. Morfologia: cristais prismáticos a tabulares,
agregados radiais, granular. Ponto de fusão: 419,5°C. As impurezas
contidas
mais comuns são: manganês, ferro, chumbo, cádmio e alumínio. Os
principais minerais
são: blenda, esmitsonita, franklinita, calamita, zincita e espinélios. O
zinco
é encontrado na natureza principalmente sob a forma de sulfetos,
associado ao
chumbo, cobre, prata e ferro (galena, calcopirita, argentita e pirita).
Todavia a Willemita não segue esta tendência, sendo o zinco encontrado
na estrutura do silicato. No Brasil, a willemita ocorre apenas em
Vazante - Minas Gerais, no noroeste mineiro. Seu nome é devido ao rei
William I da Holanda. Há ocorrencia de zinco em
Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Pará e Goiás. Os
principais
produtores mundiais são: China, Perú, Austrália, Índia, Estados Unidos e
Canadá. Amostra extraída em Vazante – Minas Gerais, foi doada pela
Empresa Mínero-Metalúrgica Votorantim Metais.
GARIMPO DE ESMERALDAS
Sequências de fotos para
entender e conhecer uma mina de esmeraldas. Operador de guincho. Desce e
sobe homens, rejeitos e víveres. É o comunicador via rádio com os
garimpeiros nas profundezas.
GARIMPO DE ESMERALDAS
Um shaft (poço) com 160
metros de profundidade e uns 200 metros de várias galerias (túneis). Do lado
direito se vê tubulações de retirada de água, eletricidade para iluminação e de
ar para respiração. Aparece o início dos trilhos. Na parte superior nota-se o
tampo de fechar a boca da mina (poço).
GARIMPO DE ESMERALDAS
Poço tampado, enquanto
mineiros locomove uma carga de rejeitos vindo do interior das galerias.
GARIMPO DE ESMERALDAS
Trilhos saindo da mina.
Rejeito é jogado nas profundezas da Serra das Caraíbas. Ao fundo se avista o
entorno da Serra das Caraíbas.
GARIMPO DE ESMERALDAS
Mesmo nas baixadas, encostas
da Serra, existem várias mineradoras (poços) para encontrar o “veio” das
esmeraldas.
GARIMPO DE ESMERALDAS
Um mineiro lavando,
peneirando e quebrando o xisto esmeraldino em busca da “pedra verde”.
GARIMPO DE ESMERALDAS
Eu, de costa para vários mineiros
(jovens, mulheres e homens), assisto a quebra do xisto (rejeito da mina), que são as lascas de
rochas cinzentas em busca das esmeraldas. Alguns destes mineiros separam do
xisto a Molibdenita, um minério associado.
GARIMPO DE ESMERALDAS
Caraíba de Cima, uma cidadela
no topo da dita Serra, onde só moram garimpeiros, mineiros e
comerciantes, se
vê os dois lados laterais da rua com suas mesinhas e seus compradores de
esmeraldas. Não existe nenhuma outra gema comercializada aqui, só a
esmeralda.
GARIMPO DE ESMERALDAS
"Feira do Rato" em Campo
Formoso – Bahia, cidade a 60 km da Serra das Caraíbas e que concentra o
comércio forte de esmeraldas. Alguns comerciantes e seus lotes de esmeraldas.
CRISOCOLA
Silicato hidratado de cobre.
Sistema cristalino: monoclínico. (CuSiO32H2O). Ocorre apresentando uma brilhante crosta em
diferentes tons verde ou azulada ou em grupos compactos semelhantes a cachos de
uva. Brilho: vítreo, gorduroso, ceroso ou oleoso. Fratura: concóide a
irregular. Clivagem: não há. Rastro: azul. Fusibilidade: infusível.
Diafaneidade: opaco. Dureza: 2 a 4. Densidade: 2,2. Ocorrência: secundária em
depósitos de cobre nas zonas oxidadas dos filões de cobre, associado à malaquita
e outros minerais de cobre secundários. Utilizado em joalheria e estatuária.
Ocorrem em Mato Grosso, Bahia e Pará.
VERMICULITA
Grupo dos
silicatos. (MgFeAl)3(AlSi0)4O10(OH)2.4H2O.
Cristalografia: monoclínico, classe prismática. A vermiculita é um
mineral
semelhante à mica, formado essencialmente por silicatos hidratados de
alumínio
e magnésio. Quando submetida a um aquecimento adequadro à água contida
entre as
suas milhares de lâminas se transforma em vapor fazendo com que as
partículas
explodam e se transformam em flocos sanfonados. Cada floco expandido
aprisiona
consigo células de ar inerte, o que confere ao material excepcional
capacidade
de isolação. O produto obtido é inífugo, inodoro, não irrita a pele, é
isolante
térmico e absorvente acústico. Não se decompõe, deteriora ou apodrece.
Não
atrai cupins ou insetos. Somente atacado por ácido fluorídico a quente.
Pode
absorver até 5 vezes o seu peso em água, é lubrificante e tem as
características necessárias aos materiais filtrantes. Composição
química:
14,39% MgO, 43,48% Al10O3, 12,82% FeO, 11,92% SiO2, 17,87% H2O. Hábito:
micáceo. Dureza: 1,5. Densidade: 2,3. Clivagem: perfeita. Fratura:
desigual,
ausente. Brilho: sedoso a perláceo. Cor: branco, amarelo, marron,
dourado.
Utilizado nas áreas da construção civil, indústria e agricultura. Ocorre
em
contato com rochas intrusivas ácidas, básicas e ultrabásicas. Formado
pela
alteração de biotita, flogopita e clorita. A foto de cima é a
vermiculita natural. A foto abaixo é a vermiculita expandida. Amostras
extraídas em Sanclerlândia,
Goiás, pela mineradora Brasil Minérios Ltda.
MINÉRIO
ROMANECHITA
Um minério de manganês. Grupo
dos hidróxidos. Sistema cristalino: monoclínico, prismático. (Ba,H2O)(Mn,Mn)5O10.
Romanechita
é o nome de um mineral composto basicamente por bário, silício, manganês
e
oxigênio. Composição e estrutura: pequenas quantidades de Mg, Ca, Ni,
Co, Cu e
S, podem estar presentes. Características diagnósticas: diferencia-se
dos
outros óxidos de manganês por sua dureza mais elevada e forma botrioide.
Hábito
de cristal: botrioidal fibroso ou acicular. Dureza: 5 a 6. Densidade: 5.
Cor:
preto esverdeado, preto cinza aço. Risco: preto-acastanhado. Brilho:
sub-metálico, fosco. Diafaneidade: Opaco. Clivagem: não determinada.
Fratura:
irregular. Pertence ao grupo da psilomelana. Seu nome é uma referência à
localidade de Romanèche, na França onde em 1.910 foi descoberto. A
romanechita solta uma graxa preta seca. A foto do alto é uma romanechita
maciça e a de baixo, romanechita botrioidal.
HEMIMORFITA
Silicato hidratado de zinco.
Zn4(Si2O7)(OH2)H2O.
Cristalografia: ortorrômbico, piramidal. Hábito: cristais muitas vezes,
divergentes, formando grupos arredondados com chanfraduras ligeiras, reentrantes,
entre os cristais individuais, configurando massas modulares e em cristas de
galo. Também mamilar, maciça e granular. Dureza: 4,5 a 5. Densidade: 3,5.
Brilho: vítreo, subperláceo. Cores: branco leitoso, transparente, esverdeado,
azulado, amarelo e castanho. Transparência: transparente, translúcido e opaco. Clivagem:
perfeita. Fratura: subconcoidal. Traço: branco. Fusibilidade: resistente à
fusão. Origina-se de rochas ígneas e sedimentares. A hemimorfita é um mineral
característico das áreas com depósito de zinco e sulfeto de chumbo. Também
chamado de calamina. Nome provém do grego referindo ao caráter hemimórfico dos
cristais. Ocorre em Adrianópolis-PR, Iporanga-SP e Uberaba e Vazante-MG.
FILITO
É um termo coletivo usado
para designar rochas metamórficas xistosas (granulação fina), que tem um brilho
prateado, sedoso ou gorduroso. Origina-se em geral de material argiloso, por metamorfismo
e recristalização. Composição química: aluminosa, alumino-silicosa, carbonosa,
silico-alumino-carbonática. Estrutura: foliação (clivagem ardosiana e, ou de
crenulação). Tem por “in natura” diversas colorações: branco leitoso, creme,
rosado, roxo, cinza, preto e esverdeado. Estrutura: constitui-se basicamente de
micas sericita, feldspato, caulinita, clorita e quartzo. Seu aspecto sedoso se
deve a presença de minerais micáceos. Devido à sua natureza química e
mineralógica, pode compor até 50% de massas cerâmicas. Originou-se
geologicamente na Era Proterozóica. Filitos são muito comuns no Brasil e nos
Alpes Centrais. O filito é utilizado na indústria de ração, adubo, sal mineral,
borracha, inseticidas, refratários, cerâmicas, concretos e na alimentícia.
Extraído no município de Itapeva-SP, pela mineradora Mineração Itapeva.
FÓSSEIS
FORAMINÍFERO
São uma ordem de protozoários
rizópodes dentro de uma carapaça calcária ou de aragonita (calcária hialina,
porcelânica, ou microgranulares), quitinosa ou podendo ser de outras
substâncias aglutinantes externas. Surgiram no Cambriano e vivem até o recente.
Abundou em várias épocas da história da Terra (Carbonífero, Cretáceo e Eoceno).
Em geral são microscópicos. Algumas formas fósseis ou viventes medem,
entretanto, vários centímetros. A morfologia destes animais é feita na
observação da quantidade de câmaras, podendo ser só uma ou possuindo várias
câmeras e as tecas (estrutura que forma um invólucro protetor), podem ser
uniloculares ou pluriloculares. E podem ter uma ou várias aberturas. Uma
associação de foraminíferos fornece informações sobre os constituintes do
biótipo em que viveram: salinidade, temperatura, luz, teor de oxigênio,
nutrição, teor de CaCO3, profundidade e ph da água. Além da sua importância
estratigráfica tão conhecida, tiveram papel significativo na formação de
sedimentos do passado e mesmo no presente são importantes elementos
constitutivos das vasas marinhas. Aplicações: úteis no reconhecimento de rochas
geradoras e armazenadoras de petróleo. Ocorreram em todas as profundidades (até
as abissais) e desde as zonas estuarinas e de polo a polo. São comuns nos
sedimentos e rochas marinhas. Mas poucas espécies em águas doces e salobras.
Distribuídos em todos os oceanos. Existem 30 mil espécies classificadas entre
fósseis e viventes. Podiam acumular-se em grande número (até 1 km de espessura).
A maior parte dos foraminíferos é bentônica (profundidade), vivendo em fundos
arenosos ou lodosos. Um grupo relativamente restrito é planctônico (flutuam
livremente nas colunas de águas ao sabor das correntes). As tecas podem ser
lisas, externamente, ou ornamentadas com cristas, espinhos, etc. Os
foraminíferos da foto são Sorites marginalis em mármore italiano.
AGALMATOLITO
Silicato de alumínio
hidratado. Al2O3(4SiO2)(H2O).
Cristalografia: monoclínico, prismática.
Agalmatolito, também conhecida como pagodita, é o nome de uma rocha
metamórfica
formada pela alteração hidrotermal da rocha riolito. E constituída
principalmente por dois minerais a pirofilita e a moscovita, bem como
outros
minerais acessórios. Morfologia: Agregados folheados e lamelares e
cristais poucos
desenvolvidos. Material resistente ao calor, a agalmatolito é utilizado
como
pedra decorativa. Aspecto diagnóstico: sensação gordurosa ao tato. Cor:
branco,
esverdeado, amarelo, cinzento. Traço: branco. Brilho: gorduroso a
nacarado.
Diafaneidade: translúcido a opaco. Dureza 1 a 2. Densidade: 2,8.
