sexta-feira, 12 de outubro de 2018

sábado, 28 de julho de 2018


TANTALITA
 A Tantalita é um mineral composto de nióbio e tântalo, com fórmula química (Fe,Mn)Ta,Nb2O6. Um óxido de nióbio, tântalo, ferro ferroso e manganês. Sistema cristalino: ortorrômbico, classe; bipiramidal. Ele forma série (composto) com a columbita e normalmente estão associados nas jazidas, onde são chamados de columbita-tantalita, ou mesmo de coltan. Hábito: os cristais são de forma variadas, normalmente tabulares a prismáticos, com estrias na face. Clivagem: boa. Fratura: irregular, subconcoidal. Dureza: 6. Densidade: 5,2 a 7,9, variação pela composição. Brilho: submetálico, vítreo. Cor: preto, preto amarronzado. Tenacidade: quebradiço. Traço: preto. Diafaneidade: opaco. Magnetismo: poderá ter levemente. Amostra procedente do Estado do Rio Grande do Norte.

GLAUCONITA
Um silicato do grupo da mica. Sistema cristalográfico: monoclínico. Classe: prismático. A glauconita é uma mica dioctaédrica e deficiente em intercamadas. Fórmula química: (K,Na)MgFe3+(Si,Al)4O10(OH)2. Composição química: Al 16,00 + Ca 0,04 + Fe 7,46 + K 10,42 + Mg 2,93 + Na 0,04 + P 0,04 + Si 58,87 e Ti 0,90. Origem: hidrotermal em rochas sedimentares e vulcânicas, e em camadas sedimentares marinhas rasas. Ocorrências: é comum em arenitos e calcários e associados à fosforites. Morfologia: agregados terrosos, planos e maciços. Cor: verde, verde claro e azul esverdeado. Risco: verde claro. Brilho: pálido, fosco. Diafaneidade: opaco. Clivagem: perfeita. Fratura: irregular. Dureza: 2. Densidade: 2,9. A glauconita é também conhecida como “verdete”, por sua cor esverdeada. É uma rocha rica em minerais de potássio, alumínio, magnésio, ferro e sílica. Idade de formação registrada: Mesoproterozóico ao Carbonífero (1.175 a 354 ma). Rocha doada pela KM-Kalium Mineração S/A, e minerada no município de Dores do Indaiá e Quartel São João, MG.


SHATTUCKITA
Silicato de cobre. Fórmula química: Cu5(SiO3)4(OH)2. Sistema cristalino: ortorrômbico. Classificação mineral: silicato. Tipo de rocha: sedimentar.  Cor: todas as tonalidades de azuis, predominando ainda as cores verde, vermelho, castanho e creme. Fratura: desigual. Clivagem: não há. Dureza: 3,5. Densidade: 4,1. Risca: azul. Brilho: vítreo e sedoso. Transparência: opaco. Tenacidade: frágil. Luminescência: nenhuma. Pleocoismo: nenhum. Hábito do cristal: massa granular, cristais aciculares, fibrosos, botriodal e compacto. Ocorrências: em depósitos de cobre oxidado como um mineral alterado de minerais secundários. Foi descoberto nas minas de cobre de Bisbee, Arizona, EUA, na mina de Shattuck, daí o nome. Encontrada também na África do Sul, Alemanha, Áustria, Brasil, Congo, Grã-Bretanha, Grécia, Namíbia e Noruega. Usos: para colecionadores, estatuária e joalheria. Origem da amostra bruta polida: Arizona, EUA.


SHUNGITA
Shungita é um mineral de origem orgânica com mais de 2 bilhões de anos e é encontrada em um único lugar do mundo: na Carélia, uma localidade chamada Shun’ga, Rússia, daí seu nome. Shungita é uma forma particular de carbono, sendo uma rocha sedimentar. Mas, ao contrário do carvão mineral que vem da mineralização das plantas, a shungita é originária de depósitos planctônicos extremamente antigos que remontam ao pré-cambriano (há mais de 2 bilhões de anos). O shungita é uma forma de carbono, quase como o carvão mineral, o grafite e, talvez, supreendemente o diamante. Claro, a diferença está na disposição dos átomos de carbono. Um arranjado atômico como uma bola de futebol. Ao contrário do diamante, o shungita vem na forma de carbono não cristalino. Ele assemelha a materiais de nanoestrutura. A shungita contém 98% de carbono. A shungita é condutora de corrente elétrica. Cor: preto brilhante metálico, preto, cinza, prata e preto fosco. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 1,8 a 2,4. Resistência: dura e leve. Fratura: concoidal a irregular. Sistema cristalino: amorfo. Composição: óxido de silício, titânio, alumínio, ferro, magnésio, potássio e enxofre. Raridade: incomum. Classe mineral: mineralóide. Origem: Rússia.

CHAROÍTA
Silicato hidratado complexo de potássio, sódio, cálcio, bário, estrôncio e flúor. Fórmula química: (K,Sr,Ba)(Ca,Na)2(Si,Al)4O10(OH,F). Família dos silicatos. Sistema cristalino: monoclínico. Cor: violeta intenso, lilás. Brilho: vítreo a mate. Dureza: 5 a 6. Densidade: 2,6. Traço: branco. Clivagem: boa. Fratura: irregular. Morfologia: maciço, agregados fibrosos. Diafaneidade: translúcido a opaco. Fluorescência: azul pálido. Ocorrências: hidrotermal em rochas ígneas alcalinas. Usos: estatuária, objetos de adorno e joalheria. Descoberta na em 1940 na região do rio Chara, Yakútia, na Sibéria, Rússia.

RUBI

Óxido de alumínio. (Al2O3). Os coríndons são formas cristalizadas raras de alumina. A coloração variada dá em púrpura o rubi. Em azul a safira. A tonalidade pode variar do vermelho, desde o rosado ao púrpuro, ou vermelho amarronzado, dependendo do conteúdo de cromo e ferro da pedra. As inclusões são muito frequentes, mas não significam uma diminuição da qualidade: ao contrário: são provas da legitimidade dos rubis naturais, em contraposição às gemas sintéticas. Sistema cristalino: hexagonal, romboédricos, bipiramidal e trigonal (prismas de seis faces). Dureza: 9 (abaixo apenas do diamante). Densidade: 4,1. Brilho: vítreo, adamantino. Traço: branco. Fratura: concóide, irregular. Clivagem: não clivavel. Cor: a substância corante é o cromo. Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. Origem: rochas magmáticas e metamórficas, ou como seixos rolados em depósitos aluviais. Fluorescência: forte, vermelho carmim. Fusibilidade: infusível. Solubilidade: insolúvel em ácidos. São encontrados em Myanmar, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã. No Brasil ocorrem em Granja e Itapipoca CE, Parelhas RN, Patos PB, Floresta PE, Petrópolis RJ, São Roque SP, e Conceição do Mato Dentro MG, sempre impuro. Há rubi no rio Paraguaçu BA, e safira nos rios Coxim, Jauru e Coxipó MT. Amostra bruta do Sri Lanka. 


CINÁBRIO
Sulfêto de mercúrio. HgS. Sistema cristalino: hexagonal-trigonal. Usualmente, agregados compactos, maciços, finamente granular, terroso, granulosos ou lisos. Brilho: quando puro, a cor é vermelhão-vermelho adamantino, quando impuro, chega a ser terroso, fosco, de um vermelho-pardacento. Dureza: 2 a 2,5. Densidade: 8,2. Cor: vermelha a pardacenta, cinzenta. Clivagem: perfeita. Fratura: irregular, estilhaçada. Fusibilidade: infusível. Diafaneidade: transparente a translúcido. Aspecto diagnóstico: reconhecido pela sua cor vermelha e traço escarlate, alta densidade relativa. Composição: Hg 86,2% + S 13,8%. Ocorrência. O cinábrio é o mais importante minério de mercúrio, encontrando-se, no entanto, em quantidade, em relativamente poucas localidades. Ocorre: em gotas de mercúrio nativo, de brilho metálico muito brilhante de cor branco de prata. Em impregnações e enchimentos de veios perto de rochas vulcânicas recentes e em fontes termais, depositado próximo da superfície, provindo de soluções que eram, provavelmente, alcalinas. A temperatura normal, o mercúrio é um líquido, mas a menos 40ºC solidifica-se. O ferro flutua sobre o mercúrio. Origem: rochas ígneas, sedimentares, depósitos hidrotermais e em veios ligados a rochas vulcânicas. Associação: com realgar, pirita, marcassita, estibnita, sulfetos de cobre e outros minerais. Usos: amalgamação para a recuperação do ouro, termômetros, barômetros, pilha de mercúrio, etc. O nome, mercúrio, supõe-se, originário da Índia.

SCHEELITA
Tungstato de cálcio. CaWO4. Sistema cristalino: tetragonal, bipiramidal. Junto com a wolframita, são as maiores fontes para a obtenção de tungstênio. Composição química: CaO 19,4% + WO3 80,6%. Aspectos diagnósticos: reconhece-se a scheelita por sua elevada densidade relativa e sua forma cristalina. Quando límpida pode ser lapidada, resultando em gemas com intenso brilho adamantino, devido ao seu elevado índice de refração. Luminiscência: sob a luz ultravioleta, a scheelita reage exibindo uma tonalidade azulada intensa, propriedade usada na sua prospecção, feitas em galerias subterrâneas, ou à noite em mina a céu aberto. Diafaneidade: transparente a opaco. Hábito: cristais prismáticos, maclas, maciços, granulares e colunares. Clivagem: perfeita. Fratura: irregular a concoidal. Traço: branco. Dureza: 4,5 a 5. Densidade: 6,2. Brilho: vítreo, adamantino e ceroso. Cores: cristal branco, acinzentado, alaranjado, amarelado, castanho, verde e vermelho. Fusibilidade: 4.500°C. Origem: rochas ígneas e metamórficas, em veios hidrotermais e pegmatitos graníticos. Em honra ao seu descobridor em 1781, o químico sueco K.W. Scheeler (1742-1786), que isolou o elemento tungstênio na scheelita. Usos: filamentos de lâmpadas, metal de endurecimento do aço, ferramentas de corte, brocas para perfurações, materiais abrasivos, contatos elétricos para fornos de altas temperaturas, equipamentos de raios X, pontas de canetas esferográficas, projéteis, canhões, metralhadoras, motores de foguetes, turbinas de aviões e revestimentos de mísseis. Um mineral metálico, não ferroso, de alta densidade e boa condutibilidade elétrica. A principal utilidade é, sem dúvida, a extraordinária capacidade do tungstênio em converter a corrente elétrica em luz. A amostra acima foi extraída no município de Currais Novos – Rio Grande do Norte e doada pela mineradora, Mineração Tomaz Salustino.

FÓSSIL

NUMMULITES

Nummulite é um gênero de foraminíferos bentônicos extintos: Família Nummulitóidea, Subordem Rotalina. Nummulite possui uma forma lenticular ou de lentilha fóssil, caracterizada por várias bobinas, subdividida por septos em câmaras. Eles são as conchas dos fósseis e dos atuais protozoários marinhos. Nummulites comumente tinham de 1,3 cm a 6 cm de diâmetro. Eram comuns do Eoceno ao Mioceno (em rochas do Cenozóico antigo – Mar de Tétis) em rochas marinhas, particularmente ao redor do sudoeste da Ásia e do Mediterrâneo, os chamados calcários Eoceno do Egito. São valiosas por indicar os tempos geológicos, chamadas de rochas índice ou de guias. Este calcário nummulite amarelado (quase rocha marmórea) foi utilizada na construção dos monumentos antigos dos egípcios, tais como as pirâmides. Foto superior: lado polido ampliado e a de baixo só serrada. Peça de 15 x 15 cm, adquirida no Cairo – Egito.

DATOLITA
Silicato hidratado de cálcio e boro. CaBSiO4(OH). Sistema cristalino: monocrínico-prismático. Cor: branco, incolor, acinzentado, amarelado, esverdeado. Rastro: branco. Brilho: vítreo a baço. Diafaneidade: transparente, translúcido a opaco. Dureza: 5 a 5,5. Densidade: 3,1. Fratura: irregular a concoidal. Clivagem: nenhuma. Morfologia: cristais prismáticos, tabulares, nódulos e granulares. Classe mineral: silicatos. Tenacidade: quebradiço. Luminiscência: fluorescente. Ocorrência: em rochas ígneas, metamórficas e depósitos hidrotermais, e, ocasionalmente, nos veios de minérios. Pode ser encontrado como um mineral secundário em enchimento nos serpentinitos e em derrames de lava basálticas antigas. Encontra-se muita da vezes associados com os minerais zeólitos, calcita e prehnita. É encontrado em todo o mundo. Datolita foi descoberta em 1806 pelo norueguês Jens Esmark. Datolita quer dizer, pedra que “separa-divide”, do grego “dateisthai” – dividir, e, “lithos” para pedra.

BARITA
Sulfato de bário. BaSO4. Cristalografia: ortorrômbico – bipiramidal rômbica. É o mais comum dos minerais de bário. Hábito: tabular, prismático, fibroso, lamelar, granular e estalactítico. Clivagem: perfeita. Fratura: desigual e irregular. Brilho: vítreo a resinoso. Dureza: 3 a 3,5. Densidade: 4,3 a 4,6. Cor: branco, leitoso, creme, azul, vermelho, marron e cinza. Luminicência: fosforescente e fluorescente. Propriedades diagnósticas: insolubilidade em água e em ácidos. Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. Traço: branco. Tenacidade: quebradiço. Propriedades organolépticas: não possui cheiro nem gosto. Fusibilidade: 1002°C. Composição química: Ba 58,84% + S 13,74% + O 27,42%. Origem: rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Associação com outros minerais: fluorita, quartzo, calcita, dolomita e estibnita. Ocorrências: em geral associado a depósitos de chumbo, zinco, cobre, ferro, prata, níquel, cobalto, manganês e outros. Usos: obtenção de hidróxido de bário, o qual é usado em pigmentos, fabricação de papéis, refinação de açúcar, e finamente moída é usada na produção de lama pesada na exploração de gás e petróleo, na medicina como contraste e retentor de radioatividade de raios X. O mineral foi descoberto na Itália, no século XVII. O nome barita vem do grego “barys” que significa pesado. No Brasil os principais jazimentos estão localizados nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e Paraná. Amostras extraídas no município de Miguel Calmon – Bahia e doadas pela mineradora Química Geral do Nordeste S/A.

FERBERITA
Um tungstato ferroso. FeWO4. Sistema cristalino: monoclínico, prismático. Membro intermediário entre a wolframita e a hubnerita. Junto com a ferberita, os três minerais são a principal fonte e tungstênio. A presença do ferro em sua estrutura é responsável pela sua cor preta e da opacidade em relação à hubnerita. Ocorrem: nas veias de altas temperaturas hidrotermais, pegmatitos graníticos e em depósitos aluviais. Origem: rochas ígneas e metamórficas. Cor: preto e marrom escuro. Hábito: cristais tabulares, prismáticos e comumente achatados e alongados. Clivagem: perfeito. Fratura: desigual. Tenacidade: quebradiço. Dureza: 4 a 4,5. Densidade: 7,5. Brilho: submetálico para metálico adamantino. Risco: preto a escuro acastanhado. Diafaneidade: opaco. Fusibilidade: resistente à fusão. Em associação com o quartzo, hematita, arsenopirita, fluorita, apatita, siderita, dolomita, cassiterita e calcopirita. Usos: como minério de tungstênio e altamente desejado por colecionadores. Jazimentos na Bolívia, Brasil, Cazaquistão, China, Peru, Portugual, República Checa e Romênia. Descoberto em 1.863, pelo mineralogista alemão Moritz Rudolph Feber.

SAL DE SALAR
É um deserto de sal. Conhecido como Salar de Uyuni. É a maior planície de sal do mundo. Encontra-se no altiplano Boliviano a uma altitude de 3.656 metros de altitude acima do nível do mar. E com uma área de 10.582 Km2. Estima-se que o Salar de Uyuni contenha 10 bilhões de toneladas de sal e também uma das maiores reservas de lítio do mundo, além de conter importantes quantidades de potássio, boro e magnésio. Em sua constituição estão os sais de cloreto, sulfatos, nitratos, boratos, etc. O deserto é composto por aproximadamente 11 camadas com espessuras que variam entre 2 e 10 metros. A profundidade total é estimada em 120 metros. A origem do sal vem provavelmente dos lagos pré-histórico e está relacionada com a imensa quantidade de vulcões no entorno do Salar de Uyuni. Na atualidade este mineral é utilizado pela indústria e na dieta humana. Foto de um pedaço de 20 cm de tamanho.

DRAVITA
Uma turmalina amarronzada. Borossilicatos de alumínio, cálcio, lítio, sódio, magnésio e ferro. NaMg3Al6(BO3)3Si6O18(OH)4. Sistema cristalino: hexagonal, trigonal, piramidal, ditrigonal. O mineral magnésio é que dá cor marron a esta variedade de turmalina - a dravita. Hábito: prismático, estriado, colunar, acicular ou massa indistinguível de cristais. Fratura: sub-concoidal e irregular. Clivagem: não clivável.  Diafaneidade: transparente a opaco. Brilho: lustroso, vítreo a resinoso. Dureza: 7 a 7,5. Densidade: 2,9 a 3,2. Cor: marron-amarelado de claro a escuro. Fusibilidade: a fusibilidade manifesta conforme a composição mineral, na dravita é de 1.085°C. Risco. branco ou incolor. Porcentagem química: Na2O 3,23% + MgO 12,61% + Al2O3 31,90% + SiO2 37,60% + B2O3 10,89% +H2O 3,76. Origem: magmática, nos jazimentos de micaxistos e nos pegmatitos graníticos. O nome turmalina origina do cingalês, toramalli. Já dravita vem da região do rio Drava (Eslovênia) onde foi primeiramente descoberta em 1.883. Ocorrências: Bahia, Goiás e Minas Gerais.

LIMONITA
Óxido de ferro hidratado (ferro pardo), sem estrutura cristalina interna, amorfo. Fe(OH)3nH2O. Sistema cristalino: ortorrômbico. A limonita não é um mineral, mas uma mistura de diversos óxidos de ferro, entre os quais a goethita e a lepidocrocita. Por esta razão a limonita é considerada uma rocha. A limonita é uma rocha secundária que se forma por alteração de outros minerais preexistente, obviamente de ferro. Aspecto e características: nunca cristaliza e se apresenta em forma terrosa, esponjosa, compacta, concrecionada, estalactita, mamelonar, botroidal ou pisolítica. Origem: rocha sedimentar. Diafaneidade: opaco. Fratura: concoidal, terrosa. Clivagem: não apresenta. Densidade: 2,70 a 4,30. Dureza: 4,5 a 5,5. Cor: amarelado, amarronzado e negro de ferrugem. Risco: amarelado ou amarronzado. Brilho: terroso, nacarado e fosco. Geralmente contém de 40 a 66% de ferro. O nome vem do grego, leimon = pântano, indica o ambiente que origina esta rocha, denominado de ferro de pântano. Uso: menos como minério de ferro, pigmentos, revestimento e construção civil. As amostras em tela são limonitas aglomeradas com cascalhos cristalinos. A especíme menor é ferromagnética. Esta rocha é conhecida na região de Uberaba MG, como Tapiocanga. Esta Igreja de São Domingo (em Uberaba) foi construída em 1.899 pelos Dominicanos com rocha Tapiocanga, uma rocha que é minério de ferro.

