sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Os 20 piores desastres naturais na América do Sul 

A tabela abaixo apresenta os 20 desastres naturais que causaram mais mortes, entendidos, então, como as maiores tragédias que marcaram as nações da América do Sul. Essas ocorrências ceifaram 149.877 vidas.
Adaptado de Guha-Sapir, Below e Hoyois (s.d.). (Imagem retirada do livro Urbanização e desastres naturaisEditora Oficina de Textos). Todos os direitos reservados.

Os eventos geofísicos (8 em 20) provocaram mais fatalidades (68,3%), seguidos pelos hidrometeorológicos e climáticos (8 em 20, 23,7%) e biológicos (4 em 20, 8,0%). A dramaticidade da pior catástrofe – um terremoto em maio de 1970 no Peru, associado a movimento de massa – pode ser identificada não apenas pelo total de vítimas fatais, mas também pelo fato de que ela causou mais do dobro de mortes em relação ao segundo pior desastre o da Venezuela em dezembro de 1999.

Peru e Colômbia somam mais da metade dos registros (13 em 20), seis deles entre os dez piores, o que coloca essas nações em evidência. Por outro lado, Paraguai, Argentina, Uruguai, Guiana e Suriname não tiveram nenhum evento entre os 20 piores da América do Sul no período.

Dos 20 desastres, apenas um ocorreu no decênio mais recente, chamando mais uma vez a atenção para a década de 1990, quando esforços foram realizados para a diminuição dos desastres naturais no mundo; contudo, esse foi o decênio que registrou maior número de ocorrências que provocaram muitas mortes na América do Sul.
Também merece menção o fato de que, na fonte dos dados, aparece uma data associada às epidemias que, todavia, provavelmente corresponde à coleta de dados acumulados por período mais extenso.

Tudo a ver

 

Para saber mais sobre o vínculo entre os processos recentes de urbanização e as catástrofes ambientais na América do Sul – região cada vez mais caracterizada pela concentração de pessoas em megalópoles adquira o livro Urbanização e Desastres Naturais de Lucí Hidalgo Nunes.
A pesquisadora apresenta na obra um grande levantamento dos desastres hidrometeorológicos e climáticos, geofísicos e biológicos registrados nesta parte do continente americano entre 1960 e 2009, considerando suas evoluções temporais quanto ao número de ocorrências calamitosas, óbitos, afetados e prejuízos econômicos.

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