Clivagem:
perfeita. Fratura: irregular. Fusibilidade: não é fusível. Usos: tintas,
vernizes, cerâmicas, refratários, plásticos, papel, celulose, borracha,
sabão,
perfumaria, cosméticos, explosivos, alimentos, fertilizantes, defensivo
agrícola, construção civil e indústria química. O Brasil e a China são
dois dos
mais importantes produtores mundiais. Amostras extraídas em Pará de
Minas - Minas Gerais e doadas pela mineradora Lamil Especialidades
Minerais Ltda.
SÍLEX
Outra variedade cristalina de
dióxido de sílica. S1O2. Estrutura cristalina trigonal. Uma variedade
criptocristalina do quartzo de constituição granular. Mais um membro da
numerosa família de ágatas e calcedônias. Mais resistente e opaco que a
calcedônia. Quebram-se em esquírolas de arestas agudas e cortantes. Sem formas
geométricas uniformes. São encontradas em volumes pequenos, soltas e espalhadas
ou acumuladas em sedimentos e acompanhadas por outros membros de sua variada
família. Rastro: incolor. Fratura: concóide. Clivagem: não há. Dureza: 7.
Densidade: 2,65. Brilho: vítreo, gorduroso ou mate. Cor: cinza ao beje.
Encontrado em todo o mundo. Foi usado pelo homem primitivo como faca, ponta de
flexa e também para uso de defesa.
FÓSSIL
LEPIDOTES
Ictiólito (grego: ichthys e
lithos = peixe e pedra) ou (peixe fossilizado) da Formação Santana (cretáceo)
da Chapada do Araripe. Um peixe escamoso que viveu do Jurássico ao fim do
Cretáceo. Carnívoro, comia peixes e moluscos sem casca. Possivelmente viveram
em todos os mares e lagos do mundo. E são abundantes os seus registros fósseis.
São representados por outras numerosas espécies parecidas. Lepidotes faz parte
de um grupo de peixes (Tharrias, Dastilbe, Notelops, Microdon, Cladocyclus,
Enneles, Vinctifer e Rhacolepis) já extintos, surgidos durante a Era Mesozóica.
Concreção partida longitudinalmente no meio e apresentando os restos do
Lepidotes. O comprimento deste ictiólito é de 30 centímetros.
FOSSÉIS
CONCHAS
Bivalves, Braquiópodes,
Cefalópodes e Gastrópodes. Estes quatros gêneros de conchas fósseis surgiram a
partir do Jurássico (200 milhões de anos) e outras no Cretáceo (140 milhões de
anos), sendo que algumas variedades destas espécies ainda se encontram viventes
em nossa época atual. Seus “habitats” podiam ser as costas marinhas, os deltas
e foz de rios, as regiões lacustres e os continentes.
Algumas conchas tinham poucos
centímetros, já outras alcançavam vários metros. Da esquerda para a direita
vemos; 1- Pleurotomaria. 2- Rhynchonella. 3- Turritala. 4- Neithea. 5-
Venericardia. 6- Amaltheus. 7 e 8- Melanopsis e 9- Aturia.
TURMALINA NEGRA
Ou schorl e ou afrizita.
Variedade negra rica em ferro. Estrutura cristalina trigonal. Composição:
borossilicato complexo. NaFe3Al6(BO3)3[Si6O18](OH)4.
Os cristais são opacos, negros. Já ao longo do
comprimento do cristal são estriados longitudinalmente. Uma
característica
típica da turmalina. É a gema que tem as maiores variedades de nuances
de
cores. E alguns de seus cristais são multicoloridos. Brilho: vítreo.
Dureza:
7,5. Densidade: 3,2. Fusibilidade: funde-se com dificuldade. Traço:
incolor.
Fratura: concóide a irregular, frágil. Clivagem: não há. As polaridades
elétricas são diferentes em cada extremidade. Por atrito, eletriliza-se
atraindo
pequenos papeis. Encontram-se turmalinas de mais de metro. Ocorrências:
muito comum e a característica da turmalina é nos pegmatitos graníticos.
Encontrada,
também, como mineral acessório nas rochas ígneas e metamórficas, tais
como
gnaisse, xisto e calcários cristalinos. Seu nome vem do cingalês
turamali,
antigo Ceilão, atual Sri Lanka. Os maiores jazimentos são em Minas
Gerais,
Goiás, Bahia e Paraíba. A primeira turmalina contém incrustação de
malacacheta (mica), a segunda penetrada no quartzo leitoso e a terceira
pura, sem nada.
CROMITA
Óxido duplo de ferro e cromo.
FeCr2O4. Contendo 32% Fe
e 68% Cr. A cromita é o único minério de cromo. Estrutura cristalina: isométrico,
hexaoctaédrica. Hábito: octaédrico. Cristais raros e pequenos. Fusibilidade:
infusível. Traço: castanho, escuro e preto. Clivagem: ausente, quebradiço.
Fratura: concoidal. Dureza: 5,5 a 6,5. Densidade: 4,7. Morfologia: comumente
maciço, granular e compacta. Brilho: submetálico a metálico. Cor: preto do
ferro ao preto-acastanhado. Ocorrência: rochas ígneas, metamórficas e em
meteoritos. A cromita é um constituinte comum dos peridotitos e dos
serpentinitos deles derivados. É um dos primeiros minerais a se separar do
magma que se resfria. Pensa-se que os grandes depósitos de cromita se teriam
formado por essa diferencição magmática. Associa-se com a serpentina, coríndon
e a olivina. O 5º elemento metálico mais abundante, depois do ferro, manganês,
alumínio e o cobre. Utilizados nas indústrias metalúgicas, químicas e de
reflatários. Ocorrem: Andorinha, Campo Formoso, Cansanção, Monte Santo, Queimados,
Santa Cruz e Uauá – Bahia; Mazagão – Amapá e Alvorada de Minas – Minas Gerais.
Amostras extraídas em Campo Formoso – Bahia, e doadas pela mineradora Cia de
Ferro Ligas da Bahia - Ferbasa.
MINÉRIO
TITÂNIO
Titanossilicato de cálcio.
CaTiOSiO4. Sistema cristalino: monoclínico. É o nono mineral mais abundante na
natureza. O Titânio não é encontrado
livre na natureza, mas junto com o rutilo, ilmenita, esfênio, leucoxênio e o anatásio.
É forte como o ferro, porem 45% mais leve, e mais resistente que o alumínio.
Apresenta especial resistência à pressão e corrosão. Origem: rochas magmáticas
e metamórficas. Ocorrem: como material acessório em rochas ígneas, metamórficas
e pegmatitos. O titânio metálico é usado como um agente de ligas de metal, incluindo
o alumínio, ferro, molibdênio e manganês. As ligas de titânio são utilizadas
principalmente na indústria aeroespacial, aeronaves e são resistentes a
temperaturas. Também em materiais cirúrgicos, tintas, automóveis, etc.
Morfologia: cristais tabulares, granular e maciço. Cor: incolor, amarelo,
castanho, verde, cinzento a preto.
Rastro: negro. Brilho: pode ser vítreo a baço e prateado da prata.
Dureza: 5 a 5,5. Densidade: 4,4. Diafaneidade: Opaco. Fusibilidade: 1.668°C.
Fratura: irregular. Clivagem: boa. Radioatividade: não é radioativo. Hábito:
cristais microscópicos visíveis apenas com microscópio. O titânio está presente
em meteoritos e no sol e em algumas rochas trazidas da Lua. O titânio em tela é
uma magnetita-titanita - TiO2, com 22,41% de titânio e 67,97% ferro e Si, Al, Mg, Mn,
Ca, P e S. Amostra mineral extraída em Santa Bárbara de Goiás, e doada pela mineradora
Titânio Goiás S/A.
CRISOTILA
Silicato hidratado de
magnésio. Mg3(Si2O5)(OH)4. Sistema
cristalino monoclínico. Amianto ou asbesto é
o nome dado a um grupo de minerais fibrosos de composição diversos. As
variedades de amianto dividem-se em dois grupos, de acordo com sua
composição química e estrutura cristalina: o grupo das serpentinas e o
grupo dos anfibólios, que se caracterizam por fibras duras, retas e
pontiagudas, são: antofilita, amosita, crocidolita, tremolita e
actinolita. No grupo das serpentinas, a principal variedade é a
crisotila, sendo o mineral asbestiforme mais encontrado na natureza.
Suas fibras são curvas e sedosas, e seus efeitos na saúde humana são
diferenciados e menos significativos do que os dos outros tipos de
amianto (CHURG, 1988). Dureza: 2 a 3. Densidade: 2,5.
Cor: branca, cinza, verde, amarelo e
marron. Rastro: branco ou incolor. Brilho: sedoso ou gorduroso.
Fusibilidade:
infusível. Clivagem: inexistente. Fratura: irregular. Hábito cristalino:
fibroso. Origem: todas as formas de asbestos são minerais metamórficos
associados a suas rochas hospedeiras. A maior parte do amianto consumido
no mundo é empregada no fabrico de produtos de cimento-amianto: placas
planas, chapas onduladas, calhas, perfis, tubulações de água e esgoto,
caixas d'água e moldados diversos. Também é utilizado na produção de
vestimentas de segurança, pastilhas de freios, disco de embreagem,
papelão hidráulico, filtros, mantas isolantes, etc. Principais
ocorrências: Brasil, Canadá, Cazaquistão, Rússia e Zimbabwe. Amostra
extraída em Minaçu – Goiás, e ofertada pela mineradora
SAMA – SA.
MOLIBDENITA
Minério de molibdênio.
Composição: sulfeto de molibdênio. MoS2. (Mo 59,9% e S 40,1%). Cristalografia: hexagonal;
bipiramidal-dihexagonal. Cristais em placas configuradas de maneira hexagonal
ou em prismas curtos, ligeiramente cônicos. Comumente laminada, maciça ou em
escamas. Ocorrências: a molibdenita forma-se como mineral acessório em certos
granitos, pegmatitos e aplitos. Comum em depósitos de filões, associada à
cassiterita, wolframita, fluorita, scheelita, calcopirita e quartzo. Origem:
magmática e em contato com depósitos metamórficos. Cor: metálico e
cinzento-chumbo. Risco: preto e acinzentado-metálico. Brilho: metálico. Diafaneidade:
Opaco. Dureza: 1 a 1,5. Densidade: 4,60. Clivagem: perfeita. Fusibilidade:
infusível. Ao tato, sensação de gordura, deixa marca nos dedos. É o 54º
material mais abundante na Terra e o 25º nos oceanos. Amostras de xistos
contendo molibdenita, esmeralda, quartzo e micros flogopitas. A molibdenita são as manchas metálicas e brilhantes. Minerais
extraídos no topo e bojo da serra das Caraíbas na região de Campo Formoso,
Bahia.
CORNALINA
Grupo do quartzo. SiO2. Estrutura
cristalina trigonal. Dióxido de silício. É uma variedade de calcedônia,
micro-cristalina. Desprovida de formas geométricas, apresenta-se sempre em
massas compactas que podem ser radiadas, mamilares ou concrecionadas. A fratura
concoidal é muito diferente da do quartzo pelo seu brilho baço e natureza
escamosa. Dureza: 7. Densidade: 2,60. Brilho: vítreo a céreo. Diafaneidade:
translúcido a opaco. Cor: laranja, avermelhado, marron, branco, leitoso,
cinzento e castanho. Traço: branco. Na antiguidade, acreditava-se que estancava
a hemorragia e acalmava.
TURQUESA
Menção que faço da única jazida
de turquesa descoberta no Brasil e na Bahia, numa região denominada de Serrote
da Lagoa Seca, perto do povoado de Casa Nova, existe um filão de turquesa,
encaixado nos gnaisses do escudo. Essa jazida, a primeira descoberta no Brasil,
foi coberta pelas águas da Barragem de Sobradinho. A turquesa estava associada
a outros fosfatos, como, por exemplo, a variscita. Um fosfato básico, hidratado
de alumínio. CuAl6(PO4)4(OH)84H2O. Cristalografia: triclínico, pinacoidal. Raramente
em cristais minúsculos, ordinariamente, criptocristalino. Maciça e compacta,
reniforme, estalactita. Em camadas delgadas, incrustações e grãos disseminados.