COVELITA
Sulfeto de cobre. CuS. Sistema cristalino: hexagonal. Usualmente maciça, como revestimentos ou disseminações através de outros minerais de cobre. A covelita não é um minério abundante, mas é encontrado na maioria dos depósitos de cobre, usualmente como um revestimento, na zona de enriquecimento dos sulfetos. Morfologia: raramente em cristais hexagonais ou tabulares, mas apresentando lâminas estriadas. Clivagem: perfeita. Fratura irregular, concóide. Dureza: 1,5 a 2. Densidade: 4,7. Brilho: semimetálico a resinoso. Cor: azul-anil ou mais escura. Traço: cinza-chumbo a preto. Muitas vezes com iridescente. Diafaneidade: opaco. Composição química: Cu 66,4% + S 33,6%. Aspecto diagnóstico: magnética. Fusibilidade: fusível em 1085°C. Origem: magmática, associada a outros minerais de cobre, principalmente a calcocita, calcopirita, bornita e enargita, sendo derivada delas por alteração. Nome: em homenagem ao seu descobridor N. Covelli (1790 – 1829). Uso: importante minério de cobre. Amostra extraída numa profundidade de 522 metros ao nível do mar no município de Jaguararí – Bahia, e doada pela Mineração Caraíba S/A.

ARGILA REFRATÁRIA
Um silicato de alumínio hidratado. Al4(Si4O10)(OH8). A argila é uma rocha e, como a maioria das rochas é constituída por certo número de diferentes minerais em proporções variadas. Entendemos como argila um material terroso, que se torna plástico ou pasta, quando misturado com água e de granulação finíssima (2 micron). Dureza: 2 a 2,50. Densidade: 2,60. Cor: branco, e quando for de outras cores, as impurezas ou óxidos dão a tonalidade. Aspecto diagnóstico: untuosa e plástica. Quando molhada, a argila deixa seu cheiro característico. Fusibilidade: não é fusível. Ensaio: insolúvel. Composição: Al2O3 39,5% + SiO2 46,5% + H2O 14%. Solubilidade: insolúvel. Resistência: é a propriedade das argilas após a secagem e da cozedura, de não sofrer deformações de seu aspecto, resistindo ao calor, impermeabilidade e corrosão. Origem: uma rocha sedimentar, composta pela destruição e alteração química de rochas eruptivas, metamórficas e mesmos sedimentares. Usos: tijolos e uma gama de soluções em revestimentos refratários. Amostra extraída em Uberaba – Minas Gerais e doada pela mineradora Magnesita S/A.

ANIDRITA

Sulfato de cálcio anidro. CaSO4. Sistema cristalino: ortorrômbico – bipiramidal. É o nome de uma rocha salina e do mineral que constitui esta rocha e não tendo sabor amargo. Frequentemente associada ao gesso, ela própria se transforma em gesso devido à absolvição de água. Hábito: encontra-se em massas cristalinas maciças, densas, de granulação fina, granuladas, fibrosas, tabulares, ou lamelares, mas os cristais belos são raros. Fratura: estilhaçada, quebradiça. Clivagem: perfeita. Brilho: vítreo, perláceo ou grasso. Cor: branco, azul, violeta, cinza escuro. Risco: branco. Diafaneidade: translúcida, opaca e raramente transparente. Aspecto diagnóstico: caracterizam-se por suas três clivagens em ângulos retos. Dureza: 3 a 3,5. Densidade: 2,90. Distingue-se da calcita por sua densidade mais elevada e do gipso, por sua dureza. Origem: sedimentar, como resultado da evaporação da água do mar, associado ao gesso, halita, calcita e outros sais minerais. Anidrita: do grego, quer dizer, sem água. Uso: utiliza-se para a fabricação de adubos, e para obtenção do ácido sulfúrico e do enxofre. Ocorrências: Alemanha, Áustria, Brasil, EUA, México, Polônia e Suíssa. Amostra mineral extraída em Trindade – Pernanbuco, e doada pela mineradora Alencar e Parente Mineração Ltda.

ILMENITA
Óxido de ferro e titânio. Sistema cristalino: trigonal – romboédrico. Fórmula química: FeTiO3. A Ilmenita é um mineral fonte de dióxido de titânio. O titânio é um mineral que apresenta elevada resistência a corrossão e valor em relação à resistência para com o seu peso. Por isso é utilizado na fabricação de pigmentos de tinturas, vernizes, papel, borracha, esmalte para porcelanas, fibras, próteses ósseas, implantes dentários, instrumentos cirúrgicos, estruturas aeronáuticas, motores e turbinas. Morfologia: cristais tabulares espessos, maciço e compacto, também granulares e como areia. Composição: Fe 36,80% + Ti 31,60% + O 31,60%. Brilho: metálico a submetálico. Cor: preto de ferro. Traço: preto a vermelho acastanhado. Fusibilidade: infusível. Dureza: 5,5 a 6. Densidade: 4,70. Diafaneidade: opaco. Clivagem: nenhuma. Fratura: concoidal e irregular. Seu nome provém da denominação geográfica Montanhas de Ilmenski, na Rússia. Encontrada no Canadá, EUA, Finlândia, India, Noruega e Rússia. No Brasil ocorre na Bahia (Curumuxatiba, Mucuri e Porto Seguro), Espírito Santo (Aracruz, Guaraparí, Piúma e Serra), Maranhão, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo. Amostras colhidas em Floresta – Pernanbuco.

GIPSITA
Sulfato de cálcio hidratado.  CaSO42H2O. Sistema cristalino: monoclínico-prismático. Porcentagem química: 32,6% CaO + 46,5% + SO3 + 20,9% H2O. Clivagem: perfeita em três direções, produzindo facilmente lâminas delgadas, com superfície concóide. Fratura: fibrosa e irregular. Dureza: 2. Densidade: 2,32. Brilho: usualmente vítreo, podendo ser nacarado e sedoso. Cor: incolor, branco, cinzento, podendo ser amarelo, vermelho, castanho, por causa das impurezas. Diafaneidade: Transparente a translúcido. Traço: branco ou transparente. Fusibilidade: fusível. Morfologia: forma compacta, fibrosa, tabular ou com cristais maclados (em ponta de lança). Ocorrências: a gipsita é um sulfato comum, encontrando-se em depósitos sedimentares extensos em todo o mundo. Uso: a gipsita é usada principalmente para produção do gesso, cimento, ácido sulfúrico, giz, vidro, esmalte e na produção de cerveja e como corretivo de solo. A sonda Opportunity detectou gipsita em Marte, uma evidência em que houve movimentação de corrente de água na superfície do planeta no passado. Amostras minerais extraídas em Trindade-PE e doadas pela mineradora Alencar e Parente Mineração Ltda. 

LEPIDOLITA
Um fluossilicato de potássio, lítio e alumínio. K2Li3Al3(AlSi3O10)2(O,)OH,F)4. Sistema cristalino: monoclínico – prismático. A lepidolita faz parte do grupo das micas. Os cristais de lepidolita são raros. Os cristais apresentam-se, usualmente, em placas pequenas ou prismas com contorno hexagonal. Também em agregados de escamas de granulação grossa a fina. Aspectos diagnósticos: caracterizada principalmente por sua clivagem micácea e, usualmente, por sua cor que vai do lilás ao róseo e branco acinzentado. Dureza: 2,5 a 4. Densidade: 2,8 a 3. Brilho: perláceo. Diafaneidade: translúcido a opaco. Clivagem: perfeita. Fratura: desigual. Traço: branco. Hábito: micáceo.  Composição química: K2O 12,13% + Li2O 7,70% + Al2O3 13,13% + SiO2 61,89% e H2O 2,32%. Ocorrência: formado por processos magmáticos. É encontrado principalmente em agregados graníticos ou pegmatitos. Ocorre associado com outros minerais portadores de lítio, como o espodumênio. Uso: uma fonte de lítio. Usado na fabricação de vidro, cerâmica, bateria. Nome: derivado de uma palavra grega significando escama.

TROCTOLITA

Esta é uma rocha formada por cristalização do material fundido (magma subterrâneo), que emerge para a superfície. É uma mistura de silicatos, que contém além do silício e oxigênio outros numerosos elementos (cálcio, sódio, ferro e potássio). Estes combinam, durante o resfriamento do magma ou a lava, formando os silicatos minerais. A troctolita tem a composição química similar a dolerita e o gabro (possui um total de sílica inferior a 55% e menos de 10% de quartzo). Contém uma proporção elevada de plagioclásio e pouco de piroxênio. A olivina é também um mineral comum. Cor: geralmente cinzento escuro e com manchas. Textura: grosseiramente granulado para médio. Geralmente os grãos são do mesmo tamanho. Origem: plutônica, em um ambiente onde o magma arrefece lentamente, permitindo a formação de cristais, sem restrição, tal como o plagioclásio. Este espécime mineral foi extraído pelo geólogo José Ivonez Alexandre, no bôjo do Vulcão Osorno, na cidade de Puerto Varas, no Chile. Na foto de baixo, eu, diante dos Vulcões Osorno e do Calbuco, quando fazia pesquisas de minerais em 2005.

QUARTZITO



Sistema cristalino: romboédrico. Composição química: silicosa. SiO2. Um quartzito, como o nome indica, é uma rocha compacta, composta essencialmente de quartzo. Deriva de um arenito por metamorfismo e de recristalização intenso, ou seja, de uma cimentação após diagênese do arenito. O quartzito distingue-se de um arenito pelo exame da fratura; em um quartzito, a fratura passa através dos grânulos e nos arenitos, entre eles. Seu principal mineral é o quartzo (areia). Outros minerais constituintes podem ser a moscovita, a biotita, a sericita, a turmalina e a dumortierita.  Clivagem: não possui. Fratura: concoidal e irregular. Estrutura: maciça e foliosa. Textura: granoblástica a granolepidoblástica. Tipos de metamorfismo: regional e de contato. Brilho: vítreo e de aspecto graxo. Dureza: 7,5. Densidade: 2,65. Risco: branco. Diafaneidade: opaco. Origem: rochas metamórficas. Cor: são geralmente brancos, cinzentos claros, amarelados ou acastanhados. Qualidades: Antiderrapante, alta resistência mecânica, resistente ao aquecimento do sol e alta resistência à ação de produtos químicos. É uma rocha comum e distribuída amplamente. A primeira foto é de um quartzito de “grãos finos” do município de Sete Lagoas-MG, e as fotos seguintes são quartzitos róseos de “grãos médios”, de rua, meio fio e placas de passeio com marca de pegada de dinossauro em Uberaba-MG.

PRATA NATIVA
A prata cristaliza-se no sistema cúbico e seus cristais (hábitos) podem ser cubos, dodecaedros ou octaedros. Entretanto, eles são raros e a prata normalmente ocorre em forma compacta como pepitas ou grãos e geralmente possa ser encontrada como agregados acicular, fibroso, dendrítico ou irregular. Composição química: 100% Ag. Nome vem do latim: argentum = prata. Diafaneidade: opaco. Cor: cinza prateada, inclusive em pó. Clivagem: não tem. Fratura: rugosa, serrilhada. Brilho: intenso brilho metálico. Rastro: cinza. Fusibilidade: fusível (960ºC). Dureza: 2,5 a 3. Densidade: 10,5. Origem: rochas ígneas, sedimentares e depósitos hidrotermais. É o metal que melhor conduz a eletricidade e o calor. A prata está contida em 129 minerais, sendo extraída de muitos deles, como acantita, argentita, pirargirita, cerargirita, polibasita, silvanita, stromeyerita, tetraedita, pearceíta, proustita, stephanita, tennantita, galena argentífera e a prata nativa. Os principais países produtores são: México, Peru, China, Austrália, Chile, Bolívia e Brasil. Usado em moedas, joias, utensílios domésticos, fotografia, radiologia, eletrônica e confecção de espelhos.

PERIDOTO
Olivina e também crisólita. Silicato de ferro e magnésio. SiO4. Sistema cristalino: ortorrômbico. O peridoto tem as cores verde-oliva (daí o nome), verde-amarela e acastanhada. Encontra-se, principalmente, nas rochas ígneas, ferro-magnesiana, escuras, como o garbo, o peridotito e o basalto. Uma rocha conhecida como dunito é constituída quase inteiramente de olivina. Encontrada também em grãos cristalinos, vítreos, em alguns meteoritos. Morfologia: em agregados granulares, soltos um dos outros e de pequenas dimensões. Fusibilidade: infusível. Brilho: vítreo e graxo. Dureza: 6,5 a 7. Densidade: 3,35. Traço: branco. Clivagem: imperfeita. Fratura: concóide, frágil. Diafaneidade: transparente a translúcida. Origem: rochas magmáticas. Foi utilizada como gema desde os tempos antigos, no oriente. Hoje é encontrada em Mianmar, Austrália e Brasil. Também nas lavas do Vesúvio e nos aluviões do Triângulo Mineiro em Minas Gerais. Peridoto é um nome antigo e olivina o atual. É uma gema preciosa.

LABRADORITA
Aluminossilicato de cálcio e sódio. (Na,Ca)Al1-2Si3-2O8. Estrutura cristalina: triclínico. Membro da série dos feldspatos plagioclásios. A família da labradorita (feldspatóides) compreende a albita, oligoclase, andesina, bytwnita, anortita, ortoclase, sanidina, anortalase, microclina, etc. Composição química: Na2O 4,56% + CaO 12,38% + Al2O3 30,01% + SiO2 53,05%. Hábito: prismático. Clivagem: perfeita. Fratura: irregular e concoide. Brilho: vítreo a nacarado. Dureza: 6 a 6,5. Densidade: 2,7. Traço: branco. Morfologia: agregados esfoliantes, massas compactas e granulares. Cores: cinza, preto, branco, incolor, azul. Ocorrências: rochas magmáticas e metamórficas. Diafaneidade: transparente a opaco. Seu efeito iridescente é chamado de Schiller ou labradorescência. A iridiscência é resultado de intercrescimento lamelar como consequência de mudanças de fase ocorrida durante o arrefecimento. Foi descoberta em Labrador, Canadá. Utiliza-se em joias e adorno.

TETRADIMITA
Sulfeto de bismuto. Bi2Te2S. Sistema cristalino: trigonal. Ocorrem raramente no estado nativo, não muito abundante, mas frequentemente associado a outros minerais, podendo conter chumbo, ferro e cobre. É o 73º elemento em quantidade na crosta terrestre. Cor: cinzento-aço-claro, com tendência para o preto e iridescente. Brilho: metálico. Diafaneidade: opaco. Dureza: 2. Densidade: 7,3. Clivagem: perfeita. Fratura: irregular. Ponto de fusão: 271°C. Risco: marron. Morfologia: cristais piramidais, agregados de lâminas curvas, maciças e esfoliantes. Origem: ígnea, hidrotermal e em contato com depósitos metamorfizados juntamente com o ouro, hessita, calaverita, pirita e outros minerais. São maus condutores de eletricidade e de calor. É um mineral pesado, frágil, quebradiço, ao contrário dos metais que são maleáveis e dúcteis, tendo aspecto metálico e um pouco de iridescência. É um metal muito barato considerando a sua escassez (igual ao ouro) e dificuldades em encontrar. Pouco utilizado na indústria e na medicina. O bismuto é o último elemento a se deteriorar no universo.

ZIRCÃO

Silicato de zircão. Zr(SiO4). Sistema cristalino: tetragonal de prismas curtos de quatro faces, com terminações piramidais. Zircão, nome Persa que quer dizer zarkum = dourado. Encontrado, frequentemente, sob a forma de grãos arredondados, nas areias das praias e dos rios. Quando transparente serve como gema. Os coloridos acastanhados e laranja-vermelhos são chamados jacinto. No caso de pedras incolores, amareladas ou enfumaçadas, é nomeado jargão. Já a variedade azul é estarlita. Aspectos diagnósticos: reconhecido por seus cristais característicos, cor, brilho, dureza e densidade relativa elevada. Fusibilidade: infusível. Composição química: ZrO2 67,2% + SiO2 32,8%. Traço: branco. Brilho: adamantino resinoso. Clivagem: imperfeita, inexistente. Fratura: concóide. Cores: preto, amarelo, verde, marron, castanho, e vermelho. Dureza: 7,5. Densidade: 4,70. Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. Origem: rochas ígneas. Usualmente, é o primeiro silicato a cristalizar-se quando um magma se resfria. Fluorescência: azul muito fraco, alaranjado claro, amarelo escuro. Frequentemente radioativo por conter um pouco de urânio e tório.

KUNZITA
Um silicato de lítio e alumínio. LiAl(Si2O6). Sistema cristalino: monoclínico, prismático. Composição química: Li2O 8,0% + Al2O3 27,4% + SiO2 64,6%. A kunzita faz parte do grupo do espodumênio. Cristais prismáticos, achatados e estriados profundamente no sentido vertical. Usualmente cristais grossos e com as faces corroídas, alguns muito grandes. Quando rosada ou lilás recebe a denominação de kunzita. Na cor verde é uma hiddenita e no caso de amarelada recebe o nome de trifana. Dureza: 6, 5 a 7,5. Densidade: 3,20. Clivagem: perfeita. Fratura: desigual. Diafaneidade: transparente a translúcido. Luminiscência: laranja. Traço: branco, incolor. Cores: branco, cinza, rósea, amarelo e verde. Fusibilidade: fusível. Brilho: vítreo a mate. Origem: magmática e hidrotermal. A palavra kunzita vem do nome G. F. Kunz, o gemólogo americano que a descreveu.

PIRITA
Sulfeto de ferro. FeS2. Sistema cristalino: isométrico, diploédrica. Frequentemente em cristais. As formas mais comuns são o cubo, tendo as faces usualmente estriadas. As estrias nas faces adjacentes são perpendiculares entre si (estrias tríglifas) e também com combinações de diversas formas cristalinas. Propriedade física: quebradiça. Composição química: Fe 46,6% + S 53,4%. Dureza: 6,5. Densidade: 5. Brilho: metálico reluzente. Cor: amarelo do latão, pálido. Traço: esverdeado ou preto-acastanhado. Diafaneidade: Opaco. Clivagem: imperfeita. Fratura: desigual e concoidal. Fusibilidade: fusível. Origem: rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares. A pirita é o principal minério de enxofre e para fabricar o ácido sulfúrico. Devido ao seu brilho metálico e a sua cor amarelo-dourada, recebeu o apelido de ouro-dos-tolos, ironicamente, contudo, pequenas quantidades de ouro podem às vezes ser encontradas disseminadas nas piritas. Também, pode conter arsênico, níquel, cobalto e cobre. O nome pirita vem do Grego pyr, que significa fogo.

ESPATO DA ISLÂNDIA
Um carbonato de cálcio. CaCo3. Sistema cristalino: romboédrico, trigonal. Composição química: CaO 56,0% + CO3 44,0%. É uma forma curiosa e rara da calcita pura. Os seus cristais transparentes são dotados da propriedade de refletir a luz de duas maneiras distintas, o que dá duas imagens de um mesmo objeto. A calcita é um dos minerais mais espalhado dos carbonatos de cálcio. Na natureza, encontra-se em múltiplos aspectos, e a variedade de suas formas cristalinas é muito peculiar. Foram já descritas mais de 300 formas diferentes. A calcita é depois do quartzo, o mineral mais abundante da crosta terrestre. Dureza: 3. Densidade: 2,7. Excitação: fluorescente. Clivagem: perfeita. Fratura: concoidal. Cor: branco, preto, amarelo, verde, marron, azul, laranja, rosa, violeta e púrpura. Traço: branco ou incolor. Brilho: vítreo ou nacarado. Fusibilidade: infusível. Diafaneidade: transparente a opaco. Ocorrências: rochas magmáticas, metamórficas, sedimentares e hidrotermais. Aplicação: Ótica e construção civil. 

