quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Do tamanho de um ônibus: fóssil de crocodilo gigante de três toneladas é encontrado na Venezuela

Ao analisarem os restos do animal que viveu há seis milhões de anos, cientistas acreditam que o seu gene ainda existe em criaturas modernas

Daniela Bazi Publicado em 18/12/2019, às 08h30
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Pesquisadores afirmam que gene do crocodilo gigante ainda está presente nos animais dos dias atuais
Pesquisadores afirmam que gene do crocodilo gigante ainda está presente nos animais dos dias atuais - Getty Images
Os fósseis de uma antiga espécie de crocodilo, que viveu na Terra há mais de seis milhões de anos, foram encontrados na Venezuela. O animal pesava três toneladas, tinha o comprimento de um ônibus, um osso extra no quadril e ombros na posição vertical, que permitiam sua locomoção.

A equipe responsável pela investigação do réptil é liderada por Torsten Scheyer, do Instituto Paleontológico de Zurique.

O Purussaurus mirandai foi um dos maiores membros dos crocodylian, e é o único encontrado até hoje que contém uma vértebra extra em seu sacro, osso presente na base da coluna vertebral.
Vertebras encontradas pelos pesquisadores de um dos maiores crocodilos já existentes / Créditos: Torsten Scheyer

De acordo com os cientistas, alguns crocodilos dos dias atuais ainda sofrem de malformações que acabam causando o desenvolvimento de uma vértebra extra. Isso os leva a crer que, mesmo atualmente, o gene ainda está presente nos animais.

"Nossas descobertas são importantes porque ajudam a mostrar como o desenvolvimento pode ser alterado para permitir mudanças biomecânicas à medida que os animais evoluem para tamanhos corporais maiores", disse o professor John Hutchinson, do Royal Veterinary College.
Comparação do tamanho do Purussaurus mirandai com um homem adulto / Créditos: Torsten Scheyer

Segundo Scheyer, foi muita sorte encontrar os fósseis na Venezuela, pois eles representam as grandes variações que os animais sofrem durante a evolução. "Esses ossos antigos mostram-nos mais uma vez que a variação morfológica observada em animais extintos há muito tempo se estende muito além do que é conhecido nos animais vivos e, assim, amplia nosso conhecimento sobre o que os animais podem fazer na evolução."

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