Muitas turquesas apresentam vênulos ou nódulos. Dureza: 6. Densidade: 2,60 a
2,80. Brilho: vítreo e ceroso. Cor: azul celeste, verde-azulado e verde.
Fusibilidade: infusível. Clivagem: não há. Fratura: concóide. Traço: branco ou
verde pálido. Diafaneidade: Opaco. Formação: rochas magmáticas e sedimentares
ricas em alumínio. Os egípcios foram os primeiros a utilizarem, e os astecas
também faziam uso desta gema. Jazidas no Afeganistão, Chile, Irã, México e Turquestão.
A turquesa da foto é a mencionada no texto e é de minha lavra.
MORION
Ou
enfumaçado. Sistema cristalino: hexagonal (trigonal) prisma de seis faces.
SiO2. Ligeiramente amarronzado para o escuro. A cor adquirida pode ter
acontecido por irradiação natural no interior do solo. Brilho: vítreo. Dureza: 7. Densidade: 2,60.
Traço: branco. Diafaneidade: transparente a translúcido. Clivagem: não há.
Fratura: concóide e quebradiça. Rocha de origem magmática. Usa-se em joalheria.
Encontra-se em Minas Gerais, Goiás e Bahia. Peça fotografada de colecionador
com um peso de mais ou menos 100 Kg.
JADE
O jade é o nome dado a dois
minerais diferentes; um, a jadeíta NaAl(Si2O6) é um silicato de alumínio e sódio, do grupo da
augita ou piroxênio. O outro, a nefrita Ca2(Mg,Fe)5(Si4O11)2(OH)2 é um silicato de
cálcio, magnésio e ferro, do grupo da actinolita, é um anfibólio, sendo esta
muito comum. Sistema cristalino monoclínico. A distinção entre jadeíta e
nefrita é, de qualquer modo, difícil, o que pode ser um motivo para que a
palavra jade continue sendo um termo para designar a ambas. As duas são rochas
duras de grão fino, adequadas à confecção de esculturas. Exclusivamente
metamórfica em rochas muito metamorfoseadas. Podem acontecer de ter blocos de
várias toneladas. Extremamente tenaz e difícil de quebrar. Cor: do verde maçã
ao verde esmeralda e até de outras cores. O jade é mais ou menos translúcido,
mas nunca transparente. Brilho: vítreo, nacarado e resinoso. Clivagem: boa no
sentido do comprimento. Fratura: irregular, estilhaçada e aguda. Morfologia:
cristais prismáticos, agregados aciculares e granulares. Dureza: 6,5 a 7.
Densidade: 3,2. Traço: incolor. Podem ser manchadas ou ter pigmentos pretos.
Jade significa pedra dos rins, pois se acreditava que curava os rins. Ocorre:
Bahia e Minas Gerais.
VESUVIANITA
Silicato básico de cálcio,
alumínio, ferro e magnésio. Ca19(Al,Mg,Fe)13Si18O68(OH,F,O)10. Sistema cristalino tetragonal. Ocorrem em rochas
metamórficas e raramente magmáticas em rochas alcalinas. Cor: amarelo, verde,
marron, azul e vermelho. Dureza: 6,7. Densidade: 3,3. Rastro: branco ou
incolor. Brilho: vítreo a mate. Fusibilidade: infusível. Diafaneidade:
transparente a translúcido. Clivagem: imperfeita. Fratura: irregular a
concoidal. Morfologia: cristais prismáticos a tabulares, agregados colunares
com estrutura radial, granular, maciços. Deve-se seu nome ao vulcão Vesúvio,
onde primeiramente foi descoberto. Ocorre em Jacupiranga – SP, e Currais Novos
e Parelhas – RN.
ÁGATA
Óxido de silício. SiO2. Sistema cristalino: hexagonal (trigonal).
As ágatas são calcedônias zonadas, formadas pela sucessão de camadas de cores
diferentes. As camadas ou listas paralelas, são finas, delicadas, retas,
usualmente curvas e em algumas espécies, concêntricas. As faixas ocorrem numa
mesma cor ou são multicoloridas. No interior central podem acontecer
cristalizações de quartzo e até geôdo. As ágatas são rochas ígneas. Dureza: 7. Densidade: 2.60. Clivagem:
não há. Fratura: concoidal. Traço: branco. Transparência: translúcido a opaco.
Cores: avermelhada, acinzentada, azulada e amarronzada. Podem apresentar
opalização e palidez em alguns exemplares. Esta ágata da foto é apreciada e
admirada por colecionadores como ágata “temática”, por apresentar figuras e
desenhos naturais e incomuns na superfície. Por apresentar o exterior
brilhante, polida e conservada (parecendo envernizada) e não oxidada, são
oriundas do fundo de rios. Pode-se tingir a ágata de qualquer cor, por
processos químicos ou térmicos. Ocorrem em Uberaba e Frutal em Minas Gerais.
BAUXITA
Principal minério de alumínio
ou a matéria-prima para a obtenção do alumínio. A bauxita não é considerada
como uma espécie mineral, mas sim como nome de rocha, bauxito. Rocha
sedimentar, uma mistura de hematita parda, minerais argilosos, quartzo e,
sobretudo hidróxidos de alumínio, como bohmita, diásporo, hidragilita
(gibbsita) e cliachita (ou alumogel). Sua característica é de agregados
granulosos a compactos terrosos. Dureza: 2,5 a 3. Densidade: 2,4 a 3,4. Cores:
branca, amarela, pardacenta e avermelhada. Fusibilidade: infusível. Traço: amarelado a pardo-avermelhado. O seu
nome é devido à região de Les Baux de Provence, onde foi primeiramente
descoberto. Ocorrências: Ouro Prêto, Nova Lima e Poços de Caldas em MG. Muqui,
ES. Juruti, Paragominas e Trombetas no Pará. Amostra da foto, extraída em Poços
de Caldas - Minas Gerais e doada pela Mineradora Curimbaba.
ESPODUMÊNIO
Silicato de alumínio e lítio.
LiAl(Si2O6).
Cristalografia: monoclínico. Cristais de hábitos prismáticos, achatados,
alongados e usualmente grossos. Estriados profundamente e com as faces
corroídas, marcadas e sulcadas em todos os lados. Clivagem: perfeita. Dureza:
7. Densidade: 3,2. Brilho: vítreo. Traço: branco. Fratura: irregular.
Luminescência: laranja. Origem: magmática. Diafaneidade: transparente,
translúcido e opaco. O mineral espodumênio é a principal fonte do mais leve dos
metais, o Lítio. O espodumênio quando cristal transparente e apresentando cor é
gema preciosa - rosada ou lilás é Kunzita, verde é Hiddenita e amarelada é
Trifana. O nome “spodumenos” do grego, significando “queimado até as cinzas”,
em alusão a cor cinza do mineral não gemológico, primeiramente encontrado.
Ocorrem em Conselheiro Pena, Galiléia, Itinga, Minas Novas, Resplendor,
Sabinópolis e Teófilo Otoni em MG. Colatina, ES e Seridozinho na PB. As resevas
de Lítio no mundo concentram-se no Chile 50,50%, Bolívia 33,67%, Argentina
5,39%, Austrália 3,91%, China 3,64%, Brasil 1,28%, Canadá 1,21%, Estados Unidos
0,26 e Zimbabwe 0,15%. Fonte, US Geological Survey. Amostra da foto extraída em
Araçuaí – MG, e doada pela mineradora Companhia Brasileira de Lítio.
COLUMBITA-TANTALITA
Um óxido de nióbio, tântalo,
ferro e manganês, podendo ter ainda tungstênio e estanho. (Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6. Apresentam-se,
sob a forma de uma mistura de óxidos de dois metais raros, a columbita e o
tântalo. Cristalografia: ortorrômbico. Fusibilidade: 3.290°C. Dureza: 6.
Densidade: 5,2 a 8,1 (a densidade aumenta conforme a concentração de tântalo).
Brilho: metálico. Cor: negro pardacento, preto de ferro e chumbo de vários
matizes. Traço: avermelhado para escuro. Fratura: irregular. Clivagem:
perfeita. Origem: pegmatitos graníticos e aluviões. Ocorrências: Nazareno e
Coronel Xavier Chaves – MG, Ariquemes e Jamari – RO, Juazeirinho – PB, Acari –
RN. Também produtores, Austrália, Congo, Ruanda e Rússia.
AMETISTA
Óxido de silício. SiO2. Sistema
cristalino hexagonal (trigonal), prisma de seis faces. Cor: violeta de várias
nuance. Brilho: vítreo. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Clivagem: não há. Fratura:
concóide, quebradiça. Transparência: transparente e opaca. Fluorescência: fraca
e esverdeada. Traço: branco ou incolor. É uma variedade do quartzo de cor
violeta, formada pela presença de compostos de ferro, manganês e titânio.
Encontra-se em drusas, geodos e cavidades. O nome vem do grego, significando
não ébrio. Foi muita apreciada na antiguidade por reis e cardeais. Em Marabá no
Pará, existe uma variedade aveludada. Existem ocorrências em Minas Gerais,
Bahia, Goiás, Piauí e Rio Grande do Sul.
BASALTO
Rocha magmática ou vulcânica
que também são denominadas como rochas extrusivas ou rochas de derrame. Até
hoje ela é formada pelo vulcanismo, expelida em forma de lava fluída e com
fusão acima de 1000°C. Pode estender-se em largos mantos ou erguer-se em massas colunares.
O basalto é uma lava negra e densa constituído principalmente por piroxênio,
olivina e feldspato, tão finamente cristalizados que não se pode identificá-los
a olho nu. O basalto é compacto e dificilmente se quebra. No geral, o basalto é
constituído de feldspato e de minerais ferromagnesianos em partes iguais. A cor
varia do negro absoluto a um cinzento-escuro e às vezes esverdeado. Quando
ocorrem bolhas de gás no resfriamento rápido, origina-se uma rocha porosa. Nas
cavidades basálticas aparecem intrusões de ametistas, calcita, zeólitas e outros
minerais. O basalto altera sua cor em clima seco e também em clima húmido. A
decomposição do basalto deu origem à chamada terra roxa, de grande fertilidade.
Foto do maciço colunar de basalto da mineradora, Construtora e Pedreira Beira Rio.
TALCO
Silicato hidratado de magnésio. Mg3Si4O10(OH)2.
Sistema cristalino monoclínico. Cristais raros.Cor: branco, cinzento,
marron, amarelado, avermelhado e esverdeado. Traço: branco ou incolor.
Brilho: gorduroso, ceroso e oleoso. Fusibilidade: infusível. Dureza: 1. Densidade: 2,8.
Fratura: irregular. Clivagem: exfoliação perfeira. Diafaneidade:
translúcida a opaco. Tato: gorduroso, oleoso e sedoso. Resistente ao
calor. Origem: rochas metamórficas. Usos: nosso talco corporal, é só
moer a rocha. É um dos silicatos de maior emprego industrial; suporte
para industrias de tintas, inseticidas, cerâmicas, reflatários,
borrachas, cosméticos, etc. Apresenta-se em formas compactas, fibrosas
ou foliáceas. A variedade mais compacta tem o nome de esteatito. O nome
talco é de origem antiga e duvidosa, derivando, provavelmente do árabe,
talk. Conhecido desde a mais remota antiguidade, foi utilizado na
Babilônia, Egito e China. Ocorrências: Carandaí e Ouro Prêto - MG, Bom
Sucesso de Itararé - SP, Resende - RJ, Ponta Grossa - PR e Brumado -
Bahia. Amostra extraída em Brumado, Bahia, e doada pela mineradora
Magnesita S/A.
MAGNESITA
Carbonato de magnésio. MgCO3. Sistema
cristalino hexagonal. Usualmente, criptocristalino, em massas compactas e ou
terrosas. Raramente em cristais. Dureza: 3,5 a 5. Densidade: 3,2. Cor: Branco,
cinzento, amarelo, acastanhado e avermelhado. Diafaneidade: transparente,
translúcido e opaco. Fusibilidade: infusível. Traço: branco ou incolor.