DISCRASITA
É um mineral do grupo dos sulfetos. Ag3Sb. Sistema cristalino: ortorrômbico. Um dos minérios de prata menos frequente. E pode conter minerais de arsênio e antimônio. Cor: branco prateada, adquire uma cor amarelada ou preta quando embacia. Risco: prata branco. Brilho: metálico. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 9,70. Diafaneidade: opaco. Clivagem: boa. Fratura: irregular. Morfologia: cristais piramidais, prismáticos, granular e maciço. Origem e ocorrências: hidrotermal em filões de minérios, associado a prata, stibrasen, pirargirita, calcita e outros minerais. As melhores espécimes são provenientes dos filões das jazidas de prata.  

GALENA
Sulfeto de chumbo. PbS. Cristalografia: isométrico, classe hexaoctaédrica. Composição química: Pb 86,6% + S 13,4%. Morfologia: a forma mais comum é o cubo. Dar-se o dodecaedro e trioctaedro e mais as suas complexas combinações, cristais tabulares, agregados esqueléticos e geralmente em massas compactas e finamente granulados. Clivagem: perfeita. Fratura: frágil. Dureza: 2,5. Densidade: 7,5. (obs.; o elemento chumbo, puro na natureza, a dureza é 1,5 e a densidade é de 13,4). Brilho: metálico reluzente. Cor: cinza do chumbo. Traço: cinza. Fusibilidade: fusível. Origem: rochas magmática, metamórfica, sedimentar e hidrotermal. A galena (um mineral) pode ser reconhecida facilmente por sua boa clivagem, densidade relativa elevada, maciez e traço cinza de chumbo. Ocorrências: podem ser encontrada associada com a esfalerita, pirita, marcassita, calcopirita, cerussita, anglessita, dolomita, calcita, quartzo, barita e fluorita. A galena pode conter na sua formulação, prata, zinco, cádmio, antimônio, bismuto e cobre. É o mais importante minério de chumbo. 

FELDSPATO


Ou o mesmo que ortoclásio. Cristalografia: triclínico, monoclínico. Os feldspatos constituem os grupos de minerais mais abundantes na crosta terrestres (cerca de 60%) e compreendem os silicatos de alumínio combinados com sódio, potássio, cálcio e, eventualmente bário. Os principais minerais são adulária, albita, andesina, anortita, bytownita, labradorita, microclina, oligoclásio, orthose, ortoclásio e sandinita. Composição química: NaAlSi3O8. (albita) e KAlSi3O8 orthose. Hábito: tabular. Clivagem: perfeita. Fratura: irregular a concoidal. Traço: branco. Dureza: 6 a 6,5. Densidade: 2,54 a 2,76. Brilho: vítreo a nacarado. Cor: incolor, branco leitoso, esverdeado, amarelo, vermelho carne, cinza e róseo. Diafaneidade: transparente, translúcido a opaco. Origem: em rochas ígneas e metamórficas. Usos: em cerâmicas, porcelanatos, vidros e tintas, etc. Na sequência, a primeira pedra é albita, a segunda é anortita e a terceira é andesina.

QUARTZO LEITOSO
Da cor do leite. Dióxido de silício (SiO2). Sistema cristalino: trigonal. Composição: proporção de 46,7% de Si + 53,3% de O.  É provavelmente um dos minerais mais comuns na crosta terrestre e pode ser encontrado em qualquer lugar. A cor branca é causada por inclusões de bolhas minúsculas de gás e/ou água caracterizando a cor leitosa. Brilho: vítreo e gorduroso. Fratura: concoidal. Clivagem: indistinta. Dureza: 7. Densidade: 2,65. Fusibilidade: fusível. Risco: branca. Propriedades: piezoelétrica e piroelétrica. Hábito: granular, prismático, compacto, etc. Ocorrências: foi gerado por processos metamórficos, magmáticos e hidrotermais. Utilizado: fabricação de vidro, esmalte, saponáceos, dentifrícios, abrasivos, fibra ótica, reflatários, cerâmicas e peças ornamentais e de enfeites. Amostras brutas de Perdizes - MG.

PIROMORFITA
Fosfato de chumbo e cloro. Composição química: Pb5(PO4)3. Cristalografia: sistema hexagonal, bipiramidal. Morfologia: cristais prismáticos compridos e tabulares, agregados botrioidais com estruturas radiais, agregados aciculares, terrosos, fibrosos e maciços. Formação: nos veios alterados de chumbo. É um mineral secundário de chumbo. Propriedades diagnósticas: forma hexagonal, alta densidade, brilho resinoso e por ensaios químicos. Cor: verde, amarelo, marrom, cinza, branco. Brilho: adamantino, gorduroso, resinoso. Clivagem: imperfeita. Fratura: desigual, concoidal. Risco: branco. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 6,5 a 7. Transparência: transparente a opaco. Tenacidade: quebradiço, fraco. Associação: associado aos minerais de chumbo, como galena e cerussita.
 
BROCHANTITA

Ou cobre oxidado. Um sulfato básico de cobre. Cu4SO4(OH)6. Cristalografia: ortorrômbico, bipiramidal. Cristais prismáticos, delgados e estriados verticalmente. Também em agregados maciços. Porcentagem: 67,3% CuO + 22,5% SO3 + 10,2% H2O. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 4. Clivagem: perfeita. Fratura: concoidal a irregular. Traço: verde pálido. Cor: verde da esmeralda ao verde escuro. Diafaneidade: transparente a translúcido. Brilho: vítreo gorduroso. Ocorrências: Encontra-se nas porções oxidadas dos veios de cobre e também sobre a parte superior dos jazigos alterados pelo ar ou águas de superfícies, apresentando carbonatos e óxidos de cobre. O revestimento superficial (verde) é de malaquita. Um dos minerais mais importantes de cobre. Ocorre: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo. Amostra de Brochantita extraída no município de Jaguarari – Bahia, e doado pela mineradora Mineração Caraíba S.A.

CALCEDÔNIA
Grupo da ágata. Dióxido de silício (SiO2). Sistema cristalino: trigonal. O mineral é classificado como microcristalina ou criptocristalina, significando que a estrutura cristalina da rocha é tão fina que não é visível a olho nu. Calcedônia é um termo específico para uma variedade típica de quartzo ou dióxido de silício. Ocorrência: desde pequenos seixos a grandes blocos de toneladas. Cor: branca, cinzenta, azulada – todas leitosas. Dureza: 7. Densidade: 2,70. Risco: branco ou incolor. Fratura: desigual, estilhaçado e concóide. Clivagem: inexistente. Brilho: vítreo ceroso. Fusibilidade: infusível. Transparência: translúcida a semi-transparente a opaco. Ocorre: rochas sedimentares e depósitos hidrotermais. Usos: joalheria e estatuárias. O termo calcedônia é derivado do grego e da antiga cidade de Calcedônio (chalkedon), na Ásia Menor, no que hoje é a parte oriental da cidade turca de Istambul. Na foto um cinzeiro de calcedônia.

CRISOBERILO
Óxido de Berilo e alumínio (BeAL2O4). Composição química: BeO 19,8% + ALO 80,2%. Sistema cristalino: ortorrômbico, cristais prismáticos geminados, tabulares por penetração, adquirindo a aparência exagonal. As faces são estriadas verticalmente. Variedades: alexandrita e crisoberilo olho-de-gato. A alexandrita a luz do dia é verde e, com luz artificial, torna-se vermelha. O crisoberilo olho-de-gato (cimofana) tem esse nome devido ao fato de lembrar a pupila rasgada de um gato, quando a pedra é talhada em cabochão, produz um efeito ondulante, ou seja, uma linha luminosa de cor branco-prateada, conhecido pela designação de acatassolamento (chatoyance). Cor: amarelo-ouro, verde-amarelado, pardo, castanho ou cinzento. Dureza: 8,5. Densidade: 3,70. Cor do rastro: branco. Clivagem: imperfeita. Fratura: fraca, concóide. Transparência: transparente a translúcida. Brilho: vítreo a graxo. Fusibilidade: infusível. É um mineral raro. Ocorre em rochas magmáticas graníticas, nos pegmatitos e micas xistos. Frequentemente nas areias de rios e cascalhos. São pedras preciosas. As variedades alexandritas e olho-de-gato são de alto valor. Crisoberilo significa berilo dourado. O nome cimofana deriva de duas palavras gregas, significando “onda” e “parecer”, em alusão ao efeito acatassolamento (chatoyance). O nome alexandrita foi dado em homenagem ao Czar Alexandre II da Rússia.

DOLOMITA

Um mineral de carbonato de cálcio e magnésio. CaMg(CO3)2. Sistema cristalino: trigonal, geralmente em romboédricos. É ao mesmo tempo um mineral e uma rocha. A dolomita é muito abundante na natureza na forma de imponentes formações rochosas como os Alpes Italianos e Suíços e nos jazimentos superficiais e submersos no Brasil. A origem da dolomita constitui um grande enigma geológico, não se sabendo muito ainda sobre a sua gênese. São propostos modelos hidrotermais, com fluídos vindos de grandes profundidades, através de falhas geológicas também muito profundas. Na dolomita existe uma solução sólida entre o magnésio e o ferro. Sendo o extremo em ferro denominado “siderita” e o extremo em magnésio denominado “Magnesita”. Ocorrências: principalmente sobre a forma de calcário dolomítico e mármore dolomítico, possivelmente formado a partir da substituição do calcário pelo magnésio.  O mineral apresenta nas cores, branca, leitosa, cinza, preto, rósea, castanho e vermelho (as cores são devidas as impurezas de óxidos de minerais). Brilho: vítreo, nacarado e perláceo. Risco: branco a incolor. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 2,90 a 3,10. Fusibilidade: infusível. Clivagem: perfeita. Fratura: concóide, quebradiça. Propriedade diagnóstica: sua variedade maciça distingue-se do calcário por sua reação menos intensa com o ácido clorídrico. Origem: rochas metamórficas e sedimentares. É parecido com o calcário na cor, nas misturas e nas jazidas. Pode conter fósseis. Nome: em homenagem ao geólogo e mineralogista francês Deodat Dolomieu. Usos: como fonte de magnésio, refino de açúcar, tintas, plásticos, etc. Amostra amarela pálida da montanha do Tirol Italiano e as enegrecidas de jazimento de Coramandel, Minas Gerais.

MALAQUITA
Carbonato básico de cobre. Sistema cristalino: monoclínico. Cu2CO3(OH). Composição: CuO 71,9% + CO2 19,9% + H2O 8,2%. A malaquita geralmente resulta da alteração de minérios de cobre e ocorre frequentemente associada com a azurita, goethita e cuprita. Os agregados de malaquita são compostos de cristais muitos pequenos; os grandes são muitos raros e apreciados pelos colecionadores. Hábito: botrioidal, fibroso. Clivagem: perfeita. Fratura: concóide, estilhaçada. Dureza: 3 a 4. Densidade: 3,7 a 4,1. Brilho: sedoso e vítreo. Traço: verde a verde-claro. Cor: verde brilhante a verde escura. Traço: verde a verde-claro. Fusibilidade: fusível. Transparência: Opaco. Usos: como minério de cobre. Ocorrências: rochas ígneas e rochas sedimentares e depósitos hidrotermais. É utilizada como pedra de joalheria e ornamental. Foi utilizado na Antiguidade pelo Antigo Egito, Gregos e Romanos. Na Idade Média como pigmento mineral verde em pinturas.

QUARTZO RUTILADO

Óxido de silício. SiO2. São cristais prismáticos com inclusões minerais e interessantes como gemas bem atraentes. Com poucos ou numerosos filetes (agulhas), muito finas, retas e compridas, estão introduzidas no interior do cristal. As agulhas podem ser todas alinhadas ou estarem entrecruzadas em vários planos. Formaram como mineral acessório das numerosas rochas magmáticas, xistos e gnaisses metamorfizados. O cristal além de ser transparente e até opaco pode ter colorações amarelada, escurecida, acastanhada, enfumaçada e avermelhada. Já os filetes sendo também minerais, podem ser o amarelo dourado do rutilo (quartzo rutilado), o preto da turmalina negra (schorl) chamado quartzo turmalinado. Com frequência, podem ocorrer outras inclusões minerais; amianto, clorita, hornblenda, goethita e pirita. São vulgarmente chamados de cabelo de Vênus. Esta variedade de quartzo é encontrada na Bahia.

QUARTZO COM INCLUSÕES

Um quartzo com inclusões de pirolusita (óxido de manganês). SiO2. É ela que forma depósitos foliáceos, chamados “dendrites” nos formatos de ramificações ou arborescências com características de plantas (não confundir com fósseis vegetais). Estas inclusões infiltram em fraturas e fissuras, geralmente na forma de soluções aquosas que, posteriormente, se cristalizam ou precipitam dando aspectos de vegetais. Entre as inclusões epigenéticas no quartzo e outros minerais, predominam os minerais de pirolusita e manganita (óxidos de manganês), hemática e limonita (óxido de ferro), turmalina, mica, rutilo, anfibólios e calcopirita. O olho de gato, alguns quartzitos e ardósias, também fazem parte destas variedades. Esta casualidade ou fenômeno mineral é muito belo, curioso e interessante.

CALCOPIRITA
Sulfeto de cobre e ferro. CuFeS2. Sistema cristalino tetragonal. O mais importante minério de cobre. Reconhecido pelo brilho metálico, vítreo e muito vivo. Confundido com o ouro, pirrotita, pirita e a marcassita, diferenciando-se destes minerais pelas variações de dureza, densidade, cor e traço. Originário de rochas ígneas, metamórficas, hidrotermais e disseminadas em depósitos xistosos. Em rochas orgânicas (fósseis), a calcopirita pode cristalizar-se em madeiras, dentes e outros materiais fossilizados. O minério de calcopirita poderá conter ouro ou prata em sua composição. Fratura: irregular. Clivagem: imperfeita. Fusibilidade: fusível. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 4,2. Cor: amarelo-latão e amarelo-ouro. Traço: preto e esverdeado. Nome: do grego, khalkos=cobre + pyros=fogo. Ocorrências: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Rio Grande do Sul. Amostra de calcopirita minerada numa profundidade de 522 metros ao nível do mar em Jaguararí – Bahia e doada pela Mineração Caraíba S.A.

CASSITERITA


Óxido de estanho. (SnO2). Sistema cristalino: tetragonal. É o único minério de estanho. Cor: castanho escuro ou preto, as vezes mais claro. Traço: marron. Brilho: adamantino a submetálico e fosco. Fusibilidade: infusível. Dureza: 6 a 7. Densidade: 6,8 a 7,1. Diafaneidade: translúcido a opaco, raramente transparente. Clivagem: imperfeita. Fratura: concoidal a irregular. Composição: Sn 78,60% + O 21,40%. Ocorrências: rochas ígneas, sedimentares e depósitos hidrotermais. Morfologia: as formas comuns sãos os prismas e as bipirâmide. Frequentemente em geminados. Usualmente, maciça, granular e aparência fibrosa e radiada. Devido ao seu alto índice de refração, e os cristais apresentando transparência, fornece raras e belas gemas. O estanho é citado no Velho Testamento e naquele tempo já se fazia liga de bronze (cobre e estanho). Civilizações pré-colombianas da América utilizavam-no para fabricar bronze e peças utilitárias e decorativas. O estanho liga-se facilmente com quase todos os metais. O nome cassiterita vem da palavra grega Kassiteros que significa estanho. Aplicações do estanho; galvanoplastia, componentes de ligas-metálicas, solda macia (estanho e chumbo), artigos de uso e decorativos, folhas de flandres, latas de conservas, etc. Países produtores: Austrália, Bolívia, Gongo, Indonésia, Malásia, Perú, Portugual, URSS, Tailândia e Vietnam. Amostra natural de cassiterita e duas barras redondas de estanho puro, extraído em Ariquemes – Rondônia e doado pela mineradora White Solder Metalugia e Mineração Ltda.

QUARTZO GWINDEL

Gwindel, nome alemão que significa contorcido, torcido, helicoidal ou curvado. E são deformações naturais, fugindo do padrão próprio da cristalização dos cristais. São cristais que cresceram juntos, amontoados, engrossados e sobrepostos e que são ligeiramente girados em torno de um único eixo. Isso resulta em cristais torcidos e tabulares. É uma forma de crescimento ou formação muito estranha cujo padrão ou estilo ainda não é totalmente compreendido. Num cristal gwindel, estudos sugerem que esta sua forma invulgar de cristalização pode ter sido causada por pireletricidade durante o crescimento do cristal quando cargas elétricas positivas e negativas desenvolveram simultaneamente em diferentes partes do mesmo cristal em respostas a mudanças de temperaturas adequadas por evocar este fenômeno elétrico. Eles são muito curiosos, diferentes, e estão entre os mais belos e mais raros dos quartzos. Muitos pensam que são oriundos só dos Alpes e da região de Mont Blanc. Mas são achados em várias partes do Mundo. Estas duas espécimes foram apanhadas no município de Uberaba, Minas Gerais.

PENTLANDITA

O mais importante minério de níquel. Sulfeto de ferro-níquel. (FeNi)9S8. Cristalografia: isométrico, hexaoctaédrico. Brilho: metálico, opaco. Cor: vermelho-acastanhado, amarelo-bronze e bronze claro. Traço: negro. Clivagem: perfeita. Fratura: concoidal. Fusibilidade: 1.453º C. Morfologia: maciça, usualmente em agregados granulares. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 5. Tenacidade: frágil. Hábito: maciço a granular. Diafaneidade: opaco. Não magnético. Composição: Fe 32,56 + Ni 34,21% e S 33,23%. Encontra-se em depósitos de origem magmática, associado invarialmente com a pirrotita e com a calcopirita e outros minerais de ferro e níquel. Em geral contém pequenas quantidades de cobalto. O níquel é usado principalmente no aço. Fabrica-se o metal Monel (68% de níquel e 32% de cobre) e do Nicromo (38% a 85% de níquel). Outras ligas são a prata alemã (níquel, zinco e cobre). Usa-se o níquel para cunhagem de moedas. Foi descrito em 1.856 por J.B. Pentland, o mineral recebeu o nome de seu descobridor. Existem reservas em Goiás, Pará, Piauí e Minas Gerais. Há jazimentos de níquel na África do Sul, Canadá, Noruega, Suécia e URSS. Amostra extraída em Fortaleza de Minas, Minas Gerais, foi doada pela Empresa Mínero-Metalúrgica Votorantim Metais.

CRIOLITA

Aluminofluoreto de sódio. Na3AlF6. Sistema cristalino: monoclínico – prismático. Grupo dos halogenetos. Composição; a criolita é um fluoreto de sódio e alumínio, composto idealmente em peso por 32,85% Na, 12,85% Al e 54,30% F. Propriedades físicas e aspectos diagnósticos: partição em três direções, quase em ângulos retos. Dureza: 2,5 a 3. Densidade: 3. Brilho: vítreo a graxo. Cor: incolor, branco, cinzenta, acastanhado e negro. Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. Traço: branco. Clivagem: nenhuma. Fratura: irregular. Morfologia: cristais pseudo-cúbico, maciço. Fusibilidade: 1.000º C. Rocha de origem: magmática. Ocorre: em Ivigtut, Groelândia, associada, comumente, com a siderita, a galena, a esfarelita e a calcopirita. Foi descrito pela primeira vez em 1.799, pelo mineralogista brasileiro José Bonifácio de Andrade e Silva, a partir de amostras provenientes de Ivigtut, Groelândia. Uso: durante 100 anos, a criolita foi utilizada como a fonte mais importante de alumínio. Quando a bauxita tornou-se o minério de alumínio, a criolita passou a ser usada como fluxo no processo eletrolítico (fundente na metalurgia do alumínio). Seu nome é devido a duas palavras gregas, significando Krios (gelo) e Lithos (pedra), em alusão à sua aparência de gelo. Apesar de ocorrer nos EUA e URSS à descoberta da mina de Pitinga, no município de Presidente Figueiredo no Estado do Amazonas é a 2ª mais significativa em importância econômica.