Clivagem: perfeita. Fratura: concoidal. Luminescência: azul ou verde.
Fluorescência: torna-se luminosa. Origem: rochas sedimentares e metamórficas.
Brilho: vítreo, mate e sedoso. Refratário ao calor. Nome: denomina-se, assim,
devido a sua composição. Ocorrências: Brasil, Estados Unidos, Grécia, Itália e
União Soviética. Amostra doada pela mineradora Magnesita S/A e extraída em
Brumado na Bahia.
CITRINO
Óxido de silício (anidro silícico). SiO2.
Sistema cristalino: hexagonal (trigonal), e prismas de seis faces com
pirâmides. Quartzo cor de limão. A substância corante é o ferro. O quartzo é um
mineral formador de rochas e, também, uma pedra ornamental e uma gema. Entre
todos os minerais, o quartzo é um composto químico de pureza quase completa e
possui propriedades físicas constantes. Contudo, as análises espectográficas
mostram que mesmos seus cristais mais perfeitos tem traços de lítio, sódio,
potássio, alumínio, ferro, manganês e titânio. O citrino de qualidade gema é
extremamente raro. Origem: rochas ígneas e pegmatitos graníticos. Composição
química: Si 46,7% + O 53,3%. Dureza: 7. Densidade: 2,65. Brilho: vítreo. Traço:
branco. Clivagem: nenhuma. Fratura: concóide e estilhaçada. Diafaneidade:
transparente. Fluorescência: não há. Do latim: citrus. Existem em Espanha,
Madagascar e Rússia. No Brasil, em Minas Gerais, Goiás e Bahia.
ELEMENTO NATIVO
GRAFITE
É
um polimorfo de carbono. Cristais (hexagonais) raros. A palavra grafite vem do
grego “graphein” = escrever. A grafita origina-se por metamorfismo da matéria
carbonosa de natureza orgânica. Este metamorfismo que afeta os jazigos de
carvão é que origina o grafite. O grafite ocorre em palhetas ou compacta, é
negra, de brilho metálico cinza, fosco, opaco, de tato untuoso e mancha os dedos.
Clivagem perfeita. Traço: cinzento ou castanho escuro. Fratura: irregular. Fusibilidade: funde à partir de 3.650º C. Dureza: 1. Densidade: 2.
Encontra-se nas rochas eruptivas e metamórficas.
Hábitos cristalinos: veios lamelares em certos jazigos e grânulos em
rochas
metamórficas. O grafite possui composição química igual a do diamante,
isto é,
carbono puro. No entanto, estas duas substâncias não são iguais e a
diferença
reside na disposição dos seus átomos (possuem arranjos cristalográficos
diferentes). Os minerais associados incluem quartzo, calcita, mica,
ferro, turmalina, feldspato, caolinita, sericita e goethita. A mineração
do grafite ocorre em minas a céu aberto ou jazimentos
submersos. O grafite tem a menor dureza e o diamante a maior dureza. O
grafite
é condutor de eletricidade e o diamante é isolante elétrico. O grafite é
um
lubrificante perfeito e o diamante um abrasivo total. O grafite
cristaliza-se
no sistema hexagonal e o diamante no sistema isométrico. Utilização: em
lápis,
materiais refratários, cadinhos em fundição de aço, baterias,
lubrificantes e
como moderador nos reatores nucleares. Ocorre: Minas Gerais e Bahia.
Amostra
mineral extraída no município de Salto da Divisa – Minas Gerais e doada
pela
mineradora Nacional de Grafite S/A.
CARBONETO
CARVÃO MINERAL
Também
carvão fóssil ou carvão de pedra. É uma rocha combustível fóssil natural e
extraído do solo mediante processo de mineração. Formaram-se a partir de
troncos, raízes, folhas, sementes, galhos e todo tipo de vegetação de densas
florestas em ambientes pantanosos há 345 milhões de anos na era Paleozóica e a
partir do período Carbonífero. O carvão é oriundo da celulose da vegetação,
transformada pelo tempo por pressão, calor, bactérias e outros agentes
anaeróbicos em uma massa carbonosa. Já consolidado, torna-se um mineral (rocha)
de cor preta ou marrom pardacenta altamente combustível. Às vezes notamos em um
pedaço de carvão vestígios isolados de celulose, folha, semente, pólen, tronco,
etc. A porcentagem de carbono é que nomeia os tipos de carvão; Turfa 65%,
Linhito 75%, Azeviche 80%, Hulha 85%, Antracito 95% e Grafite 100%. Os jazigos carboníferos, segundo definição geológica não são rochas
autênticas. Entretanto, como são componentes sólidos da crosta terrestre e estão
já alterados, é incluído como rocha sedimentar e por ser um bem mineral de
cunho econômico. Estas amostras são de Hulha. Amostras doadas pela Indústria Carbonífera Rio Deserto e
extraído em Criciúma – Santa Catarina.
PEDRA DO SOL
Silicato de sódio, cálcio e alumínio. Sistema
cristalino triclínico. É uma espécie de feldspato pagioclásio (oligoclácio). Rocha
(mineral) descoberta em 1.700, com brilho típico de
vermelho cobre, cintilante, devido á penetração da luz nas inclusões microscópicas
de hematita e goethita, ganhou o nome de pedra-do-sol em alusão ao sol.
Fratura: estilhaçada e granulada. Clivagem: perfeita. Cor do traço: branco.
Dureza: 6 a 6,5. Brilho: vítreo, metálico e gorduroso. Densidade:
2,65. Transparência: opaco.
Fluorescência: vermelho pardo escuro. Cor: alaranjada e vermelho pardo.
Fusibilidade: resistente a fusão. Origem: rochas ígneas e matamórficas. Usos:
em joalheria e adorno. Ocorrem: Minas Gerais, Canadá, Estados Unidos, Índia, Noruega
e Rússia.
PEDRA DA LUA
Grupo do feldspato. Silicato de alumínio e
potássio. Sistema cristalino monoclínico. A mais preciosa das gemas do grupo
do feldspato. Também é um ortoclásio. É característica da pedra-da-lua o brilho perolado e de opalescência. Dureza: 6
a 6,5.
Densidade: 2,60.
Cor do traço: branco.
Clivagem: perfeita. Fratura: desigual. Brilho: vítreo e sedoso.
Transparência:
transparente a turvo. Fusibilidade: resistente à fusão. Fluorescência:
fraco,
azulado e ou alaranjado. Origem: rochas ígneas. Gema branco leite,
translúcida
com aspecto cintilante, prateado e perolado, lembrando o lampêjo lunar. O
principal encanto da pedra-da-lua é o efeito óptico que esta gema
exibe, conhecida como adularescência (da adulária), com uma cor azulada
ou branca leitosa que lembra o brilho do luar, daí derivando seu nome.
Amostra com penetrações de biotita (uma variedade de mica). Ocorrências:
Brasil, Estados Unidos, Índia, Madagascar, México, Mianmar, Ski Lanka e
Suíça.
FOSFOFILITA
Fosfato de zinco hidratado. Sistema cristalino
monoclínico. Uma das gemas mais raras, portanto, uma das mais cobiçadas pelos
colecionadores. Cor: variam do incolor ao verde-azulado, mas os melhores
espécimes são de um verde bem delicado com uma transparência de suavidade e
encantamento. Dureza: 3,5. Densidade: 3,10. Diafaneidade:
transparente a translúcido. Brilho: vítreo. Clivagem: boa. Fratura: irregular.
Morfologia: cristais tubulares, curtos a compridos e também granulares. Origem:
Rochas magmáticas em zonas de oxidação de depósitos de minérios e em pegmatitos
graníticos, onde substituem fosfatos primários. São encontrados em Minas
Gerais, Alemanha, Bolívia e Estados Unidos.
CRISTAL DE ROCHA
Ou
quartzo. Óxido de silício. SiO2 Sistema Cristalino trigonal. Apresenta geralmente
uma coluna hexagonal com faces piramidais nos extremos. Cor: branco
transparente ao incolor tenuemente encardido. Podem acontecer inclusões de
agulhas de rutilo, grafite, turmalina, etc. As colorações que os cristais tomam
provem de elementos minerais como o manganês, ferro, níquel, etc., ou ao efeito
de radiação natural (quartzo defumado ou morion). Brilho vítreo. Clivagem:
inexistente. Fratura: concoidal. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Origem:
magmática e metamórfica. Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco.
Rastro: branco. Fusibilidade: infusível. As jazidas mais importantes estão no
Brasil.
CRISTAL HIALINO
Um quartzo. Óxido de silício. Só que puríssimo,
incolor, límpido, da cor ou transparência do vidro. É a variedade mais pura de
todos os outros quartzos transparentes. E com a mesma química e propriedade dos
outros cristais. Ocorre em pedaços compactos de todos os tamanhos, com faces lascadas
concoidais. Clivagem: inexistente. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Diafaneidade:
super transparente. Rastro: branco. Fusibilidade; infusível. Brilho vítreo.
Palavra do grego Krystallos significando gelo eterno. Quimicamente puro este
cristal é utilizado em ótica fina e de precisão, astronomia e microscopia.
Achado em Minas Gerais.
MOSCOVITA
Outra variedade de mica. Mica potássica. Sistema cristalino
monoclínico, prismático. Características de rochas silicosas. A muscovita
cristaliza-se em formas de tabletes colunares pseudohexagonais. De clivagem
perfeita, suas lâminas são flexíveis e muitíssimas finas. Fratura: irregular.
Transparentes a translúcidas. Cores: de matizes acastanhados, amarronzados,
amarelados e esbranquiçados. Dureza: 2 a 2,5. Densidade: 2,80 a 2,90. Brilho
vítreo a nacarado. Origem: rochas ígneas e metamórficas. Ocorrem em grandes
metragens. Utilizado em eletrônica, como isolador e material incombustível. A
muscovita recebeu esta denominação, vidro de mocóvia, dado seu uso como
substituto do vidro na antiga Rússia (Moscóvia).
CARBONETO
XISTO BETUMINOSO
Ou folhelho pirobetuminoso. O xisto betuminoso possui
atributos do carvão mineral e também do petróleo, ocorrendo como outra
variedade de carbono. É uma rocha oleígena, normalmente argilosa, que contém
betume e querogênio, um complexo orgânico que se decompõe termicamente e produz
óleo e gás. Ao ser submetido a temperaturas elevadas, o xisto libera um óleo
semelhante ao petróleo, água e gás, deixando um resíduo sólido contendo
carbono. O xisto é considerado, mundialmente, a maior fonte em potencial de
hidrocarbonetos. Estes dois tipos de xistos, o betuminoso e o pirobetuminoso
tem suas peculariedades características. No xisto betuminoso, a matéria
orgânica (betume) está disseminada em seu meio e é quase fluída, sendo
facilmente extraída. No xisto (folhelho) pirobetuminoso a matéria orgânica
(querogênio) é transformada em betume e é um mineral sólido a temperatura
ambiente. O refino tradicional do xisto se obtém nafta, gasolina, óleo diesel,
óleo combustível e gás liquefeito correspondente aos mesmos derivados do
petróleo extraído dos poços. Também gera uma infinidade de subprodutos e
rejeitos do tipo calxisto, cinza do xisto, torta oleosa, finos de xisto e água
de retortagem que são aproveitados. Estes depósitos xistosos tem idade de até 400 milhões de anos
ocorrendo nos períodos do Devoniano, formação Caruá no Pará, Amazonas e
Amapá. Permiano, formação Irati no
Paraná e formação Santa Brígida, Bahia. Cretáceo, formação Maraú – Bahia,
formação Codó – Maranhão, mais Alagoas e Ceará, e do Terciário o vale do
Paraíba – São Paulo. O Brasil detém a segunda maior reserva de xisto. Amostras
doadas do jazimento e da Usina da Petrobrás de São Mateus do Sul – Paraná.
Cortesia da Petrobrás.
TOPÁZIO AMARELO
Silicato
de alumínio e flúor. SiO2
Sistema cristalino ortorrômbico. Em cristais prismáticos, terminados em
bipirâmides. Também em grandes massas cristalinas ou em grânulos
pequenos. Dureza:
8. Densidade: 2,6.
Cor do rastro: branco. Brilho: vítreo. Origem: rochas magmáticas.
Clivagem: perfeita. Fratura: irregular.
Diafaneidade: transparente a translúcido. Cores: todos os matizes do
amarelo. Nome de
batismo de uma ilha do Mar Vermelho, Topazion. Já foram emcontrados
topázio amarelos com alguns metros de comprimentos e com algumas
centenas de quilogramas. Ocorrem em Minas Gerais, Bahia e
Goiás. Um exemplar em bruto e outra lapidada.
GARIMPO DE DIAMANTE
Um acampamento de garimpeiros. Aqui, alguns garimpeiros construíram suas
choupanas e vivem ao lado das covas diamantíferas. Nesta superfície da
foto, se vê os seixos de tamanhos grandes que sobram no trabalho de
seleção na garimpagem.
GARIMPO DE DIAMANTE
Escavação
profunda para se chegar nos veios de cascalho diamantífero. Em alguns
terrenos podem haver várias camadas sobrepostas, mas só as com cascalhos
que contém o diamante é que interessa.
GARIMPO DE DIAMANTE
Nesta
engenhoca (um jigue) é derramado o cascalho mais apurado, ele é lavado e
separado em grades para reter o cascalho mais miudo e junto com o
possível diamante. O diamante por ser mais pesado é retido nestas grades
de separação ou de retenção.
GARIMPO DE DIAMANTE
Depois de
apurado nas grades de rentenção, o cascalho é lavado em três peneiras de
três malhas de grossuras diferentes. Nesta atividade o diamante pode
aparecer em qualquer das malhas, conforme o tamanho dele. A garimpagem
também pode ser direta. O cascalho vem de carrinho de mão ou em lata,
sem pedras grandes, para a beira dágua, para lavagem e apuração da gema.
GARIMPO DE DIAMANTE
No centro
deste concentrado de minerais pesados e escuros (satélites) encontra-se o
diamante. Os garimpeiros denominam satélites um ajuntamento de minerais
característicos que o acompanham e o denuncia. Em todas as regiões de
"cata", os garimpeiros usam termos curiosos para identificação dos
acompanhantes do diamante, os satélites: figo de galinha, marubé palha
de arroz, chicória, fundo, ferragem, fava, feijão, ovo de pomba e osso
de cavalo, etc. Esses nomes engraçados são minerais como o rutilo, o
tântalo, o nióbio, a turmalina negra, o anatásio, a pirita, magnetita, o
zircão, o jaspe, a cianita, a mica e a granada de várias cores.
MINÉRIO
BORNITA
Minério de cobre. Sulfeto de
cobre e ferro. Cu5FeS4. Sistema
cristalino cúbico. Denominado “minério pavão” devido a
sua coloração iridescente. Clivagem: imperfeita. Fratura: concóide. Cor:
amarelo-bronze, marron, azul, verde, violeta e púrpura. Traço: cinzento e
preto.
Brilho: metálico. Fusibilidade: fusível. Dureza: 3. Densidade: 4,9 a
5,3. Ocorrência: rara. Origem: rochas ígneas e sedimentares. A bornita
às
vezes é aurífera. Bornita provém do nome do mineralogista alemão Von
Born (1742-1791). Ocorre:
Vazante, MG. Carajás, PA. Jaguararí e Ibipitanga, BA e Caçapava do Sul,
RS. Amostras extraídas numa profundidade de 522 metros ao nível do mar
no município de Jaguararí - Bahia, e doada pela Mineração Caraíba S/A.
SELENITA
Ou gipso (gesso). Sulfato hidratado de cálcio. CaSO4.2H2O. Sistema
cristalino monoclínico. Encontrado em grandes depósitos sedimentares, formado
por precipitação a partir de águas salgadas que se evaporaram sob a influência
de um clima seco. Dureza: 2. Densidade: 2,3. Diafaneidade: transparente a
opaco. Cor: transparente, leitoso e outras nuanças de cores. Brilho: nacarado a
sedoso. Fusibilidade: fusível. Fluorescência: fluorescente. Clivagem: perfeita.
Fratura: fibrosa. Solubilidade: solúvel em água. As rosas do deserto são
agregados de cristais de gesso. O alabastro é formado de grãos muito finos e
compactos, sendo outra variedade de gipso. Ocorrem: em Codó, MA. Simões, PI.
Crato, CE. Mossoró, RN. Araripina, PE e Tomé, RJ.
HEMATITAS
O
mais importante minério de ferro. Óxido de ferro. Sistema cristalino
romboédrico. Muitas vezes formando rosetas ou massas terrosas vermelhas (ocra
vermelha). Dureza: 5,5 a 6,5. Densidade: 5,2. Clivagem: inexistente. Cor:
cinzento, metálico ou não, preto ou vermelho. Traço: vermelho. Brilho:
metálico. Fusibilidade: infusível. Ocorrência: muito comum. Origem: rochas
ígneas e sedimentares. De pouco magnetismo. Derivado de uma palavra grega que
significa sangue, em alusão a cor do mineral pulverizado. Ocorrências: Itabira,
MG. Carajás, PA e Urucum, MS. Nota: minério bruto e outro polido.
FÓSSEIS
OVO DE DINOSSAURO
E
de um saurópode (grego, sauro = lagarto + pode = pé), lagarto do pé grande,
aquele grandalhão, pescoçudo e rabudo. Estes ovos oferecem pistas sobre a vida
e o comportamento dos dinossauros. Em alguns casos os embriões estão
preservados dentro dos ovos e também achamos o filhote morto junto à casca do ovo
rompido. Era manso e herbívoro. Passava algum tempo dentro dágua para descansar
e sustentar tamanho gigantismo e ainda comer plantas no fundo de lago ou mares.
Este era o tamanho de seus ovos para animais gigantescos como o Titanossauro uberabensis
(grego, titan = enorme e sauro = lagarto) lagarto gigantesto. Os peixes atuais
também desovam numerosos ovos e diminutos. Idade além dos 65 milhões de anos a
idade do Cretáceo. A minha mão sustenta um ovo.
OPALA
Óxido
de silício hidratado endurecido, normalmente contendo de cinco a dez por centro
de água. SiO2.nH2O. Portanto ela não é cristalina, diferentemente da maioria das gemas ela
pode secar e rachar. A origem do nome opala é uma palavra sânscrita, upala, que
significa pedra preciosa. Existem muitas
variedades, as gemas preciosas ou nobres, as iridescentes, as de fogo, as
opacas, as porcelanizadas e outras mais. Estrutura cristalina amorfa. Dureza:
6. Densidade: 2,10. Brilho: vítreo, mate, terroso, ceroso. Transparência:
transparente, translúcido e opaco. Clivagem: nenhuma. Fratura: concoidal,
estilhaçada. Cor do traço: branco. Luminicência: branco, amarelo-esverdeado e
verde. Origem e ocorrência: hidrotermal em rochas vulcânicas. Alguns fósseis
possuem opalização. Ocorrem em Pedro II, Piauí e Austrália.
FÓSSEIS
MEANDRINA
Coral
colonial, massivo, com coralitos densamente empacotados, uns contra os outros.
Estes organismos viveram em ambientes marinhos bentônicos, de pouca
profundidade e costeiro, em águas claras, límpidas e quentes, carbonatadas e
com salinidade normal. Os cnidários (corais) são os primeiros animais dotados
de tecidos organizados, chamados de histozoários. Eles possuem, inclusive,
alguns esboços de órgãos e sistema. Distribuição estratigráfica: Ordoviciano ao
Devoniano. Distribuição geográfica: latitude, entre 32° sul e até 35° norte.
Longitude, ao longo dos 360°. Os cnidários, ou seja, os corais, pertencem a
classe dos moluscos marinhos, aí incluídos os polvos, as lulas, os nautilus e
chocos. Encontradas nas regiões da Europa, Indía Ocidental e Brasil.
FÓSSEIS
CARDOCERAS
Uma concha
do gênero das
amonitas. O nome deste cefalópode (grego, cefalo=cabeça e pode=pé) era
por que tinham os pés e a cabeça juntos. Já amonita vem de Amon,
divindade egípcia, rei dos deuses. Amon era retratado como um homem com
os chifres de carneiro
enrolado e saindo dos dois lados de sua cabeça. As primeiras conchas de
amonites apareceram no
Devoniano. O tamanho do Cardoceras variava de menos um centímetro a dois
metros. Esta espécie apareceu no Jurássico e extinguiu-se no Cretáceo.
Estes
fósseis são também chamados de fósseis-índice ou fósseis-guias, pois
indica a
idade das rochas. Esta parte da paleontologia é o estudo da
bioestratigrafia.
Em alguns deste fósseis a parte preta foi petrificada por ferro, está
piritizada por sulfeto de ferro.
FÓSSEIS
MADEIRA PETRIFICADA
Ou tronco de árvore que sofreu
fossilização. Também pode se dizer que silificou ou agatizou. A fossilização
(petrificamento) se dá especialmente pela substituição do carbono presente na
celulose por sílica. Neste caso houve um processo de transferência mineral, a
qual provocou uma silificação, gerando uma pseudomorfose. A pseudomorfose é a
transformação do tronco em fóssil. Não há mais madeira, só o fóssil característico
de madeira, porque houve a perda de material orgânico original por um
preenchimento de sílica, sem alteração da originalidade.
Depois de 200 milhões de
anos, este espécime paleobotânico conserva todas as características de árvore
viva, a estrutura molecular, os anéis de crescimento, a casca, as raízes, os
nós, o miolo, etc. Há florestas e ou troncos de árvores por todo o mundo. Em
Mata e São Pedro do Sul, Rio Grande do Sul, existem bosques fósseis.
ALABASTRO
Sulfato hidratado de cálcio.
O alabastro é uma variedade maciça, finamente granulada, branca marmórea do
gipso. Transparência: translúcida a opaca. Cores: branca, incolor, rosa,
acastanhada e amarelada por causas de impurezas. Esta rocha é facilmente
tingida devido a sua elevada porosidade. Dureza: 2. Densidade: 2,3. Cor do
traço: branco. Fusibilidade: fusível. Brilho: usualmente vítreo, mas também
nacarado e sedoso. O alabastro é o primo nobre do mármore. Usa-se em joalheria,
estatuetas, lustres, luminárias, lavatórios, balaustres, colunatas e escadarias.
Desde a antiguidade se usa o alabastro nos mais belos trabalhos artísticos. É
uma rocha sedimentar.
GEMA ORGÂNICA
ÂMBAR
Sistema cristalino amorfo. O
âmbar é uma resina fóssil, petrificada, de coníferas Pinus succinifera, da era
Mesozóica formado há aproximadamente 50 milhões de anos. O âmbar é encontrado
principalmente no hemisfério norte (algumas regiões) onde na pré-história,
havia florestas de pinus e coníferas. Composição química: C10H16O. Uma mistura de hidrocarbonetos. É uma gema não mineral de
origem biológica ou mineralóide. Cor: amarelo-mel, amarelo-acastanhado, vermelho-acastanhada,
castanhado, azul, verde, preto e leitoso. Já foi encontrado âmbar com até 10
kilos. Traço: branco. Dureza: 2 a 2,5. Densidade: 2,5 Clivagem: não há. Fratura:
concóide. Transparência: Transparente, translúcido e opaco. Fluorescência: azul
claro a amarelo. Brilho: resinoso e mate. Pode conter em seu interior, restos
de plantas, insetos e pequenos invertebrados e vertebrados. No mar, água salgada, ela bóia. Usa-se em joalheria
e para colecionadores.
VARISCITA
Fosfato hidratado de
alumínio. Sistema cristalino ortorrômbico. Cor: esverdeado, azul-esverdeado e
incolor. Brilho: vítreo, nacarado. Transparência: translúcido a opaco. Traço:
branco. Dureza 4 a 5. Densidade: 2,5. Clivagem: boa. Fratura: irregular.