WILLEMITA
Silicato de zinco. Zn2(SiO4). Sistema cristalino: hexagonal. Porcentagem: 73,0% ZnO + 27,0% SiO2. Usualmente maciça a granular. Raramente em cristais. Dureza: 5,5. Densidade: 3,9 a 4,2. Brilho: vítreo, resinoso a submetálico. Cor: amarelo-esverdeado, avermelhado, castanho e branco. Diafaneidade: translúcida a opaco. Fratura: irregular a concoidal. Clivagem: boa. Morfologia: cristais prismáticos a tabulares, agregados radiais, granular. Ponto de fusão: 419,5°C. As impurezas contidas mais comuns são: manganês, ferro, chumbo, cádmio e alumínio. Os principais minerais são: blenda, esmitsonita, franklinita, calamita, zincita e espinélios. O zinco é encontrado na natureza principalmente sob a forma de sulfetos, associado ao chumbo, cobre, prata e ferro (galena, calcopirita, argentita e pirita). Todavia a Willemita não segue esta tendência, sendo o zinco encontrado na estrutura do silicato. No Brasil, a willemita ocorre apenas em Vazante - Minas Gerais, no noroeste mineiro. Seu nome é devido ao rei William I da Holanda. Há ocorrencia de zinco em Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Pará e Goiás. Os principais produtores mundiais são: China, Perú, Austrália, Índia, Estados Unidos e Canadá. Amostra extraída em Vazante – Minas Gerais, foi doada pela Empresa Mínero-Metalúrgica Votorantim Metais.

GARIMPO DE ESMERALDAS
Sequências de fotos para entender e conhecer uma mina de esmeraldas. Operador de guincho. Desce e sobe homens, rejeitos e víveres. É o comunicador via rádio com os garimpeiros nas profundezas.

GARIMPO DE ESMERALDAS
Um shaft (poço) com 160 metros de profundidade e uns 200 metros de várias galerias (túneis). Do lado direito se vê tubulações de retirada de água, eletricidade para iluminação e de ar para respiração. Aparece o início dos trilhos. Na parte superior nota-se o tampo de fechar a boca da mina (poço).

GARIMPO DE ESMERALDAS
Poço tampado, enquanto mineiros locomove uma carga de rejeitos vindo do interior das galerias.

GARIMPO DE ESMERALDAS
Parte do galpão que protege o poço e vagão de rejeitos.

GARIMPO DE ESMERALDAS
Trilhos saindo da mina. Rejeito é jogado nas profundezas da Serra das Caraíbas. Ao fundo se avista o entorno da Serra das Caraíbas.

GARIMPO DE ESMERALDAS
Mesmo nas baixadas, encostas da Serra, existem várias mineradoras (poços) para encontrar o “veio” das esmeraldas.

GARIMPO DE ESMERALDAS
Um mineiro lavando, peneirando e quebrando o xisto esmeraldino em busca da “pedra verde”.

GARIMPO DE ESMERALDAS
Eu, de costa para vários mineiros (jovens, mulheres e homens), assisto a quebra do xisto (rejeito da mina), que são as lascas de rochas cinzentas em busca das esmeraldas. Alguns destes mineiros separam do xisto a Molibdenita, um minério associado.

GARIMPO DE ESMERALDAS
Caraíba de Cima, uma cidadela no topo da dita Serra, onde só moram garimpeiros, mineiros e comerciantes, se vê os dois lados laterais da rua com suas mesinhas e seus compradores de esmeraldas. Não existe nenhuma outra gema comercializada aqui, só a esmeralda.

GARIMPO DE ESMERALDAS
"Feira do Rato" em Campo Formoso – Bahia, cidade a 60 km da Serra das Caraíbas e que concentra o comércio forte de esmeraldas. Alguns comerciantes e seus lotes de esmeraldas.

CRISOCOLA
Silicato hidratado de cobre. Sistema cristalino: monoclínico. (CuSiO32H2O). Ocorre apresentando uma brilhante crosta em diferentes tons verde ou azulada ou em grupos compactos semelhantes a cachos de uva. Brilho: vítreo, gorduroso, ceroso ou oleoso. Fratura: concóide a irregular. Clivagem: não há. Rastro: azul. Fusibilidade: infusível. Diafaneidade: opaco. Dureza: 2 a 4. Densidade: 2,2. Ocorrência: secundária em depósitos de cobre nas zonas oxidadas dos filões de cobre, associado à malaquita e outros minerais de cobre secundários. Utilizado em joalheria e estatuária. Ocorrem em Mato Grosso, Bahia e Pará.

VERMICULITA


Grupo dos silicatos. (MgFeAl)3(AlSi0)4O10(OH)2.4H2O. Cristalografia: monoclínico, classe prismática. A vermiculita é um mineral semelhante à mica, formado essencialmente por silicatos hidratados de alumínio e magnésio. Quando submetida a um aquecimento adequadro à água contida entre as suas milhares de lâminas se transforma em vapor fazendo com que as partículas explodam e se transformam em flocos sanfonados. Cada floco expandido aprisiona consigo células de ar inerte, o que confere ao material excepcional capacidade de isolação. O produto obtido é inífugo, inodoro, não irrita a pele, é isolante térmico e absorvente acústico. Não se decompõe, deteriora ou apodrece. Não atrai cupins ou insetos. Somente atacado por ácido fluorídico a quente. Pode absorver até 5 vezes o seu peso em água, é lubrificante e tem as características necessárias aos materiais filtrantes. Composição química: 14,39% MgO, 43,48% Al10O3, 12,82% FeO, 11,92% SiO2, 17,87% H2O. Hábito: micáceo. Dureza: 1,5. Densidade: 2,3. Clivagem: perfeita. Fratura: desigual, ausente. Brilho: sedoso a perláceo. Cor: branco, amarelo, marron, dourado. Utilizado nas áreas da construção civil, indústria e agricultura. Ocorre em contato com rochas intrusivas ácidas, básicas e ultrabásicas. Formado pela alteração de biotita, flogopita e clorita. A foto de cima é a vermiculita natural. A foto abaixo é a vermiculita expandida. Amostras extraídas em Sanclerlândia, Goiás, pela mineradora Brasil Minérios Ltda.

MINÉRIO

ROMANECHITA

Um minério de manganês. Grupo dos hidróxidos. Sistema cristalino: monoclínico, prismático. (Ba,H2O)(Mn,Mn)5O10. Romanechita é o nome de um mineral composto basicamente por bário, silício, manganês e oxigênio. Composição e estrutura: pequenas quantidades de Mg, Ca, Ni, Co, Cu e S, podem estar presentes. Características diagnósticas: diferencia-se dos outros óxidos de manganês por sua dureza mais elevada e forma botrioide. Hábito de cristal: botrioidal fibroso ou acicular. Dureza: 5 a 6. Densidade: 5. Cor: preto esverdeado, preto cinza aço. Risco: preto-acastanhado. Brilho: sub-metálico, fosco. Diafaneidade: Opaco. Clivagem: não determinada. Fratura: irregular. Pertence ao grupo da psilomelana. Seu nome é uma referência à localidade de Romanèche, na França onde em 1.910 foi descoberto. A romanechita solta uma graxa preta seca. A foto do alto é uma romanechita maciça e a de baixo, romanechita botrioidal.

HEMIMORFITA
Silicato hidratado de zinco. Zn4(Si2O7)(OH2)H2O. Cristalografia: ortorrômbico, piramidal. Hábito: cristais muitas vezes, divergentes, formando grupos arredondados com chanfraduras ligeiras, reentrantes, entre os cristais individuais, configurando massas modulares e em cristas de galo. Também mamilar, maciça e granular. Dureza: 4,5 a 5. Densidade: 3,5. Brilho: vítreo, subperláceo. Cores: branco leitoso, transparente, esverdeado, azulado, amarelo e castanho. Transparência: transparente, translúcido e opaco. Clivagem: perfeita. Fratura: subconcoidal. Traço: branco. Fusibilidade: resistente à fusão. Origina-se de rochas ígneas e sedimentares. A hemimorfita é um mineral característico das áreas com depósito de zinco e sulfeto de chumbo. Também chamado de calamina. Nome provém do grego referindo ao caráter hemimórfico dos cristais. Ocorre em Adrianópolis-PR, Iporanga-SP e Uberaba e Vazante-MG.

FILITO
É um termo coletivo usado para designar rochas metamórficas xistosas (granulação fina), que tem um brilho prateado, sedoso ou gorduroso. Origina-se em geral de material argiloso, por metamorfismo e recristalização. Composição química: aluminosa, alumino-silicosa, carbonosa, silico-alumino-carbonática. Estrutura: foliação (clivagem ardosiana e, ou de crenulação). Tem por “in natura” diversas colorações: branco leitoso, creme, rosado, roxo, cinza, preto e esverdeado. Estrutura: constitui-se basicamente de micas sericita, feldspato, caulinita, clorita e quartzo. Seu aspecto sedoso se deve a presença de minerais micáceos. Devido à sua natureza química e mineralógica, pode compor até 50% de massas cerâmicas. Originou-se geologicamente na Era Proterozóica. Filitos são muito comuns no Brasil e nos Alpes Centrais. O filito é utilizado na indústria de ração, adubo, sal mineral, borracha, inseticidas, refratários, cerâmicas, concretos e na alimentícia. Extraído no município de Itapeva-SP, pela mineradora Mineração Itapeva.

FÓSSEIS

FORAMINÍFERO
São uma ordem de protozoários rizópodes dentro de uma carapaça calcária ou de aragonita (calcária hialina, porcelânica, ou microgranulares), quitinosa ou podendo ser de outras substâncias aglutinantes externas. Surgiram no Cambriano e vivem até o recente. Abundou em várias épocas da história da Terra (Carbonífero, Cretáceo e Eoceno). Em geral são microscópicos. Algumas formas fósseis ou viventes medem, entretanto, vários centímetros. A morfologia destes animais é feita na observação da quantidade de câmaras, podendo ser só uma ou possuindo várias câmeras e as tecas (estrutura que forma um invólucro protetor), podem ser uniloculares ou pluriloculares. E podem ter uma ou várias aberturas. Uma associação de foraminíferos fornece informações sobre os constituintes do biótipo em que viveram: salinidade, temperatura, luz, teor de oxigênio, nutrição, teor de CaCO3, profundidade e ph da água. Além da sua importância estratigráfica tão conhecida, tiveram papel significativo na formação de sedimentos do passado e mesmo no presente são importantes elementos constitutivos das vasas marinhas. Aplicações: úteis no reconhecimento de rochas geradoras e armazenadoras de petróleo. Ocorreram em todas as profundidades (até as abissais) e desde as zonas estuarinas e de polo a polo. São comuns nos sedimentos e rochas marinhas. Mas poucas espécies em águas doces e salobras. Distribuídos em todos os oceanos. Existem 30 mil espécies classificadas entre fósseis e viventes. Podiam acumular-se em grande número (até 1 km de espessura). A maior parte dos foraminíferos é bentônica (profundidade), vivendo em fundos arenosos ou lodosos. Um grupo relativamente restrito é planctônico (flutuam livremente nas colunas de águas ao sabor das correntes). As tecas podem ser lisas, externamente, ou ornamentadas com cristas, espinhos, etc. Os foraminíferos da foto são Sorites marginalis em mármore italiano.


AGALMATOLITO


Silicato de alumínio hidratado. Al2O3(4SiO2)(H2O). Cristalografia: monoclínico, prismática. Agalmatolito, também conhecida como pagodita, é o nome de uma rocha metamórfica formada pela alteração hidrotermal da rocha riolito. E constituída principalmente por dois minerais a pirofilita e a moscovita, bem como outros minerais acessórios. Morfologia: Agregados folheados e lamelares e cristais poucos desenvolvidos. Material resistente ao calor, a agalmatolito é utilizado como pedra decorativa. Aspecto diagnóstico: sensação gordurosa ao tato. Cor: branco, esverdeado, amarelo, cinzento. Traço: branco. Brilho: gorduroso a nacarado. Diafaneidade: translúcido a opaco. Dureza 1 a 2. Densidade: 2,8. Clivagem: perfeita. Fratura: irregular. Fusibilidade: não é fusível. Usos: tintas, vernizes, cerâmicas, refratários, plásticos, papel, celulose, borracha, sabão, perfumaria, cosméticos, explosivos, alimentos, fertilizantes, defensivo agrícola, construção civil e indústria química. O Brasil e a China são dois dos mais importantes produtores mundiais. Amostras extraídas em Pará de Minas - Minas Gerais e doadas pela mineradora Lamil Especialidades Minerais Ltda.

SÍLEX

Outra variedade cristalina de dióxido de sílica. S1O2. Estrutura cristalina trigonal. Uma variedade criptocristalina do quartzo de constituição granular. Mais um membro da numerosa família de ágatas e calcedônias. Mais resistente e opaco que a calcedônia. Quebram-se em esquírolas de arestas agudas e cortantes. Sem formas geométricas uniformes. São encontradas em volumes pequenos, soltas e espalhadas ou acumuladas em sedimentos e acompanhadas por outros membros de sua variada família. Rastro: incolor. Fratura: concóide. Clivagem: não há. Dureza: 7. Densidade: 2,65. Brilho: vítreo, gorduroso ou mate. Cor: cinza ao beje. Encontrado em todo o mundo. Foi usado pelo homem primitivo como faca, ponta de flexa e também para uso de defesa.

FÓSSIL

LEPIDOTES
Ictiólito (grego: ichthys e lithos = peixe e pedra) ou (peixe fossilizado) da Formação Santana (cretáceo) da Chapada do Araripe. Um peixe escamoso que viveu do Jurássico ao fim do Cretáceo. Carnívoro, comia peixes e moluscos sem casca. Possivelmente viveram em todos os mares e lagos do mundo. E são abundantes os seus registros fósseis. São representados por outras numerosas espécies parecidas. Lepidotes faz parte de um grupo de peixes (Tharrias, Dastilbe, Notelops, Microdon, Cladocyclus, Enneles, Vinctifer e Rhacolepis) já extintos, surgidos durante a Era Mesozóica. Concreção partida longitudinalmente no meio e apresentando os restos do Lepidotes. O comprimento deste ictiólito é de 30 centímetros.

FOSSÉIS

CONCHAS
Bivalves, Braquiópodes, Cefalópodes e Gastrópodes. Estes quatros gêneros de conchas fósseis surgiram a partir do Jurássico (200 milhões de anos) e outras no Cretáceo (140 milhões de anos), sendo que algumas variedades destas espécies ainda se encontram viventes em nossa época atual. Seus “habitats” podiam ser as costas marinhas, os deltas e foz de rios, as regiões lacustres e os continentes.
Algumas conchas tinham poucos centímetros, já outras alcançavam vários metros. Da esquerda para a direita vemos; 1- Pleurotomaria. 2- Rhynchonella. 3- Turritala. 4- Neithea. 5- Venericardia. 6- Amaltheus. 7 e 8- Melanopsis e 9- Aturia.

TURMALINA NEGRA


Ou schorl e ou afrizita. Variedade negra rica em ferro. Estrutura cristalina trigonal. Composição: borossilicato complexo. NaFe3Al6(BO3)3[Si6O18](OH)4. Os cristais são opacos, negros. Já ao longo do comprimento do cristal são estriados longitudinalmente. Uma característica típica da turmalina. É a gema que tem as maiores variedades de nuances de cores. E alguns de seus cristais são multicoloridos. Brilho: vítreo. Dureza: 7,5. Densidade: 3,2. Fusibilidade: funde-se com dificuldade. Traço: incolor. Fratura: concóide a irregular, frágil. Clivagem: não há. As polaridades elétricas são diferentes em cada extremidade. Por atrito, eletriliza-se atraindo pequenos papeis. Encontram-se turmalinas de mais de metro. Ocorrências: muito comum e a característica da turmalina é nos pegmatitos graníticos. Encontrada, também, como mineral acessório nas rochas ígneas e metamórficas, tais como gnaisse, xisto e calcários cristalinos. Seu nome vem do cingalês turamali, antigo Ceilão, atual Sri Lanka. Os maiores jazimentos são em Minas Gerais, Goiás, Bahia e Paraíba. A primeira turmalina contém incrustação de malacacheta (mica), a segunda penetrada no quartzo leitoso e a terceira pura, sem nada.
 
CROMITA

Óxido duplo de ferro e cromo. FeCr2O4. Contendo 32% Fe e 68% Cr. A cromita é o único minério de cromo. Estrutura cristalina: isométrico, hexaoctaédrica. Hábito: octaédrico. Cristais raros e pequenos. Fusibilidade: infusível. Traço: castanho, escuro e preto. Clivagem: ausente, quebradiço. Fratura: concoidal. Dureza: 5,5 a 6,5. Densidade: 4,7. Morfologia: comumente maciço, granular e compacta. Brilho: submetálico a metálico. Cor: preto do ferro ao preto-acastanhado. Ocorrência: rochas ígneas, metamórficas e em meteoritos. A cromita é um constituinte comum dos peridotitos e dos serpentinitos deles derivados. É um dos primeiros minerais a se separar do magma que se resfria. Pensa-se que os grandes depósitos de cromita se teriam formado por essa diferencição magmática. Associa-se com a serpentina, coríndon e a olivina. O elemento metálico mais abundante, depois do ferro, manganês, alumínio e o cobre. Utilizados nas indústrias metalúgicas, químicas e de reflatários. Ocorrem: Andorinha, Campo Formoso, Cansanção, Monte Santo, Queimados, Santa Cruz e Uauá – Bahia; Mazagão – Amapá e Alvorada de Minas – Minas Gerais. Amostras extraídas em Campo Formoso – Bahia, e doadas pela mineradora Cia de Ferro Ligas da Bahia - Ferbasa.

MINÉRIO

TITÂNIO
Titanossilicato de cálcio. CaTiOSiO4. Sistema cristalino: monoclínico. É o nono mineral mais abundante na natureza.  O Titânio não é encontrado livre na natureza, mas junto com o rutilo, ilmenita, esfênio, leucoxênio e o anatásio. É forte como o ferro, porem 45% mais leve, e mais resistente que o alumínio. Apresenta especial resistência à pressão e corrosão. Origem: rochas magmáticas e metamórficas. Ocorrem: como material acessório em rochas ígneas, metamórficas e pegmatitos. O titânio metálico é usado como um agente de ligas de metal, incluindo o alumínio, ferro, molibdênio e manganês. As ligas de titânio são utilizadas principalmente na indústria aeroespacial, aeronaves e são resistentes a temperaturas. Também em materiais cirúrgicos, tintas, automóveis, etc. Morfologia: cristais tabulares, granular e maciço. Cor: incolor, amarelo, castanho, verde, cinzento a preto.  Rastro: negro. Brilho: pode ser vítreo a baço e prateado da prata. Dureza: 5 a 5,5. Densidade: 4,4. Diafaneidade: Opaco. Fusibilidade: 1.668°C. Fratura: irregular. Clivagem: boa. Radioatividade: não é radioativo. Hábito: cristais microscópicos visíveis apenas com microscópio. O titânio está presente em meteoritos e no sol e em algumas rochas trazidas da Lua. O titânio em tela é uma magnetita-titanita - TiO2, com 22,41% de titânio e 67,97% ferro e Si, Al, Mg, Mn, Ca, P e S. Amostra mineral extraída em Santa Bárbara de Goiás, e doada pela mineradora Titânio Goiás S/A.

CRISOTILA
Silicato hidratado de magnésio. Mg3(Si2O5)(OH)4. Sistema cristalino monoclínico. Amianto ou asbesto é o nome dado a um grupo de minerais fibrosos de composição diversos. As variedades de amianto dividem-se em dois grupos, de acordo com sua composição química e estrutura cristalina: o grupo das serpentinas e o grupo dos anfibólios, que se caracterizam por fibras duras, retas e pontiagudas, são: antofilita, amosita, crocidolita, tremolita e actinolita. No grupo das serpentinas, a principal variedade é a crisotila, sendo o mineral asbestiforme mais encontrado na natureza. Suas fibras são curvas e sedosas, e seus efeitos na saúde humana são diferenciados e menos significativos do que os dos outros tipos de amianto (CHURG, 1988). Dureza: 2 a 3. Densidade: 2,5. Cor: branca, cinza, verde, amarelo e marron. Rastro: branco ou incolor. Brilho: sedoso ou gorduroso. Fusibilidade: infusível. Clivagem: inexistente. Fratura: irregular. Hábito cristalino: fibroso. Origem: todas as formas de asbestos são minerais metamórficos associados a suas rochas hospedeiras. A maior parte do amianto consumido no mundo é empregada no fabrico de produtos de cimento-amianto: placas planas, chapas onduladas, calhas, perfis, tubulações de água e esgoto, caixas d'água e moldados diversos. Também é utilizado na produção de vestimentas de segurança, pastilhas de freios, disco de embreagem, papelão hidráulico, filtros, mantas isolantes, etc. Principais ocorrências: Brasil, Canadá, Cazaquistão, Rússia e Zimbabwe. Amostra extraída em Minaçu – Goiás, e ofertada pela mineradora SAMA – SA.

MOLIBDENITA

Minério de molibdênio. Composição: sulfeto de molibdênio. MoS2. (Mo 59,9% e S 40,1%). Cristalografia: hexagonal; bipiramidal-dihexagonal. Cristais em placas configuradas de maneira hexagonal ou em prismas curtos, ligeiramente cônicos. Comumente laminada, maciça ou em escamas. Ocorrências: a molibdenita forma-se como mineral acessório em certos granitos, pegmatitos e aplitos. Comum em depósitos de filões, associada à cassiterita, wolframita, fluorita, scheelita, calcopirita e quartzo. Origem: magmática e em contato com depósitos metamórficos. Cor: metálico e cinzento-chumbo. Risco: preto e acinzentado-metálico. Brilho: metálico. Diafaneidade: Opaco. Dureza: 1 a 1,5. Densidade: 4,60. Clivagem: perfeita. Fusibilidade: infusível. Ao tato, sensação de gordura, deixa marca nos dedos. É o 54º material mais abundante na Terra e o 25º nos oceanos. Amostras de xistos contendo molibdenita, esmeralda, quartzo e micros flogopitas. A molibdenita são as manchas metálicas e brilhantes. Minerais extraídos no topo e bojo da serra das Caraíbas na região de Campo Formoso, Bahia.

CORNALINA
Grupo do quartzo. SiO2. Estrutura cristalina trigonal. Dióxido de silício. É uma variedade de calcedônia, micro-cristalina. Desprovida de formas geométricas, apresenta-se sempre em massas compactas que podem ser radiadas, mamilares ou concrecionadas. A fratura concoidal é muito diferente da do quartzo pelo seu brilho baço e natureza escamosa. Dureza: 7. Densidade: 2,60. Brilho: vítreo a céreo. Diafaneidade: translúcido a opaco. Cor: laranja, avermelhado, marron, branco, leitoso, cinzento e castanho. Traço: branco. Na antiguidade, acreditava-se que estancava a hemorragia e acalmava.

TURQUESA
Menção que faço da única jazida de turquesa descoberta no Brasil e na Bahia, numa região denominada de Serrote da Lagoa Seca, perto do povoado de Casa Nova, existe um filão de turquesa, encaixado nos gnaisses do escudo. Essa jazida, a primeira descoberta no Brasil, foi coberta pelas águas da Barragem de Sobradinho. A turquesa estava associada a outros fosfatos, como, por exemplo, a variscita. Um fosfato básico, hidratado de alumínio. CuAl6(PO4)4(OH)84H2O. Cristalografia: triclínico, pinacoidal. Raramente em cristais minúsculos, ordinariamente, criptocristalino. Maciça e compacta, reniforme, estalactita. Em camadas delgadas, incrustações e grãos disseminados. Muitas turquesas apresentam vênulos ou nódulos. Dureza: 6. Densidade: 2,60 a 2,80. Brilho: vítreo e ceroso. Cor: azul celeste, verde-azulado e verde. Fusibilidade: infusível. Clivagem: não há. Fratura: concóide. Traço: branco ou verde pálido. Diafaneidade: Opaco. Formação: rochas magmáticas e sedimentares ricas em alumínio. Os egípcios foram os primeiros a utilizarem, e os astecas também faziam uso desta gema. Jazidas no Afeganistão, Chile, Irã, México e Turquestão. A turquesa da foto é a mencionada no texto e é de minha lavra. 

MORION
Ou enfumaçado. Sistema cristalino: hexagonal (trigonal) prisma de seis faces. SiO2. Ligeiramente amarronzado para o escuro. A cor adquirida pode ter acontecido por irradiação natural no interior do solo. Brilho: vítreo. Dureza: 7. Densidade: 2,60. Traço: branco. Diafaneidade: transparente a translúcido. Clivagem: não há. Fratura: concóide e quebradiça. Rocha de origem magmática. Usa-se em joalheria. Encontra-se em Minas Gerais, Goiás e Bahia. Peça fotografada de colecionador com um peso de mais ou menos 100 Kg.

JADE
O jade é o nome dado a dois minerais diferentes; um, a jadeíta NaAl(Si2O6) é um silicato de alumínio e sódio, do grupo da augita ou piroxênio. O outro, a nefrita Ca2(Mg,Fe)5(Si4O11)2(OH)2  é um silicato de cálcio, magnésio e ferro, do grupo da actinolita, é um anfibólio, sendo esta muito comum. Sistema cristalino monoclínico. A distinção entre jadeíta e nefrita é, de qualquer modo, difícil, o que pode ser um motivo para que a palavra jade continue sendo um termo para designar a ambas. As duas são rochas duras de grão fino, adequadas à confecção de esculturas. Exclusivamente metamórfica em rochas muito metamorfoseadas. Podem acontecer de ter blocos de várias toneladas. Extremamente tenaz e difícil de quebrar. Cor: do verde maçã ao verde esmeralda e até de outras cores. O jade é mais ou menos translúcido, mas nunca transparente. Brilho: vítreo, nacarado e resinoso. Clivagem: boa no sentido do comprimento. Fratura: irregular, estilhaçada e aguda. Morfologia: cristais prismáticos, agregados aciculares e granulares. Dureza: 6,5 a 7. Densidade: 3,2. Traço: incolor. Podem ser manchadas ou ter pigmentos pretos. Jade significa pedra dos rins, pois se acreditava que curava os rins. Ocorre: Bahia e Minas Gerais.   

VESUVIANITA
Silicato básico de cálcio, alumínio, ferro e magnésio. Ca19(Al,Mg,Fe)13Si18O68(OH,F,O)10. Sistema cristalino tetragonal. Ocorrem em rochas metamórficas e raramente magmáticas em rochas alcalinas. Cor: amarelo, verde, marron, azul e vermelho. Dureza: 6,7. Densidade: 3,3. Rastro: branco ou incolor. Brilho: vítreo a mate. Fusibilidade: infusível. Diafaneidade: transparente a translúcido. Clivagem: imperfeita. Fratura: irregular a concoidal. Morfologia: cristais prismáticos a tabulares, agregados colunares com estrutura radial, granular, maciços. Deve-se seu nome ao vulcão Vesúvio, onde primeiramente foi descoberto. Ocorre em Jacupiranga – SP, e Currais Novos e Parelhas – RN.
ÁGATA

Óxido de silício. SiO2. Sistema cristalino: hexagonal (trigonal). As ágatas são calcedônias zonadas, formadas pela sucessão de camadas de cores diferentes. As camadas ou listas paralelas, são finas, delicadas, retas, usualmente curvas e em algumas espécies, concêntricas. As faixas ocorrem numa mesma cor ou são multicoloridas. No interior central podem acontecer cristalizações de quartzo e até geôdo. As ágatas são rochas ígneas. Dureza: 7. Densidade: 2.60. Clivagem: não há. Fratura: concoidal. Traço: branco. Transparência: translúcido a opaco. Cores: avermelhada, acinzentada, azulada e amarronzada. Podem apresentar opalização e palidez em alguns exemplares. Esta ágata da foto é apreciada e admirada por colecionadores como ágata “temática”, por apresentar figuras e desenhos naturais e incomuns na superfície. Por apresentar o exterior brilhante, polida e conservada (parecendo envernizada) e não oxidada, são oriundas do fundo de rios. Pode-se tingir a ágata de qualquer cor, por processos químicos ou térmicos. Ocorrem em Uberaba e Frutal em Minas Gerais.

BAUXITA

Principal minério de alumínio ou a matéria-prima para a obtenção do alumínio. A bauxita não é considerada como uma espécie mineral, mas sim como nome de rocha, bauxito. Rocha sedimentar, uma mistura de hematita parda, minerais argilosos, quartzo e, sobretudo hidróxidos de alumínio, como bohmita, diásporo, hidragilita (gibbsita) e cliachita (ou alumogel). Sua característica é de agregados granulosos a compactos terrosos. Dureza: 2,5 a 3. Densidade: 2,4 a 3,4. Cores: branca, amarela, pardacenta e avermelhada. Fusibilidade: infusível.  Traço: amarelado a pardo-avermelhado. O seu nome é devido à região de Les Baux de Provence, onde foi primeiramente descoberto. Ocorrências: Ouro Prêto, Nova Lima e Poços de Caldas em MG. Muqui, ES. Juruti, Paragominas e Trombetas no Pará. Amostra da foto, extraída em Poços de Caldas - Minas Gerais e doada pela Mineradora Curimbaba.

ESPODUMÊNIO
Silicato de alumínio e lítio. LiAl(Si2O6). Cristalografia: monoclínico. Cristais de hábitos prismáticos, achatados, alongados e usualmente grossos. Estriados profundamente e com as faces corroídas, marcadas e sulcadas em todos os lados. Clivagem: perfeita. Dureza: 7. Densidade: 3,2. Brilho: vítreo. Traço: branco. Fratura: irregular. Luminescência: laranja. Origem: magmática. Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. O mineral espodumênio é a principal fonte do mais leve dos metais, o Lítio. O espodumênio quando cristal transparente e apresentando cor é gema preciosa - rosada ou lilás é Kunzita, verde é Hiddenita e amarelada é Trifana. O nome “spodumenos” do grego, significando “queimado até as cinzas”, em alusão a cor cinza do mineral não gemológico, primeiramente encontrado. Ocorrem em Conselheiro Pena, Galiléia, Itinga, Minas Novas, Resplendor, Sabinópolis e Teófilo Otoni em MG. Colatina, ES e Seridozinho na PB. As resevas de Lítio no mundo concentram-se no Chile 50,50%, Bolívia 33,67%, Argentina 5,39%, Austrália 3,91%, China 3,64%, Brasil 1,28%, Canadá 1,21%, Estados Unidos 0,26 e Zimbabwe 0,15%. Fonte, US Geological Survey. Amostra da foto extraída em Araçuaí – MG, e doada pela mineradora Companhia Brasileira de Lítio.

COLUMBITA-TANTALITA
Um óxido de nióbio, tântalo, ferro e manganês, podendo ter ainda tungstênio e estanho. (Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6. Apresentam-se, sob a forma de uma mistura de óxidos de dois metais raros, a columbita e o tântalo. Cristalografia: ortorrômbico. Fusibilidade: 3.290°C. Dureza: 6. Densidade: 5,2 a 8,1 (a densidade aumenta conforme a concentração de tântalo). Brilho: metálico. Cor: negro pardacento, preto de ferro e chumbo de vários matizes. Traço: avermelhado para escuro. Fratura: irregular. Clivagem: perfeita. Origem: pegmatitos graníticos e aluviões. Ocorrências: Nazareno e Coronel Xavier Chaves – MG, Ariquemes e Jamari – RO, Juazeirinho – PB, Acari – RN. Também produtores, Austrália, Congo, Ruanda e Rússia.

AMETISTA

Óxido de silício. SiO2. Sistema cristalino hexagonal (trigonal), prisma de seis faces. Cor: violeta de várias nuance. Brilho: vítreo. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Clivagem: não há. Fratura: concóide, quebradiça. Transparência: transparente e opaca. Fluorescência: fraca e esverdeada. Traço: branco ou incolor. É uma variedade do quartzo de cor violeta, formada pela presença de compostos de ferro, manganês e titânio. Encontra-se em drusas, geodos e cavidades. O nome vem do grego, significando não ébrio. Foi muita apreciada na antiguidade por reis e cardeais. Em Marabá no Pará, existe uma variedade aveludada. Existem ocorrências em Minas Gerais, Bahia, Goiás, Piauí e Rio Grande do Sul.


BASALTO
Rocha magmática ou vulcânica que também são denominadas como rochas extrusivas ou rochas de derrame. Até hoje ela é formada pelo vulcanismo, expelida em forma de lava fluída e com fusão acima de 1000°C. Pode estender-se em largos mantos ou erguer-se em massas colunares. O basalto é uma lava negra e densa constituído principalmente por piroxênio, olivina e feldspato, tão finamente cristalizados que não se pode identificá-los a olho nu. O basalto é compacto e dificilmente se quebra. No geral, o basalto é constituído de feldspato e de minerais ferromagnesianos em partes iguais. A cor varia do negro absoluto a um cinzento-escuro e às vezes esverdeado. Quando ocorrem bolhas de gás no resfriamento rápido, origina-se uma rocha porosa. Nas cavidades basálticas aparecem intrusões de ametistas, calcita, zeólitas e outros minerais. O basalto altera sua cor em clima seco e também em clima húmido. A decomposição do basalto deu origem à chamada terra roxa, de grande fertilidade. Foto do maciço colunar de basalto da mineradora, Construtora e Pedreira Beira Rio.

TALCO

Silicato hidratado de magnésio. Mg3Si4O10(OH)2. Sistema cristalino monoclínico. Cristais raros.Cor: branco, cinzento, marron, amarelado, avermelhado e esverdeado. Traço: branco ou incolor. Brilho: gorduroso, ceroso e oleoso. Fusibilidade: infusível. Dureza: 1. Densidade: 2,8. Fratura: irregular. Clivagem: exfoliação perfeira. Diafaneidade: translúcida a opaco. Tato: gorduroso, oleoso e sedoso. Resistente ao calor. Origem: rochas metamórficas. Usos: nosso talco corporal, é só moer a rocha. É um dos silicatos de maior emprego industrial; suporte para industrias de tintas, inseticidas, cerâmicas, reflatários, borrachas, cosméticos, etc. Apresenta-se em formas compactas, fibrosas ou foliáceas. A variedade mais compacta tem o nome de esteatito. O nome talco é de origem antiga e duvidosa, derivando, provavelmente do árabe, talk. Conhecido desde a mais remota antiguidade, foi utilizado na Babilônia, Egito e China. Ocorrências: Carandaí e Ouro Prêto - MG, Bom Sucesso de Itararé - SP, Resende - RJ, Ponta Grossa - PR e Brumado - Bahia. Amostra extraída em Brumado, Bahia, e doada pela mineradora Magnesita S/A.

MAGNESITA

Carbonato de magnésio. MgCO3. Sistema cristalino hexagonal. Usualmente, criptocristalino, em massas compactas e ou terrosas. Raramente em cristais. Dureza: 3,5 a 5. Densidade: 3,2. Cor: Branco, cinzento, amarelo, acastanhado e avermelhado. Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. Fusibilidade: infusível. Traço: branco ou incolor. Clivagem: perfeita. Fratura: concoidal. Luminescência: azul ou verde. Fluorescência: torna-se luminosa. Origem: rochas sedimentares e metamórficas. Brilho: vítreo, mate e sedoso. Refratário ao calor. Nome: denomina-se, assim, devido a sua composição. Ocorrências: Brasil, Estados Unidos, Grécia, Itália e União Soviética. Amostra doada pela mineradora Magnesita S/A e extraída em Brumado na Bahia.

CITRINO
Óxido de silício (anidro silícico). SiO2. Sistema cristalino: hexagonal (trigonal), e prismas de seis faces com pirâmides. Quartzo cor de limão. A substância corante é o ferro. O quartzo é um mineral formador de rochas e, também, uma pedra ornamental e uma gema. Entre todos os minerais, o quartzo é um composto químico de pureza quase completa e possui propriedades físicas constantes. Contudo, as análises espectográficas mostram que mesmos seus cristais mais perfeitos tem traços de lítio, sódio, potássio, alumínio, ferro, manganês e titânio. O citrino de qualidade gema é extremamente raro. Origem: rochas ígneas e pegmatitos graníticos. Composição química: Si 46,7% + O 53,3%. Dureza: 7. Densidade: 2,65. Brilho: vítreo. Traço: branco. Clivagem: nenhuma. Fratura: concóide e estilhaçada. Diafaneidade: transparente. Fluorescência: não há. Do latim: citrus. Existem em Espanha, Madagascar e Rússia. No Brasil, em Minas Gerais, Goiás e Bahia. 

ELEMENTO NATIVO

GRAFITE

É um polimorfo de carbono. Cristais (hexagonais) raros. A palavra grafite vem do grego “graphein” = escrever. A grafita origina-se por metamorfismo da matéria carbonosa de natureza orgânica. Este metamorfismo que afeta os jazigos de carvão é que origina o grafite. O grafite ocorre em palhetas ou compacta, é negra, de brilho metálico cinza, fosco, opaco, de tato untuoso e mancha os dedos. Clivagem perfeita. Traço: cinzento ou castanho escuro. Fratura: irregular. Fusibilidade: funde à partir de 3.650º C. Dureza: 1. Densidade: 2. Encontra-se nas rochas eruptivas e metamórficas. Hábitos cristalinos: veios lamelares em certos jazigos e grânulos em rochas metamórficas. O grafite possui composição química igual a do diamante, isto é, carbono puro. No entanto, estas duas substâncias não são iguais e a diferença reside na disposição dos seus átomos (possuem arranjos cristalográficos diferentes). Os minerais associados incluem quartzo, calcita, mica, ferro, turmalina, feldspato, caolinita, sericita e goethita. A mineração do grafite ocorre em minas a céu aberto ou jazimentos submersos. O grafite tem a menor dureza e o diamante a maior dureza. O grafite é condutor de eletricidade e o diamante é isolante elétrico. O grafite é um lubrificante perfeito e o diamante um abrasivo total. O grafite cristaliza-se no sistema hexagonal e o diamante no sistema isométrico. Utilização: em lápis, materiais refratários, cadinhos em fundição de aço, baterias, lubrificantes e como moderador nos reatores nucleares. Ocorre: Minas Gerais e Bahia. Amostra mineral extraída no município de Salto da Divisa – Minas Gerais e doada pela mineradora Nacional de Grafite S/A.