Formação morfológica: cristais isométricos, agregados botrioidais, nódulos,
incrustações e maciços. Ocorrências: hidrotermal nas fissuras das rochas
sedimentares, rico em alumínio e fósforo e também em depósitos de fosfatos. A
variscita é um mineral maciço, verde-azulado, assemelhando-se algo a turquesa.
QUARTZO AZUL
Sistema cristalino hexagonal
e trigonal. Óxido de silício. Agregado de quartzo de granulação grossa. Cor:
azul marinho forte a azul claro. Cor do traço: branco transparente. Brilho:
embaçado, ceroso. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Clivagem: não há. Fratura: lascada
e irregular. Transparência: opaco. Inclusões de rutilo e de crocidolita, um
mineral que contém sódio, que dá a cor azul. Rocha magmática. Uso: adorno e
decorativa.
QUARTZO RÓSEO
Sistema cristalino hexagonal
e trigonal. Óxido de silício. Cristalino de granulação grossa, mas usualmente
sem forma geométrica. Cor: rósea intensa, rósea pálida. Tem esse nome devido a
sua cor. O agente corante pode ser o titânio. Cristalino de granulação grossa,
mas usualmente sem forma geométrica. Brilho: vítreo. Cor do traço: branco
transparente. Fusibilidade: infusível. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Clivagem: não
há. Fratura: concóide. Transparência: transparente, translúcido a opaco.
Fluorescência: fraca, violeta escuro. Rocha magmática. Frequentemente com
fissuras. Uso: adorno e decoração.
BERILO
Silicato de alumínio e
berílio. Sistema cristalino hexagonal. O berilo não gemológico é minério de
berílio. As gemas verde (esmeralda), azul (água-marinha), amarelada
(heliodoro), rosa (morganita), transparente (goshenita) e vermelho salmão (bixbita),
são todos minerais (gemas) do berilo. Brilho vítreo a mate. Transparência:
transparente, translúcido e opaco. Dureza 7,5 a 8. Densidade: 2,6. Traço branco
ou incolor. Clivagem imperfeita. Fratura: irregular a concoidal. Resistente à fusão. Ocorre em rochas magmáticas.
AVENTURINA
Óxido de silício. Sistema
cristalino hexagonal. É uma das variedades cristalinas de granulação grossa do
cristal. Um cristal verde. Inclusões de mica e hematita dão a cor verde. Dureza
7. Densidade 2,6. Clivagem não há. Fratura: concóide, estilhaçada.
Transparência: opaco. Fluorescência: não há. Rocha magmática. Seu nome é devido
a descoberta deste mineral em uma aventura nas montanhas italianas (all’
avventura).
SODALITA
Silicato de alumínio e sódio
com cloro. Sistema cristalino cúbico. Seu nome sodalita é devido ao teor de
sódio. Sua característica é ser uma rocha. Dureza 5,5 a 6. Densidade 2,3. Cor
do traço: branco transparente. Clivagem perfeita. Fratura: desigual, concóide.
Transparência: transparente a opaco. Fusibilidade: fusível. Brilho vítreo e
graxo. Contêm manchas de calcita branca leitosa. Utilizada em joias e adornos.
Ocorre: Brasil, Índia, Itália e Namíbia.
LÁPIS-LAZÚLI
Silicato de alumínio e sódio com enxofre.
Sistema cristalino cúbico. O lápis-lazúli é uma rocha e seu nome é derivado do
latim e árabe significando pedra azul. Tem agregado diversos minerais: augita,
pirita, hauynita, calcita, diopsídio, mica, hornblenda, lazurita. Cor do
rastro: azul. Brilho vítreo a graxo. Cor. Azul celeste intenso. Transparência:
opaco. Dureza: 5 a 6. Densidade: 2,7. Clivagem: imperfeita. Fratura irregular a
concoidal. Usos: joalheria e peças de adorno e para colecionadores. Ocorrências: Afeganistão e Chile.
ALABASTRO NÃO É ÔNIX
Existe
no mercado de luxo e de antiguidade um conceito errado e enganador em apresentar
uma rocha lindíssima que é o alabastro como sendo ônix. Esses dois produtos
minerais nada têm em comum entre si. São dois minerais totalmente diferentes em
sua constituição: o alabastro foi constituído por sedimentação microscópica de
cálcio ou gipso (por um tempo longo e com mansidão) e a seguir sofrendo
metamorfose, transformando nessa rocha de beleza fascinante. É o primo nobre do
mármore, porém sua dureza é mais baixa, indo de 2 a 3 na escala de Mohs. O
mármore é de dureza 5. Já o ônix é um mineral ígneo, negro, opaco, oriundo do
vulcanismo (quentura, pressão, violência e rapidez), de dureza 7, fazendo parte
da família da calcedônia, ágata, crisoprásio, jaspe, sílex, cornalina,
heliotrópio, chert, prásio e sardo. Enquanto o alabastro tem a composição
química predominantemente de sulfato de cálcio hidratado (CaSO4.2H2O), o ônix é composto de dióxido de silício (SiO2) sendo, portanto, duas naturezas
químicas completamente diferentes. Os ácidos corroem o alabastro e nada atinge
o ônix. O alabastro é riscado por um canivete e o ônix não. O alabastro ocorre em rochas de grandes jazimentos, e sua
cor e tonalidade é de um translúcido suave, podendo ser esbranquiçado,
amarelado ou esverdeado. Possuem trincas naturais, defeitos próprios de
rachaduras (brechas) e manchas que dão peculiaridade a sua beleza inigualável.
É utilizado comercialmente para tampo de mesas, de escrivaninhas, lustres,
candelabros, abajures, estatuetas, taças, pórticos, balaustres, colunatas, pias
de banheiro, e no acabamento dos mais belos palácios. É aproveitado também na
confecção de jóias. Já o ônix é um mineral de pequenas porções, achado solto e
disperso, junto com outros minerais da sua categoria (ágata, sílex, calcedônia,
etc.). O ônix é utilizado para a confecção de pequenos trabalhos como
estatuetas e camafeus, sendo na joalheria lapidado para se produzir cabochãos e
peças para colares, terços, pulseiras e outros objetos. Uma “turma” de
gemólogos classifica a calcedônia branca (leitosa), marron ou bege e com faixas
ou listas (de qualquer cor), retas e paralelas ou com curvas, como sendo ônix.
Só que todos sabem que o ônix é uma “pedra” preta, negra. Nunca vi e nem tomei
conhecimento de alguém usar no dedo uma pedra leitosa e com linhas, e dizer que
é ônix. E nem as vitrinas de joalherias exibam tamanha discrepância. Há
disparidades gemológicas. Portanto, não há como confundir uma rocha translúcida
e cremosa e ao mesmo tempo sedosa e de brilho acetinado ocorrendo em variadas
tonalidades e em contrapartida com o ônix, que é uma pedra negra, duríssima,
opaca e de brilho ceroso, diminuta em tamanho e localizado raramente em
pequenos achados, e tendo distribuição em quase todas as regiões da Terra. Em
tempos passados a jóia de ônix representava o luto. Não esqueçamos que os
egípcios utilizavam há uns 5.000 anos o alabastro e o ônix. E as jóias de ônix
dos faraós eram ônix pretos. E a Bíblia Sagrada refere-se a uns 30 minerais, aí
incluídas algumas rochas, metais, metais preciosos e gemas. No livro Sacro,
além do ônix, é citado o crisoprásio, ágata, jaspe e o sardo que são da mesma
família ou grupo do ônix. E para o mercado internacional já existe
mármore-ônix, nome comercial para um tipo de mármore bandado. E o ônix que
abundam o mercado, nada mais é que ágata tingida de cor preta.
PETRÓLEO, O ÓLEO DE
PEDRA.
Petróleo
é uma palavra latina “petroleum” petra + oleum que quer dizer “óleo de pedra”.
Talvez por que quando foi descoberto aflorando à superfície através de fendas
no solo, vindo de rochas profundas, daí o termo óleo de pedra. Já que naquele
tempo só se usavam óleos vegetais e animais. “Petróleo bruto” ou “óleo cru” é a
mesma coisa, é o petróleo em seu estado natural como sai da terra. Os
hidrocarbonetos como também são conhecidos, é constituído principalmente por
carbono e hidrogênio. Quanto ao petróleo, ele pode ser líquido, em forma de
asfalto, piche, betume ou alcatrão. Também identificamos dois compostos
intimamente relacionados, o gás natural, também conhecido como metano e o óleo.
E há os sólidos como os xistos betuminosos. Esta substância é tão velha que o
Antigo Testamento, há mais de 2.000 antes de Cristo, em
Gênesis 6:14, Noé, sob orientação divina, construiu a Arca
de Noé, toda de madeira e a selou com “piche”. Os egípcios também usavam o
alcatrão, piche e betume para mumificação de seus mortos.
Quando fazemos a destilação do petróleo, numa
torre de destilação atmosférica, em fornalha de 400°C, apuramos por etapas
decrescente de graus até o topo da torre que estacionará em 20°C, uma profusão de materiais inflamáveis.
Resíduos pesados de refinação, como o óleo diesel pesado, cera parafínica,
graxas e asfalto ocorrem em 400°C.
Em 350 a 250°C, aparece o gasóleo transformado em
combustível para motores diesel e caldeiras. De 250 a 160°C, acontecem os querosenes para jatos e óleo de
calefação. Nos graus 160 a 70°C, surgem à nafta, transformada em plásticos,
gasolina e outras substâncias químicas. E em 70 a 20°C, se extraem a gasolina e matéria prima para
plásticos. E na constância dos 20°C,
aparecem os gases para refino que são o metano, etano, butano e propano. E o
que mais me intriga deste hidro+carbono, do grego, líquido+carbono = que é o
petróleo líquido, é, como ele foi feito nas profundezas da Terra? Há duas
polêmicas, uma antiga e outra mais recente para conceber o aparecimento do
petróleo nas entranhas do solo. Alguns cientistas e geólogos acreditam em
deposição de detritos biológicos, acumulados e enterrados em bacias
reservatórias e conservadoras ao longo dos tempos. Com o passar das eras
geológicas, formou-se o petróleo, óleo e gás, ou hidrocarbonetos. Mas existe
outro grupo de cientista e geólogos (eu endosso este grupo), que acreditamos,
os hidrocarbonetos eram um dos componentes minerais que constituiu as rochas no
interior da Terra, quando da formação, por meio da acrescentação de sólidos. Ou
ainda, pela mineralização proveniente da decomposição de carbonatos metálicos
em contato com a água superaquecida. Segundo essa teoria, os elementos do
petróleo já estavam nas profundezas do planeta, desde a origem da Terra.
Raciocine, tente entender e depois me fala. Nestes últimos 150 anos extraíram-se tanto óleo e gás, que creio,
eu pessoalmente, que o planeta Terra esteja encolhendo ou se deformando. Só a
cidade de São Paulo nestes cento e tantos anos quanto de asfalto gastaram para
asfaltar suas ruas e avenidas. E soma novamente os tapas buracos e
recapeamentos. Agora, contamos todas as cidades e as rodovias do mundo. É muita
“lama preta” que saiu e continua saindo das profundezas de nossa Terra. E
podemos acrescentar os derivados do petróleo, plásticos de todos os tipos,
adubos, tintas, remédios, combustíveis, graxas e mais de 4.000 produtos derivados do petróleo. Creio que o
planeta está emagrecendo ou tomando uma forma alterada. É possível. E o
petróleo não vai acabar tão cedo, um dia acaba, acho, mas ele está aparecendo e
acumulando de novo na “capa” da Terra. E em todos os terrenos e mares do mundo.
OBSIDIANA
Ou vidro
vulcânico. É um vidro natural. Óxido de silício. É formada pela lavra
vulcânica que esfriou muito rápido para que ocorresse uma critalização
significativa. É amorfo sem crivagem. A fratura é concóide. Dureza 5 à 5,5. Densidade: 2,5.