CARBONETO

CARVÃO MINERAL
Também carvão fóssil ou carvão de pedra. É uma rocha combustível fóssil natural e extraído do solo mediante processo de mineração. Formaram-se a partir de troncos, raízes, folhas, sementes, galhos e todo tipo de vegetação de densas florestas em ambientes pantanosos há 345 milhões de anos na era Paleozóica e a partir do período Carbonífero. O carvão é oriundo da celulose da vegetação, transformada pelo tempo por pressão, calor, bactérias e outros agentes anaeróbicos em uma massa carbonosa. Já consolidado, torna-se um mineral (rocha) de cor preta ou marrom pardacenta altamente combustível. Às vezes notamos em um pedaço de carvão vestígios isolados de celulose, folha, semente, pólen, tronco, etc. A porcentagem de carbono é que nomeia os tipos de carvão; Turfa 65%, Linhito 75%, Azeviche 80%, Hulha 85%, Antracito 95% e Grafite 100%. Os jazigos carboníferos, segundo definição geológica não são rochas autênticas. Entretanto, como são componentes sólidos da crosta terrestre e estão já alterados, é incluído como rocha sedimentar e por ser um bem mineral de cunho econômico. Estas amostras são de Hulha. Amostras doadas pela  Indústria Carbonífera Rio Deserto e extraído em Criciúma – Santa Catarina.

PEDRA DO SOL


Silicato de sódio, cálcio e alumínio. Sistema cristalino triclínico. É uma espécie de feldspato pagioclásio (oligoclácio). Rocha (mineral) descoberta em 1.700, com brilho típico de vermelho cobre, cintilante, devido á penetração da luz nas inclusões microscópicas de hematita e goethita, ganhou o nome de pedra-do-sol em alusão ao sol. Fratura: estilhaçada e granulada. Clivagem: perfeita. Cor do traço: branco. Dureza: 6 a 6,5. Brilho: vítreo, metálico e gorduroso. Densidade: 2,65. Transparência: opaco. Fluorescência: vermelho pardo escuro. Cor: alaranjada e vermelho pardo. Fusibilidade: resistente a fusão. Origem: rochas ígneas e matamórficas. Usos: em joalheria e adorno. Ocorrem: Minas Gerais, Canadá, Estados Unidos, Índia, Noruega e Rússia.

PEDRA DA LUA

Grupo do feldspato. Silicato de alumínio e potássio. Sistema cristalino monoclínico. A mais preciosa das gemas do grupo do feldspato. Também é um ortoclásio. É característica da pedra-da-lua o brilho perolado e de opalescência. Dureza: 6 a 6,5. Densidade: 2,60. Cor do traço: branco. Clivagem: perfeita. Fratura: desigual. Brilho: vítreo e sedoso. Transparência: transparente a turvo. Fusibilidade: resistente à fusão. Fluorescência: fraco, azulado e ou alaranjado. Origem: rochas ígneas. Gema branco leite, translúcida com aspecto cintilante, prateado e perolado, lembrando o lampêjo lunar. O principal encanto da pedra-da-lua é o efeito óptico que esta gema exibe, conhecida como adularescência (da adulária), com uma cor azulada ou branca leitosa que lembra o brilho do luar, daí derivando seu nome. Amostra com penetrações de biotita (uma variedade de mica). Ocorrências: Brasil, Estados Unidos, Índia, Madagascar, México, Mianmar, Ski Lanka e Suíça.

FOSFOFILITA
Fosfato de zinco hidratado. Sistema cristalino monoclínico. Uma das gemas mais raras, portanto, uma das mais cobiçadas pelos colecionadores. Cor: variam do incolor ao verde-azulado, mas os melhores espécimes são de um verde bem delicado com uma transparência de suavidade e encantamento. Dureza: 3,5. Densidade: 3,10. Diafaneidade: transparente a translúcido. Brilho: vítreo. Clivagem: boa. Fratura: irregular. Morfologia: cristais tubulares, curtos a compridos e também granulares. Origem: Rochas magmáticas em zonas de oxidação de depósitos de minérios e em pegmatitos graníticos, onde substituem fosfatos primários. São encontrados em Minas Gerais, Alemanha, Bolívia e Estados Unidos.

CRISTAL DE ROCHA

Ou quartzo. Óxido de silício. SiO2 Sistema Cristalino trigonal. Apresenta geralmente uma coluna hexagonal com faces piramidais nos extremos. Cor: branco transparente ao incolor tenuemente encardido. Podem acontecer inclusões de agulhas de rutilo, grafite, turmalina, etc. As colorações que os cristais tomam provem de elementos minerais como o manganês, ferro, níquel, etc., ou ao efeito de radiação natural (quartzo defumado ou morion). Brilho vítreo. Clivagem: inexistente. Fratura: concoidal. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Origem: magmática e metamórfica. Diafaneidade: transparente, translúcido e opaco. Rastro: branco. Fusibilidade: infusível. As jazidas mais importantes estão no Brasil.

CRISTAL HIALINO
Um quartzo. Óxido de silício. Só que puríssimo, incolor, límpido, da cor ou transparência do vidro. É a variedade mais pura de todos os outros quartzos transparentes. E com a mesma química e propriedade dos outros cristais. Ocorre em pedaços compactos de todos os tamanhos, com faces lascadas concoidais. Clivagem: inexistente. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Diafaneidade: super transparente. Rastro: branco. Fusibilidade; infusível. Brilho vítreo. Palavra do grego Krystallos significando gelo eterno. Quimicamente puro este cristal é utilizado em ótica fina e de precisão, astronomia e microscopia. Achado em Minas Gerais.
 
MOSCOVITA

Outra variedade de mica. Mica potássica. Sistema cristalino monoclínico, prismático. Características de rochas silicosas. A muscovita cristaliza-se em formas de tabletes colunares pseudohexagonais. De clivagem perfeita, suas lâminas são flexíveis e muitíssimas finas. Fratura: irregular. Transparentes a translúcidas. Cores: de matizes acastanhados, amarronzados, amarelados e esbranquiçados. Dureza: 2 a 2,5. Densidade: 2,80 a 2,90. Brilho vítreo a nacarado. Origem: rochas ígneas e metamórficas. Ocorrem em grandes metragens. Utilizado em eletrônica, como isolador e material incombustível. A muscovita recebeu esta denominação, vidro de mocóvia, dado seu uso como substituto do vidro na antiga Rússia (Moscóvia).

CARBONETO

XISTO BETUMINOSO
Ou folhelho pirobetuminoso. O xisto betuminoso possui atributos do carvão mineral e também do petróleo, ocorrendo como outra variedade de carbono. É uma rocha oleígena, normalmente argilosa, que contém betume e querogênio, um complexo orgânico que se decompõe termicamente e produz óleo e gás. Ao ser submetido a temperaturas elevadas, o xisto libera um óleo semelhante ao petróleo, água e gás, deixando um resíduo sólido contendo carbono. O xisto é considerado, mundialmente, a maior fonte em potencial de hidrocarbonetos. Estes dois tipos de xistos, o betuminoso e o pirobetuminoso tem suas peculariedades características. No xisto betuminoso, a matéria orgânica (betume) está disseminada em seu meio e é quase fluída, sendo facilmente extraída. No xisto (folhelho) pirobetuminoso a matéria orgânica (querogênio) é transformada em betume e é um mineral sólido a temperatura ambiente. O refino tradicional do xisto se obtém nafta, gasolina, óleo diesel, óleo combustível e gás liquefeito correspondente aos mesmos derivados do petróleo extraído dos poços. Também gera uma infinidade de subprodutos e rejeitos do tipo calxisto, cinza do xisto, torta oleosa, finos de xisto e água de retortagem que são aproveitados. Estes depósitos xistosos tem idade de até 400 milhões de anos ocorrendo nos períodos do Devoniano, formação Caruá no Pará, Amazonas e Amapá.  Permiano, formação Irati no Paraná e formação Santa Brígida, Bahia. Cretáceo, formação Maraú – Bahia, formação Codó – Maranhão, mais Alagoas e Ceará, e do Terciário o vale do Paraíba – São Paulo. O Brasil detém a segunda maior reserva de xisto. Amostras doadas do jazimento e da Usina da Petrobrás de São Mateus do Sul – Paraná. Cortesia da Petrobrás.

TOPÁZIO AMARELO
Silicato de alumínio e flúor. SiO2 Sistema cristalino ortorrômbico. Em cristais prismáticos, terminados em bipirâmides. Também em grandes massas cristalinas  ou em grânulos pequenos. Dureza: 8. Densidade: 2,6. Cor do rastro: branco. Brilho: vítreo. Origem: rochas magmáticas. Clivagem: perfeita. Fratura: irregular. Diafaneidade: transparente a translúcido. Cores: todos os matizes do amarelo. Nome de batismo de uma ilha do Mar Vermelho, Topazion. Já foram emcontrados topázio amarelos com alguns metros de comprimentos e com algumas centenas de quilogramas. Ocorrem em Minas Gerais, Bahia e Goiás. Um exemplar em bruto e outra lapidada.

GARIMPO DE DIAMANTE
Um acampamento de garimpeiros. Aqui, alguns garimpeiros construíram suas choupanas e vivem ao lado das covas diamantíferas. Nesta superfície da foto, se vê os seixos de tamanhos grandes que sobram no trabalho de seleção na garimpagem.

GARIMPO DE DIAMANTE
Escavação profunda para se chegar nos veios de cascalho diamantífero. Em alguns terrenos podem haver várias camadas sobrepostas, mas só as com cascalhos que contém o diamante é que interessa.

GARIMPO DE DIAMANTE
Nesta engenhoca (um jigue) é derramado o cascalho mais apurado, ele é lavado e separado em grades para reter o cascalho mais miudo e junto com o possível diamante. O diamante por ser mais pesado é retido nestas grades de separação ou de retenção.

GARIMPO DE DIAMANTE
Depois de apurado nas grades de rentenção, o cascalho é lavado em três peneiras de três malhas de grossuras diferentes. Nesta atividade o diamante pode aparecer em qualquer das malhas, conforme o tamanho dele. A garimpagem também pode ser direta. O cascalho vem de carrinho de mão ou em lata, sem pedras grandes, para a beira dágua, para lavagem e apuração da gema.

GARIMPO DE DIAMANTE
No centro deste concentrado de minerais pesados e escuros (satélites) encontra-se o diamante. Os garimpeiros denominam satélites um ajuntamento de minerais característicos que o acompanham e o denuncia. Em todas as regiões de "cata", os garimpeiros usam termos curiosos para identificação dos acompanhantes do diamante, os satélites: figo de galinha, marubé palha de arroz, chicória, fundo, ferragem, fava, feijão, ovo de pomba e osso de cavalo, etc. Esses nomes engraçados são minerais como o rutilo, o tântalo, o nióbio, a turmalina negra, o anatásio, a pirita, magnetita, o zircão, o jaspe, a cianita, a mica e a granada de várias cores.

FÓSSEIS

RHACOLEPIS
Ictíolito da Formação Santana, chapada do Araripe. Período do Cretáceo. 70 milhões de anos. O comprimento das concreções é de 5 cm de comprimento e partido longitudinalmente. No interior das concreções, observam-se quatro restos ósseos de alevinos (filhotes de peixes) Rhacolepis.

MINÉRIO

BORNITA
Minério de cobre. Sulfeto de cobre e ferro. Cu5FeS4. Sistema cristalino cúbico. Denominado “minério pavão” devido a sua coloração iridescente. Clivagem: imperfeita. Fratura: concóide. Cor: amarelo-bronze, marron, azul, verde, violeta e púrpura. Traço: cinzento e preto. Brilho: metálico. Fusibilidade: fusível. Dureza: 3. Densidade: 4,9 a 5,3. Ocorrência: rara. Origem: rochas ígneas e sedimentares. A bornita às vezes é aurífera. Bornita provém do nome do mineralogista alemão Von Born (1742-1791). Ocorre: Vazante, MG. Carajás, PA. Jaguararí  e Ibipitanga, BA e Caçapava do Sul, RS. Amostras extraídas numa profundidade de 522 metros ao nível do mar no município de Jaguararí - Bahia, e doada pela Mineração Caraíba S/A.

SELENITA
Ou gipso (gesso). Sulfato hidratado de cálcio. CaSO4.2H2O. Sistema cristalino monoclínico. Encontrado em grandes depósitos sedimentares, formado por precipitação a partir de águas salgadas que se evaporaram sob a influência de um clima seco. Dureza: 2. Densidade: 2,3. Diafaneidade: transparente a opaco. Cor: transparente, leitoso e outras nuanças de cores. Brilho: nacarado a sedoso. Fusibilidade: fusível. Fluorescência: fluorescente. Clivagem: perfeita. Fratura: fibrosa. Solubilidade: solúvel em água. As rosas do deserto são agregados de cristais de gesso. O alabastro é formado de grãos muito finos e compactos, sendo outra variedade de gipso. Ocorrem: em Codó, MA. Simões, PI. Crato, CE. Mossoró, RN. Araripina, PE e Tomé, RJ.

HEMATITAS
O mais importante minério de ferro. Óxido de ferro. Sistema cristalino romboédrico. Muitas vezes formando rosetas ou massas terrosas vermelhas (ocra vermelha). Dureza: 5,5 a 6,5. Densidade: 5,2. Clivagem: inexistente. Cor: cinzento, metálico ou não, preto ou vermelho. Traço: vermelho. Brilho: metálico. Fusibilidade: infusível. Ocorrência: muito comum. Origem: rochas ígneas e sedimentares. De pouco magnetismo. Derivado de uma palavra grega que significa sangue, em alusão a cor do mineral pulverizado. Ocorrências: Itabira, MG. Carajás, PA e Urucum, MS. Nota: minério bruto e outro polido.

FÓSSEIS

OVO DE DINOSSAURO
E de um saurópode (grego, sauro = lagarto + pode = pé), lagarto do pé grande, aquele grandalhão, pescoçudo e rabudo. Estes ovos oferecem pistas sobre a vida e o comportamento dos dinossauros. Em alguns casos os embriões estão preservados dentro dos ovos e também achamos o filhote morto junto à casca do ovo rompido. Era manso e herbívoro. Passava algum tempo dentro dágua para descansar e sustentar tamanho gigantismo e ainda comer plantas no fundo de lago ou mares. Este era o tamanho de seus ovos para animais gigantescos como o Titanossauro uberabensis (grego, titan = enorme e sauro = lagarto) lagarto gigantesto. Os peixes atuais também desovam numerosos ovos e diminutos. Idade além dos 65 milhões de anos a idade do Cretáceo. A minha mão sustenta um ovo.

OPALA

Óxido de silício hidratado endurecido, normalmente contendo de cinco a dez por centro de água. SiO2.nH2O. Portanto ela não é cristalina, diferentemente da maioria das gemas ela pode secar e rachar. A origem do nome opala é uma palavra sânscrita, upala, que significa pedra preciosa.  Existem muitas variedades, as gemas preciosas ou nobres, as iridescentes, as de fogo, as opacas, as porcelanizadas e outras mais. Estrutura cristalina amorfa. Dureza: 6. Densidade: 2,10. Brilho: vítreo, mate, terroso, ceroso. Transparência: transparente, translúcido e opaco. Clivagem: nenhuma. Fratura: concoidal, estilhaçada. Cor do traço: branco. Luminicência: branco, amarelo-esverdeado e verde. Origem e ocorrência: hidrotermal em rochas vulcânicas. Alguns fósseis possuem opalização. Ocorrem em Pedro II, Piauí e Austrália.

FÓSSEIS

MEANDRINA
Coral colonial, massivo, com coralitos densamente empacotados, uns contra os outros. Estes organismos viveram em ambientes marinhos bentônicos, de pouca profundidade e costeiro, em águas claras, límpidas e quentes, carbonatadas e com salinidade normal. Os cnidários (corais) são os primeiros animais dotados de tecidos organizados, chamados de histozoários. Eles possuem, inclusive, alguns esboços de órgãos e sistema. Distribuição estratigráfica: Ordoviciano ao Devoniano. Distribuição geográfica: latitude, entre 32° sul e até 35° norte. Longitude, ao longo dos 360°. Os cnidários, ou seja, os corais, pertencem a classe dos moluscos marinhos, aí incluídos os polvos, as lulas, os nautilus e chocos. Encontradas nas regiões da Europa, Indía Ocidental e Brasil.

FÓSSEIS

CARDOCERAS
Uma concha do gênero das amonitas. O nome deste cefalópode (grego, cefalo=cabeça e pode=pé) era por que tinham os pés e a cabeça juntos. Já amonita vem de Amon, divindade egípcia, rei dos deuses. Amon era retratado como um homem com os chifres de carneiro enrolado e saindo dos dois lados de sua cabeça. As primeiras conchas de amonites apareceram no Devoniano. O tamanho do Cardoceras variava de menos um centímetro a dois metros. Esta espécie apareceu no Jurássico e extinguiu-se no Cretáceo. Estes fósseis são também chamados de fósseis-índice ou fósseis-guias, pois indica a idade das rochas. Esta parte da paleontologia é o estudo da bioestratigrafia. Em alguns deste fósseis a parte preta foi petrificada por ferro, está piritizada por sulfeto de ferro.

FÓSSEIS

MADEIRA PETRIFICADA
Ou tronco de árvore que sofreu fossilização. Também pode se dizer que silificou ou agatizou. A fossilização (petrificamento) se dá especialmente pela substituição do carbono presente na celulose por sílica. Neste caso houve um processo de transferência mineral, a qual provocou uma silificação, gerando uma pseudomorfose. A pseudomorfose é a transformação do tronco em fóssil. Não há mais madeira, só o fóssil característico de madeira, porque houve a perda de material orgânico original por um preenchimento de sílica, sem alteração da originalidade.
Depois de 200 milhões de anos, este espécime paleobotânico conserva todas as características de árvore viva, a estrutura molecular, os anéis de crescimento, a casca, as raízes, os nós, o miolo, etc. Há florestas e ou troncos de árvores por todo o mundo. Em Mata e São Pedro do Sul, Rio Grande do Sul, existem bosques fósseis.

ALABASTRO
Sulfato hidratado de cálcio. O alabastro é uma variedade maciça, finamente granulada, branca marmórea do gipso. Transparência: translúcida a opaca. Cores: branca, incolor, rosa, acastanhada e amarelada por causas de impurezas. Esta rocha é facilmente tingida devido a sua elevada porosidade. Dureza: 2. Densidade: 2,3. Cor do traço: branco. Fusibilidade: fusível. Brilho: usualmente vítreo, mas também nacarado e sedoso. O alabastro é o primo nobre do mármore. Usa-se em joalheria, estatuetas, lustres, luminárias, lavatórios, balaustres, colunatas e escadarias. Desde a antiguidade se usa o alabastro nos mais belos trabalhos artísticos. É uma rocha sedimentar. 

GEMA ORGÂNICA

ÂMBAR
Sistema cristalino amorfo. O âmbar é uma resina fóssil, petrificada, de coníferas Pinus succinifera, da era Mesozóica formado há aproximadamente 50 milhões de anos. O âmbar é encontrado principalmente no hemisfério norte (algumas regiões) onde na pré-história, havia florestas de pinus e coníferas. Composição química: C10H16O. Uma mistura de hidrocarbonetos. É uma gema não mineral de origem biológica ou mineralóide. Cor: amarelo-mel, amarelo-acastanhado, vermelho-acastanhada, castanhado, azul, verde, preto e leitoso. Já foi encontrado âmbar com até 10 kilos. Traço: branco. Dureza: 2 a 2,5. Densidade: 2,5 Clivagem: não há. Fratura: concóide. Transparência: Transparente, translúcido e opaco. Fluorescência: azul claro a amarelo. Brilho: resinoso e mate. Pode conter em seu interior, restos de plantas, insetos e pequenos invertebrados e vertebrados. No mar, água salgada, ela bóia. Usa-se em joalheria e para colecionadores.  

VARISCITA
Fosfato hidratado de alumínio. Sistema cristalino ortorrômbico. Cor: esverdeado, azul-esverdeado e incolor. Brilho: vítreo, nacarado. Transparência: translúcido a opaco. Traço: branco. Dureza 4 a 5. Densidade: 2,5. Clivagem: boa. Fratura: irregular. Formação morfológica: cristais isométricos, agregados botrioidais, nódulos, incrustações e maciços. Ocorrências: hidrotermal nas fissuras das rochas sedimentares, rico em alumínio e fósforo e também em depósitos de fosfatos. A variscita é um mineral maciço, verde-azulado, assemelhando-se algo a turquesa.

QUARTZO AZUL
Sistema cristalino hexagonal e trigonal. Óxido de silício. Agregado de quartzo de granulação grossa. Cor: azul marinho forte a azul claro. Cor do traço: branco transparente. Brilho: embaçado, ceroso. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Clivagem: não há. Fratura: lascada e irregular. Transparência: opaco. Inclusões de rutilo e de crocidolita, um mineral que contém sódio, que dá a cor azul. Rocha magmática. Uso: adorno e decorativa.

QUARTZO RÓSEO
Sistema cristalino hexagonal e trigonal. Óxido de silício. Cristalino de granulação grossa, mas usualmente sem forma geométrica. Cor: rósea intensa, rósea pálida. Tem esse nome devido a sua cor. O agente corante pode ser o titânio. Cristalino de granulação grossa, mas usualmente sem forma geométrica. Brilho: vítreo. Cor do traço: branco transparente. Fusibilidade: infusível. Dureza: 7. Densidade: 2,6. Clivagem: não há. Fratura: concóide. Transparência: transparente, translúcido a opaco. Fluorescência: fraca, violeta escuro. Rocha magmática. Frequentemente com fissuras. Uso: adorno e decoração.


BERILO

Silicato de alumínio e berílio. Sistema cristalino hexagonal. O berilo não gemológico é minério de berílio. As gemas verde (esmeralda), azul (água-marinha), amarelada (heliodoro), rosa (morganita), transparente (goshenita) e vermelho salmão (bixbita), são todos minerais (gemas) do berilo. Brilho vítreo a mate. Transparência: transparente, translúcido e opaco. Dureza 7,5 a 8. Densidade: 2,6. Traço branco ou incolor. Clivagem imperfeita. Fratura: irregular a concoidal. Resistente à fusão. Ocorre em rochas magmáticas. 

AVENTURINA
Óxido de silício. Sistema cristalino hexagonal. É uma das variedades cristalinas de granulação grossa do cristal. Um cristal verde. Inclusões de mica e hematita dão a cor verde. Dureza 7. Densidade 2,6. Clivagem não há. Fratura: concóide, estilhaçada. Transparência: opaco. Fluorescência: não há. Rocha magmática. Seu nome é devido a descoberta deste mineral em uma aventura nas montanhas italianas (all’ avventura).

SODALITA

Silicato de alumínio e sódio com cloro. Sistema cristalino cúbico. Seu nome sodalita é devido ao teor de sódio. Sua característica é ser uma rocha. Dureza 5,5 a 6. Densidade 2,3. Cor do traço: branco transparente. Clivagem perfeita. Fratura: desigual, concóide. Transparência: transparente a opaco. Fusibilidade: fusível. Brilho vítreo e graxo. Contêm manchas de calcita branca leitosa. Utilizada em joias e adornos. Ocorre: Brasil, Índia, Itália e Namíbia.

LÁPIS-LAZÚLI
Silicato de alumínio e sódio com enxofre. Sistema cristalino cúbico. O lápis-lazúli é uma rocha e seu nome é derivado do latim e árabe significando pedra azul. Tem agregado diversos minerais: augita, pirita, hauynita, calcita, diopsídio, mica, hornblenda, lazurita. Cor do rastro: azul. Brilho vítreo a graxo. Cor. Azul celeste intenso. Transparência: opaco. Dureza: 5 a 6. Densidade: 2,7. Clivagem: imperfeita. Fratura irregular a concoidal. Usos:  joalheria e peças de adorno e para colecionadores. Ocorrências: Afeganistão e Chile.

                                       ALABASTRO NÃO É ÔNIX
Existe no mercado de luxo e de antiguidade um conceito errado e enganador em apresentar uma rocha lindíssima que é o alabastro como sendo ônix. Esses dois produtos minerais nada têm em comum entre si. São dois minerais totalmente diferentes em sua constituição: o alabastro foi constituído por sedimentação microscópica de cálcio ou gipso (por um tempo longo e com mansidão) e a seguir sofrendo metamorfose, transformando nessa rocha de beleza fascinante. É o primo nobre do mármore, porém sua dureza é mais baixa, indo de 2 a 3 na escala de Mohs. O mármore é de dureza 5. Já o ônix é um mineral ígneo, negro, opaco, oriundo do vulcanismo (quentura, pressão, violência e rapidez), de dureza 7, fazendo parte da família da calcedônia, ágata, crisoprásio, jaspe, sílex, cornalina, heliotrópio, chert, prásio e sardo. Enquanto o alabastro tem a composição química predominantemente de sulfato de cálcio hidratado (CaSO4.2H2O), o ônix é composto de dióxido de silício (SiO2) sendo, portanto, duas naturezas químicas completamente diferentes. Os ácidos corroem o alabastro e nada atinge o ônix. O alabastro é riscado por um canivete e o ônix não. O alabastro  ocorre em rochas de grandes jazimentos, e sua cor e tonalidade é de um translúcido suave, podendo ser esbranquiçado, amarelado ou esverdeado. Possuem trincas naturais, defeitos próprios de rachaduras (brechas) e manchas que dão peculiaridade a sua beleza inigualável. É utilizado comercialmente para tampo de mesas, de escrivaninhas, lustres, candelabros, abajures, estatuetas, taças, pórticos, balaustres, colunatas, pias de banheiro, e no acabamento dos mais belos palácios. É aproveitado também na confecção de jóias. Já o ônix é um mineral de pequenas porções, achado solto e disperso, junto com outros minerais da sua categoria (ágata, sílex, calcedônia, etc.). O ônix é utilizado para a confecção de pequenos trabalhos como estatuetas e camafeus, sendo na joalheria lapidado para se produzir cabochãos e peças para colares, terços, pulseiras e outros objetos. Uma “turma” de gemólogos classifica a calcedônia branca (leitosa), marron ou bege e com faixas ou listas (de qualquer cor), retas e paralelas ou com curvas, como sendo ônix. Só que todos sabem que o ônix é uma “pedra” preta, negra. Nunca vi e nem tomei conhecimento de alguém usar no dedo uma pedra leitosa e com linhas, e dizer que é ônix. E nem as vitrinas de joalherias exibam tamanha discrepância. Há disparidades gemológicas. Portanto, não há como confundir uma rocha translúcida e cremosa e ao mesmo tempo sedosa e de brilho acetinado ocorrendo em variadas tonalidades e em contrapartida com o ônix, que é uma pedra negra, duríssima, opaca e de brilho ceroso, diminuta em tamanho e localizado raramente em pequenos achados, e tendo distribuição em quase todas as regiões da Terra. Em tempos passados a jóia de ônix representava o luto. Não esqueçamos que os egípcios utilizavam há uns 5.000 anos o alabastro e o ônix. E as jóias de ônix dos faraós eram ônix pretos. E a Bíblia Sagrada refere-se a uns 30 minerais, aí incluídas algumas rochas, metais, metais preciosos e gemas. No livro Sacro, além do ônix, é citado o crisoprásio, ágata, jaspe e o sardo que são da mesma família ou grupo do ônix. E para o mercado internacional já existe mármore-ônix, nome comercial para um tipo de mármore bandado. E o ônix que abundam o mercado, nada mais é que ágata tingida de cor preta. 


PETRÓLEO, O ÓLEO DE PEDRA.
Petróleo é uma palavra latina “petroleum” petra + oleum que quer dizer “óleo de pedra”. Talvez por que quando foi descoberto aflorando à superfície através de fendas no solo, vindo de rochas profundas, daí o termo óleo de pedra. Já que naquele tempo só se usavam óleos vegetais e animais. “Petróleo bruto” ou “óleo cru” é a mesma coisa, é o petróleo em seu estado natural como sai da terra. Os hidrocarbonetos como também são conhecidos, é constituído principalmente por carbono e hidrogênio. Quanto ao petróleo, ele pode ser líquido, em forma de asfalto, piche, betume ou alcatrão.  Também identificamos dois compostos intimamente relacionados, o gás natural, também conhecido como metano e o óleo. E há os sólidos como os xistos betuminosos. Esta substância é tão velha que o Antigo Testamento, há mais de 2.000 antes de Cristo, em Gênesis 6:14, Noé, sob orientação divina, construiu a Arca de Noé, toda de madeira e a selou com “piche”. Os egípcios também usavam o alcatrão, piche e betume para mumificação de seus mortos.
Quando fazemos a destilação do petróleo, numa torre de destilação atmosférica, em fornalha de 400°C, apuramos por etapas decrescente de graus até o topo da torre que estacionará em 20°C, uma profusão de materiais inflamáveis. Resíduos pesados de refinação, como o óleo diesel pesado, cera parafínica, graxas e asfalto ocorrem em 400°C. Em 350 a 250°C, aparece o gasóleo transformado em combustível para motores diesel e caldeiras. De 250 a 160°C, acontecem os querosenes para jatos e óleo de calefação. Nos graus 160 a 70°C, surgem à nafta, transformada em plásticos, gasolina e outras substâncias químicas. E em 70 a 20°C, se extraem a gasolina e matéria prima para plásticos. E na constância dos 20°C, aparecem os gases para refino que são o metano, etano, butano e propano. E o que mais me intriga deste hidro+carbono, do grego, líquido+carbono = que é o petróleo líquido, é, como ele foi feito nas profundezas da Terra? Há duas polêmicas, uma antiga e outra mais recente para conceber o aparecimento do petróleo nas entranhas do solo. Alguns cientistas e geólogos acreditam em deposição de detritos biológicos, acumulados e enterrados em bacias reservatórias e conservadoras ao longo dos tempos. Com o passar das eras geológicas, formou-se o petróleo, óleo e gás, ou hidrocarbonetos. Mas existe outro grupo de cientista e geólogos (eu endosso este grupo), que acreditamos, os hidrocarbonetos eram um dos componentes minerais que constituiu as rochas no interior da Terra, quando da formação, por meio da acrescentação de sólidos. Ou ainda, pela mineralização proveniente da decomposição de carbonatos metálicos em contato com a água superaquecida. Segundo essa teoria, os elementos do petróleo já estavam nas profundezas do planeta, desde a origem da Terra. Raciocine, tente entender e depois me fala. Nestes últimos 150 anos extraíram-se tanto óleo e gás, que creio, eu pessoalmente, que o planeta Terra esteja encolhendo ou se deformando. Só a cidade de São Paulo nestes cento e tantos anos quanto de asfalto gastaram para asfaltar suas ruas e avenidas. E soma novamente os tapas buracos e recapeamentos. Agora, contamos todas as cidades e as rodovias do mundo. É muita “lama preta” que saiu e continua saindo das profundezas de nossa Terra. E podemos acrescentar os derivados do petróleo, plásticos de todos os tipos, adubos, tintas, remédios, combustíveis, graxas e mais de 4.000 produtos derivados do petróleo. Creio que o planeta está emagrecendo ou tomando uma forma alterada. É possível. E o petróleo não vai acabar tão cedo, um dia acaba, acho, mas ele está aparecendo e acumulando de novo na “capa” da Terra. E em todos os terrenos e mares do mundo.

OBSIDIANA
Ou vidro vulcânico. É um vidro natural. Óxido de silício. É formada pela lavra vulcânica que esfriou muito rápido para que ocorresse uma critalização significativa. É amorfo sem crivagem. A fratura é concóide. Dureza 5 à 5,5. Densidade: 2,5. Brilho vitrio. Translúcido a opaco. Não há fluorescência. Cores: preta, castanha, parda, cinza, verde, azul e vermelha. Pode ser listrada ou manchada. A obsidiana é encontrada em áreas onde há ou já houvera atividades vulcânicas. Seu nome é devido a um romano - Obsius. Nos tempos pré históricos foi usada como ponta de flechas, adagas, armas, navalhas, facas e ferramentas. Hoje é usada na joalheria.

FÓSSEIS

CALAMITA
Calamita (latim, calamus = cana), do gênero conhecida hoje como cavalinhas. As calamitares foram esfenófitas heterósporas arborecentes. Foram comuns em terrenos pantanosos em várias partes do mundo, mais as espécies atuais não passam de um metro. As calamitas das florestas do carbonífero atingiam até 30 metros de altura. Este fóssil apresenta os caules  externos e internos com sulcos longitudinais.
 

FÓSSEIS

AMONITAS
Pertence a um grupo mundial de amonóides, conhecido como ammonites. Esta espécie chama-se Arnioceras. Comum no jurássico. Este modelo tem nervuras fortes e lisas, curvadas até a quilha. Tamanho desde alguns centímetros até um metro. Pesava até 100 kilos. Alimentação carnívora. Viviam em mares e lagos. Invertebrado. Evoluíram e diversificaram no mesozóico e extinguiram no período cretáceo. Já foram descritos mais de dez mil espécies. É um antepassado do nautílus Chambered que existe ainda, mais que permanece inalterado. Localização: América do Sul e do Norte, Europa, Ásia e África. Usavam os tentáculos como pés para se deslocarem. 

FÓSSEIS

ORTHOCERES
Orthoceras é uma espécie e faz parte de um grupo de animais marinhos comos os caracóis, lesmas, ostras, mariscos, polvos e lulas. Seu nome quer dizer em grego, chifre reto, Orto = reto ou certo ou perfeito e Ceras = chifre. O fóssil hoje, nada mais é do que uma concha cônica e longa. Antigamente nos mares pré-históricos este animal e outros tinham sua cabeça e seus pés juntos (e um olho grande) na boca da concha. Por isso são chamados de Cefalópodes que em grego quer dizer, Céfalo = cabeça e Pode = pé. Fósseis deste animal tem uma ampla distribuição geográfica, ocorrendo em rochas marinhas calcárias. O tamanho de seu comprimento era a partir de 1 centímetro a uns 15 metros. Alimentava de pequenos animais. O estilo de vida destes são uma incógnita. Não eram bons de natação, mas eram predadores. Viveram do período ordoviciano até o período triássico.

FLUORITA
Fluoreto de cálcio. Sistema cúbico. O fenômeno de fluorescência recebeu este nome à partir da fluorita. Clivagem perfeita. Traço branco. Brilho vítrio. Fusível. Ocorre em rochas sedimentares, metamórficas e magmáticas. Aparecem em várias tonalidades. Dureza 4. Densidade 3,2. Transparente a opaca. Fratura lisa concóide. Ocorrências: Januária e Vazante, MG. Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima e Urussanga, SC. Cerro Azul, PR. Quixadá e Solonópole, CE. Currais Novos, RN. Tanguá, RJ.

ZOISITA


Um silicato de alumínio e cálcio hidratado. Sistema cristalino ortorrômbico. Dureza 6,5 a 7. Densidade 3,5. Brilho vítreo e nacarado. Opaco. Hábitos maciço, compacto e colunar. Fusão: fusível. Ocorre em rochas magmáticas e em xistos cristalinos por metamorfismos. Clivagem perfeita. Fratura irregular e concóide. Traço: branco. Cor: cinzenta, amarelada, verde, violeta a róseo. Este exemplar contém uma mancha de rubi e hornblenda negra. Usos: colecionadores e joalheria. Ocorrências: Áustria, Noruega, Quênia e Tanzânia.

RODOCROSITA

Carbonato de manganês. Sistema trigonal hexagonal. A rodocrosita tem sua cor rosa devido ao manganês. Dureza 4. Densidade 3,6. Translúcido a opaco.  Brilho vítreo a nacarado. Clivagem perfeita. Rastro branco, rosa e laranja. Fusão: Infusível. Fratura concóide. Ocorrências: rochas sedimentar e metamórfica. Usos: joalheria, ornamentação e colecionadores. Jazimentos: São Gonçalo - MG, Serra do Navio - AP, Jacobina e Urandi -  BA e Carajá PA.
L
JADE ROSADO

Silicato de alumínio e sódio. NaAl(SiO6). Sistema monoclínico. O jade é também o nome dado a dois minerais diferentes: um, a Jadeíta, composta de cristais de piroxênio. O outro, a Nefrita, composta de cristais de anfibólia, sendo esta última muito mais comum. O jade é mais ou menos translúcido, mas nunca transparente. Dureza 6,5 a 7. Densidade 3,3. Cores: vários matizes de verde, lilás, branco, rosa, marron, vermelho, azul, preto, laranja e amarelo. Brilho: vítreo a graxo. Translúcido a opaco. Traço: branco. Fratura: irregular estilhaçada, muito tenaz. Rocha metamórfica. Os corantes são o ferro e o cromo. As civilizações Andina, Asteca e Inca utilizavam o jade retirado da Guatemala. Utilização: adorno, decoração e estatuária. Ocorrências: Miamar, China, Tibete, Japão e México.

CRISTAL DE ROCHA NEGRO

Raríssimo. Um cristal de rocha com tintura negra ou preta. Diferencia de seus irmãos de cores, como o cristal incolor (transparente), hialino (puríssimo como o vidro), leitoso (como o leite), citrino (amarelo cítrico), violeta (ametista), róseo (rosado) e morion (marron) e outras tantas variedades. O nome “cristal” vem da palavra grega krystallos, significando gelo, pois pensava-se que o cristal era gelo formado pelos deuses. Cristalografia: trigonal. Dióxido de silício. Dureza 7. Densidade 2,6. Brilho vítreo. Não é fusível. Qualidade: incolor, transparente e opaco. Clivagem fraca. Fratura concóide. Encontrado em todo o mundo, mas as jazidas mais importantes estão no Brasil.

ESMERALDA


Ou berilo, é um silicato de alumínio e de berílio, que constitui, aliás, um minério de berílio. O cromo e o vanádio são as substâncias corantes. Magmática, encontram-se em xistos, pegmatitos e aluviais. As esmeraldas quase sempre possuem jaças e trincas. Cor: todas as nuances do verde. A maioria das esmeraldas em joias históricas são das minas de Cleópatra no Egito. Dureza 7,5 a 8. Densidade 2,7. Brilho vítreo a mate. Traço: branco. Qualidade: transparente, translúcido e opaca. Cristais prismáticos compridos e tubulares e agregados colunares. Ocorrências: Minas Gerais, Bahia e Goiás.