Brilho vitrio. Translúcido a opaco. Não há fluorescência. Cores: preta,
castanha, parda, cinza, verde, azul e vermelha. Pode ser listrada ou
manchada. A obsidiana é encontrada em áreas onde há ou já houvera
atividades vulcânicas. Seu nome é devido a um romano - Obsius. Nos
tempos pré históricos foi usada como ponta de flechas, adagas, armas,
navalhas, facas e ferramentas. Hoje é usada na joalheria.
FÓSSEIS
CALAMITA
Calamita
(latim, calamus = cana), do gênero conhecida hoje como cavalinhas. As
calamitares foram esfenófitas heterósporas arborecentes. Foram comuns em
terrenos pantanosos em várias partes do mundo, mais as espécies atuais
não passam de um metro. As calamitas das florestas do carbonífero
atingiam até 30 metros de altura. Este fóssil apresenta os caules externos e internos com sulcos longitudinais.
FÓSSEIS
AMONITAS
Pertence a
um grupo mundial de amonóides, conhecido como ammonites. Esta espécie
chama-se Arnioceras. Comum no jurássico. Este modelo tem nervuras fortes
e lisas, curvadas até a quilha. Tamanho desde alguns centímetros até um
metro. Pesava até 100 kilos. Alimentação carnívora. Viviam em mares e
lagos. Invertebrado. Evoluíram e diversificaram no mesozóico e
extinguiram no período cretáceo. Já foram descritos mais de dez mil
espécies. É um antepassado do nautílus Chambered que existe ainda, mais
que permanece inalterado. Localização: América do Sul e do Norte,
Europa, Ásia e África. Usavam os tentáculos como pés para se
deslocarem.
FÓSSEIS
ORTHOCERES
Orthoceras é uma espécie e
faz parte de um grupo de animais marinhos comos os caracóis, lesmas, ostras,
mariscos, polvos e lulas. Seu nome quer dizer em grego, chifre reto, Orto =
reto ou certo ou perfeito e Ceras = chifre. O fóssil hoje, nada mais é do que
uma concha cônica e longa. Antigamente nos mares pré-históricos este animal e
outros tinham sua cabeça e seus pés juntos (e um olho grande) na boca da
concha. Por isso são chamados de Cefalópodes que em grego quer dizer, Céfalo =
cabeça e Pode = pé. Fósseis deste animal tem uma ampla distribuição geográfica,
ocorrendo em rochas marinhas calcárias. O tamanho de seu comprimento era a
partir de 1 centímetro a uns 15 metros. Alimentava de pequenos animais. O
estilo de vida destes são uma incógnita. Não eram bons de natação, mas eram
predadores. Viveram do período ordoviciano até o período triássico.
FLUORITA
Fluoreto de
cálcio. Sistema cúbico. O fenômeno de fluorescência recebeu este nome à
partir da fluorita. Clivagem perfeita. Traço branco. Brilho vítrio.
Fusível. Ocorre em rochas sedimentares, metamórficas e magmáticas.
Aparecem em várias tonalidades. Dureza 4. Densidade 3,2.
Transparente a opaca. Fratura lisa concóide. Ocorrências: Januária e
Vazante, MG. Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima e Urussanga, SC. Cerro
Azul, PR. Quixadá e Solonópole, CE. Currais Novos, RN. Tanguá, RJ.
ZOISITA
Um
silicato de alumínio e cálcio hidratado. Sistema cristalino ortorrômbico.
Dureza 6,5 a 7. Densidade 3,5. Brilho vítreo e nacarado. Opaco. Hábitos maciço,
compacto e colunar. Fusão: fusível. Ocorre em rochas magmáticas e em xistos
cristalinos por metamorfismos. Clivagem perfeita. Fratura irregular e concóide.
Traço: branco. Cor: cinzenta, amarelada, verde, violeta a róseo. Este exemplar
contém uma mancha de rubi e hornblenda negra. Usos: colecionadores e joalheria.
Ocorrências: Áustria, Noruega, Quênia e Tanzânia.
RODOCROSITA
Carbonato
de manganês. Sistema trigonal hexagonal. A rodocrosita tem sua cor rosa devido
ao manganês. Dureza 4. Densidade 3,6.
Translúcido a opaco. Brilho vítreo a nacarado. Clivagem perfeita.
Rastro branco, rosa e laranja. Fusão: Infusível. Fratura concóide.
Ocorrências: rochas sedimentar e metamórfica. Usos: joalheria,
ornamentação e colecionadores. Jazimentos: São Gonçalo - MG, Serra do
Navio - AP,
Jacobina e Urandi - BA e Carajá PA.
JADE ROSADO
Silicato
de alumínio e sódio. NaAl(SiO6). Sistema monoclínico. O jade é também o nome dado a dois
minerais diferentes: um, a Jadeíta, composta de cristais de piroxênio. O outro,
a Nefrita, composta de cristais de anfibólia, sendo esta última muito mais
comum. O jade é mais ou menos translúcido, mas nunca transparente. Dureza 6,5 a
7. Densidade 3,3. Cores: vários matizes de verde, lilás, branco, rosa, marron,
vermelho, azul, preto, laranja e amarelo. Brilho: vítreo a graxo. Translúcido a
opaco. Traço: branco. Fratura: irregular estilhaçada, muito tenaz. Rocha
metamórfica. Os corantes são o ferro e o cromo. As civilizações Andina, Asteca
e Inca utilizavam o jade retirado da Guatemala. Utilização: adorno, decoração e
estatuária. Ocorrências: Miamar, China, Tibete, Japão e México.
CRISTAL DE ROCHA NEGRO
Raríssimo.
Um cristal de rocha com tintura negra ou preta. Diferencia de seus
irmãos de
cores, como o cristal incolor (transparente), hialino (puríssimo como o
vidro),
leitoso (como o leite), citrino (amarelo cítrico), violeta (ametista),
róseo (rosado) e morion (marron) e outras tantas variedades. O nome
“cristal” vem da palavra
grega krystallos, significando gelo, pois pensava-se que o cristal era
gelo
formado pelos deuses. Cristalografia: trigonal. Dióxido de silício.
Dureza 7.
Densidade 2,6. Brilho vítreo. Não é fusível. Qualidade: incolor, transparente e
opaco. Clivagem fraca. Fratura concóide. Encontrado em todo o mundo, mas as
jazidas mais importantes estão no Brasil.
ESMERALDA
Ou berilo, é um silicato de alumínio e de berílio, que constitui,
aliás, um minério de berílio. O cromo e o vanádio são as substâncias corantes.
Magmática, encontram-se em xistos, pegmatitos e aluviais. As esmeraldas quase
sempre possuem jaças e trincas. Cor: todas as nuances do verde. A maioria das
esmeraldas em joias históricas são das minas de Cleópatra no Egito. Dureza 7,5 a 8.
Densidade 2,7. Brilho vítreo a mate. Traço: branco. Qualidade: transparente,
translúcido e opaca. Cristais prismáticos compridos e tubulares e agregados
colunares. Ocorrências: Minas Gerais, Bahia e Goiás.
GRANADA
Silicato
de cálcio, magnésio, ferro e alumínio. Sistema cúbico. Cristaliza-se em
dodecaedros romboidais e trapezoedros. Fluorescente. Clivagem inexistente.
Fratura concóide, quebradiça e irregular. Brilho vítreo e resinoso. Dureza 7,5.
Densidade 3,4 a 4,3. Fusão: Infusível. Rochas ígneas e magmáticas. Transparente
a opaca. Todas as cores menos o azul, incluindo o incolor. Traço branco.
Numerosas variedades são usadas como gemas. Origem: Coromandel, Estrêla do Sul,
Romaria e Timóteo, MG. Igarapava, SP. Acarí, RN. Canindé, Quixadá e Tauá, CE.
FUCHSITA
Grupo
dos silicatos, constituídos basicamente de alumínio, sódio ou potássio e muitas
vezes por ferro e magnésio. Sistema cristalino; monoclínico.
Variedade
da muscovita rica em cromo (mica verde). Dureza 2,5. Densidade 3. Risco: branco
ou incolor. Fratura irregular. Cor: verde erva a verde esmeralda, opaca. Rochas
magmática e metamórfica. Brilho vítreo a sedoso. Mica do latim micare
(brilhar). Tem o nome do mineralogista alemão J.N.von Fuchs. Ocorrem: Caiana,
Coronel Murta, Conselheiro Pena, Divino das Laranjeiras, Governador Valadares,
Linópolis, São José da Safira, Teófilo Otoni e Virgem da Lapa, MG. Cajati e
Jacupiranga, SP. Anagé e Campo Formoso, BA.
TURQUESA
Fosfato
de alumínio e cobre. CuAl6(PO4)4(OH)84H2O. Sistema triclínico. Brilho: Vítreo e ceroso, opaco. Cor: azul celeste a azul-esverdeada e verde. Dureza: 6. Densidade 2,8.
Traço branco. Fratura
concóide e irregular. Clivagem boa. Fusibilidade: infusível. Origem:
rocha magmáticas e sedimentares, ricas em alumínio. Usos: como pedra
preciosa, cabochão e estatuetas. A turquesa pode conter veios (manchas)
superficiais de
cor parda ou negra. A palavra turquesa vem do francês significando
turco, já que as turquesas vinham da turquia, oriundas da Pérsia.
Ocorrências: Irã, Afeganistão, China, Austrália e Tibete.
ÔNIX
É
uma variedade criptocristalina de dióxido de sílica. Estrutura cristalina
trigonal. Sem formas geométricas uniformes. Apresentam-se em volumes pequenos,
soltos e avulsos. Da família das calcedônias e ágatas. Dureza 7. Densidade 2,6.
Fratura concoidal. Clivagem inexistente. Rastro incolor. Origem: rochas
magmáticas. Fusibilidade: infusível. Cor: gorduroso sem brilho. Usos: jóias,
adorno e uso de toque em joalheria. Para uns gemólogos o ônix é negro, para
outra turma o ônix é de cor leitosa estratificada, com camadas dispostas em
planos ou faixas paralelas. Ocorrências: Uberaba, MG. Soledade, RS.
CRISOPRÁSIO
Outra variedade
criptocristalina de dióxido de sílica. Grupo dos óxidos. Estrutura cristalina
trigonal. Cor: verde maçã translúcida. Dureza 7. Densidade 2,6. Brilho vítreo e ceroso. Clivagem
nenhuma. Fratura concoidal a irregular. Fusibilidade: infusível. Rastro
incolor. O corante que da a cor verde maçã é o silicato de níquel. É a
variedade mais preciosa da calcedônia. Origina-se das rochas magmáticas. Pertence
a numerosa família das ágatas e calcedônias. São encontradas soltas, avulsas e
em pequenas amostras, juntamente com suas irmãs, jaspe, sílex, ônix, cornalina
e ágatas. Já eram usadas pelos gregos e romanos como pedras preciosas e
lapidadas como camafeu e cabochão.
PEDRA POMES
Ou
pomito, têrmo latino que significa "espuma". Silicato de alumínio
amorfo com 70,5%, dióxido de silício e 13,5%
de óxido de alumínio. Rocha proveniente de um vulcanismo intenso.
Apresenta
uma estrutura esponjosa, por ter tido um resfriamento rápido em um tipo
de lava
rica em gases. A cor é geralmente branca, cinzenta, amarela, marron e
negra. A rocha preferida que as mulheres usam na cosmética. É
a única pedra que flutua na água. Dureza: 5,5. Densidade: 2,3 e ponto de fusão:
1710° C.
ELEMENTO NATIVO
ENXOFRE
Dureza
1,5 a 2,5. Densidade 2. Fusível a 119°
C. Tato ceroso ou resinoso, pouco
resistente e quebradiço. Cor amarelo a castanho. As jazidas são
encontradas nas
bordas das crateras dos vulcões extintos ou ativos. Em acúmulos
sedimentares
associados ao sal, ao gesso e a anidrite. Também pode estar associado a
alguns
tipos de petróleo, em depósito de argilas e jazigos betuminosos (xisto
betuminoso e carvão mineral). Também é extraído dos sulfetos de cobre,
zinco e ouro. Cor do rastro:
branco. Origem: rochas ígneas e sedimentares. Existe em Iporanga-SP,
Siriri-SE, Chapecó-SC
e Paraúna-GO.