GRANADA

Silicato de cálcio, magnésio, ferro e alumínio. Sistema cúbico. Cristaliza-se em dodecaedros romboidais e trapezoedros. Fluorescente. Clivagem inexistente. Fratura concóide, quebradiça e irregular. Brilho vítreo e resinoso. Dureza 7,5. Densidade 3,4 a 4,3. Fusão: Infusível. Rochas ígneas e magmáticas. Transparente a opaca. Todas as cores menos o azul, incluindo o incolor. Traço branco. Numerosas variedades são usadas como gemas. Origem: Coromandel, Estrêla do Sul, Romaria e Timóteo, MG. Igarapava, SP. Acarí, RN. Canindé, Quixadá e Tauá, CE.

FUCHSITA

Grupo dos silicatos, constituídos basicamente de alumínio, sódio ou potássio e muitas vezes por ferro e magnésio. Sistema cristalino; monoclínico.
Variedade da muscovita rica em cromo (mica verde). Dureza 2,5. Densidade 3. Risco: branco ou incolor. Fratura irregular. Cor: verde erva a verde esmeralda, opaca. Rochas magmática e metamórfica. Brilho vítreo a sedoso. Mica do latim micare (brilhar). Tem o nome do mineralogista alemão J.N.von Fuchs. Ocorrem: Caiana, Coronel Murta, Conselheiro Pena, Divino das Laranjeiras, Governador Valadares, Linópolis, São José da Safira, Teófilo Otoni e Virgem da Lapa, MG. Cajati e Jacupiranga, SP. Anagé e Campo Formoso, BA.

TURQUESA

Fosfato de alumínio e cobre. CuAl6(PO4)4(OH)84H2O. Sistema triclínico. Brilho: Vítreo e ceroso, opaco. Cor: azul celeste a azul-esverdeada e verde. Dureza: 6. Densidade 2,8. Traço branco. Fratura concóide e irregular. Clivagem boa. Fusibilidade: infusível. Origem: rocha magmáticas e sedimentares, ricas em alumínio. Usos: como pedra preciosa, cabochão e estatuetas. A turquesa pode conter veios (manchas) superficiais de cor parda ou negra. A palavra turquesa vem do francês significando turco, já que as turquesas vinham da turquia, oriundas da Pérsia. Ocorrências: Irã, Afeganistão, China, Austrália e Tibete.

ÔNIX

É uma variedade criptocristalina de dióxido de sílica. Estrutura cristalina trigonal. Sem formas geométricas uniformes. Apresentam-se em volumes pequenos, soltos e avulsos. Da família das calcedônias e ágatas. Dureza 7. Densidade 2,6. Fratura concoidal. Clivagem inexistente. Rastro incolor. Origem: rochas magmáticas. Fusibilidade: infusível. Cor: gorduroso sem brilho. Usos: jóias, adorno e uso de toque em joalheria. Para uns gemólogos o ônix é negro, para outra turma o ônix é de cor leitosa estratificada, com camadas dispostas em planos ou faixas paralelas. Ocorrências: Uberaba, MG. Soledade, RS.

CRISOPRÁSIO

Outra variedade criptocristalina de dióxido de sílica. Grupo dos óxidos. Estrutura cristalina trigonal. Cor: verde maçã translúcida. Dureza 7. Densidade 2,6. Brilho vítreo e ceroso. Clivagem nenhuma. Fratura concoidal a irregular. Fusibilidade: infusível. Rastro incolor. O corante que da a cor verde maçã é o silicato de níquel. É a variedade mais preciosa da calcedônia. Origina-se das rochas magmáticas. Pertence a numerosa família das ágatas e calcedônias. São encontradas soltas, avulsas e em pequenas amostras, juntamente com suas irmãs, jaspe, sílex, ônix, cornalina e ágatas. Já eram usadas pelos gregos e romanos como pedras preciosas e lapidadas como camafeu e cabochão.

PEDRA POMES

Ou pomito, têrmo latino que significa "espuma". Silicato de alumínio amorfo com 70,5%, dióxido de silício e 13,5% de óxido de alumínio. Rocha proveniente de um vulcanismo intenso. Apresenta uma estrutura esponjosa, por ter tido um resfriamento rápido em um tipo de lava rica em gases. A cor é geralmente branca, cinzenta, amarela, marron e negra. A rocha preferida que as mulheres usam na cosmética. É a única pedra que flutua na água. Dureza: 5,5. Densidade: 2,3 e ponto de fusão: 1710° C.

ELEMENTO NATIVO

ENXOFRE

Dureza 1,5 a 2,5. Densidade 2. Fusível a 119° C. Tato ceroso ou resinoso, pouco resistente e quebradiço. Cor amarelo a castanho. As jazidas são encontradas nas bordas das crateras dos vulcões extintos ou ativos. Em acúmulos sedimentares associados ao sal, ao gesso e a anidrite. Também pode estar associado a alguns tipos de petróleo, em depósito de argilas e jazigos betuminosos (xisto betuminoso e carvão mineral). Também é extraído dos sulfetos de cobre, zinco e ouro. Cor do rastro: branco. Origem: rochas ígneas e sedimentares. Existe em Iporanga-SP, Siriri-SE, Chapecó-SC e Paraúna-GO.

ÁGUA MARINHA

Silicato de berilo e alumínio. Cristais hexagonais. Seu nome é devido a sua cor semelhante à água do mar. Cor: do azul pálido ao azul intenso e com tonalidade esverdeada. A substância corante é o ferro.  Dureza 7,5 a 8. Densidade 2,80. Clivagem perfeita. Traço branco. Brilho vítreo. Diafaneidade: Transparente a translúcido. Ocorre em Araçuai, Minas Novas, Salinas e Teófilo Otoni, MG.

CALCITA LARANJA

Carbonato de cálcio. Sistema trigonal. Descobriu-se primeiramente na Islândia, daí o nome de “espato de Islândia” Dureza 3. Densidade 2,8. Brilho vítreo e nacarado. Transparente a opaco. Traço branco. Fratura concóide, quebradiça. Clivagem perfeita. É fluorescente. Cores: branco, cinzento, amarelo, pardacenta, incolor, verde e avermelhada. Infusível. Birrefrigente reproduz um objeto em duas imagens. Origina-se nas rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares. Ocorre em Araxá, Lagoa Santa e Palmeiras dos Indios MG, Jacupiranga SP, Campos RJ, Camburiu SC, Ubajara CE e Brejões BA.

MAGNETITA

Óxido de ferro. Isométrico-hexaoctaédrico. Dureza 6. Densidade 5,2. Brilho metálico. Traço negro. Frequentemente em cristais de hábito octaédrico, geminado ocasionalmente. Rochas magmática, metamórfica e sedimentar. Altamente magnético, um imã natural. Fratura inexistente. Fusibilidade: Infusível. Ocorre em Jaguaraçu e Santa Bárbara MG.

DIOPISÍDIO

Silicato de cálcio e magnésio. Sistema monoclínico em geral colunares com secção quase quadrada. Rocha metamórfica. Dureza 5 a 6. Densidade 3,4. Às vezes transparente a opaco. Brilho vítreo a mate. Cores branca, cinzenta, castanha, verde, amarela e violeta. Clivagem perfeita. Traço branco. Fratura irregular, áspera. Resistente à fusão. Ocorre em Araçuaí, Bom Sucesso, Conceição do Serro, Córrego Setúbal, Malacacheta e Salinas MG.

MICA

Aluminossilicato básico de potássio com flúor. Sistema cristalino: monoclínico. Composição química: KAl2(AlS2O10)(OH)2. Clivagem: extremamente perfeita, permitindo o desdobramento do mineral em fôlhas muitíssimo finas. As lâminas são muito flexíveis e elásticas. Dureza: 2 a 2,5. Densidade: 2,70 a 3,10. Brilho: vítreo, sedoso ou nacarado. Diafaneidade: transparente e incolor nas fôlhas delgadas. Cores; branco, esverdeado, amarelado, rosado e cinzento. Em blocos mais espessos, translúcida, com matizes claros do amarelo, castanho, verde e vermelho.  Formam cristais tubulares, agregados lamelares e escamosos. Traço branco ou incolor. Rocha metamórfica. Fusibilidade: resistente à fusão. Ocorre em Governador Valadares MG, Currais Novos RN, Vitória da Conquista BA, Goianésia GO, Juquitiba SP e Barra Mansa RJ. Nome antigo para malacachêta.

CIANITA

Do grego kyanos, azul. Silicato de Alumínio. Sistema triclínico. Dureza 4,5 no sentido do comprimento do cristal e 7 na direção do eixo menor. Densidade 3,6. Brilho vítreo a nacarado. Transparente a translúcido. Cores de azul anil, esbranquiçada e incolor. Clivagem perfeita. Traço branco ou incolor. Rocha metamórfica. Infusível. Ocorre em Andrelândia, Cianita, Congonhas, Diamantina e Itabirito MG.

ARAGONITA

Seu nome é devido a Aragon, região da Espanha. Carbonato de cálcio. Sistema ortorrômbico. Dureza 3,5 a 4,5. Densidade 3. Brilho vítreo e resinoso. Traço branco. Infusível. Frequentemente fluorescente. Geralmente incolor, branca, cinzenta, creme ou amarela pálida. Transparente a opaca. É sedimentar e também metamórfica. Ocorrências em Iporanga-SP, MG, GO, e TO.

SERPENTINITA

Silicato de magnésio hidratado por metamorfismo hidrotermal.Tanto é nome de uma espécie de mineral, como para a rocha por ele formada. Dureza 3,4. Densidade 2,6. Brilho e tacto ceroso ou gorduroso. Opaco. Traço branco. Fratura irregular, quebradiça. Rocha metamórfica. Certos exemplares alterados podem ser terrosos. Rocha conhecida por serpentina ou serpentinita. Pode ser ricamente colorida com vermelho, verde, rosa choque e outros matises. Não é fuzível. Usado como revestimento de decoração e peças de enfeites e esculturas. Ocorre em Sacramento-MG.

APATITA

Do grego, enganar. Fosfato de cálcio. Sistema cristalino hexagonal. Quando contém fluoreto, é denominado fluorapatita (a variedade mais comum). Se contiver cloro, tem o nome de cloropatita. No caso de hidróxido, chama-se hidroxiapatita. Ocorre sob a forma de belos cristais de cores variadas, às vezes bem grande. Fluorescente. Transparente a translúcida. Clivagem imperfeita. Traço branco. brilho vítrio. Fusibilidade: resistente à fusão. Ocorre em rochas sedimentares, hidrotermais e ígneas. Dureza 5, densidade 3,2. Ocorrências: Araxá, Conselheiro Pena, Serra do Salitre, São José da Safira e Tapira, MG. Catalão, GO. Araçoiaba da Serra e Jacupiranga, SP. Anitápolis, SC. Equador, RN. Ipirá, BA.

JASPE 

Dióxido de silício. Estrutura cristalina trigonal. Um cristal granular criptocristalino. Sem forma geométrica definida, apresenta-se em formas densas e compactas, soltas e avulsas nos jazigos silicosos (seixos). Fratura concoidal. Brilho baço, ceroso e gorduroso. Dureza 7. Densidade 2,6. Clivagem: nenhuma, com aspecto áspero na superfície. Rochas magmáticas. Uso: adorno e estatuaria. Cores: branco, vermelho, verde, amarela, cinza, marron e preta (lidita). Ocorrências: MG, BA, GO, PR, SC e RS.

AS QUATRO PEDRAS MAIS PRECIOSAS

Consideradas por alguns como as quatro pedras mais preciosas, o diamante, a esmeralda, o rubi e a safira. Talvez estas quatros belas gemas, ganharam estes títulos de exclusividade por suas raridades, belezas e cores únicas. E também por sua manipulação por grandes joalheiros e comerciantes controladores do comércio destes minerais no mundo. As outras inúmeras gemas passaram a serem reconhecidas como pedras semi-preciosas por comerciante alienígenas no intuito de depreciá-las comercialmente. Nem os franceses usam expressão tão chula de “semi”, preferindo a denominação de gemas “finas”. Para o “limbo” foram centenas de outras pedras preciosas, muitas raríssimas, belas, exclusivas, valorizadas e de cores genuínas. Nesta categoria figura a água-marinha, a albita, a ambligonita, a ametista, a andalusita, a apatita, a axinita, a benitoíta, a brasilianita, a cianita, o citrino, o crisoberilo, a datolita, o diopsídio, o dioptásio, a dravita, o epídoto, o espinélio, o espodumênio, o euclásio, a fenacita, a fluorita, a fosfofilita, a goshenita, a granada, a hauyna, o heliodoro, a hidenita, a indicolita, a iolita, a kunzita, a morganita, o morion, a olivina, o ortoclásio, a petalita, a rubilita, a tanzânita, a titanita, o topázio amarelo, o topázio azul, o topázio imperial, a turmalina, a zoisita, e muitas outras mais. E para outro patamar periférico, mais depreciativo, foram as opacas. Muitas delas são sui-generis, preciosas, belas, raras e também valiosas; o alabastro, a amazonita, a aragonita, a azurita, a barita, a crisocola, o crisoprásio, a dolomita, a dumortierita, a howlita, o jade, o jaspe, o lápis-lazúli, a malaquita, o ônix, a opala, o ortoclásio, a prehnita, a rodocrosita, a rodonita, a sodalita, a turquesa, etc.. Há 50 anos atrás, Hans Stern tornou-se grande joalheiro e comerciante de pedras finíssimas com a criação da “H Stern”, uma rede de joalherias espalhadas pelo mundo. Ele profetizou uma máxima em gemologia, "que não existe pedras semi preciosa, desde que fossem puras e bem lapidadas, são preciosas". Eu penso igual e concordo com ele. Levando-se em conta que as quatro notáveis da preciosidade, a totalidade de cada uma delas não se acham 100% puras, só menos de 10% de cada tipo é que são puras e perfeitas, isso quer dizer que 90% de cada uma destas quatro gemas são impuras, manchadas, com imperfeições, trincas e sem padrão das cores puras, e todas as 90% das mulheres usam diamantes, esmeraldas, rubis e safiras, que deveriam ser ditas de semi preciosas, mais ninguém diz ou comenta sobre isso. Já a grande maioria das pedras desclassificadas como sendo semi preciosas, que deveria ser classificada como "finas", os índices de perfeição é o inverso, ou seja, 90% de todo o especto das variedades é de pureza. Daí se conclui que o termo "semi" foi um embuste em uma época passada, de um grupo de comerciante pedrista internacionais em levar vantagem. Devemos ressaltar que os grandes mestres pintavam seus quadros com minerais moídos, e o lápis-lazuli, custava nessa época mais caro que o ouro, comparada em grama. Por isso é que faltava colorido nas telas, o azul ultramarino feito do lápis-lazuli aparecia pouco, idem o verde o vermelho e o amarelo. Outro brasileiro, grande joalheiro, comerciante e amante apaixonado por pedras preciosas o Jules Sauer, dono também de uma rede mundial de joalherias a "Amsterdam Sauer", lutou pela certificação das esmeraldas brasileiras em Institutos Gemológicos Internacionais. Jules Sauer é tão fascinado por pedras que conhece as minas e jazidas de pedras no mundo todo, e ao completar 80 anos, lançou seu quarto livro de pedras preciosas. Há 5.000 anos, no Egito Antigo, os faraos já usavam jóias com esmeraldas, lápis-lazúli, turquesas, ônix, alabasto e outros minerais. Montezuma, imperador dos astecas, também usavam em suas jóias e indumentárias, turquesas, lápis-lazúlis, esmeraldas ouro, prata, cobre e outros minerais. A coroa do Império Britânico, que supunha ter um grande rubi, foi reanalizado como sendo um belo "espinélio vermelho". O famoso colar de esmeralda de Elizabeth Taylor, confeccionado pela Bvlgari e leiloado pela Christie's, tem todas as pedras desiguais e escuras, não são "primeira linha". Eram as esmeraldas que existiam no mercado. Mas fama é fama. E hoje há no mercado internacional duas gemas brasileiras raras e valorizadíssimas, mais do que estas quatro famosas, que são a alexandrita, verde durante o dia e vermelha à noite, e a elbaíta (turmalina da Paraíba), uma gema que tem um "neon" ou um fugor dentro dela. Hoje nossas mulheres dispõe de mais de 500 gemas variadas para ostentar as suas belezas e as das gemas.


LEIAM!

Do pó eu vim, e fui batizado com água mineral benta numa pia batismal de mármore. Cresci admirando e colecionando rochas e pedras coloridas e de cristalizações diferentes. Estudei usando giz, escrevendo com a grafita e produzindo trabalhos no calcário litográfico. Havia casas em que os telhados eram de ardósia e hoje são de barro. Os tetos são de gesso, as paredes de tijolos de pó de pedra e de argila. As pinturas são de componentes de rochas de esfênio, ouropigmento, chumbo e bismuto. No banheiro, a pia e a banheira são de mármore, no banho usamos pedra-pomes para lixar o solado do pé, na água colocamos sais minerais e passamos talco na pele. Na cozinha, a pia é de gnaisse e as panelas são de pedra sabão, alumínio, ferro, cobre, vidro e de cerâmica. O fogão era alimentado com um tipo qualquer de carvão mineral que pode ser hulha, azeviche, turfa, antracito ou linhito. Na culinária, não falta o sal-gema ou halita preferencialmente. A minha comida - sementes, verduras e frutas - vem de uma agricultura em que os fertilizantes são calcário, potássio, gesso, enxofre, salitre do Chile e dolomita. E para ser elegante e esfuziante, as mulheres usam metais valiosos, ouro, prata, platina, paládio e as pedras mais fulgurantes como o diamante, esmeralda, rubi, morganita, kunzita, lápis-lazuli, topázio imperial, peridoto, tanzanita, labradorita, turquesa, turmalina, granada, opala, rubilita e mais dezenas de variedades. Se vou pintar uma tela, imito os grandes mestres da pintura, uso os pigmentos de ouropigmento, malaquita, realgar, lápis-lazúli, cinábrio, azurita, caulim, grafita, grêda, hematita, limonita e chessylita. Nossos computadores estão cheio de minerais raros como o neodímio, ítrio, praseodímio, samário, gadolínio e disprósio. Nos carros a gasolina é mineral, o lubrificante tem barita e grafite. Precisando me defender, meus explosivos levam estibinita, arsenopirita, nitro de sódio, enxofre e cinábrio. Se adoecermos, nossos remédios têm rochas em sua composição como a esfarelita, estibinita, bórax, cinábrio, bismuto, chumbo, cobalto, barita e a columbita-tantalita e para febre o termômetro de quartzo com mercúrio. Padecendo tenho a minha disposição o cálcio, ferro, magnésio, potássio e zinco. Possuo uma coleção que tem pedras curiosas, pedra que cheira (selênio), pedra que tem gosto (calcantita), pedra que flutua (pomito), pedra de dupla refração (calcita), outra fortemente magnética (magnetita), outra que é uma navalha (obsidiana), etc. Indo tomar banho de sol na praia, estendo-me sobre a areia monazítica. E se vou sair de casa, tenho de olhar para o céu, pois poderá chover meteoritos, sideritos, assideritos, litosideritos, moldavitos e tectitos. Acabo correndo e me escondendo em meu mausoléu de mármore e granito, sendo a lápide de alabastro amarelado com meu epitáfio escrito com letras de bronze. E como diz o meu primo querido padre Prata nas exéquias, do pó viemos, portanto temos também em nossa composição corpórea, vários minerais, e para o pó retornaremos voltando a ser mineral
 

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