ÁGUA MARINHA
Silicato
de berilo e alumínio. Cristais hexagonais. Seu nome é devido a sua cor
semelhante à água do mar. Cor: do azul pálido ao azul intenso e com
tonalidade esverdeada. A substância corante é o ferro. Dureza 7,5 a 8.
Densidade 2,80. Clivagem perfeita. Traço branco. Brilho vítreo. Diafaneidade: Transparente a
translúcido. Ocorre em Araçuai, Minas Novas, Salinas e Teófilo Otoni, MG.
CALCITA LARANJA
Carbonato
de cálcio. Sistema trigonal. Descobriu-se primeiramente na Islândia, daí o nome
de “espato de Islândia” Dureza 3. Densidade 2,8. Brilho vítreo e nacarado.
Transparente a opaco. Traço branco. Fratura concóide, quebradiça. Clivagem
perfeita. É fluorescente. Cores: branco, cinzento, amarelo, pardacenta,
incolor, verde e avermelhada. Infusível. Birrefrigente reproduz um objeto em
duas imagens. Origina-se nas rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares. Ocorre
em Araxá, Lagoa Santa e Palmeiras dos Indios MG, Jacupiranga SP, Campos RJ,
Camburiu SC, Ubajara CE e Brejões BA.
MAGNETITA
Óxido
de ferro. Isométrico-hexaoctaédrico. Dureza 6. Densidade 5,2. Brilho metálico.
Traço negro. Frequentemente em cristais de hábito octaédrico, geminado
ocasionalmente. Rochas magmática, metamórfica e sedimentar. Altamente
magnético, um imã natural. Fratura inexistente. Fusibilidade: Infusível. Ocorre
em Jaguaraçu e Santa Bárbara MG.
DIOPISÍDIO
Silicato
de cálcio e magnésio. Sistema monoclínico em geral colunares com secção quase
quadrada. Rocha metamórfica. Dureza 5 a 6. Densidade 3,4. Às vezes transparente
a opaco. Brilho vítreo a mate. Cores branca, cinzenta, castanha, verde, amarela
e violeta. Clivagem perfeita. Traço branco. Fratura irregular, áspera.
Resistente à fusão. Ocorre em Araçuaí, Bom Sucesso, Conceição do Serro, Córrego
Setúbal, Malacacheta e Salinas MG.
MICA
Aluminossilicato
básico de potássio com flúor. Sistema cristalino: monoclínico. Composição química: KAl2(AlS2O10)(OH)2. Clivagem:
extremamente perfeita, permitindo o desdobramento do mineral em fôlhas
muitíssimo finas. As lâminas são muito flexíveis e elásticas. Dureza: 2 a
2,5. Densidade: 2,70 a 3,10. Brilho: vítreo, sedoso ou nacarado.
Diafaneidade: transparente e incolor nas fôlhas delgadas. Cores; branco,
esverdeado,
amarelado, rosado e cinzento. Em blocos mais espessos, translúcida, com
matizes claros do amarelo, castanho, verde e vermelho. Formam cristais
tubulares, agregados lamelares e escamosos. Traço branco ou incolor.
Rocha
metamórfica. Fusibilidade: resistente à fusão. Ocorre em Governador
Valadares MG, Currais
Novos RN, Vitória da Conquista BA, Goianésia GO, Juquitiba SP e Barra
Mansa RJ. Nome antigo para malacachêta.
CIANITA
Do
grego kyanos, azul. Silicato de Alumínio. Sistema triclínico. Dureza 4,5 no
sentido do comprimento do cristal e 7 na direção do eixo menor. Densidade 3,6.
Brilho vítreo a nacarado. Transparente a translúcido. Cores de azul anil,
esbranquiçada e incolor. Clivagem perfeita. Traço branco ou incolor. Rocha
metamórfica. Infusível. Ocorre em Andrelândia, Cianita, Congonhas, Diamantina e
Itabirito MG.
ARAGONITA
Seu
nome é devido a Aragon, região da Espanha. Carbonato de cálcio. Sistema
ortorrômbico. Dureza 3,5 a 4,5. Densidade 3. Brilho vítreo e resinoso. Traço
branco. Infusível. Frequentemente fluorescente. Geralmente incolor, branca,
cinzenta, creme ou amarela pálida. Transparente a opaca. É sedimentar e também
metamórfica. Ocorrências em Iporanga-SP, MG, GO, e TO.
SERPENTINITA
Silicato
de magnésio hidratado por metamorfismo hidrotermal.Tanto é nome de uma espécie
de mineral, como para a rocha por ele formada. Dureza 3,4. Densidade 2,6.
Brilho e tacto ceroso ou gorduroso. Opaco. Traço branco. Fratura irregular,
quebradiça. Rocha metamórfica. Certos exemplares alterados podem ser terrosos.
Rocha conhecida por serpentina ou serpentinita. Pode ser ricamente colorida com
vermelho, verde, rosa choque e outros matises. Não é fuzível. Usado como
revestimento de decoração e peças de enfeites e esculturas. Ocorre em
Sacramento-MG.
APATITA
Do grego, enganar. Fosfato de
cálcio. Sistema cristalino hexagonal. Quando contém fluoreto, é
denominado fluorapatita (a variedade mais comum). Se contiver cloro, tem
o nome de cloropatita. No caso de hidróxido, chama-se hidroxiapatita.
Ocorre sob a forma de belos cristais de cores variadas, às vezes bem
grande. Fluorescente. Transparente a translúcida. Clivagem imperfeita.
Traço branco. brilho vítrio. Fusibilidade: resistente à fusão. Ocorre em
rochas sedimentares, hidrotermais e ígneas. Dureza 5, densidade 3,2.
Ocorrências: Araxá, Conselheiro Pena, Serra do Salitre, São José da
Safira e Tapira, MG. Catalão, GO. Araçoiaba da Serra e Jacupiranga, SP.
Anitápolis, SC. Equador, RN. Ipirá, BA.
JASPE
Dióxido
de silício. Estrutura cristalina trigonal. Um cristal granular
criptocristalino. Sem forma geométrica definida, apresenta-se em formas densas
e compactas, soltas e avulsas nos jazigos silicosos (seixos). Fratura
concoidal. Brilho baço, ceroso e gorduroso. Dureza 7. Densidade 2,6. Clivagem:
nenhuma, com aspecto áspero na superfície. Rochas magmáticas. Uso: adorno e
estatuaria. Cores: branco, vermelho, verde, amarela, cinza, marron e preta
(lidita). Ocorrências: MG, BA, GO, PR, SC e RS.
AS QUATRO PEDRAS MAIS PRECIOSAS
Consideradas
por alguns como as quatro pedras
mais preciosas, o diamante, a esmeralda, o rubi e a safira. Talvez estas
quatros belas gemas, ganharam estes títulos de exclusividade por suas
raridades,
belezas e cores únicas. E também por sua manipulação por grandes
joalheiros e
comerciantes controladores do comércio destes minerais no mundo. As
outras
inúmeras gemas passaram a serem reconhecidas como pedras semi-preciosas
por
comerciante alienígenas no intuito de depreciá-las comercialmente. Nem
os
franceses usam expressão tão chula de “semi”, preferindo a denominação
de gemas
“finas”. Para o “limbo” foram centenas de outras pedras preciosas,
muitas raríssimas,
belas, exclusivas, valorizadas e de cores genuínas. Nesta categoria
figura a
água-marinha, a albita, a ambligonita, a ametista, a andalusita, a
apatita, a
axinita, a benitoíta, a brasilianita, a cianita, o citrino, o
crisoberilo, a
datolita, o diopsídio, o dioptásio, a dravita, o epídoto, o espinélio, o
espodumênio,
o euclásio, a fenacita, a fluorita, a fosfofilita, a goshenita, a
granada, a
hauyna, o heliodoro, a hidenita, a indicolita, a iolita, a kunzita, a
morganita, o morion, a olivina, o ortoclásio, a petalita, a rubilita, a
tanzânita,
a titanita, o topázio amarelo, o topázio azul, o topázio imperial, a
turmalina,
a zoisita, e muitas outras mais. E para outro patamar periférico, mais
depreciativo, foram as opacas. Muitas delas são sui-generis, preciosas,
belas,
raras e também valiosas; o alabastro, a amazonita, a aragonita, a
azurita, a
barita, a crisocola, o crisoprásio, a dolomita, a dumortierita, a
howlita, o
jade, o jaspe, o lápis-lazúli, a malaquita, o ônix, a opala, o
ortoclásio, a
prehnita, a rodocrosita, a rodonita, a sodalita, a turquesa, etc.. Há 50
anos
atrás, Hans Stern tornou-se grande joalheiro e comerciante de pedras
finíssimas
com a criação da “H Stern”, uma rede de joalherias espalhadas pelo
mundo. Ele profetizou uma máxima em gemologia, "que não existe pedras
semi preciosa, desde que fossem puras e bem lapidadas, são preciosas".
Eu penso igual e concordo com ele. Levando-se em conta que as quatro
notáveis da preciosidade, a totalidade de cada uma delas não se acham
100% puras, só menos de 10% de cada tipo é que são puras e perfeitas,
isso quer dizer que 90% de cada uma destas quatro gemas são impuras,
manchadas, com imperfeições, trincas e sem padrão das cores puras, e
todas as 90% das mulheres usam diamantes, esmeraldas, rubis e safiras,
que deveriam ser ditas de semi preciosas, mais ninguém diz ou comenta
sobre isso. Já a grande maioria das pedras desclassificadas como sendo
semi preciosas, que deveria ser classificada como "finas", os índices de
perfeição é o inverso, ou seja, 90% de todo o especto das variedades é
de pureza. Daí se conclui que o termo "semi" foi um embuste em uma época
passada, de um grupo de comerciante pedrista internacionais em levar
vantagem. Devemos ressaltar que os grandes mestres pintavam seus quadros
com minerais moídos, e o lápis-lazuli, custava nessa época mais caro
que o ouro, comparada em grama. Por isso é que faltava colorido nas
telas, o azul ultramarino feito do lápis-lazuli aparecia pouco, idem o
verde o vermelho e o amarelo. Outro brasileiro, grande joalheiro,
comerciante e amante apaixonado por pedras preciosas o Jules Sauer, dono
também de uma rede mundial de joalherias a "Amsterdam Sauer", lutou
pela certificação das esmeraldas brasileiras em Institutos Gemológicos
Internacionais. Jules Sauer é tão fascinado por pedras que conhece as
minas e jazidas de pedras no mundo todo, e ao completar 80 anos, lançou
seu quarto livro de pedras preciosas. Há 5.000 anos, no Egito Antigo, os
faraos já usavam jóias com esmeraldas, lápis-lazúli, turquesas, ônix,
alabasto e outros minerais. Montezuma, imperador dos astecas, também
usavam em suas jóias e indumentárias, turquesas, lápis-lazúlis,
esmeraldas ouro, prata, cobre e outros minerais. A coroa do Império
Britânico, que supunha ter um grande rubi, foi reanalizado como sendo um
belo "espinélio vermelho". O famoso colar de esmeralda de Elizabeth
Taylor, confeccionado pela Bvlgari e leiloado pela Christie's, tem todas
as pedras desiguais e escuras, não são "primeira linha". Eram as
esmeraldas que existiam no mercado. Mas fama é fama. E hoje há no
mercado internacional duas gemas brasileiras raras e valorizadíssimas,
mais do que estas quatro famosas, que são a alexandrita, verde durante o
dia e vermelha à noite, e a elbaíta (turmalina da Paraíba), uma gema
que tem um "neon" ou um fugor dentro dela. Hoje nossas mulheres dispõe
de mais de 500 gemas variadas para ostentar as suas belezas e as das
gemas.
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